Sem Bolsonaro, manifestantes se reúnem na av. Paulista para pedir ‘Fora Lula’ e anistia por 8/1
Além do protesto em Copacabana (RJ), que aconteceu na manhã deste domingo (16), manifestantes se reuniram na Avenida Paulista (SP) no início desta tarde. Diferentemente do ato no Rio, a manifestação em SP não contou com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Mas foi capitaneada por lideranças de movimentos sociais de direita, como o Reforma Brasil, comandado por Guilherme Sampaio.
Conforme o coordenador do Reforma Brasil, o protesto foi pelo impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anistia aos presos e condenados pelos atos extremistas que aconteceram em Brasília em 8 de janeiro e pelo impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Ao R7, Sampaio informou que o ato, previsto inicialmente para começar às 14h, iniciou por volta das 12h30 e terminou em torno das 16h. “Como não tinha muita gente, a PM pediu para liberar mais cedo a via”, explicou.
Segundo o organizador, a PM-SP informou que cerca de 4 mil pessoas compareceram, ao todo, no ato. Mas ele estima que o número seja rotativo, pois considera que cerca de 1,5 mil pessoas estiveram, de fato, paradas durante todo o protesto. O R7 procurou a PM-SP, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Sem a presença de autoridades, o ato também não contou com carro de som, pois, segundo Sampaio, o veículo quebrou a caminho para SP. Desse modo, não aconteceram chamamentos ou palavras de ordem, mas apenas um momento para que os manifestantes cantassem o Hino Nacional, conforme relatou Sampaio.
Imagens que circulam nas redes sociais sobre o ato mostram diversos cartazes pedindo anistia e a deposição de Lula. Há ainda um boneco inflável grande, representando o presidente Lula com trajes de detento.
Manifestação em Copacabana
Durante o ato no Rio, que começou por volta das 10h, Bolsonaro disse que não vai sair do Brasil e será um ator de pressão para opositores “preso ou morto”. Ele sustentou que as acusações que responde na Justiça são “narrativas” e chamou a tentativa de golpe de Estado de “historinha”. A manifestação reuniu, entre outras autoridades, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Só não foi perfeita essa ‘historinha’ de golpe para eles porque eu estava nos Estados Unidos. Se tivesse aqui, estaria preso até hoje ou, quem sabe, morto por eles. Eu vou ser um problema para eles, preso ou morto. Mas, eu deixo acesa a chama da esperança, da libertação do nosso povo, afinal, o Brasil é um país fantástico”, afirmou.
Em mensagem aos opositores políticos e à própria Justiça, o ex- chefe do Executivo reafirmou a intenção de se candidatar à presidência em 2026 e disse que “eleição sem Bolsonaro é negar a democracia no Brasil”. “Se sou tão ruim assim, me derrote”, desafiou.
Ao comentar a questão da inelegibilidade, Bolsonaro questionou a decisão e disse que ninguém “encontrou dinheiro na cueca ou em caixas no seu apartamento”. Ao sustentar haver uma perseguição, o ex-presidente citou as investigações da morte da vereadora Marielle Franco, da venda de joias dadas a ele por autoridades internacionais, da falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19, do suposto sumiço de móveis do Palácio da Alvorada. Segundo ele “tudo foi embora e sobrou somente a fumaça do golpe”.
Durante a fala, Bolsonaro voltou a defender acusados presos pelos atos do 8 de Janeiro e afirmou que os parlamentares já teriam os votos para aprovar a proposta de anistia. No caso de um veto presidencial, haveria força para derrubada no Congresso, alegou Bolsonaro.
“Nós temos um compromisso que está no coração de cada um de vocês - é buscar anistia para nossos irmãos e irmãs que estão presos. Não podemos continuar tendo ‘órfãos de pais vivos’ pelo Brasil. Não existe maldade maior do que essa”, afirmou.
Após o fim do ato em Copacabana, a Polícia Militar do Rio informou que a manifestação reuniu 400 mil pessoas, sem registros de ocorrências. No entanto, um levantamento do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) da USP, apontou que o protesto reuniu 18,3 mil pessoas.
Bolsonaro estava desestimulando mais manifestações neste domingo em outras cidades a fim de concentrar um grupo maior no Rio. Um ato convocado para Belo Horizonte (MG), por exemplo, foi cancelado, apesar de ter o apoio do deputado federal Nikolas Ferreira, aliado de Bolsonaro. Há algumas semanas, o parlamentar informou que o protesto não iria mais acontecer.
O ex-presidente organiza outra manifestação em prol da anistia em 6 de abril, às 14h, na Avenida Paulista. Sampaio explicou que apoiará o ato, mas que o Reforma Brasil não terá carro de som. Ele disse ainda que hoje aconteceram protestos em quase 200 cidades, além de São Paulo, como Maceió (AL), Macapá (AP) e Salvador (BA).
São Paulo|Rute Moraes, do R7, em Brasília
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