Minas Gerais se aproxima dos 100 mil casos de dengue e registra 32 mortes pela doença

O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue
O número de caso de dengue em Minas Gerais se aproxima dos 100 mil e o estado tem 32 mortes por causa da doença. As contas levam em consideração as semanas epidemiológicas e o painel de monitoramento da doença divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde atualizado na tarde desta sexta-feira (23).

Desde o início deste ano, 32 pessoas morreram por causa da doença no estado. Outros 166 óbitos estão sob investigação. O total de casos confirmados é de 99.035 Já o de casos suspeitos, ou seja, ainda pendentes de confirmação, é de 286.002.

Na última semana epidemiológica do ano encerrada, a de número sete, de 11 a 17 de fevereiro, foram quatro mortes. No período anterior, a semana epidemiológica seis, foram confirmadas três mortes e, na semana de número cinco, o número se repetiu, com três mortes.

As semanas epidemiológicas são os períodos oficiais utilizados pelo governo para análise de dados e definição de estratégias de combate a doenças.

Em janeiro, na semana um, de 31 de dezembro a 6 de janeiro, houve uma morte, seguida de cinco na semana dois e de dez na semana três. A queda começou na semana quatro, com seis mortes, até atingir os três óbitos da semana cinco e a nova subida.

A Secretaria de Estado de Saúde não disponibilizou nesta sexta representante para entrevista sobre o atual cenário da doença no estado.

As mortes por dengue em Minas Gerais foram tema de reunião na quarta-feira (21) entre profissionais da saúde do estado.

“Quero lembrar que evitar mortes por arboviroses deve ser o ponto central para todos nós. A prevenção continua como um esforço coletivo e depende de toda a população”,afirmou o secretário de Estado de Saúde Fábio Baccheretti, na reunião, realizada na Cidade Administrativa.

O responsável pela pasta falou sobre o sintoma que indica complicação no quadro de quem tem dengue. “Um dos problemas é quando o paciente está por volta do quinto dia com a doença e começa a sentir, por exemplo, dores abdominais. Isso é sinal que ele está entrando em choque”, afirmou.

“As mortes por dengue são evitáveis e o que nos cabe é organizar o sistema de saúde da melhor maneira possível”, acrescentou.

Nesta quinta (22) Minas Gerais recebeu o primeiro lote da vacina Qdenga, contra a dengue. Foram enviadas pelo Ministério da Saúde 78.790 doses que serão utilizadas na imunização de crianças de 10 a 11 anos, faixa etária que apresenta alta incidência de internações quando acometida pela doença.

As vacinas serão distribuídas para cidades de duas regiões de saúde, Belo Horizonte e Coronel Fabriciano/Timóteo, no Vale do Mucuri. A definição atende a critérios estabelecidos pelo governo federal, que é ter pelo menos um município com mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue e sorotipo predominante Denv-2. No sábado (27), o governo de Minas decretou emergência em saúde no estado por causa da doença.

CHIKUNGUNYA

O painel de monitoramento do governo do estado para casos de febre chikungunya aponta que a doença já matou cinco pessoas em Minas Gerais. As duas últimas mortes, porém, foram confirmadas na semana epidemiológica quatro, de 21 a 27 de janeiro.

Outros 20 óbitos estão sob investigação. O total de casos confirmados até agora é de 19.256. O de prováveis, ainda pendentes de confirmação, é de 29.864.

Leonardo Augusto/Folhapress

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