‘Não seria justo deixar tanto conhecimento inerte’, diz Janaina Paschoal sobre retorno à política

A ex-deputada Janaina Paschoal (PP-SP) recebeu 48.893 votos e foi eleita vereadora em São Paulo. A professora da USP afirma ao Painel que está “muito feliz em poder trabalhar para a população de novo”, dois anos após deixar a Assembleia Legislativa de São Paulo, e diz que “não seria justo deixar tanto conhecimento inerte”.

Janaina diz que assim que for empossada pretende municipalizar todos os seus projetos em andamento na Alesp.

Alguns dos principais projetos da ex-parlamentar tratam de direitos reprodutivos (como o que propunha a liberação da cesárea sem indicação clínica para gestantes do SUS) e de crianças em situação de rua (como o que propunha o retorno à família ou acolhimento de crianças em situação de rua que não estejam pelos pais ou responsáveis).

Ela afirma que na primeira oportunidade vai chamar uma audiência pública para discutir os tombamentos no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo. “Os moradores são muito ressentidos com a impossibilidade de fazer o bairro avançar”, afirma.

Ela diz ainda que, por ter perfil mais nacionalizado, seguirá acompanhando e se manifestando a respeito de questões políticas que extrapolam o município. Também afirma que o cargo de vereadora, diferentemente do de deputada, não impede o exercício das aulas na Faculdade de Direito da USP.

Questionada a respeito do que fará de maneira diferente como vereadora em relação ao seu mandato estadual, ela afirma que só passará a frequentar a Câmara depois da posse. Ela passou a ir à Alesp assim que eleita, em 2018, o que, segundo ela, criou muitos constrangimentos e atrapalhou sua chegada à Casa.

“Os vereadores não reeleitos precisam ter seu tempo. Não quero invadir o espaço de ninguém”, argumenta.

Outra mudança, diz Janaina, é que não pretende concorrer a cargos administrativos. “Na Alesp, concorri à Presidência e gerei muita resistência por isso. Seguirei com meu trabalho técnico e com meu gabinete enxuto”, afirma.

Guilherme Seto/Folhapress

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