De volta ao Brasil após encontro com Trump, Lula pode indicar escolhido ao STF; confira agenda da semana em Brasília
A semana em Brasília será marcada por decisões que podem impactar principalmente a economia e o Judiciário. Após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, dos Estados Unidos, o governo aguarda respostas sobre o tarifaço, enquanto tenta no Congresso Nacional aprovar projetos que elevem a arrecadação e imponham cortes de gastos.
De volta ao Brasil após viagem à Ásia, Lula pode vir a indicar o seu escolhido para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso. O principal nome na bolsa de apostas em Brasília é o do advogado-geral da União, Jorge Messias.
O presidente Lula também empossará oficialmente nesta semana o seu novo ministro, Guilherme Boulos, que assume a Secretaria-Geral da Presidência. Já o STF retoma julgamentos que podem redefinir regras sobre nepotismo, enquanto a Câmara dos Deputados realiza uma semana de esforço concentrado com quase 50 projetos em pauta, entre eles o que proíbe a cobrança por bagagens de mão.
Confira abaixo um resumo da semana nos três poderes.
PODER EXECUTIVO
O presidente Lula iniciou a semana nesta segunda-feira (27) em Kuala Lumpur, na Malásia, fazendo uma entrevista coletiva. Lula descreveu em detalhes como foi a reunião de cerca de 50 minutos com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que a solução para o tarifaço aplicado aos produtos brasileiros viria “em poucos dias”.
Na sequência, já na parte da tarde na Malásia, Lula participou da sessão de abertura da 20.ª Cúpula da Ásia do Leste. Em seguida, foi recebido em um jantar de gala, oferecido pelo presidente da Malásia, Anwar Ibrahim, e pela primeira-dama, Wan Azizah Wan Ismail.
Nesta terça (28), o presidente Lula retornará ao Brasil de sua viagem à Ásia, que incluiu compromissos na Indonésia e na Malásia, assim como o encontro com Trump e sua equipe de negociadores.
Na quarta (29), Lula empossa, em solenidade no Palácio do Planalto, Guilherme Boulos como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. A nomeação de Boulos foi publicada no Diário Oficial na semana passada, e com a posse oficial, ele começará a atuar para tentar reaproximar Lula de movimentos sociais.
Também para essa semana há a expectativa de que o presidente Lula indique o substituto do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Barroso anunciou sua aposentadoria e deixou o STF no último dia 17.
Lula indicou a auxiliares que o seu escolhido para o Tribunal é o atual advogado-geral da União, Jorge Messias. O presidente deixou o anúncio para a volta da viagem à Ásia porque ainda pretende conversar com senadores como Davi Alcolumbre (União-AP) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
No calendário da divulgação de indicadores econômicos, na próxima quinta (30) o Ministério do Trabalho divulga dados do Caged do mês de setembro. Ainda sobre a situação do mercado de trabalho, na sexta (31) o IBGE divulga a taxa de desemprego no mês de setembro.
PODER LEGISLATIVO
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), programou uma semana de esforço concentrado, com sessões de votação no plenário já a partir desta segunda (27) até a próxima quinta (30). Motta pautou 47 projetos para serem apreciados nesta última semana de outubro.
Além dos projetos de lei sobre falsificação de bebidas (PL 2307/07) e garantia de gratuidade na bagagem de bordo (PL 5041/25), o presidente da Câmara programou a apreciação de proposições em alusão ao Outubro Rosa, de enfrentamento ao câncer de mama, além de uma série de matérias voltadas à saúde e aos direitos da mulher, a maioria deles sob regime de urgência.
Iniciativas importantes no campo da saúde feminina incluem o projeto de lei nº 5.821/2023, que propõe ações para ampliar os serviços de mamografia e exames de triagem no SUS, visando a prevenção, detecção e tratamento dos cânceres do colo uterino e de mama. Além disso, está em pauta o projeto de lei nº 499/2025, do Senado Federal, que assegura o direito à realização anual do exame de mamografia para rastreamento do câncer de mama para mulheres a partir dos 40 anos de idade.
O foco em proteção e direitos é ampliado com a inclusão de requerimentos de urgência para o projeto de lei 1.527/2025, que dispõe sobre normas para a prevenção e combate à violência obstétrica contra mulheres indígenas, garantindo o respeito às particularidades culturais e à integridade física e psicológica durante o período gravídico, parto e pós-parto.
Confira alguns dos principais itens na pauta prevista da semana na Câmara dos Deputados:
Saúde da mulher
- Projeto de lei 1.249/2022: de autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), propõe a licença menstrual de três dias, a cada mês, para mulheres que comprovadamente sofrem com graves sintomas menstruais;
- Projeto de lei 5.821/2023: de autoria da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), busca expandir serviços de mamografia no SUS;
- Projeto de lei 2.112/2024: de autoria da deputada Maria Arraes (Solidariedade- PE), cria o MAMM, voltado à redução da mortalidade materna;
- Projeto de lei 775/2025: de autoria da deputada Nely Aquino (PSD-MG), cria o Voucher Saúde da Mulher;
- Projeto de lei 1.527/2025: de autoria da deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG), estabelece normas de prevenção à violência obstétrica contra mulheres indígenas.
Também entre os 47 itens da pauta figura o Projeto de Lei 5041/25, do deputado Da Vitoria (PP-ES), que garante ao passageiro levar dentro da cabine uma mala de bordo segundo especificações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em viagens nacionais e internacionais. Companhias aéreas têm começado a cobrar pela bagagem levada a bordo em voos internacionais.
O projeto é relatado pelo deputado Neto Carletto (PP-BA), que ainda não apresentou o seu parecer. O deputado pode acatar algumas emendas que pedem o fim por completo da cobrança de bagagens por parte das companhias aéreas.
Um outro tema que pode ser votado na semana envolve as plataformas de vídeo sob demanda (VoD, na sigla em inglês), que poderão ter de pagar a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine).
O tema está no Projeto de Lei 8889/2017, do deputado licenciado Paulo Teixeira (PT-SP). Conforme o relator do texto, deputado Doutor Luizinho (PP-RJ), tem divulgado na imprensa, poderá haver alíquotas diferenciadas para essas plataformas (4%) e para plataformas de compartilhamento de conteúdo audiovisual, como redes sociais mantidas por big techs (2%).
Ainda entre os destaques na pauta está o Projeto de Lei 2307/07, do ex-deputado Otavio Leite (RJ), que considera hediondo o crime de adulteração de alimentos e bebidas. O projeto foi apresentado por ocasião do “batismo” de leite por cooperativas em Minas Gerais, mas vai englobar os casos recentes envolvendo metanol e outras substâncias químicas em bebidas alcoólicas, problema que levou a diversos casos de morte e deficiências causadas pela ingestão de bebidas “batizadas”.
A equipe econômica do governo Lula quer aproveitar essa projeto das bebidas para tentar aprovar trechos da medida provisória 1303/2025, derrubada na Câmara no dia 8 deste mês. O texto do projeto sobre bebidas recebeu um pacote de cinco dispositivos que estavam na MP e somam cerca de R$ 10,7 bilhões em impacto estimado. São eles:
- Inclusão do programa Pé-de-Meia no piso constitucional da educação, com criação de um fundo permanente para o benefício;
- Limitação do seguro-defeso à dotação prevista na Lei Orçamentária Anual, com exigência de biometria e cruzamento de dados;
- Redução para 30 dias do prazo máximo do auxílio-doença concedido por análise documental (Atestmed);
- Fixação de limite orçamentário para a compensação financeira (Comprev) entre o INSS e os regimes próprios de previdência de estados e municípios;
- Endurecimento das regras de compensações tributárias de PIS/Cofins, para coibir créditos indevidos.
A pauta da Câmara possui ainda outras matérias que interessam diretamente ao governo federal. Uma delas é a urgência do projeto de lei que cria o Código de Defesa do Contribuinte e define regras para enquadrar devedores contumazes — empresas e pessoas que acumulam dívidas tributárias de forma reiterada e deliberada. A proposta foi aprovada no Senado Federal e é considerada prioritária pela equipe econômica do governo.
No Senado, a pauta divulgada pelo presidente, Davi Alcolumbre (União-AP), prevê assuntos que já possuem acordo entre as lideranças e que não apresentam maiores polêmicas. Na sessão de terça (28), no plenário, pode ser votado o PL 4497/2024, que estabelece procedimentos para a ratificação dos registros imobiliários decorrentes de alienações e de concessões de terras públicas situadas em faixa de fronteira.
Também deve ser apreciado o PL 3436/2021, que altera a legislação para incluir a garantia de assistência fisioterapêutica aos pacientes submetidos a cirurgia de mastectomia. Ainda está na pauta de terça o projeto sobre o texto do Acordo de Previdência Social entre o Brasil e a República da Áustria, celebrado em Brasília, em 17 de maio de 2022.
Já para a sessão de quarta (29) está prevista a votação do do PL 2133/2023, que altera a Lei de Licitações e Contratos Administrativos para prever o uso do Sistema de Compras Expressas (Sicx) na contratação de bens e serviços comuns padronizados. Outro projeto em pauta é o PL 4712/2019, que busca criar o Programa Nacional de Prevenção à Depressão. Há ainda o projeto de decreto legislativo que ratifica o acordo entre o governo brasileiro e o governo da Itália sobre a Proteção Mútua de Informações Classificadas.
Nas comissões do Senado, o destaque é a possibilidade de o relator do projeto que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda, Renan Calheiros (MDB-AL), finalizar o seu parecer. O governo espera que haja a votação do projeto já no começo de setembro, para que a medida, que beneficia milhões de brasileiros, possa ter efeitos já no começo do ano que vem.
Nesta segunda (27), a CPMI do INSS ouve Alexandre Guimarães, ex-diretor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A convocação atende a requerimentos apresentados pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) e pelos deputados Rogério Correia (PT-MG), Adriana Ventura (Novo-SP), Duarte Jr. (PSB-MA) e Sidney Leite (PSD-AM).
Alexandre Guimarães ocupou a estratégica Diretoria de Governança, Planejamento e Inovação do INSS, entre 2021 e 2023. De acordo com membros da comissão, investigações conduzidas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Sem Desconto expõem um nexo financeiro direto e suspeito entre o ex-diretor e o epicentro da organização criminosa comandada pelo Careca do INSS.
PODER JUDICIÁRIO
As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus do chamado “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado têm até esta segunda (27) para recorrer da condenação imposta pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O prazo se encerra às 23h59 para que as defesas apresentem o principal recurso cabível: os embargos de declaração. Esse instrumento é usado para apontar possíveis contradições ou omissões nos votos dos ministros, mas raramente altera o resultado de uma condenação.
A defesa de Jair Bolsonaro deve insistir na tese de que os crimes de golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito deveriam ser considerados como um só, sem soma de penas. A maioria dos ministros, no entanto, já se posicionou contra essa interpretação, o que reduz as chances de êxito.
Os recursos dos réus serão avaliados em plenário virtual pela Primeira Turma. Não há prazo para o julgamento, mas a expectativa é de que ocorra de forma rápida, e é possível que seja realizado a partir do final da semana.
Caso os recursos sejam rejeitados, as defesas dos réus ainda podem apresentar mais um embargo. Se esses também forem negados, o STF pode considerar o processo encerrado e certificar o chamado “trânsito em julgado”, momento em que a condenação se torna definitiva e as penas passam a ser executadas.
No plenário do STF, na próxima quarta (29), será retomado o julgamento sobre a extensão da proibição do nepotismo a cargos políticos, como secretários e ministros.
Até o momento, seis ministros votaram para excluir esses cargos da restrição prevista na Súmula Vinculante 13, enquanto apenas um defende a aplicação integral da norma. A decisão poderá redefinir limites éticos para nomeações no Executivo.
Na pauta do STF para essa semana também está a discussão da ação que questiona se o período de licença-maternidade pode ser concedido a um homem que integra casal homoafetivo.
Uma outra ação que pode ser julgada durante a semana é a contestação do Psol, que acusa o Congresso de omissão por não legislar sobre o IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas). O partido alega que a falta de lei complementar impede a aplicação do tributo e contraria os objetivos de redução das desigualdades sociais.
Procurador-Geral da Bahia, Pedro Maia, assume Presidência do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais
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| Foto: Humberto Filho / MP-BA |
O procurador-geral de Justiça da Bahia Pedro Maia será o novo presidente do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG). O chefe do MP baiano é candidato único ao posto, em eleição que ocorre nesta quarta-feira, dia 29, em Brasília, na sede do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT). Pedro Maia sucederá o procurador-geral do MP-DFT, Georges Seigneur.
Esta será a terceira vez que um representante do Ministério Público baiano comanda o colegiado. Antes de Pedro Maia, ocuparam o cargo a procuradora-geral de Justiça Adjunta do MP-BA, Norma Cavalcanti (2022-2023), e o procurador de Justiça Achiles Siquara (2003-2004). O mandato à frente do Conselho terá duração de um ano, para o biênio 2025-2026, com posse prevista para 16 de dezembro em Brasília.
Sobre a eleição, Pedro Maia declarou: “Recebo com alegria e profundo senso de responsabilidade a confiança construída entre os colegas que compõem o Conselho Nacional. Encaro essa missão com serenidade e gratidão, certo de que terei ao meu lado pessoas comprometidas com a defesa da sociedade e o fortalecimento do Ministério Público”.
TRAJETÓRIA
Nomeado procurador-geral de Justiça da Bahia em 2024, Pedro Maia acumula 21 anos de carreira no MP baiano. Natural de Salvador e com 45 anos, ingressou na instituição em 2004. Em sua trajetória, foi secretário-executivo do próprio CNPG durante a presidência de Norma Cavalcanti e atualmente preside o Grupo Nacional de Comunicação (GNCOM).
Como promotor de Justiça, atuou em comarcas como Canarana, Santa Maria da Vitória, Barreiras, Gandu, Feira de Santana e Vitória da Conquista, sendo promovido para Salvador em 2013. Na capital baiana, coordenou o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Crimes Contra a Ordem Tributária (Gaesf) e o Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim). Também integrou o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e atuou no Núcleo de Prisão em Flagrante. Atualmente, é o promotor titular da Promotoria de Tóxicos de Salvador.
CONSELHO
Criado em 9 de outubro de 1981, o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG) é uma associação sem fins lucrativos composta pelos procuradores-gerais do Ministério Público dos Estados, o procurador-geral da República, o procurador-geral Militar, o procurador-geral do Trabalho e o procurador-geral do Distrito Federal.
Funcionando em formato de colegiado, o CNPG tem como objetivos a defesa dos princípios, prerrogativas e funções institucionais do Ministério Público, a integração dos Ministérios Públicos estaduais, a promoção do intercâmbio de experiências e o aperfeiçoamento da instituição. O Conselho possui domicílio especial e foro em Brasília, mas sua sede administrativa é localizada no estado do procurador-geral de Justiça eleito presidente.
Por: Bahia notticias
Ação conjunta da PF e PM resulta na apreensão de 149,8 kg de maconha em Foz do Iguaçu/PR
Foz do Iguaçu/PR. Uma ação conjunta entre a Polícia Federal e a Polícia Militar resultou na apreensão de 149,8 quilos de maconha prensada na noite de sábado (25/10), em Foz do Iguaçu.
Durante patrulhamento de rotina na região do Rio Paraná, nas proximidades da Avenida Beira Rio, as equipes de segurança avistaram uma embarcação descarregando volumes na margem brasileira. Ao se aproximarem, localizaram vários fardos contendo o entorpecente.
A droga foi encaminhada à Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu para os procedimentos legais cabíveis.
Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR – CS/PF/Foz
PRF apreende mais de 800 quilos de cocaína na Baixada Fluminense
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu mais de 800 quilos de cocaína, na madrugada de segunda-feira (27), que seriam entregues na Zona Norte do Rio. O flagrante aconteceu na Rodovia Washington Luiz (BR-040), na Baixada Fluminense.
Por volta da 1h, na altura de Duque de Caxias, policiais rodoviários federais do Núcleo de Operações Especiais (NOE-RJ) abordaram um caminhão. Durante a fiscalização, o motorista informou que estava transportando apenas caixas plásticas vazias. Ele disse ter carregado o veículo em Araras (SP) e que faria a entrega em Irajá, no Rio de Janeiro.
Entretanto, em uma verificação da carga, os policiais encontraram centenas de tabletes de cocaína, no meio das caixas plásticas. No total, havia 815 quilos do entorpecente. O condutor foi preso e acabou confessando que receberia uma quantia em dinheiro pelo transporte da droga.
A ocorrência foi encaminhada à Polícia Federal.
Bolsonaro melhora do soluço, mas depressão aumentou, dizem aliados
Jair Bolsonaro (PL) se recuperou da crise aguda de soluço, que provocava inclusive vômitos constantes e o obrigava a interromper as conversas até mesmo quando recebia visitas.
Melhor no aspecto físico, de acordo com pessoas que o visitaram, o ex-presidente piorou na questão psicológica e emocional.
A proximidade do fim do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), quando então será definido onde ele cumprirá a pena, estaria abalando ainda mais o ex-mandatário, que, em diversos momentos, se emociona e chora, de acordo com relatos de quem o visitou recentemente.
As perspectivas para Bolsonaro não são das melhores: o projeto de anistia está parado no Congresso, o de redução de penas também não caminha, o apoio do presidente Donald Trump ao bolsonarismo já não parece firme e a direita está, por enquanto, rachada. Por Mônica Bergamo/Folhapress
No entorno de Bolsonaro, foto de Lula e Trump é vista como derrota; Planalto trata Eduardo como cabo eleitoral
Avaliação, em ambos os lados, é que imagem consolida interpretação de que petista ocupou o espaço de interlocução com o norte-americano.
As imagens de Lula (PT) e Donald Trump juntos na Malásia, no domingo (26), foram vistas no entorno de Jair Bolsonaro (PL) como uma derrota. No Palácio do Planalto, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), articulador do tarifaço que ensejou o encontro, é tratado ironicamente como cabo eleitoral do petista.
Enquanto, em público, apoiadores de Bolsonaro se esforçaram para minimizar o encontro e valorizar a menção feita por Trump ao ex-presidente – após um questionamento de um jornalista –, em privado, a avaliação foi outra.
O entendimento, segundo um aliado de Bolsonaro ouvido pelo blog neste domingo, é que Lula conseguiu consolidar a interpretação de que ocupou o espaço de interlocutor com o presidente norte-americano – espaço esse antes ocupado primordialmente por Eduardo.
Há um lamento de setores da direita pragmática pelo fato de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não ter assumido essa posição após o anúncio do tarifaço. Vale lembrar, entretanto, que Eduardo bombardeou essa hipótese, tratando o diálogo do governador com empresários como "subserviência servil às elites."
No Planalto, evidentemente, a interpretação também é que o encontro sedimenta a visão de Lula como liderança das negociações com Trump. Além disso, nas palavras de uma fonte, deixa claro que o petista tem atuado para consertar a bagunça criada pela extrema-direita.
A avaliação no entorno de Lula é que Trump busca uma forma de reduzir as tarifas que mais têm prejudicado os consumidores norte-americanos – como café e carne –, sem dar a entender que está recuando.
G1 São Paulo
Campos Neto propõe tributação mínima de 17,5% para instituições financeiras
O chefe global de Políticas Públicas e vice-presidente do Nubank, Roberto Campos Neto, propõe a criação de uma alíquota mínima de 17,5% de imposto para todas as instituições financeiras.
Campos Neto defende esse índice para a chamada taxa de imposto efetiva (ETR, na sigla em inglês), que representa o percentual real de impostos que uma empresa paga sobre a sua renda tributável. Ou seja, o que efetivamente sai do caixa de bancos, fintechs, instituições de pagamento e outras empresas financeiras como pagamento de impostos deve equivaler a no mínimo 17,5% da renda. "O que importa é o imposto efetivo pago", afirma.
A ETR considera todas as deduções, isenções, créditos e outros benefícios fiscais a que a empresa tem direito com base na legislação em vigor. Segundo Campos Neto, "17,5% é um valor que aumentaria até a arrecadação do governo em relação ao que é hoje e colocaria todo mundo na mesma linha de tributação".
"Vamos fazer um modelo que nem o ministro [da Fazenda, Fernando] Haddad fez de imposto mínimo para pessoa física com 10%. Vamos botar então que todas as empresas financeiras paguem 17,5%", afirma à Folha. Segundo ele, se a instituição financeira tiver muitos descontos tributários, teria que complementar o pagamento dos impostos para alcançar o nível de 17,5%.
Presidente do Banco Central até dezembro do ano passado, Campos Neto está no meio de uma guerra de números entre as fintechs e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) sobre quem paga mais tributos.
A troca de farpas aumentou após a Câmara derrubar a MP (Medida Provisória) do governo Lula que estabelecia um aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) das fintechs e aproximaria o pagamento feito por elas àquele praticado pelos grandes bancos.
A MP derrubada pela Câmara pretendia aumentar a CSLL (Contribuição Social sobre o Líquido Líquido) cobrada das fintechs. No caso das instituições de pagamento, a alíquota aumentaria de 9% para 15%, e no caso das financeiras, de 15% para 20%, a mesma cobrada de bancos.
O setor de fintechs argumenta que, na prática, elas já pagam mais impostos que grandes bancos. Segundo levantamento da Zetta —associação que reúne representantes do setor, como o Nubank—, a soma da CSLL e do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica pagos pelas maiores fintechs é de 29,7%, contra 12,2% pagos pelos grandes bancos, em 2024.
Após a derrubada, a Febraban divulgou estudo na tentativa de mostrar que as fintechs pagam menos impostos e que deveriam contribuir com a mesma alíquota da CSLL que os bancos para igualar a carga tributária. Em um dos posicionamentos oficiais, a entidade faz uma dura crítica ao Nubank, o que acabou escalando a crise.
A Febraban não só chamou de tímida a bancarização promovida pelas fintechs no crédito como também as acusou de não se interessarem por crédito para segmentos essenciais —como financiamento imobiliário, de veículos, crédito do agronegócio e empresarial.
Contra esse argumento, as fintechs dizem que esses produtos de crédito têm garantias mais sólidas, como o imobiliário e automotivo, e elas atendem uma população de renda mais baixa, com risco de crédito maior —o que explicaria as taxas de juro superiores.
Também apontam para relatório recente do FMI (Fundo Monetário Internacional) que atribuiu às fintechs o aumento da inclusão financeira e a redução da taxa de juros praticada pelos bancos.
As empresas digitais enxergam nos ataques dos bancos tradicionais uma tentativa de interromper a agenda de inovação e expansão do setor —visão que é compartilhada por uma parcela representativa de dirigentes do BC, que acompanham com olhar atento os desdobramentos da crise que envolve os maiores bancos do país. Para elas, os bancos estão com medo de maior competição.
Os bancos, por outro lado, cobram o aumento da tributação das fintechs e também a elevação pelo BC dos limites de capital para essas empresas digitais operarem, com maior aperto na regulação.
Lideranças do mercado bancário ouvidas pela Folha na condição de anonimato manifestaram ainda preocupação com o rumo do embate e alertaram para o risco de o Congresso acabar aprovando uma elevação de impostos para todo o setor com apoio do governo. O Executivo precisa aumentar a arrecadação para fechar o Orçamento de 2026 dentro da meta fiscal.
Para Campos Neto, o acerto na ETR acabaria com o uso errado dos números. "Não achamos justa essa narrativa de que as fintechs pagam menos; porque é o contrário, pagam mais", diz.
Segundo o ex-presidente do BC e colunista da Folha, a alíquota efetiva média sobre a renda —CSLL mais IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica)— das fintechs foi maior do que a paga pelos grandes bancos nos últimos dois anos.
Em 2024, diz, o percentual para as fintechs foi de 29,7%, enquanto o dos bancos chegou a 12,2%; em 2023, fintechs pagaram em média 36,5% e bancos, 8,9%.
Os bancos têm a alíquota de CSLL mais alta, mas, por outro lado contam, com mais ganho de JCP (Juros sobre Capital Próprio) –uma forma de remuneração que empresas brasileiras distribuem aos seus acionistas ou sócios com base no capital investido. Isso pode trazer benefícios fiscais para a empresa, pois os valores pagos são dedutíveis da base de cálculo do IR e da CSLL.
Os bancos têm muito mais crédito tributário do que empresas, porque durante muitos anos fizeram operações que geraram esse direito. Campos Neto defende um debate público sobre os números com o governo, Congresso e a sociedade com base nos dados da Receita e dos balanços das instituições financeiras.
Ele argumenta que as fintechs, impulsionadas pela agenda de inovação do Banco Central, geraram uma inclusão financeira massiva e redução significativa dos custos para os consumidores, crescimento de contas e a bancarização.
Após a crítica direta da Febraban, Campos Neto diz que o Nubank teve um papel significativo nessa expansão com a bancarização de 28 milhões de pessoas no Brasil até 2024. De acordo com ele, até setembro de 2025, 27,9 milhões de clientes obtiveram seu primeiro cartão de crédito pelo Nubank.
Procurada pela Folha para falar sobre o aumento das críticas às fintechs, em especial ao Nubank, a Febraban respondeu que é pública a pauta estrutural da federação em relação "às assimetrias regulatórias e tributárias entre bancos e instituições não bancárias que exercem a mesma atividade".
"A entidade continuará vocal, alertando que a regra atual tem perpetuado uma vantagem fiscal injustificável para grandes fintechs, que já dominam alguns mercados", diz a entidade dos bancos.
Para a Febraban, a diferença de tributação representa uma distorção clara na concorrência do setor financeiro, gerando vantagens competitivas que precisam ser eliminadas.
Ação conjunta entre as polícias Civil e Federal apreende oito quilos de cocaína com brasileira em Zurique
Uma ação conjunta entre a Polícia Civil da Bahia e a Polícia Federal resultou na apreensão de oito quilos de cocaína transportados por uma brasileira de 47 anos no Aeroporto de Zurique, na Suíça, no sábado (25). A suspeita foi flagrada durante inspeção de bagagem, após troca de informações entre o Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC) e a Polícia Federal do Mato Grosso do Sul.
Ações de inteligência conduzidas pelo DEIC identificaram indícios de que a mulher estaria envolvida no transporte de drogas do Brasil para a Europa. A partir dessas informações, foram adotadas medidas de cooperação interagências, com o objetivo de interromper a rota criminosa antes que novas remessas fossem realizadas. A suspeita foi abordada pelas autoridades aeroportuárias suíças, e a droga foi apreendida e encaminhada para as forças de segurança locais.
De acordo com o diretor do DEIC, delegado Thomas Galdino, a ação representa um avanço significativo na cooperação internacional entre forças de segurança e demonstra o compromisso da Polícia Civil da Bahia no combate ao tráfico transnacional de drogas. “Ações como essa reforçam a importância da integração entre instituições nacionais e estrangeiras para o enfrentamento de crimes que ultrapassam fronteiras”, destacou o delegado.
Fonte
Priscila Costa/Divulgação ASCOM-PCBA
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Joel Barroso (PSB), filho de prefeito cassado por ligação com facção, é eleito em Santa Quitéria
Joel era presidente da Câmara e assumiu a prefeitura interinamente após a prisão do pai, Braguinha, condenado por abuso de poder e apoio do Comando Vermelho.
Joel foi considerado matematicamente eleito às 18h43, com 84,6% dos votos apurados. Já com 95% das urnas apuradas, Joel tinha 12.902 votos, enquanto Lígia tinha 6.131 votos (25,24%) e Cândida tinha 5.259 votos (21,6%).
O prefeito eleito neste domingo, Joel Barroso, é o atual prefeito interino do município. Ele assumiu o cargo porque era o presidente da Câmara de Vereadores quando o pai, José Braga Barroso, o Braguinha, foi preso no dia 1º de janeiro de 2025, horas antes de tomar posse para seu segundo mandato.
Depois de preso, Braguinha foi cassado pela Justiça Eleitoral em julho por abuso de poder político e econômico, acusado de ter recebido apoio da facção Comando Vermelho (CV), que ameaçou apoiadores da oposição, ofereceu drogas em troca de votos durante a campanha e intimidou eleitores.
Mais cedo, em entrevista à TV Verdes Mares, Joel Barroso reforçou que a campanha de cerca de 30 dias transcorreu sem problemas. "Receptividade muito boa, campanha tranquila, ocorreu tudo na normalidade", afirmou.
O prefeito eleito destacou, entre as prioridades da gestão, a reforma do hospital municipal, a criação de um núcleo de atendimento para crianças com autismo e melhorias nas estradas vicinais do município, que é o maior do Ceará em extensão. "Nossa principal proposta é focar na saúde", resumiu.
Votação teve forte esquema de segurança
O pleito neste domingo aconteceu sob um forte esquema de segurança: mais de 200 policiais militares e 40 policiais civis vão estar na cidade, além de equipes de mais de 200 homens do Exército, equipes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e até a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A campanha foi descrita por moradores e pelos prefeituráveis como tranquila. A candidata derrotada Cândida Figueiredo destacou que esta foi uma eleição diferente. "As pessoas não estavam tão motivadas quanto uma campanha junto com os vereadores. Mas foi uma eleição tranquila que a gente buscou conversar com as pessoas, estar com as famílias", avaliou.
A candidata Lígia Protásio ressaltou que a campanha foi rápida, de cerca de um mês, o que ampliou o desafio devido ao tamanho do município. "Foi uma campanha bem árdua, de corpo a corpo, indo de porta em porta", disse. A médica pontuou que "o nosso município é maior em extensão territorial, a gente não pôde chegar a todas as casas, conversar com todas as família".
O aposentado Antônio Eduardo Morais, de 68 anos, chegou às 7h da manhã para votar em um colégio no centro da cidade, embora as urnas só abrissem às 8h. Para ele, a eleição fora de época não foi . "A gente se sente meio assim desanimado, mas o que a pessoa pode fazer? Tem que aceitar, a Justiça é que manda", afirmou.
Por Redação g1 CECasa Branca e Embaixada do Brasil nos EUA postam foto de Lula e Trump juntos e elogio do americano ao encontro: 'é uma grande honra estar com o presidente do Brasil'
Líderes se reuniram neste domingo (26), durante Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).
A Casa Branca postou neste domingo (26), uma foto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumprimentando o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois líderes se encontraram durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).
"É uma grande honra estar com o presidente do Brasil. Acho que conseguiremos fechar bons negócios para ambos os países. Sempre tivemos um bom relacionamento — e acho que continuará assim", disse o presidente, segundo publicação da Casa Branca em suas redes sociais.
A Embaixada dos EUA no Brasil também postou a mesma foto para anunciar o encontro dos presidentes. Há pouco mais de um mês, as postagens focavam em tolerância zero à imigração ilegal e republicações sobre falas de integrantes do governo americano ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes
Essa foi a primeira vez que os líderes se encontraram oficialmente para conversar sobre as tarifas impostas pelos EUA às exportações brasileiras. Antes disso, Trump e Lula chegaram a falar por telefone e se encontraram brevemente na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro.
Em entrevista a jornalistas após a reunião, o ministro das relações exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que o encontro foi positivo, e reiterou que Lula voltou a pedir a suspensão das tarifas durante o período de negociação.
"Trump declarou que dará instruções à sua equipe para começar um processo de negociação bilateral", afirmou.
A expectativa do governo brasileiro era de um encontro entre as equipes ainda na noite deste domingo, no horário da Malásia, segundo o chanceler Mauro Vieira. Houve, entretanto, uma conversa por telefone entre ele e Jamieson Greer, e o encontro ficou para a manhã de segunda-feira (27).
"Nós esperamos em pouco tempo agora, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que trate de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil", completou Vieira, reiterando que os representantes brasileiros devem pedir que as tarifas sejam suspensas durante o período de negociação.
Vieira também informou que os líderes estabeleceram a necessidade de uma visita recíproca.
"O presidente Trump quer ir ao Brasil e o presidente Lula aceitou também, disse que irá com prazer aos Estados Unidos no futuro", disse o chanceler.
Falas sobre Bolsonaro
O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, afirmou que os presidentes não abordaram diretamente a questão do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a reunião.
"O que o presidente Lula usou como exemplo é a injustiça da aplicação da Lei Magnitsky contra algumas autoridades do STF [Supremo Tribunal Federal] e o quão injusta é a aplicação dessa lei sobre esses ministros porque repeitou-se o devido processo legal e não há nenhuma perseguição política ou jurídica", afirmou o secretário.
Durante entrevista a jornalistas mais cedo, feita antes da reunião, Trump disse que se sente mal pelo que Bolsonaro passou no Brasil.
"Eu sempre gostei dele. Eu me sinto muito mal sobre o que aconteceu com ele. Sempre achei que ele era um cara honesto, mas ele passou por muita coisa", afirmou o republicano.
Interlocução com a Venezuela
Segundo Vieira, o presidente Lula também teria abordado a situação entre os EUA e a Venezuela, tendo se prontificado a ser um contato de comunicação entre a Venezuela e os Estados Unidos.
"O presidente Lula disse que a América do Sul é uma região de paz e se prontificou a ser interlocutor, como foi no passado, com a Venezuela, para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países", disse o chanceler.
"[Lula também disse] que o Brasil estará sempre disposto a atuar como elemento da paz e do entendimento, o que sempre foi a tradição do Brasil e continuará sendo", completou.
Por Redação g1 — São Paulo
Ex-ministra Eliana Calmon responsabiliza Bolsonaro pela "descondenação" de Lula
Segundo a magistrada aposentada, a libertação de Lula não foi uma decisão isolada do ministro Edson Fachin, mas o resultado de uma “ação combinada” entre integrantes da Corte
A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ex-corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve papel indireto na “descondenação” de Luiz Inácio Lula da Silva, ao provocar uma reação política dentro do Supremo Tribunal Federal (STF).
As declarações foram dadas na última sexta-feira (24) durante entrevista ao programa Arena Oeste, da Revista Oeste. Segundo a magistrada aposentada, a libertação de Lula não foi uma decisão isolada do ministro Edson Fachin, mas o resultado de uma “ação combinada” entre integrantes da Corte.
“Quem teve essa ideia foi Bolsonaro, no momento em que ele disse que ia transformar o Supremo Tribunal Federal em uma corte constitucional. Acendeu a luz vermelha. Ah, ele provocou. E aí, nesse momento, começou-se a trabalhar uma forma disso não acontecer”, afirmou a baiana Eliana Calmon.
Segundo ela, a declaração de Bolsonaro sobre transformar o STF em corte constitucional fez com que ministros buscassem uma forma de impedir que o então presidente permanecesse no poder.
“Bolsonaro não pode mais ser presidente de forma alguma. Quem é que a gente vai botar? A esquerda não tinha mais ninguém. Todo mundo estava comprometido. O que é que faz? Faz uma enquete. O único que sobrou: Lula da Silva. Mas ele está condenado, como é que faz? Desmoraliza a Lava Jato”, afirmou.
Calmon disse ainda que a tese de que Curitiba era foro inadequado para julgar Lula, usada por Fachin para anular as condenações da Lava Jato, foi apenas um pretexto jurídico. “A tese do CEP é absurda, mas foi utilizada para justificar a soltura”, declarou.
Para ela, o processo de desmoralização da Operação Lava Jato, com acusações de conluio entre o então juiz Sergio Moro e o Ministério Público, foi parte da estratégia que culminou na volta de Lula à cena política.
“O bote para a salvação do Supremo chama-se Lula da Silva”, concluiu.
Ao usar o argumento de que o STF "descondenou" Lula porque anunciou que o transformaria numa Corte constitucional, a ex-ministra conta apenas uma parte da história. Afinal, durante o seu mandato o ex-presidente Jair Bolsonaro fez diversas ameaças de fechar o STF, o que as investigações sobre o 8 de Janeiro provaram.
Antes mesmo de Bolsonaro ganhar as eleições de 2018, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o 03, já afirmava que que bastavam um soldado e um cabo para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF). “Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo”, afirmou o deputado, na ocasião, para uma plateia de estudantes, em uma palestra antes do primeiro turno das eleições.
Por Politica Livre
Navio de guerra dos EUA chega a Trinidad e Tobago em meio a tensão crescente com Venezuela
Donald Trump intensifica sua pressão sobre Nicolás Maduro no mesmo dia em que Lula se ofereceu para mediar conflito
Chegada do USS Gravely e de uma unidade de fuzileiros navais havia sido anunciada na quinta-feira (23) pelo governo do arquipélago vizinho à Venezuela Port of Spain (Trinidad e Tobago)Um navio de guerra lança-mísseis americano chegou neste domingo (26) a Trinidad e Tobago, pequeno arquipélago situado em frente à Venezuela, em um momento em que Donald Trump intensifica sua pressão sobre Nicolás Maduro, constataram jornalistas da AFP na capital trinitina, Port of Spain.
O navio estava visível no domingo pela manhã diante do porto da cidade, que me linha reta fica a cerca de 570 km de Caracas. A chegada do USS Gravely, assim como de uma unidade de fuzileiros navais para exercícios com o Exército trinitino, havia sido anunciada na quinta-feira (23) pelo governo local.
Na sexta (24), o Pentágono anunciou o envio ao Caribe do USS Gerald R. Ford, o maior e mais poderoso porta-aviões do mundo, e de outras embarcações que o acompanham.
A chegada do navio de guerra USS Gravely ocorre no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) se encontrou com Donald Trump e se ofereceu para mediar a tensão entre Washington e a Venezuela.
Segundo o chanceler Mauro Vieira, Lula disse que a América do Sul é uma região de paz, e o Brasil estaria disposto a atuar pra a promoção da paz e do entendimento entre as nações.
Lula e Trump se encontraram na tarde deste domingo (26) em Kuala Lampur, na Malásia, onde participam da cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático, em português). O encontro conteceu por volta das 16h do horário local (5h de Brasília) e durou cerca de 50 minutos.
O tema principal da conversa foram as tarifas impostas pelo americano ao Brasil, mas outros assuntos também foram tratados.
https://www1.folha.uol.com.br/mundo
5ª CIPM prende homem por tentativa de homicídio em Boa Nova
Na noite deste sábado (25/10), por volta das 22h57, uma guarnição do 4º Pelotão da 55ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), em Boa Nova, foi acionada após receber informações de que um homem havia dado entrada no hospital local com lesões provocadas por arma branca.
De imediato, a equipe deslocou-se até a unidade de saúde, onde a vítima relatou que se encontrava em um bar na Rua Otávio Mangabeira, jogando sinuca, quando foi surpreendida por um indivíduo que lhe desferiu golpes de faca, resultando em ferimentos. Ainda segundo a vítima, houve luta corporal entre ambos.
A guarnição realizou buscas no local do ocorrido e, após informações de populares, dirigiu-se à residência do suspeito. Ao perceber a presença policial, o homem tentou fugir, pulando o muro de um terreno baldio, mas acabou sendo contido pela equipe.
Durante a abordagem, o suspeito confessou o crime, alegando que após uma discussão e supostas ameaças, foi até sua casa, pegou uma faca e retornou ao local para atacar a vítima. Diante dos fatos, ele foi preso em flagrante e conduzido ao Distrito Integrado de Segurança Pública (DISEP) em Vitória da Conquista, onde foi apresentada a ocorrência para adoção das medidas cabíveis.
A Polícia Militar da Bahia reforça seu compromisso com a segurança pública e com a rápida resposta às ocorrências que ameaçam a vida e a integridade física dos cidadãos.
PMBA, Uma Força a serviço do cidadão.
Prefeitura realizou uma grande festa em homenagem as crinas da Rede Municipal de Ensino
O tempo chuvoso não impediu que mais de mil crianças, acompanhadas de seus pais, comparecesse à Praça de eventos Álvaro Jardim para se divertirem no Encanto Kids, evento promovido pela Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria Municipal de Educação, em celebração ao Mês da Criança.
O evento, na tarde deste sábado, 25, foi marcado por um vasta programação cultural, aliada a brinquedos infláveis, a exemplo de pula-pula, tobogã, castelinho, escorregadeira com piscina, futebol de sabão, barco pirata, castelinho, etç. Também aconteceu uma farta distribuição de lanches e guloseimas.
A prefeita Laryssa Dias, com suas duas filhas, esteve na festa, compartilhando a alegria reinante e interagindo com o público presente. Em seu pronunciamento a prefeita destacou a beleza do evento e desejou que as crianças continuem estudando, cresçam com saúde e sejam felizes.
A programação cultural do “Encanto Kids” , teve como animadora de palco a pessoa de Jomari e envolveu apresentações da Fanfarra Municipal, Grupo Infantil de Capoeira Art Modelo, Balé, dinâmicas com as crianças e um , ministrado pelo professor Uelson.
Não faltaram personagens clássicas como as princesas encantadas Branca de Neve, Bela, Moana, além da Patrulha Canina e Transformes.
As crianças da rede municipal de ensino aproveitaram o momento para posarem ao lado das personagens. Certamente as imagens serão postadas nas redes sociais dos seus pais.
A menina Elisangela, moradora da Rua da Batateira, disse que curtiu muito a festa, desde as apresentações no palco, até os brinquedos. Já o garoto Artur, 8 anos, residente no Bairro Novo, garantiu que gostou muito da comida, mas também curtiu os brinquedos.
Anuá de Moraes, 10 anos, achou tudo bonito e parabenizou os organizadores da festa que mobilizou prepostos de toda a equipe da Prefeitura. ( José Américo Castro/DECOM-PMI)
55ª CIPM realiza prisão em flagrante por violência doméstica em Barra do Rocha
Na madrugada deste domingo (26/10), por volta das 2h30, uma guarnição do 3º Pelotão da 55ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), em Barra do Rocha, foi acionada através do telefone funcional para averiguar uma ocorrência de violência doméstica, conforme a Lei Maria da Penha.
De acordo com as informações, um homem teria invadido a residência de sua ex-companheira e a agredido fisicamente. A guarnição deslocou-se até o endereço informado, na Rua do Campo, no centro da cidade, onde encontrou os envolvidos.
Em contato com a vítima, esta confirmou as denúncias e apresentava lesões na região da boca, resultantes da agressão. O suspeito também admitiu o ato, sendo imediatamente preso em flagrante.
O autor e a vítima foram conduzidos e apresentados na sede da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) para as medidas cabíveis.
A Polícia Militar da Bahia reafirma seu compromisso com a proteção da mulher e o combate à violência doméstica, reforçando que denunciar é o primeiro passo para romper o ciclo da violência.
PMBA, uma Força a serviço do cidadão.
Brasil ganha mais como parceiro dos EUA que da China, diz secretário de Estado Marco Rubio
"Achamos que, a longo prazo, é benéfico para o Brasil fazer dos Estados Unidos seu parceiro preferencial em comércio, em vez da China", afirmou neste sábado (25) o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.
A declaração foi dada, segundo o governo americano, a jornalistas que viajavam em seu avião a caminho de Kuala Lampur, na Malásia, onde espera-se que aconteça neste domingo uma reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump. Os dois participam como convidados da cúpula da Asean (Associação dos Países do Sudeste Asiático, em português).
O secretário de Estado afirmou ainda que questões políticas podem estar ligadas no possível acordo com o Brasil.
"Obviamente, temos alguns problemas com o Brasil, particularmente com a forma como eles têm tratado alguns de seus juízes, com o setor digital nos Estados Unidos, com os indivíduos localizados nos Estados Unidos, por meio de postagens nas redes sociais. Teremos que resolver isso também", disse ele.
"Isso se tornou um problema em tudo isso. Mas o presidente vai explorar se há maneiras de resolver tudo isso, porque achamos que será benéfico fazê-lo. Vai levar algum tempo."
O encontro não aparece na agenda oficial do presidente brasileiro, mas espera-se que ocorra no final da tarde no horário local (começo da manhã deste domingo, 26, no Brasil) e que os presidentes discutam, sobretudo, as tarifas impostas ao Brasil pelos EUA.
A organização do encontro entre os presidentes brasileiro e americano envolveu a ação de empresários e diplomatas, e foi marcada pelo temor do governo brasileiro de que o local onde ocorresse a reunião poderia influenciar o comportamento do líder dos Estados Unidos.
Enquanto Lula irá mirar na redução das taxas e nas medidas impostas a autoridade brasileiras, como a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, Trump deve focar no acesso ao mercado de etanol no Brasil e na regulamentação das big techs.
Em conversa com jornalistas antes de embarcar, o presidente Trump afirmou que poderia baixar as tarifas impostas ao Brasil "sob as circunstâncias certas". Já Lula disse que não há exigências feitas por nenhum dos lados.
"Eu trabalho com otimismo para que a gente possa encontrar uma solução. Não tem exigência dele e não tem exigência minha ainda".
Desde o breve encontro entre os líderes na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York, o governo brasileiro age para fazer a conversa entre os dois acontecer.
O primeiro contato ocorreu por teleconferência no início de outubro, quando o brasileiro pediu a retirada do tarifaço. Foi durante essa conversa que os líderes concordaram em ter o encontro durante a cúpula dos países asiáticos.
Semanas antes do encontro, o empresário Joesley Batista, um dos donos da gigante de carnes JBS, foi recebido em audiência por Trump, quando discutiu o tarifaço que afeta os produtos brasileiros e o setor em que a empresa atua. Na ocasião, Joesley afirmou que as diferenças comerciais entre os países poderiam ser resolvidas por diálogo entre os governos, o que sugeriu aproximação.
A ação de representantes da Embraer, empresa da qual o governo é acionista, também auxiliou na construção do encontro.
O gesto de Trump não apenas na breve conversa na entrada da Assembleia Geral da ONU, mas ao dizer que houve "química" entre ele e Lula, sugeriu que o americano seguiu os conselhos.
Dias após o encontro em Nova York, o vice-presidente Geraldo Alckmin teve uma conversa com Howard Lutnick, secretário do Comércio, onde discutiram as tarifas.
Desde então, ministros e diplomatas têm articulado o encontro que deve acontecer neste domingo. A negociação da conversa presencial foi marcada pelo temor do governo brasileiro de que Trump seria uma figura imprevisível, e que uma visita de Estado a Washington para discutir o problema poderia colocar Lula em uma situação inadequada.
O medo era de que o americano fizesse uma espécie de emboscada para o brasileiro, a exemplo do que fez com outros líderes europeus na Casa Branca. Por isso, o esforço foi feito no sentido de que a reunião ocorresse em um terceiro país.
A ida de Lula para a cúpula do sudeste asiático acompanhado de cerca de 100 empresários também tem como mote a busca por mais mercados para o Brasil a fim de diminuir a dependência do mercado americano.
Este é o segundo país que Lula visita nesta viagem à Ásia. Na primeira parada, em Jacarta, na Indonésia, o presidente brasileiro afirmou que a taxação é o assunto principal, mas que não haverá tema vetado, e que muitas questões podem ser colocadas na mesa.
"Podemos discutir de Gaza, à Ucrânia, à Rússia, à Venezuela, a materiais críticos, a minerais, a terras raras. Podemos discutir qualquer assunto", disse o presidente em conversa com jornalistas em Jacarta.
É possível que o presidente brasileiro também fale com o americano sobre uma possível incursão militar dos EUA na Venezuela, o que o governo afirma que pode causar desestabilização na América do Sul, além de ter efeito contrário, com fortalecimento do crime organizado.
O governo brasileiro não espera que a reunião traga resultados imediatos, visto que as conversas oficiais entre os negociadores começaram apenas nas últimas semanas. Veem como chance de que seja um empurrão para que os negociadores cheguem a um cenário positivo para o Brasil.
Por Victoria Damasceno/Folhapress
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