Lira age e contém rebelião do governo na Câmara após indicação de Nikolas Ferreira para Comissão de Educação
Em reunião tensa com os líderes, Lira não escondeu sua irritação com o andamento das conversas – o governo orientou a base a cancelar as indicações às comissões – e avisou que, se as comissões não retomassem os trabalhos nesta quarta, só iria instaurá-las em junho. O presidente da Câmara lembrou que a indicação dos presidentes dos órgãos cabe ao líder de cada partido.
A ameaça de Lira surtiu efeito. Os governistas temiam que a pauta na Câmara ficasse travada porque as comissões não poderiam discutir projetos de interesse do Planalto. Ao final do encontro, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), afirmou que aceitaria Nikolas na comissão de Educação.
As comissões pararam de funcionar em dezembro, por causa do recesso do Legislativo, e deveriam recomeçar agora com novos presidentes. As sessões para instauração foram marcadas para 15h e 16h desta quarta, mas diante do impasse ficaram sem quórum até os líderes entrarem em acordo.
Outros partidos também defendiam adiar a reabertura dos colegiados, A avaliação na Casa é que é preciso mais tempo para as legendas negociarem bilateralmente eventuais trocas. O União Brasil e o PL, por exemplo, fizeram um acordo: o primeiro fica com a Comissão de Relações Exteriores e o segundo com a Comissão de Segurança Pública.
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