Petrobras encontra petróleo na margem equatorial, mas não sabe se exploração é viável
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro |
O poço foi perfurado em um projeto chamado Pitu Oeste, na bacia Potiguar. Foi o primeiro em águas profundas na região após o embate iniciado com a negativa do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) para poço na bacia da Foz do Amazonas.
A estatal diz que “dará continuidade à pesquisa exploratória na região e planeja para fevereiro a segunda perfuração na Bacia Potiguar, no poço Anhangá”, que fica próximo a Pitu Oeste.
“A partir de estudos complementares, a companhia pretende obter mais informações geológicas da área para avaliar o potencial dos reservatórios e direcionar as próximas atividades exploratórias na área”, informou a empresa.
A estatal planejava começar a campanha exploratória na margem equatorial pela bacia da Foz do Amazonas, na costa do Amapá, que voltou a atrair o interesse das petroleiras após descobertas bilionárias de petróleo na Guiana.
Apesar da pressão da área energética do governo, porém, o Ibama negou a licença ambiental. A Petrobras recorre da decisão e ainda espera explorar o litoral amapaense em 2024, embora o MMA (Ministério do Meio Ambiente) defenda a realização de estudos mais detalhados sobre os impactos.
A sonda de perfuração que iria para o Amapá acabou sendo descolada para o litoral potiguar. A área já tem produção de petróleo em águas rasas e, por isso, obteve licenciamento mais fácil junto ao órgão ambiental.
Tem infraestrutura de apoio e resposta a emergências que o Ibama entende faltar no Amapá, onde ainda não há atividade petrolífera.
A estatal disse nesta sexta que a perfuração “foi concluída com total segurança, dentro dos mais rigorosos protocolos de operação em águas profundas, o que reafirma que a Petrobras está preparada para realizar com total responsabilidade atividades na margem equatorial”.
A Petrobras informou ainda que adicionou 1,5 bilhão de barris de óleo equivalente às suas reservas provadas em 2023. Em 31 de dezembro, afirmou a empresa, suas reservas somavam 10,9 bilhões de barris, segundo o critério da SEC, o xerife do mercado de ações dos Estados Unidos.
Deste volume, 84% são de óleo e 16% de gás natural. A adição de reservas ocorreu, principalmente, nos campos de Búzios, Tupi e Atapu, no pré-sal da Bacia de Santos, e da declaração de comercialidade dos campos não operados de Raia Manta e Raia Pintada, na Bacia de Campos.
Considerando o volume de produção atual, as reservas provadas garantem à Petrobras 12,2 anos de produção. “É essencial seguir investindo em maximização do fator de recuperação e principalmente em exploração de novas fronteiras, para repor as reservas de petróleo e gás”, defendeu a estatal.
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