Hamas exige fim da guerra em Gaza para aceitar acordo com Israel
Representantes do grupo terrorista e do governo israelense retomaram negociações para chegar a um cessar-fogo na guerra Israel-Hamas, que se estende há quase sete meses. A reunião ocorre no Cairo, capital do Egito, com mediação de diplomatas internacionais.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um membro do alto escalão do Hamas afirmou neste sábado (4) que o grupo não aceitará, "sob nenhuma circunstância", um acordo de trégua na Faixa de Gaza que não inclua explicitamente o fim da guerra, condição recusada por Israel anteriormente.
Representantes do grupo terrorista e do governo israelense retomaram negociações para chegar a um cessar-fogo na guerra Israel-Hamas, que se estende há quase sete meses. A reunião ocorre no Cairo, capital do Egito, com mediação de diplomatas internacionais.
Os mediadores (Qatar, Egito e Estados Unidos) se reuniram com a delegação da facção palestina para ouvir a resposta à última proposta de cessar-fogo, apresentada no fim de abril.
Esta oferta inclui um cessar-fogo de 40 dias e a troca entre reféns israelenses retidos em Gaza desde 7 de outubro e palestinos presos em Israel.
Um funcionário do Hamas, que pediu para não ser identificado, também disse que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, dificulta os esforços para que um acordo seja alcançado, devido a interesses pessoais. Israel também acusou o Hamas de obstruir as negociações.
Taher Al-Nono, funcionário do grupo terrorista e conselheiro do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, disse que a facção estava considerando as propostas "com total seriedade e responsabilidade".
"Qualquer acordo a ser alcançado deve incluir nossas demandas nacionais; o fim completo e permanente da agressão, a retirada total e completa da ocupação da Faixa de Gaza, o retorno dos deslocados às suas casas sem restrições e um verdadeiro acordo de troca de prisioneiros, além da reconstrução e do fim do bloqueio", disse Nono à Reuters.
Um funcionário israelense sinalizou que a posição central de Tel Aviv permanece inalterada, afirmando que, em nenhuma hipótese, concordaria em encerrar a guerra por um acordo para libertar reféns.
Antes do início das conversas, havia algum otimismo. No entanto, o diálogo tem tropeçado na demanda do Hamas por um compromisso de encerrar a ofensiva. Israel insiste que, após qualquer cessar-fogo, retomaria as operações destinadas a desarmar e desmantelar a facção.
O Hamas disse na sexta-feira (3) que iria para o Cairo com um "espírito positivo", após estudar a última proposta.
Israel deu um sinal preliminar para termos que, segundo uma pessoa a par das negociações, incluíam o retorno de entre 20 e 33 reféns em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos.
Isso deixaria cerca de 100 reféns em Gaza, alguns dos quais Israel diz terem morrido em cativeiro. O retorno dos demais sequestrados poderia exigir um acordo adicional.
O Egito havia feito esforço para retomar as conversas no fim de abril, alarmado com a perspectiva de uma ofensiva terrestre israelense contra o Hamas em Rafah, no sul de Gaza, onde mais de 1 milhão de palestinos se abrigaram a poucos quilômetros da fronteira egípcia.
A guerra começou depois que o Hamas surpreendeu Israel com um ataque terrorista sem precedentes em 7 de outubro, no qual 1.200 pessoas foram mortas e 252 reféns foram feitos, de acordo com contagens israelenses.
Desde então, a resposta militar de Tel Aviv já matou mais de 34.600 palestinos, e mais de 77 mil ficaram feridos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
Leia Também: Madonna fez da praia de Copacabana a maior pista de dança do mundo
Os mediadores (Qatar, Egito e Estados Unidos) se reuniram com a delegação da facção palestina para ouvir a resposta à última proposta de cessar-fogo, apresentada no fim de abril.
Esta oferta inclui um cessar-fogo de 40 dias e a troca entre reféns israelenses retidos em Gaza desde 7 de outubro e palestinos presos em Israel.
Um funcionário do Hamas, que pediu para não ser identificado, também disse que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, dificulta os esforços para que um acordo seja alcançado, devido a interesses pessoais. Israel também acusou o Hamas de obstruir as negociações.
Taher Al-Nono, funcionário do grupo terrorista e conselheiro do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, disse que a facção estava considerando as propostas "com total seriedade e responsabilidade".
"Qualquer acordo a ser alcançado deve incluir nossas demandas nacionais; o fim completo e permanente da agressão, a retirada total e completa da ocupação da Faixa de Gaza, o retorno dos deslocados às suas casas sem restrições e um verdadeiro acordo de troca de prisioneiros, além da reconstrução e do fim do bloqueio", disse Nono à Reuters.
Um funcionário israelense sinalizou que a posição central de Tel Aviv permanece inalterada, afirmando que, em nenhuma hipótese, concordaria em encerrar a guerra por um acordo para libertar reféns.
Antes do início das conversas, havia algum otimismo. No entanto, o diálogo tem tropeçado na demanda do Hamas por um compromisso de encerrar a ofensiva. Israel insiste que, após qualquer cessar-fogo, retomaria as operações destinadas a desarmar e desmantelar a facção.
O Hamas disse na sexta-feira (3) que iria para o Cairo com um "espírito positivo", após estudar a última proposta.
Israel deu um sinal preliminar para termos que, segundo uma pessoa a par das negociações, incluíam o retorno de entre 20 e 33 reféns em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos.
Isso deixaria cerca de 100 reféns em Gaza, alguns dos quais Israel diz terem morrido em cativeiro. O retorno dos demais sequestrados poderia exigir um acordo adicional.
O Egito havia feito esforço para retomar as conversas no fim de abril, alarmado com a perspectiva de uma ofensiva terrestre israelense contra o Hamas em Rafah, no sul de Gaza, onde mais de 1 milhão de palestinos se abrigaram a poucos quilômetros da fronteira egípcia.
A guerra começou depois que o Hamas surpreendeu Israel com um ataque terrorista sem precedentes em 7 de outubro, no qual 1.200 pessoas foram mortas e 252 reféns foram feitos, de acordo com contagens israelenses.
Desde então, a resposta militar de Tel Aviv já matou mais de 34.600 palestinos, e mais de 77 mil ficaram feridos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
Leia Também: Madonna fez da praia de Copacabana a maior pista de dança do mundo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente esta matéria.