Em Assembleia, polícias Civil e Técnica aprovam suspensão imediata das operações na Bahia
De acordo com os sindicatos das categorias, as polícias civil e técnica aprovaram a suspensão das operações por causa da “morosidade” do governo do Estado na negociação da reestruturação salarial dos servidores que estão há 10 anos com os salários defasados. Segundo as entidades, os policiais civis da Bahia recebem o 26° pior salário do país.
O presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, destacou que os policiais civis têm tido um “papel de destaque” no combate à criminalidade da Bahia. O sindicalista ressaltou que a Polícia Civil tem realizado recorde de prisões de líderes das facções do tráfico de drogas. “Mas, infelizmente, o nosso atual salário não é condizente com a importância da nossa categoria e com a atividade de risco que exercemos todos os dias. Saímos de casa para trabalhar e não sabemos se iremos retornar”.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Delegados (Adpeb), Jorge Figueiredo, todas as carreiras das polícias Civil e Técnica estão unidas em prol da valorização salarial da categoria e da diminuição do “fosso salarial” histórico que existe entre as carreiras. “Não adianta o governo estar dando viaturas novas, dando uma Ferrari para o policial trabalhar se depois ele tem que ir para casa de ônibus. Conheço um escrivão que ganha R$ 1.300 líquido, como é que o Estado quer que o servidor fique motivado para combater o crime organizado com esse salário?”, questionou o delegado e sindicalista.
A Assembleia Geral Conjunta foi realizada pelo movimento “Unidos pela Valorização dos Policiais Civis” representado pelo Sindpoc, Adpeb, Sindicato dos Peritos em Papiloscopia (Sindpep), Sindicato dos Escrivães (Aepeb-Sindicato), Associação dos Investigadores (Assipoc), Sindicato dos Peritos Médicos e Odonto-legais (Sindmoba) e o Sindicato dos Peritos Criminais (Asbac).
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