Na corrida pela popularidade, Lula inaugura obras inacabadas, sem verbas federais ou bancadas pela gestão Bolsonaro

Em busca de melhorar a avaliação de sua gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou o ritmo de viagens pelo país e tem participado da entrega de obras que não tiveram verbas federais, ainda não finalizadas ou que foram pagas em sua maior parte pela gestão do antecessor, Jair Bolsonaro. Um levantamento do jornal “O Globo” identificou seis cerimônias com a presença do chefe do Executivo, mesmo sem a atuação determinante da gestão petista na liberação de recursos.


A divulgação de obras pelo Brasil faz parte de uma estratégia para reverter a tendência de queda na popularidade do governo que vinha desde o ano passado. Uma pesquisa da Quaest divulgada há duas semanas mostrou que o índice dos que consideram a gestão do petista ótima ou boa subiu de 33% para 36% em relação a maio, enquanto as percepções negativas sobre o governo caíram de 33% para 30%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

O tour, no entanto, já gerou constrangimento ao presidente: no início do mês, Lula foi cobrado por uma estudante ao entregar uma intervenção ainda incompleta no campus de Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A obra foi anunciada por ele mesmo em 2008 e, apesar de inaugurada agora, não está concluída.

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