Fragilizado, Elmar Nascimento vai deixar a liderança do União Brasil na Câmara; Arthur Maia almeja o posto
Depois de não conseguir se viabilizar como candidato à presidência da Câmara Federal, de ser criticado no partido por defender o apoio à reeleição do presidente Lula (PT) e de ter um primo preso na Operação Overclean da Polícia Federal, o deputado Elmar Nascimento ficará ainda mais fragilizado politicamente ao deixar a liderança do União Brasil na Casa.
Nesta quarta-feira (18), os 59 parlamentares do partido se reunirão para escolher um novo líder. Elmar está no posto há três anos, e a bancada do União Brasil, em comum acordo com o deputado baiano, achou por bem estabelecer um rodízio a partir de agora.
Há quatro nomes na disputa para suceder Elmar, incluindo um baiano: Arthur Maia, que, ao contrário do atual líder, apoia a candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), à presidência da República. Em comum com Elmar, Arthur também controla politicamente uma parte da Codevasf na Bahia: a superintendência de Bom Jesus da Lapa, onde emplacou, ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), o empresário Harley Xavier Nascimento com chefe da unidade, mantido por Lula.
Os outros três candidatos a líder do União Brasil também são nordestinos: os deputados Mendonça Filho (PE), Pedro Lucas Fernandes (MA) e Damião Feliciano da Silva (PB). Para tentar evitar um bate-chapa, o presidente nacional do partido, Antonio Rueda, articula um consenso entre os quatro postulantes até a reunião da bancada, na quarta.
Sem a liderança, Elmar ainda tem aspiração de ser ministro do governo Lula. Caso contrário, o parlamentar baiano é cotado para assumir a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara ou a relatoria do orçamento de 2026 da União.
O deputado também luta para segurar o controle da Codevasf, o que, no mínimo, serviria para garantir a manutenção da força dele nos planos nacional e, principalmente, estadual. Tudo indica que os 100 metros rasos de Elmar para encontrar na linha de chegada a expansão política, nos tempos gloriosos (e recentes) da amizade com o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, se tornou uma corrida de obstáculos pela sobrevivência.
Política Livre
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