Exército decide vetar promoção de Mauro Cid a coronel
Nesta etapa, as promoções ocorrem já não mais por antiguidade, mas por merecimento. E Cid, que no passado foi considerado um oficial brilhante, não goza atualmente da mesma imagem nas Forças Armadas. Ela foi desgastada depois que ele foi acusado de cometer atos considerados eticamente incompatíveis com a carreira.
Cid é investigado pela Polícia Federal por fraude em cartões de vacina e nos inquéritos que apuram a venda de joias que Jair Bolsonaro (PL) ganhou de presente e a tentativa de golpe de estado. Mesmo assim, enviou documentos para pleitear a promoção.
A avaliação para as promoções é feita por um colegiado de 18 generais. Ela é então enviada ao comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, a quem cabe a palavra final.
A coluna apurou que Cid já recebeu veto do primeiro grupo. E deve ficar estacionado na carreira.
Mesmo envolvido em escândalos, Cid segue recebendo salário das Forças Armadas, de cerca de R$ 27 mil. Pela regra, a suspensão definitiva dos vencimentos só ocorrerá se ele for condenado na Justiça a mais de dois anos de prisão. Por enquanto ele é apenas investigado.
Se a penalização ocorrer, o Ministério Público Militar representará junto ao Superior Tribunal Militar (STM), que enfim o retirará do Exército por não ser mais digno de pertencer à Força.
Será a etapa final do processo e do sistema de punições, que começaram a ser aplicadas quando os escândalos vieram à tona.
No primeiro momento, o Exército decidiu afastá-lo de qualquer posto de comando. Depois, quando foi preso, o militar foi afastado de toda e qualquer função. Seguirá, no entanto, recebendo salário até que o ponto final do julgamento judicial.
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