André Esteves, do BTG Pactual, diz que vai ao banco todos os dias para se divertir

O fundador e presidente do conselho do BTG Pactual, André Esteves, disse nesta quarta-feira (12), durante evento, que vai ao banco todos os dias para se divertir.

Em resposta a uma pergunta do diretor Marcelo Flora, também do BTG, sobre a “onda coach” de acordar diariamente às 4h30 e praticar exercícios no início do dia, o banqueiro diz que adota uma filosofia diferente.

“Eu acho que a coisa mais importante para a saúde é você ser feliz, fazer o que gosta, com quem gosta, sentir que está crescendo e construindo. Quando começam a me perturbar muito, que eu trabalho muito, eu falo ‘olha, mas eu sou feliz, você é tão feliz quanto eu? Porque eu sou’. Eu vou para o banco para me divertir todo dia”, disse Esteves em painel de líderes realizado no BTG Summit 2025.

A conversa também passou pela disparada do dólar em dezembro no Brasil, as tarifas de Donald Trump nos Estados Unidos e a vida pessoal do executivo.

“O Brasil não tinha fundamentos econômicos que sugerissem uma crise do tamanho do que a gente viu ali, aquela confusão, principalmente ao longo de dezembro. Agora, a volta nesses primeiros 45 dias do ano, também não tem a ver com os méritos do Brasil. O que está acontecendo agora é alguma coisa meio global”, disse Esteves.

Segundo o banqueiro, houve um recuo do dólar neste ano a despeito do otimismo dos mercados com o governo Trump, e o movimento agora pode ter chegado ao final. A moeda americana fechou com queda de 0,07% nesta quarta e encerrou o dia cotada a R$ 5,762 —no início do ano, chegou a atingir R$ 6,182.

Esteves disse que vê com otimismo a agenda pró-negócios e geopolítica do presidente americano. “Quando o saloon está muito bagunçado e entra alguém com uma estrela no peito, a coisa tende a se acalmar”, disse.

No entanto, aponta atitudes erráticas e erros econômicos no novo governo, como no caso das tarifas impostas a parceiros comerciais de peso.

“O livre comércio com os Estados Unidos criou um ambiente extremamente positivo para os Estados Unidos. É verdade que têm déficit com a maioria dos países. E daí? Qual o mal que isso causou nos Estados Unidos? Nenhum, pelo contrário, promoveu enorme desenvolvimento”, disse.

Esteves também afirmou que não precisa se envolver com política e que são as empresas ruins que precisam de um bom governo. “Empresa boa vai com governo ruim mesmo.”

“O que transforma uma sociedade não são os governos, somos nós. Gerando emprego, ensinando bons valores para os jovens que trabalham com a gente, aplicando boas práticas e empurrando o Brasil para frente com o nosso ar. Isso que transforma a sociedade”, disse.

Segundo o executivo, logo chegará o momento dos filhos dos sócios começarem a trabalhar no BTG. Ele tem três filhos.

“Estamos ficando um pouco mais velhos, então estamos começando a ter filhos qualificados para trabalhar no banco, e eu acho que daqui a pouco nós vamos estar trazendo os filhos da geração de sócios para trabalhar”, disse.

Segundo o Bloomberg Billionaires Index, a fortuna de Esteves é avaliada em cerca de US$ 8 bilhões (R$ 46 bilhões).

Folhapress

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