Greve dos Defensores Públicos da Bahia chega a 30 dias
A categoria está em greve, como forma de buscar dos poderes Executivo
e Legislativo a consciência da responsabilidade pelo cumprimento da
Constituição Federal, pela aprovação do Projeto de Lei Complementar
(PLC) nº 154/2023, que busca a reestruturação da carreira e, inclusive,
assegurar simetria constitucional com as carreiras do sistema de
justiça.
A Defensoria Pública da Bahia está na lanterna regional, pois os
defensores baianos são os únicos do Nordeste sem respeitar a simetria as
carreiras do sistema de Justiça, como prevê a Emenda Constitucional
80/2014. Este fato vem levando vários defensores nomeados a pedir
exoneração.
Para Tereza Almeida, presidente da Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado da Bahia (ADEP), outro agravante é que há mais de 10 (dez) a classe busca o cumprimento da Constituição com a reestruturação da carreira com o subsídio com o subteto. “A estimativa de prejuízo da remuneratória nesse período é de quase 50% do valor do seu subsídio, em virtude dos índices anuais de inflação, sendo hoje, dentre as Defensorias Estaduais, a da Bahia onde as carreiras é uma das mais desvalorizadas do país,” destaca.
Atualmente, 418 defensoras e defensores públicos estão em atuação no estado e em protesto 70% da classe está paralisada, em cumprimento ao que preconiza à legislação.
PLC 154/23- O Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 154/2023, da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA), é um projeto que visa dar cumprimento ao que está posto no art. 37 inciso XI da Constituição. Em dezembro de 2023, o PLC entrou na pauta da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), mas não foi votado sendo o único projeto retirado de pauta. O projeto tramita na Casa estando na CCJ. O PLC visa nivelar a carreira de defensor público com outras carreiras do sistema de Justiça.
“Estamos falando de uma instituição que atende vulneráveis, pessoas em situação de rua, violência doméstica, sem condições de pagar advogado e o acesso à Justiça que é um direito sagrado, um direito fundamental. O Estado Defensor está enfraquecido e sem condições de atuar com a dignidade que o cidadão merece,” conclui.
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