Dinheiro esquecido só é liberado com conta ouro ou prata no gov; veja como aumentar seu nível
O selo de entrada no portal do gov.br é o bronze, mas esse nível não é suficiente para liberar a consulta, por questões de segurança.
O primeiro cadastro no gov pode ser feito por computador, tablet ou celular por meio do site do sistema (gov.br/governodigital). Informações como número do CPF e data de nascimento são solicitadas aos novos usuários.
Também é possível utilizar o aplicativo para criar a conta. Nesse caso, conseguir o nível prata ou ouro é mais fácil, já que, com o acesso à câmera, o cidadão consegue provar com facilidade sua identidade via biometria.
Neste ano o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) divulgou a possibilidade do uso da câmera traseira dos dispositivos móveis para fazer o reconhecimento biométrico dos usuários do gov.br. O ministério afirma que “a medida beneficia diretamente quem tem celulares antigos e também pessoas com deficiência, do espectro autista, com doenças neurodegenerativas e idosos”.
Como conseguir o nível prata?
Para conseguir aumentar o nível da conta gov, é possível fazer o
reconhecimento facial pelo aplicativo para conferência da foto nas bases
da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Outra opção é a validação dos dados via internet banking de um banco credenciado. Alguns clientes encontram dificuldade nesse processo, uma vez que, em alguns casos, é necessário possuir o aplicativo do banco em seu celular.
Segundo o ministério, “cada instituição financeira define o seu processo de segurança. Então, pode ser que um banco decida que para logar o cidadão tenha que receber algum código no aplicativo do banco”.
O governo informa ainda que os métodos mais comuns para realizar a autenticação dos bancos são:
Envio de um código de SMS para o telefone cadastrado (necessária adesão ao serviço de mensagens);
Senha de quatro dígitos ou chave de segurança disponibilizada pelo banco;
Leitura de um QR Code na tela usando o celular;
O Itaú Unibanco é um dos bancos credenciados que exige o acesso ao aplicativo para concluir esse processo. Em nota, a instituição diz que a única maneira de realizar o login no gov.br com a conta Itaú é via aplicativo do banco. “A inclusão dos dados bancários já garante o acesso ao nível prata e, para isso, é necessário incluir a agência, conta, senha eletrônica e código iToken, que pode ser visualizado na tela inicial do app.”
O BTG Pactual afirma que também é necessário ter o aplicativo instalado no celular para realizar o processo. No site oficial do banco, o passo a passo do processo está detalhado e pode ser conferido por meio deste link.
A cooperativa financeira Sicredi afirma que, para atingir o nível prata no site do gov.br são solicitadas informações específicas para identificar o usuário, diferenciando entre pessoa física e jurídica. Para pessoa física, é pedido o número da conta, número da agência, CPF e senha. Enquanto para pessoa jurídica, é solicitado o nome de usuário (gerenciado pela empresa), CNPJ e senha.
“Além disso, é necessário utilizar um celular durante o processo, pois é aplicado o “Segundo Fator de Autenticação”, que envolve o envio de um código único, geralmente por SMS. Esse código é fornecido durante o login para reforçar ainda mais a segurança”, diz a instituição em nota.
Em nota, o Nubank diz que todos os processos relacionados ao banco só podem ser feitos pelo aplicativo de celular, assim, não há outro caminho pelo qual os clientes possam realizar a validação. O mesmo acontece com o Pic Pay.
O Banco do Brasil não exige que os clientes tenham o aplicativo para realizar esse processo, sendo necessário informar apenas agência, conta, senha de oito digítos e um código que é enviado por SMS. Um processo semelhante pode ser feito pelos clientes da Caixa Econômica sem a necessidade de acessar o celular.
Banco Mercantil, Bradesco, Santander, Banrisul, Sicoob e Agibank não responderam à Folha sobre o processo de autenticação até a publicação desta reportagem.
Outro método que pode ser utilizado por servidores públicos para subir de nível é a validação de dados com usuário e senha do Sigepe (Sistema de Gestão de Pessoas).
Como conseguir o nível ouro?
Para conseguir atingir o nível ouro, o governo fazer o reconhecimento
facial pelo aplicativo gov.br para conferência da foto nas bases da
Justiça Eleitoral (TSE); a validação de dados utilizando o aplicativo
gov.br para ler o QR Code da Carteira de Identidade Nacional ou a
utilização do Certificado Digital de pessoa física compatível com
ICP-Brasil.
Quais são os níveis do gov.br?
Bronze
Acesso a serviços digitais de forma limitada, que não tragam risco de exposição dos dados
Acesso parcial às funcionalidades do aplicativo gov.br
Conta com nível básico de segurança, com acesso a poucos serviços digitais
Prata
Login único para um maior número de serviços e mais proteção pessoal
Acesso completo a todas as funcionalidades do aplicativo gov.br
Conta com nível alto de segurança, com acesso a serviços que exigem reconhecimento facial ou acesso a bancos credenciados
Ouro
Login único para qualquer serviço digital do governo, sem restrição de acesso
Acesso completo a todas as funcionalidades do aplicativo gov.br
Conta com nível máximo de segurança, principalmente para serviços com dados mais sensíveis e de maior risco
Para quem tem as contas prata ou ouro, é possível acessar informações
que tenham relação com o PIS/Pasep, o INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social), a Receita Federal e o SVR.
Posso ter dinheiro esquecido no SVR?
De onde vem o dinheiro esquecido, segundo o Banco Central:
Contas-correntes ou poupanças encerradas e não sacadas;
Cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito previstas em termo de compromisso assinado com o BC;
Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito;
Grupos de consórcio extintos;
Cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso;
Contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e com saldo disponível;
Contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários;
Demais situações que resultem em valores a serem devolvidos reconhecidas pelas instituições financeiras.
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