Jerônimo atribui a Bolsonaro queda na popularidade de Lula; redução mais significativa ocorreu no Nordeste

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) atribuiu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o resultado da pesquisa divulgada pelo Instituto Quest, nesta segunda-feira (27), que aponta queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o levantamento, Lula é reprovado por 49% dos brasileiros e aprovado por 47%.

Na avaliação de Jerônimo, “Lula está pagando a conta pelas mazelas deixadas pelo governo anterior” nas áreas de habitação, emprego e renda que, segundo ele, apresentam déficit. “O que o Lula está fazendo pelo Brasil, nós estamos recompondo investimentos em ministérios que não existiam, trouxemos de volta. O favorecimento, inclusive, não só para pessoas pobres, que estavam em situação de extrema pobreza, ou de fome, ou sem habitação, sem emprego. Nós melhoramos as taxas de emprego, empregabilidade, inflação”, elencou o governador, durante a aula inaugural do Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar, em Salvador. Em conversa com a imprensa, Jerônimo também sugeriu como estratégia para reduzir os preços dos alimentos o estímulo à produção nacional.

A análise de integrantes da cúpula do governo Lula vai além da do governador Jerônimo. A alta de preços dos alimentos ao consumidor, o custo de combustíveis e a conta de luz também pesaram na desaprovação do governo, assim como a falha na comunicação sobre as mudanças nas regras das transações via Pix, que acabou dando espaço a fake news.

Há a expectativa de que o governo lance, nos próximos dias, uma campanha publicitária para afirmar que “ninguém mexe com o Pix” e que o Pix “é nosso”, como reação às fake news disseminadas, sobretudo, pela ala da direita. Essa será a primeira campanha da Secretaria de Comunicação da Presidência já sob a batuta do publicitário baiano Sidônio Palmeira.

Outro dado que acendeu alerta no governo federal foi a redução da popularidade de Lula em seu principal reduto eleitoral, a região Nordeste, onde a aprovação caiu de 69% para 59% e a reprovação aumentou 5 pontos percentuais, de 32% para 37%. A piora na aprovação dos eleitores de rendas baixa e média também foi vista como preocupante por emissários do governo.

Carine Andrade

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