Lula deve chamar Nísia para conversa na terça e dar início à reforma ministerial
O presidente Lula (PT) deverá se reunir na terça-feira (25) com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, desencadeando a reforma ministerial pela chamada “cozinha” do governo.
Lula já avisou a aliados que pretende substituir a ministra, como antecipou a Folha.
O titular da SRI (Secretaria das Relações Institucionais), Alexandre Padilha (PT), é favorito para a vaga, desde que concorde em não concorrer à Câmara em 2026, permanecendo no governo durante as eleições presidenciais. Padilha já deu sinais de que aceitaria a tarefa.
Nas conversas em que discutiu a sucessão de Nísia, com pessoas próximas, Lula manifestou preferência pessoal pelo nome do também ex-ministro da Saúde Arthur Chioro. Mas, segundo esses relatos, o presidente admite que deverá escolher Padilha por questões políticas e pela relação do ministro com a equipe que já está na pasta.
Um argumento adicional a favor de Padilha é o fato de que, atualmente, Chioro faz uma gestão bem avaliada pelo governo à frente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e mantê-lo nesse posto seria uma decisão segura.
Confirmada a opção por Padilha, Lula definirá o novo titular da SRI. Segundo aliados do presidente, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e os ministros dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), e de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), são cotados para o cargo.
Nesta sexta-feira (21), Lula fez elogios a Silvio Costa Filho, que, para Lula, “tem dado um show”. “É um menino, um pernambucano, que não tem preconceito, que não tem discórdia com ninguém, e é um companheiro que só trabalha para fazer as coisas acontecerem”, afirmou o petista.
Às véspera de dar início reforma ministerial, Lula acrescentou ainda que “de vez em quando a gente erra”.
“De vez em quando, a gente erra, mas na maioria das vezes a gente acerta, quando a gente escolhe um ministro de qualidade”, disse o presidente, sem citar nomes.
A declaração ocorreu em evento em Itaguaí (RJ).
“Eu já era amigo do pai do Silvinho, e agora eu sou amigo do pai do filho, e logo, logo, talvez eu seja amigo do neto dele, do filho dele, porque eu quero viver 120 anos. É importante vocês saberem que eu tenho uma conversa todo dia com Deus. Eu não quero ir para o céu. Eu quero ficar aqui na terra porque tem muita coisa para a gente fazer”, afirmou Lula.
Aliados de Silvio Costa Filho descartam por ora o deslocamento do ministro para a SRI. Apesar de estar incluído na banca de apostas, o próprio Lula havia declarado no início deste mês que Silveira permaneceria nas Minas e Energia. A fala se deu no momento em que outros partidos cobiçavam a pasta.
Ainda entre os cogitados, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), chegou a ser sondado para a função, mas, segundo relatos, teria alegado que a maior fonte de tensão para o governo está na Câmara. Daí, a importância de se ter um deputado federal no comando da SRI.
Também dentro dessa lógica, dirigentes do centrão defendem o líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), para o ministério.
Em conversas, Lula manifestou simpatia pelo nome da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), para o cargo como uma forma de provar sua capacidade de articulação, sempre posta em dúvida pela classe política.
Mas Lula tem sido desaconselhado pela dificuldade de trânsito que ela enfrenta junto a parlamentares de oposição, após exercer a presidência do PT. Por isso, ela deverá assumir a Secretaria-Geral da Presidência
Ainda segundo aliados, o presidente deverá decidir na semana o destino dos ministros do Desenvolvimento Social, Wellington Dias; do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; e das Mulheres, Cida Gonçalves, todos do PT. Interlocutores do presidente apostam na saída de pelo menos dois deles.
A gestão de Nísia tem sido alvo de queixas de integrantes do Congresso, de membros do Palácio do Planalto e do próprio Lula, que fez cobranças pela falta de uma marca forte na área.
Por isso, como a Folha revelou, Lula afirmou a interlocutores do meio político e da área da saúde que pretende trocar a ministra. Padilha já ocupou o cargo na gestão de Dilma Rousseff (PT).
Aliados relatam que o presidente já não esconde sua frustração com o desempenho de Nísia. Nos últimos dois anos, a gestão da ministra ficou marcada por críticas, crises sanitárias e a pressão do centrão para ampliar o controle sobre o orçamento da pasta.
Mas Lula chegou a fazer defesa pública dela, que entrou no cargo com perfil de técnica. Ainda segundo aliados de Lula, o número de casos de dengue no Brasil pesou para a insatisfação do presidente.
Catia Seabra/Folhapress
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