Uso de inteligência artificial cresce em campanhas pelo mundo e acende sinal de alerta no TSE para eleições municipais
Uma resolução aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em fevereiro estabelece regras para o uso da IA nas campanhas eleitorais, como a obrigatoriedade de identificar o uso da tecnologia em materiais de divulgação e a proibição dos chamados “deepfakes” — técnica que permite substituir o rosto de pessoas em vídeos, por exemplo.
A tecnologia de deepfake foi utilizada na África do Sul em vídeos que falsamente indicavam o apoio do ex-presidente norte-americano Donald Trump a candidatos no país. A imagem de Trump, ele próprio candidato nos Estados Unidos, também foi manipulada no Paquistão para alegar que ele libertaria o ex-primeiro-ministro Imran Khan da prisão.
Todos esses episódios poderiam ser enquadrados nas regras do TSE, com a possibilidade de cassação da candidatura ou até do mandato dos responsáveis pela divulgação.
O tribunal afirma que seus servidores acompanham a utilização da tecnologia em todo o mundo, participando de eventos e workshops internacionais. Em nota, o TSE informou que esse monitoramento é uma prioridade da Corte.
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