Fugi do regime comunista e vim ao Brasil em busca de liberdade, diz cubana eleita em São Paulo
“Eu não sou apenas uma estrangeira. Sou uma estrangeira que fugiu de um regime comunista e veio para o Brasil em busca de liberdade”, disse à reportagem. “É muito gratificante. Para dizer a verdade, até mesmo muito admirável e surpreendente”.
No Brasil desde 2011, Zoe ganhou projeção nas redes sociais com críticas ao regime cubano e à esquerda brasileira. Apenas no Instagram ela tem mais de 1,3 milhão de seguidores.
Após atingir a maioridade, a cubana se naturalizou brasileira. O motivo, ela diz, foi o desejo de votar em Jair Bolsonaro (PL), que em 2018 concorreu à Presidência da República. Em 2019 e 2020, Zoe trabalhou como assessora parlamentar no gabinete da deputada federal Bia Kicis (PL-DF).
“Se defender o Brasil, a liberdade, os valores da família e da propriedade privada é ser bolsonarista, então, sim, eu sou bolsonarista”, afirmou.
Sua influência a catapultou em 2022 a um posto de comentarista na programação da Jovem Pan, onde colecionou polêmicas. Por exemplo quando tentou defender Nelson Piquet, que chamou o piloto Lewis Hamilton de “neguinho”, Zoe argumentou que o sambista Neguinho da Beija-Flor usa a mesma palavra como apelido.
“Então o Neguinho da Beija-Flor também é racista. Ele é negro de uma forma que, na escuridão, você só vê a gengiva. E ele tem muito orgulho da cor da pele negra”, disse no programa Morning Show, o que provocou a divulgalção de uma nota de repúdio do artista.
Após eleições de 2022, Zoe Martinez defendeu que as Forças Armadas destituíssem os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). A fala foi proferida pouco antes de a comentarista ser afastada e demitida. No mesmo período, o MPF (Ministério Público Federal) abriu inquérito para apurar a conduta da emissora, sob suspeita de veicular fake news e incentivar o golpismo.
Zoe, contudo, disse não guardar mágoas da Jovem Pan. “Foi a perseguição à direita”, avaliou.
De volta à política, em 2023 se tornou assessora do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
No mesmo ano, lançou a possibilidade de disputar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo durante evento com Michelle Bolsonaro. Na ocasião, Zoe afirmou que não apoiaria a candidatura à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) “por não ser 100% de direita”.
Mas Nunes agora tem seu apoio, ela disse.
“Ricardo Salles era o prefeito dos meus sonhos. Na medida em que esse sonho não se realizou, a gente tem que lidar com a realidade. Estou aqui para apoiar e trabalhar pelo Nunes.” Ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, Salles desistiu de disputar a Prefeitura de São Paulo após falta de apoio do ex-presidente e do PL, que preferiram Nunes.
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