Trump lamenta morte de apoiador em comício; eleitores se juntam em ato em NY

O ex-presidente americano Donald Trump publicou neste domingo (14) sua segunda mensagem desde que foi alvo de um atentado a tiros na véspera, durante comício no estado da Pensilvânia.

O texto, divulgado na plataforma criada pelo próprio líder, Truth Social, tem forte componente religioso, e pede que os apoiadores do republicano sigam “resilientes na nossa Fé e desafiadores diante da Maldade”.

Também presta solidariedade às demais vítimas do tiroteio —um participante do comício foi morto, e outros dois estão feridos em estado grave.

“Nosso amor vai para as demais vítimas e seus familiares. Rezamos para a recuperação daqueles que foram feridos, e guardamos nos nossos corações a memória do cidadão que foi morto de forma tão horrível”, escreveu Trump.

Ainda no texto, Trump disse que foi “só Deus que impediu que o inimaginável acontecesse”. O candidato à Presidência pelo Partido Republicano foi ferido na orelha, mas foi retirado do palco por agentes do Serviço Secreto e passa bem. O suposto atirador foi morto por agentes de segurança naquele mesmo instante.

O líder conservador ainda confirmou que pretende participar nos próximos dias de um evento de campanha no estado de Wisconsin, o que seus assessores já tinham antecipado.

“Neste momento, é mais importante do que nunca que permaneçamos Unidos e que mostremos nosso Verdadeiro Caráter enquanto americanos, permanecendo Fortes e Determinados e não permitindo que o Mal Vença. Eu amo verdadeiramente nosso País, e amo todos vocês, e estou ansioso pela oportunidade de falar à nossa Grande Nação nesta semana em Wisconsin”, escrevem.

APOIADORES SE REÚNEM EM FRENTE À TRUMP TOWER
Um a um, do sábado para o domingo, eles encheram a Quinta Avenida em Nova York —moradores locais, turistas, curiosos e fãs— confiantes de que, naquela noite, teriam companhia na Trump Tower.

Christine Randall, 59, estava assistindo de sua casa em Manhattan o comício do ex-presidente Donald Trump, realizado em Butler, na Pensilvânia, quando soaram os tiros.

“Eu achei que talvez ele estivesse morto. Comecei a chorar”, disse Randall pouco antes das 22h do sábado (13). “Quando ele se levantou, fiquei tão feliz.”

Ela conta que em seguida pegou seu boné “Make America Great Again” (Faça a América Grande de Novo, em português) e uma bandeira com a inscrição “Take America Back” (Retome a América) e começou a caminhar em direção ao edifício do ex-presidente.

Ela não estava sozinha.

Com uma muralha de policiais guardando a entrada dourada da torre e um punhado de câmeras de TV próximas, cerca de duas dezenas de pessoas se reuniram, mesmo horas depois dos disparos, para demonstrar seu apoio a Trump e e para buscar algum consolo entre os abalados.

Eles trocavam históricas sobre onde estavam no momento do tiroteio e tiravam fotos dos enfeites e adereços vermelhos pró-Trump uns dos outros.

Acenavam para os motoristas e motociclistas que buzinavam ou levantavam o punho ao passarem pela rua ao lado —”Nós te amamos, Trump! Nós te amamos”, alguém gritou da rua.

“Eu vou ficar aqui a noite inteira”, disse Lynda Andrews, 51, vestindo um boné pró-Trump, uma blusa vermelho brilhante e segurando uma bandeira americana.

Andrews disse que é originária da Pensilvânia, o estado onde o comício ocorreu. Ela afirmou ter “entrado em choque” enquanto assistia, de sua casa no Harlem, o evento com Trump.

“Eu vi ele [Trump] levantar sua mão”, Andrews disse. “Fiquei pensando: esse é o meu cara”.

Ela então trocou de roupa e partiu em direção ao centro da cidade.

Folhapress

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