Depois de eleição à Assembleia, PT quer “punir” Coronel com suplência de senador, por Raul Monteiro*
O senador Angelo Coronel não deve aguardar dias fáceis na relação política com o PT
Artífice involuntário do acordo que resultou na escolha da deputada estadual Ivana Bastos (PSD) para primeira vice-presidente da Assembleia, o senador Angelo Coronel (PSD) não deve aguardar dias fáceis na relação política com o PT e o governo a partir de agora. Tanto o partido quanto a cúpula governista atribuem exclusivamente ao senador o movimento que derrotou a pretensão da sigla de assumir o controle da Casa por meio do deputado estadual petista Rosemberg Pinto, considerada por eles uma oportunidade de ouro neste momento em que a legenda caminha para 20 anos no comando do Estado.
Por causa da frustração do plano, petistas e o governo pensam em punir o senador do PSD com o veto, ainda que neste momento velado, a qualquer projeto seu de se reeleger ao Senado na chapa com que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) vai disputar a sucessão de 2026. A dia de hoje, acenam, no máximo, com a vaga de suplente de Jaques Wagner, com a promessa de que o senador pode assumir algum ministério num eventual segundo governo Lula ou mesmo renunciar, presenteando Coronel com o desejado novo mandato. É claro que as conjecturas ocorrem sem a presença ou o consentimento de Coronel.
No governo, ninguém se arrisca a tratar do tema com um senador que fez da ousadia a sua marca, a mesma com que continua a pleitear a reeleição na chapa governista enquanto dialoga abertamente com a oposição e a qual usou, com total destemor, para antepor ao projeto petista de eleger Rosemberg na Assembleia a candidatura do herdeiro, Angelo Filho, o que forçou o deputado, seu partido e o governo a recuarem, entregando, quase de mão beijada, a vice-presidência da Casa também ao PSD com Ivana – nome que deve assumir a presidência com a muito provável confirmação da cassação do mandato do presidente Adolfo Menezes (PSD) nos próximos dias.
A “punição” a Coronel reformula o primeiro desenho de chapa para 2026 com o que o governo trabalhava, assunto abordado com ineditismo e exclusividade em novembro do ano passado por esta coluna, em que pela primeira vez foi cogitada a candidatura do hoje ministro Rui Costa (Casa Civil) ao Senado, ao lado de Wagner e de Jerônimo, compondo a chamada “chapa dos governadores”. Naquele momento, antes, portanto, da recente afronta aos petistas protagonizada por Coronel, previa-se que seu filho, Diego, fosse indicado à vice de Jerônimo, ele concorresse a deputado estadual para assumir a presidência da Assembleia e Angelo Filho se candidatasse a federal.
Pelo visto, o cenário mudou, na mesma medida em que o senador, sem o filho na presidência da Assembleia, teria esgotado todos os recursos para impor sua candidatura à reeleição na chapa governista a partir de agora. No PSD, a liderança passaria naturalmente para Ivana que, como chefe do Poder Legislativo, a depender da maneira como conduza a Casa, pode tanto assumir os interesses de Coronel como ela própria impor seu nome ao Senado ou à vice. Apesar de grata ao senador, ela parece hoje mais ligada a Adolfo e Rosemberg, que trabalharam abertamente para que fosse ela a suceder o primeiro no caso de a Justiça contestar o mandato dele, como aconteceu.
*Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.
Raul Monteiro*
Por causa da frustração do plano, petistas e o governo pensam em punir o senador do PSD com o veto, ainda que neste momento velado, a qualquer projeto seu de se reeleger ao Senado na chapa com que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) vai disputar a sucessão de 2026. A dia de hoje, acenam, no máximo, com a vaga de suplente de Jaques Wagner, com a promessa de que o senador pode assumir algum ministério num eventual segundo governo Lula ou mesmo renunciar, presenteando Coronel com o desejado novo mandato. É claro que as conjecturas ocorrem sem a presença ou o consentimento de Coronel.
No governo, ninguém se arrisca a tratar do tema com um senador que fez da ousadia a sua marca, a mesma com que continua a pleitear a reeleição na chapa governista enquanto dialoga abertamente com a oposição e a qual usou, com total destemor, para antepor ao projeto petista de eleger Rosemberg na Assembleia a candidatura do herdeiro, Angelo Filho, o que forçou o deputado, seu partido e o governo a recuarem, entregando, quase de mão beijada, a vice-presidência da Casa também ao PSD com Ivana – nome que deve assumir a presidência com a muito provável confirmação da cassação do mandato do presidente Adolfo Menezes (PSD) nos próximos dias.
A “punição” a Coronel reformula o primeiro desenho de chapa para 2026 com o que o governo trabalhava, assunto abordado com ineditismo e exclusividade em novembro do ano passado por esta coluna, em que pela primeira vez foi cogitada a candidatura do hoje ministro Rui Costa (Casa Civil) ao Senado, ao lado de Wagner e de Jerônimo, compondo a chamada “chapa dos governadores”. Naquele momento, antes, portanto, da recente afronta aos petistas protagonizada por Coronel, previa-se que seu filho, Diego, fosse indicado à vice de Jerônimo, ele concorresse a deputado estadual para assumir a presidência da Assembleia e Angelo Filho se candidatasse a federal.
Pelo visto, o cenário mudou, na mesma medida em que o senador, sem o filho na presidência da Assembleia, teria esgotado todos os recursos para impor sua candidatura à reeleição na chapa governista a partir de agora. No PSD, a liderança passaria naturalmente para Ivana que, como chefe do Poder Legislativo, a depender da maneira como conduza a Casa, pode tanto assumir os interesses de Coronel como ela própria impor seu nome ao Senado ou à vice. Apesar de grata ao senador, ela parece hoje mais ligada a Adolfo e Rosemberg, que trabalharam abertamente para que fosse ela a suceder o primeiro no caso de a Justiça contestar o mandato dele, como aconteceu.
*Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.
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