Angelo Coronel diz que coordenador do Dnocs na Bahia coloca sigilos fiscal e bancário à disposição da Justiça


O senador Angelo Coronel (PSD) afirmou a este Política Livre ter convicção de que o atual coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) na Bahia, Rafael Guimarães de Carvalho, não tem envolvimento com os crimes apurados pela Polícia Federal na Operação Overclean, deflagrada na semana passada para investigar desvios de recursos no órgão, sobretudo por meio do direcionamento de emendas parlamentares. Rafael foi nomeado em junho do ano passado para o cargo após ter sido indicado pelo parlamentar parlamentar baiano, como revelou o site na época (clique aqui para ler).

“Rafael é uma pessoa de conduta ilibada. Antes de indicá-lo, fiz questão de pesquisar o nome dele, e não havia nada de desabonador. Confio plenamente nele. Inclusive, se a Justiça assim o desejar, ele está à disposição para abrir mão dos sigilo fiscal, bancário e telefônico”, declarou Coronel.

Rafael não teve a prisão preventiva decretada na operação, mas foi alvo de mandato de busca e apreensão. Ele é citado como agente público supostamente facilitador da atuação do grupo criminoso liderado pelo empresário Alex Parente, um dos donos da empresa familiar Allpha Pavimentações Ltda., favorecida em licitações e contratos com o Dnocs e prefeituras da Bahia, mesmo prestando serviços que seriam de péssima qualidade e burlando especificações técnicas.

“São fatos relacionados ao passado, a gestões anteriores do Dnocs, órgão que já foi alvo até de intervenção federal por conta de irregularidades. Rafael não tem nada a esconder. Se fosse o caso, o indicaria novamente”, ressaltou Angelo Coronel.

O interventor Jackson Carvalho assumiu a coordenação do Dnocs na Bahia em setembro de 2021, permanecendo até a chegada de Rafael Carvalho. Ainda no governo Jair Bolsonaro (PL) e antes de Jackson, o cargo era ocupado justamente por Lucas Lobão, ligado ao deputado federal Adolfo Viana (PSDB) e ao vereador de Salvador Alexandre Aleluia (PL), e preso da Operação Overclen.

Na época da intervenção, a Controladoria Geral da União (CGU) identificou um sobrepreço estimado de até R$192 milhões na aquisição de 470 mil reservatórios de água de polietileno realizada pela coordenadoria, num pregão realizado em 2020.

Política Livre

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