Rui Costa intensifica agenda eleitoral na Bahia, mas despreza Geraldo Jr.
Ministro esteve em Ilhéus e Itabuna neste final de semana |
Na noite de sexta (13), Rui fez uma caminhada ao lado da candidata do PT em Ilhéus, Adélia Pinheiro. Lá, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o senador Otto Alencar (PSD) tentam convencer o prefeito Mário Alexandre (PSD) a retirar da disputa o ex-secretário municipal de Gestão Bento Lima (PSD), para que haja a união em torno da petista, tática que visa, inclusive, estancar o crescimento do concorrente da oposição, o empresário Valderico Júnior (União).
Já no sábado (14), pela manhã, o ministro participou de uma carreata ao lado do prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), e de outras lideranças petistas, a exemplo do deputado estadual Rosemberg Pinto. Lá, a base do governo está mais unida em torno da reeleição do gestor, apesar da candidatura do deputado estadual Pancadinha, que, embora seja da oposição, é filiado ao Solidariedade e tem o apoio do MDB, legendas da base, e até de parte do PT.
“O que eu vim dizer a vocês é que isso tudo o que fizemos aqui não pode parar. Ilhéus merece mais. Nós vamos, Adélia, juntos, se Deus quiser, projetar a cidade para seu futuro, para que seja referência de administração pública, de geração de emprego e turismo para o país inteiro”, afirmou Rui em Ilhéus. “Itabuna não pode parar e o governo de Augusto precisa continuar”, discursou o ministro em Itabuna.
No dia 9, Rui Costa esteve em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, para evento de campanha do candidato do PT e ex-prefeito Luiz Caetano, e em Valença, onde reforçou o apoio ao ex-deputado Marcos Medrado, hoje filiado ao PV, que tenta este ano ser eleito prefeito do município do Baixo Sul.
Mas o ministro segue distante da agenda eleitoral do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) em Salvador, o que provoca incômodo entre aliados do emedebista, a exemplo da deputada federal Lídice da Mata (PSB), uma das coordenadoras da campanha.
*Planos futuros*
Antes de a disputa eleitoral começar oficialmente, Rui tinha dito à imprensa que não teria tempo, por conta dos compromissos em Brasília, onde é braço direito do presidente Lula (PT), de participar presencialmente da campanha na capital. A presença do petista na campanha do emedebista, dessa forma, se daria mediante gravações para a propaganda eleitoral de rádio e TV, como já ocorreu.
O único ato público ao lado de Geraldo Júnior até aqui foi a presença na convenção que confirmou a candidatura do emedebista, mas antes do início da campanha. Vale lembrar que a candidatura do vice-governador foi arquitetada pelo senador Jaques Wagner (PT), enquanto Rui defendia o nome do presidente da Conder, José Trindade (PSB).
Segundo lideranças do PT ouvidas neste sábado (14) e domingo (15) pelo *Política Livre*, a estratégia de Rui é se “descolar” da derrota em Salvador, onde o prefeito Bruno Reis (União) deve vencer com folga no primeiro turno, enquanto se aproxima da disputa em municípios importantes e nos quais as chances de vitória são maiores.
A estratégia mira também se fortalecer politicamente para 2026, quando o ministro planeja ter um espaço na chapa majoritária para concorrer ao Senado. Das duas vagas, apenas uma está em jogo, pois Wagner já disse que vai disputar a reeleição. A outra é almejada principalmente pelo atual senador Ângelo Coronel, que pleiteia o direito à reeleição, por Rui e pelo Avante, comandado pelo ex-deputado federal Ronaldo Carletto.
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