Moraes é parcial e não tem condição de conduzir inquérito golpista, diz líder da oposição
Líder da oposição no Senado e secretário-geral do PL, o senador Rogério Marinho (RN) |
Como a Folha mostrou, Moraes foi o principal personagem de sua própria decisão que autorizou a operação da Polícia Federal, reproduzindo 44 citações a si mesmo. “Eu acho que o ministro Alexandre de Moraes não tem nenhuma condição de continuar à frente desse processo, ele claramente é parte do processo. Não há nenhuma imparcialidade em quem se afirma vítima”, diz Marinho.
Na avaliação do senador, ex-ministro no governo de Jair Bolsonaro, Moraes é vítima do processo, por ter sido citado como um dos alvos dos planos golpistas. “Então ele não teria nenhuma condição de ser o juiz julgador”, ressalta Marinho, que diz que condutas parecidas levaram a oposição a pedir no Senado a abertura de um processo de impeachment contra o ministro do STF.
“O ministro continua reiterando os motivos que ensejaram o pedido de abertura desse processo de impedimento. Ele comete claramente abuso.”
O líder da oposição também defende que haja autocontenção do STF e que a apuração do caso seja justa, transparente e imparcial. “Que se use o rito processual, porque o que estão fazendo agora é justamente o que acusaram que acontecia na Lava Jato: prisões longas para se tentar confissões, busca e apreensão de celulares atrás de provas que não estavam dentro do processo originário, para criar outros inquéritos”, ressalta.
“Nós vivemos no Brasil um estado de exceção, que está banalizado. Todo mundo está achando que virou uma coisa normal as pessoas excepcionalizarem o direito, a democracia, o rito processual. E não está. Isso faz muito mal à democracia.”
O senador vê ainda tentativa de ligar o ex-presidente à investigação da Polícia Federal que prendeu quatro militares e um agente da PF na terça-feira (19). “Mas mesmo os trechos que foram publicados pela imprensa mostram que não havia nenhum estímulo por parte do presidente, pelo contrário”, diz. “Há um diálogo que foi publicado onde claramente as pessoas, os aloprados que estão falando nesse diálogo, reclamam que o presidente quer jogar dentro da Constituição.”
Questionado sobre se o PL questionaria a suspeição de Moraes na condução dos inquéritos, Marinho afirma que, quando o partido peticionou em juízo uma dúvida sobre o processo eleitoral, “levou uma multa de R$ 22 milhões e o veredito de litigância de má-fé cerca de duas ou três horas depois de impetrar a ação.”
BNDES: Empréstimo do Banco da China é de R$ 4 bi e tem prazo de até 3 anos
A linha de crédito será usada pelo BNDES em diferentes setores da economia doméstica e, segundo o banco, representa a ampliação da cooperação em moeda local entre os países. Este é um tema que vem sendo cada vez mais discutido pelos integrantes do Brics – grupo que foi formado inicialmente também por Rússia e Índia, acrescido da África do Sul e que agora totaliza 10 membros.
Para o banco de fomento brasileiro, a operação também possibilita a promoção do comércio bilateral entre China e Brasil. O gigante asiático é o maior comprador de produtos domésticos.
“O BNDES tem intensificado sua atuação internacional, buscando maior aproximação com diversas instituições de fomento para diversificar o funding e ampliar os investimentos no Brasil. A parceria do Banco com a China é histórica, desde 1997, resultando em cooperação em projetos de interesse da China e do Brasil. O empréstimo em moeda chinesa é um passo importante para diversificar as opções dos empresários brasileiros, sobretudo aos exportadores, porque tem a proteção cambial natural decorrente de suas exportações”, explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, por meio de nota.
Este ano, Brasil e China comemoram 50 anos de relações diplomáticas e 20 anos da criação da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).
Mpox: OMS aprova primeira vacina para uso emergencial em crianças mundo
Foram notificados casos da doença em pelo menos 80 países em 2024 |
Dados da entidade revelam que, em 2024, foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países, incluindo 19 nações africanas. A República Democrática do Congo, país mais atingido, responde pela maioria de casos suspeitos.
Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a vacina LC16m8 é a primeira aprovada para uso em crianças menores de 1 ano que vivem em localidades onde se registra surtos de mpox.
“Este é um passo vital para proteger populações vulneráveis, principalmente crianças, à medida em que a mpox continua a se espalhar”, escreveu.
Segundo Tedros, ao longo dos últimos dois meses, metade dos casos suspeitos contabilizados na República Democrática do Congo foram identificados entre menores de 12 anos. “O número total de casos suspeitos ultrapassou 40 mil este ano, com 1,2 mil mortes reportadas”.
No post, o diretor-geral da OMS alertou que os surtos da doença no Burundi e em Uganda estão em plena expansão. A entidade convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo.
Relação entre Brasil e China vive melhor momento, diz Xi Jinping
Presidente chinês e Lula anunciam novo patamar da parceria bilateral |
“Mantive uma reunião cordial, amistosa e frutífera com o presidente Lula. Fizemos uma retrospectiva do relacionamento da China com o Brasil ao longo dos últimos 50 anos. Coincidimos que este relacionamento está no melhor momento da história. Possui uma projeção global estratégica e de longo prazo cada vez mais destacada. E estabeleceu um exemplo para avançarem juntos com solidariedade e cooperação, entre os grandes países em desenvolvimento”, afirmou o presidente em declaração à imprensa. A China é o país com a segunda maior economia do planeta e principal parceiro do Brasil desde 2009, responsável por mais da metade do superávit comercial anual do país.
A agenda em Brasília ocorre na sequência da participação do líder chinês na Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro e que foi encerrada na última terça-feira (19). Além disso, é uma retribuição da visita de Lula à China em abril de 2023 e ocorre em celebração aos 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países, completados este ano.
Em sua declaração após a reunião com Xi Jinping, o presidente Lula anunciou a elevação de status da relação bilateral, que agora passa a ser classificada como “Parceria Estratégica Global ao patamar de Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável”.
“Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial. Por essa razão, estabeleceremos sinergias entre as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, e o Plano de Transformação Ecológica e a Iniciativa Cinturão e Rota. Para dar concretude às sinergias, uma Força Tarefa sobre Cooperação Financeira e outra sobre Desenvolvimento Produtivo e Sustentável serão estabelecidas e deverão apresentar projetos prioritários em até dois meses”, afirmou Lula.
Sul Global
Xi Jinping também destacou como exemplo o fato de Brasil e China serem os dois maiores países em desenvolvimento de duas regiões e ocuparem um lugar de protagonismo das aspirações dos países do chamado Sul Global – termo geopolítico que designa nações pobres ou em situações socioeconômicas similares, especialmente da América Latina, África e Ásia.
“China e Brasil devem assumir proativamente a grande responsabilidade histórica de salvaguardar os interesses comuns dos países do Sul Global e de promover uma ordem internacional mais justa e equitativa”, disse o presidente chinês. Ele ainda defendeu aumentar a representação dos países em desenvolvimento na governança global. “É também nosso consenso que China e Brasil continuem estreitando a colaboração em fóruns multilaterais como Nações Unidas, G20 e Brics, enfrentando a fome e a pobreza”, acrescentou.
“Defendemos a reforma da governança global e um sistema internacional
mais democrático, justo, equitativo e ambientalmente sustentável. Em um
mundo assolado por conflitos armados e tensões geopolíticas, China e
Brasil colocam a paz, a diplomacia e o diálogo em primeiro lugar.
Agradeci o engajamento no Chamado à Ação pela Reforma da Governança
Global que o Brasil lançou no âmbito do G20”, disse Lula na declaração,
em sintonia com seu homólogo.
Conflitos internacionais
Tanto Lula quanto Xi Jinping abordaram a situação de guerras que vem ocorrendo pelo mundo e defenderam soluções políticas para o fim dos conflitos.
“Jamais venceremos o flagelo da fome em meio à insensatez das guerras. A Aliança Global contra a Fome, lançada oficialmente há dois dias, é uma das iniciativas mais importantes da presidência brasileira do G20. A China foi parceiro de primeira hora nessa empreitada para devolver a dignidade aos 733 milhões de pessoas que passam fome no mundo, em pleno século 21. Sem paz, o planeta tampouco estará em condições de construir soluções para a crise climática”, disse Lula. O presidente brasileiro fez menção ao documento lançado com a China e que propõe uma resolução política para a guerra na Ucrânia.
Para o presidente da China, o mundo está longe de ser tranquilo, “com
várias regiões sofrendo guerras, conflitos, turbulência e insegurança”.
“A humanidade é uma comunidade de segurança indivisível. Só quando
abraçarmos a visão de segurança comum, abrangente, cooperativa e
sustentável, é que criaremos um caminho de segurança universal. Com
relação à crise na Ucrânia, enfatizei diversas vezes que não existe
solução simples para um assunto complexo. China e Brasil emitiram
entendimentos comuns sobre uma resolução política para a crise na
Ucrânia e criaram grupo de amigos da paz, sobre a crise na Ucrânia.
Devemos reunir mais vozes que advogam a paz e procuram viabilizar uma
solução política da crise na Ucrânia”, disse.
Sobre a guerra na Faixa de Gaza, invadida por Israel, o presidente chinês afirmou que a situação humanitária segue se deteriorando e cobrou maior empenho da comunidade internacional em uma ação imediata de cessar-fogo e assistência humanitária, bem como uma solução duradoura que, segundo ele, precisa assegura a existência de dois Estados.
Lula e Xi Jinping devem voltar a se encontrar no ano que vem, quando o Brasil sediará uma nova cúpula dos Brics, em julho. A presença do chinês também é aguardada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada no final do ano que vem em Belém.
Gleisi diz que operação da PF pode levar à prisão de Bolsonaro
“É muito grave o que aconteceu. É algo que coloca responsabilidade direta no colo de Jair Bolsonaro”, diz Gleisi ao Painel.
“Não tem como dizer que ele não sabia. O vice sabia e estava articulando. A pessoa que estava na Secretaria-Geral da Presidência teve participação. O Mauro Cid sabia. E o maior beneficiado disso seria Bolsonaro. Óbvio que ele tem grande responsabilidade e isso tem de ser apurado”, afirma.
A investigação da PF que deu origem à operação deflagrada na terça (19) descobriu que as cinco pessoas presas (quatro militares e um policial federal) conversavam em 2022 em um aplicativo de mensagens sobre um plano para matar o então presidente eleito e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), além do próprio ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Entre os alvos da operação está o general da reserva Mario Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro. Além disso, segundo a PF, o plano de golpe e homicídio foi discutido na casa do general da reserva Braga Netto, vice de chapa de Bolsonaro em 2022 e ministro da Casa Civil e da Defesa no governo.
“Caminha para a prisão de Bolsonaro essa situação pela gravidade dos fatos. Você tem uma tentativa de homicídio, de golpe, é formação de quadrilha. E isso foi gestado dentro do Palácio do Planalto”, afirma a presidente do PT.
Casal suspeito de furtar R$ 1,5 milhão do Banco do Brasil tem prisão preventiva decretada no RS
PRF apreende dinheiro que teria sido furtado por bancário |
De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o casal, que planejava fugir para o Uruguai, é do Espírito Santo e estava transportando o dinheiro em um Jeep Renegade. Ainda segundo a PRF, o homem é funcionário do banco e furtou o dinheiro da agência em que trabalhava. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do casal.
Os dois foram detidos pela PRF durante uma abordagem em Santa Maria. No veículo, além do dinheiro, também estavam um gato e um cachorro, que foram encaminhados para uma ONG.
Um boletim de ocorrência foi registrado pela gerente da agência bancária, na Polícia Civil do Espírito Santo, após notar o desaparecimento do dinheiro. No documento, ela destacou que o funcionário “não apareceu para trabalhar na presente data [segunda-feira, 18], não atende ao telefone e nem visualiza mensagens no WhatsApp”.
Em nota, a PRF afirmou que o dinheiro foi encontrado após “uma inspeção mais aprofundada em que foram encontrados maços de reais, dólares e euros escondidos em malas e junto ao estepe”.
Os agentes contabilizaram R$ 763,4 mil, US$ 41,9 mil (R$ 242 mil) e 70,7 mil euros (R$ 429,9 mil).
“A suspeita é de que o dinheiro tenha sido furtado de uma agência do Banco do Brasil no Espírito Santo, onde o condutor do veículo trabalha”, disse a corporação.
A Polícia Civil de Santa Maria conduzirá as investigações, em colaboração com a Polícia Civil de Vitória, para esclarecer como o crime foi planejado e determinar o momento exato em que o dinheiro foi subtraído.
Em nota, o Banco do Brasil declarou que “a área de segurança identificou o furto, notificou as autoridades policiais e contribuiu com as investigações, que resultaram na localização e prisão do funcionário”.
"Todas as capitais europeias estão sob risco", avisa TV russa
© X/@RadarHits |
Durante a transmissão, o apresentador sugeriu que o Kremlin deve dar “atenção especial” ao Reino Unido em caso de guerra nuclear, destacando também as bases militares dos Estados Unidos localizadas na Alemanha. "Todas as capitais europeias estão sob ameaça", afirmou ele.
O apresentador mencionou explicitamente capitais como Berlim, Paris e Praga. No caso do Reino Unido, ele citou cidades como Londres, Manchester e Birmingham, ressaltando que "especial atenção" seria dedicada ao país, que ele classificou como "inimigo".
“A Grã-Bretanha está em seu ponto mais vulnerável. Basicamente, bastam três mísseis para que a civilização entre em colapso”, disse o apresentador, reforçando o tom ameaçador.
Esse tipo de discurso não é novo. Desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, em 2022, declarações de ameaça por parte do Kremlin e seus aliados têm sido frequentemente direcionadas ao Reino Unido e a outras nações que apoiam Kiev
por Notícias ao Minuto Brasil
PF e BPFron prendem duas pessoas transportando 300 kg de maconha
A ação teve início próximo na região de Francisco Alves/PR onde o comboio de veículo tentou empreender fuga, até que alguns quilômetros de acompanhamento tático, com direção perigosa e os foragidos submetendo os usuários da vida em risco de grave acidente com vítimas fatais, equipe policial obteve êxito em realizar a interceptação dos dois veículos carregados com entorpecente e realizar a prisão em flagrante de duas pessoas, sendo cada uma motorista dos automóveis envolvidos.
Diante dos fatos, os presos, os veículos e todo o material ilícito foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal em Guaíra, para as devidas providências cabíveis.
Essa operação bem-sucedida é mais um exemplo de compromisso das forças de segurança pública na região, contribuindo para a segurança da comunidade e o enfraquecimento das redes criminosas que atuam na área de fronteira.
Moraes cita Moraes 44 vezes e acumula mais um caso em que é personagem e juiz ao mesmo tempo
O magistrado figura nas investigações da Polícia Federal ao lado de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) como alvos de assassinato pela trama golpista que se desenrolou no final do governo de Jair Bolsonaro (PL) —políticos citados na mesma decisão, respectivamente, 16, 12 e 28 vezes.
A operação desta terça é mais uma em que o ministro do STF figura fora da atribuição exclusiva de julgador. Desta vez como personagem central do caso investigado, é citado na decisão em terceira pessoa.
“Ressalta a representação policial que, com o aprofundamento da
investigação, a partir da realização da operação Tempus Veritatis e da
análise dos dados armazenados nos telefones celulares apreendidos em
poder de Rafael Oliveira [um dos investigados], ‘a investigação logrou
êxito em identificar novos elementos de prova que evidenciaram a efetiva
realização de atos voltados ao planejamento, organização e execução de
ações de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes'”, escreveu o
ministro em uma das referências a si mesmo, reproduzindo parte de trecho
da peça policial.
A Folha procurou Moraes por meio da assessoria do STF, mas não houve manifestação.
Uma série de reportagens da Folha mostrou, com base em conversas de um ex-assessor seu no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que nas investigações do inquérito das fake news Moraes agiu fora do rito, adotando atitudes que em um processo normal são atribuições da Polícia Federal (o órgão que investiga) e da Procuradoria-Geral da República (o órgão que faz a acusação).
Entre outros casos, as conversas indicam que os alvos de investigação eram escolhidos pelo ministro ou por seu juiz assessor, que Moraes utilizou o órgão de combate à desinformação do TSE para levantar informações e produzir relatórios contra manifestantes que xingaram ele e colegas e que ordenou o endurecimento contra o X (antigo Twitter) após Elon Musk se negar a fazer a moderação de conteúdo nos termos defendidos pelo magistrado.
Após a publicação das reportagens, o ministro do STF abriu de ofício (sem provocação externa) inquérito sobre o vazamento das mensagens trocadas entre seus auxiliares. Em mais uma ação que tem ele próprio como personagem.
A menção a um ataque às instituições tem servido como argumento para que o ministro acumule apurações sob o seu comando desde 2019, com o controverso inquérito das fake news e seus desdobramentos.
Quando foi aberto, esse inquérito se propunha a investigar a existência de notícias falsas, denunciações caluniosas e ameaças contra os membros do STF e seus familiares. Acabou servindo de motivação para diversas decisões do ministro.
Criticado desde o nascedouro, o inquérito é uma espécie de síntese da polêmica envolvendo a discussão sobre os poderes de Moraes.
Ele foi aberto sem solicitação do Ministério Público, com base em interpretação alargada do regimento interno da corte e ganhou legitimidade conforme as ameaças à corte e à própria democracia cresciam em volume no governo Bolsonaro.
Um dos principais argumentos favoráveis ao seguimento da apuração foi o de que outras instituições, como a PGR sob Augusto Aras, estavam sendo omissas.
Designado relator do inquérito das fake news sem sorteio, Moraes virou alvo de bolsonaristas e adotou uma série de apurações, com algumas decisões vistas como duras demais e, por vezes, controversas.
Passada a gestão Bolsonaro, o inquérito perdura até hoje, mais de cinco anos e meio após sua abertura.
Na investigação da minuta de decreto para executar o plano golpista, com a decretação de prisão de várias autoridades, como do próprio Moraes, a defesa de Bolsonaro chegou a pedir o afastamento do ministro sob o argumento de que ele seria uma “vítima direta” das condutas investigadas e que tinha interesse no resultado do processo.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, negou o pedido dizendo que ele era genérico, subjetivo e sem base jurídica. Afirmou que deveria ser demonstrado “de forma clara, objetiva e específica, o interesse direto no feito por parte do ministro alegadamente impedido”.
Em ocasiões anteriores, Moraes abdicou de algumas investigações. O principal caso de que ele abriu mão —mas apenas de parte dele— é de maio deste ano, quando determinou à PF que prendesse dois suspeitos de envolvimento em ameaças a eles e aos seus familiares.
Na ocasião, foram presos o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira e seu irmão Oliverino de Oliveira Júnior.
Em seguida, o ministro se declarou impedido de permanecer no caso, mas prosseguiu com a relatoria relacionada à suspeita do crime de tentativa de abolição do Estado democrático de Direito com emprego de violência ou grave ameaça.
Com isso, Moraes manteve à época a prisão preventiva dos dois suspeitos, apontando que há “fortes indícios de autoria”.
Em julho do ano passado, a PF abriu inquérito após ele e familiares serem hostilizados por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma. Depois, o ministro se declarou impedido de participar do julgamento colegiado de dois recursos nesse inquérito.
Especialistas têm criticado a condução de Moraes de casos que o atingem diretamente sob o argumento principal de que isso afeta a necessária imparcialidade de um juiz. Defensores da postura do ministro afirmam que suas ações foram necessárias para conter desmandos e ímpetos golpistas sob Bolsonaro.
FICCO Bahia e PM desmontam esquema de maconha “indoor” em Itacaré
Cerca de 50 kg do entorpecente conhecido como ‘skunk’ foram descobertos enterrados em tonéis.
O integrante de facção era responsável por enterrar a droga em tonéis, distribuir para os comparsas e também contabilizar os valores do comércio ilícito.
Nos locais utilizados pelos criminosos, além da drogas enterradas, os policiais encontraram munições, balanças, entre outros itens.
As Forças Estaduais e Federais seguem realizando diligências na cidade, com o objetivo de capturar outros integrantes da facção.Texto: Alberto Maraux
Parceria entre polícias desarticula esquema de fraudes em campanhas de doações falsas
A operação contou com o apoio das polícias civis de Pernambuco, Minas Gerais e Bahia.
A investigação identificou um casal de Olinda como os principais articuladores e uma mulher de Belo Horizonte como responsável por abrir contas para receber os valores. Em Feira de Santana, a 2ª Delegacia Territorial cumpriu mandados em locais relacionados à fraude, onde foram encontrados pés de maconha, a droga in natura, sementes da planta, um simulacro de arma de fogo, aparelhos eletrônicos, cartões de crédito e maquinetas de cartão.
O esquema consistia na criação de páginas falsas que simulavam campanhas de arrecadação, redirecionando vítimas a um site semelhante ao “Vakinha”. Por meio de um QR Code, as doações eram desviadas para contas controladas pelos golpistas, com as páginas sendo impulsionadas nas redes sociais para ampliar o alcance.
O trabalho conjunto utilizou tecnologias avançadas para rastrear os envolvidos e apreender provas. Contas bancárias vinculadas ao esquema foram bloqueadas, e valores desviados, retidos. A operação reforça a importância da integração entre polícias de diferentes estados no combate a crimes sofisticados, com esforços contínuos para desarticular toda a organização criminosa.
Texto: Ascom PCBA
Operação Dragão de Fogo prende suspeitos por incêndios criminosos em Feira de Santana
As apurações indicaram que um grupo criminoso orquestrou a destruição de imóveis e mercadorias das vítimas.
De acordo com as investigações, o crime foi financiado por um empresário chinês, residente em São Paulo e proprietário de uma empresa de importação e exportação, que teria pago R$ 50 mil para a execução dos ataques. A motivação está relacionada a uma rivalidade comercial entre o mandante e as vítimas, empresários chineses residentes no município baiano.
As transferências financeiras entre os envolvidos, realizadas via PIX, foram rastreadas pelos investigadores, contribuindo para identificar a dinâmica do crime. Um cabo da Polícia Militar de São Paulo foi indiciado como intermediário na contratação dos executores. Ele articulou a participação de quatro envolvidos, sendo responsável pela coordenação da operação criminosa.
Histórico – Em setembro, uma sequência de três incêndios atingiu inicialmente um depósito de produtos importados no bairro Pedra do Descanso, onde estavam estocados cerca de R$ 8 milhões em mercadorias. Em seguida, duas lojas localizadas na rua Conselheiro Franco, no Centro da cidade, também foram incendiadas. Todas as propriedades pertenciam a um mesmo grupo de comerciantes chineses. Os prejuízos foram estimados em mais de R$ 15 milhões.
De acordo com a delegada-geral da Polícia Civil, Dra. Heloísa Brito, a operação demonstra o comprometimento da corporação no combate ao crime organizado. “A Operação Huǒlóng partiu do levantamento de informações detalhadas sobre os envolvidos, incluindo o rastreamento de transações financeiras e a identificação de conexões entre o mandante, os intermediários e os executores. A atuação coordenada pela Polícia Civil resultou na coleta de provas que reforçam a complexidade do esquema criminoso e destacam o empenho de toda a equipe envolvida”.
Texto: Ascom PC
55ª CIPM/Ipiaú e CIPE Central no intuito de cumprir um mandado de prisão em desfavor de um homem que estaria foragido do estado de Goiás e residindo em Ipiaú.
Após veiculação de vídeos nas mídias sociais de facções na cidade de Ubatã e Ipiaú, onde traficantes ostentavam fuzis e realizam disparos em via pública, foi iniciada uma Operação visando identificar os suspeitos e as armas utilizadas. Após compartilhamento de informações da ROTAM da Polícia Militar do Estado de Goiás, dando conta que um foragido do Estado estaria na Bahia, na cidade de Ipiaú, e que ele tinha uma vasta ficha criminal e um mandado de prisão em aberto.
A polícia identificou um homem com as características idênticas as do suspeito informado pela ROTAM de Goiás sendo o mesmo abordado pelo PETO/55ª CIPM, o mesmo confirmou que estava foragido e que em sua residência na Rua Castro Alves no Centro de Ipiaú tinha uma grande quantidade de drogas e um fuzil, ao chegar na residência onde sua esposa encontrava-se em seu interior com o apoio da CIPE Central foram encontrados os seguintes materiais: um fuzil Taurus T4 5,56 X 45mm com um carregador, munições e três sacos de substância análoga à cocaína.
Em ato contínuo as guarnições se dirigiram para o bairro ACM no Caminho 09, onde um segundo homem que seria da mesma Facção e estaria guardando armas e drogas em sua residência, ao perceber a aproximação da polícia o homem evadiu do local tendo sido acompanhado pelos policiais que não obtiveram exito, na casa deste homem foram encontrados os seguintes materiais: um colete balístico e um carregador de fuzil 5,56 NATO com munições desse mesmo calibre e uma balança de precisão.
Desta forma, todos os envolvidos, juntamente com o material apreendido, foram apresentados na 9° COORPIN/Jequié para tomadas das medidas cabíveis.
Polícia Militar prende casal com fuzil e grande quantidade de cocaína no centro de Ipiaú
Essa é a segunda apreensão de arma desse porte e cocaína nos últimos 20 dias. No último dia 1º de novembro, policiais militares apreenderam um fuzil e quase 19 quilos de cocaína pura. Um suspeito foi preso e outro conseguiu fugir. A quantidade de droga apreendida nesta terça-feira é bem superior a anterior. A ação de hoje foi realizada por policiais da 55ª e CIPE Central. Confira a entrevista com o Major Dalmo.
https://www.instagram.com/giroipiau/?utm_source=ig_embed&ig_rid=b97a3009-7000-473a-a81b-2133f44eea8c
Veja os apelidos de Lula, Alckmin e Moraes no plano golpista investigado pela PF
A Operação Contragolpe, que prendeu quatro militares e um policial
federal na manhã desta terça-feira, revelou os codinomes que eram dados
aos alvos no plano golpista, intitulado “Punhal Verde e Amarelo”.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) eram tratados como "Jeca" e "Joca"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) eram tratados como “Jeca” e “Joca”. Em algum momento, um “Juca” também foi usado pelos criminosos. O codinome ainda não foi identificado, mas, para os investigadores, ele se refere ao atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que na época era senador eleito pelo Maranhão e futuro ministro da Justiça. “Juca” era referido pelo grupo como “eminência parda do 01 e das lideranças do futuro gov”.
Já o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes recebeu dos golpistas o codinome “Professora”.
Os investigados também possuíam codinomes para não serem identificados, baseados nos países que participaram na Copa do Mundo daquele ano. Em um grupo criado no aplicativo Signal, eles se referiam uns aos outros como Alemanha, Áustria, Brasil, Argentina, Japão e Gana, para discutir e detalhar os planos do golpe e assassinato dos alvos.
Em alguns casos, eles usavam mais de um codinome para a mesma pessoa. Rafael Martins de Oliveira, um dos ‘kids pretos’, usou o codinome “Diogo Bast” e “Japão”.
O plano previa o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes no dia 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação do petista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Operação Contragolpe
Na manhã desta terça-feira,19, a Polícia Federal prendeu cinco pessoas na Operação Contragolpe, por planejarem um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e “restringir o livre exercício do Poder Judiciário”
Cinco ordens de prisão foram emitidas, acompanhadas por três autorizações para busca e apreensão, além de 15 medidas restritivas alternativas à prisão. Entre as medidas, estão o veto à comunicação com outros envolvidos, a proibição de deixar o País (com a necessidade de entregar os passaportes em até 24 horas) e o afastamento de funções públicas. As ações são realizadas com o apoio do Exército Brasileiro, abrangendo Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.
Os detalhes do plano constam da representação da Polícia Federal pela prisão do general reformado do Exército Mário Fernandes; dos ‘kids pretos Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo – militares com especialização em Forças Especiais; e do policial federal Wladimir Matos Soares. Todos foram capturados nesta manhã por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Os “kids pretos” são militares do Exército Brasileiro treinados em Operações Especiais, conhecidos por usar gorros pretos durante missões. Formados em instituições como o Centro de Instrução de Operações Especiais, em Niterói, e o Comando de Operações Especiais, em Goiânia, esses profissionais são especializados em guerra não convencional, contraterrorismo e ações em ambientes de alta complexidade. A atuação do grupo é sigilosa, exigindo aprovação direta do Comando do Exército.
Primeiro inspetor-geral da Guarda Civil Municipal reitera importância do município para segurança pública
“Não é novidade que o Brasil enfrenta desafios crescentes, com o aumento exponencial da violência urbana, a expansão do tráfico de drogas e a complexidade do crime organizado. Nesse contexto, o Governo Federal instituiu através da Lei 13.675/2018, o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e criou a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS), com a finalidade de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio de atuação conjunta, coordenada, sistêmica e integrada dos órgãos de segurança pública e defesa social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em articulação com a sociedade, destacando que a segurança pública é dever do Estado (poder público), não confundir com Unidade Federativa (UF) e responsabilidade de todos, compreendendo a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito das competências e atribuições legais de cada um”, disse o guarda.
João Neto ainda salientou que, embora a segurança pública no Brasil seja uma responsabilidade compartilhada, os municípios desempenham um papel fundamental na gestão da segurança local. “As Guardas Civis Municipais (GCMs), por serem o único órgão municipal uniformizado e armado, com previsão constitucional de prover a segurança sistêmica da população, têm o papel de atuar de forma mais direta e personalizada nas demandas de segurança pública e defesa social da comunidade. No entanto, para que essa atuação seja eficaz, é imprescindível que haja uma coordenação eficiente entre os diferentes níveis de governo (municipal, estadual e federal), e que os Municípios desenvolvam uma Política Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (PMSPDS) própria e bem estruturada, com a implantação e implementação de um conselho, observatório, fundo e um plano municipal de segurança pública e defesa social, que se integrarão as iniciativas do estado e do governo federal”, completou.
Ele lembra que as Guardas Civis Municipais foram inicialmente criadas com o objetivo de zelar pela segurança dos bens, serviços e instalações públicas do Município. “Em stricto sensu, interpretava-se que a atuação das GCMs estava adstrita tão somente à proteção patrimonial de prédios públicos, praças e jardins. No entanto, nas últimas décadas, seu papel se ampliou significativamente, com muitas delas atuando também em atividades de policiamento preventivo comunitário, combate à criminalidade e até mesmo em operações integradas com outros órgãos de segurança pública, como a Polícia Militar e a Polícia Civil (SOUZA, 2015)”.
A Constituição Federal de 1988, a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS) e o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) destacam a importância das Guardas Civis Municipais no fortalecimento da segurança pública e defesa social dos Municípios, prevendo a possibilidade de atuação das GCMs em funções de segurança pública, atuando, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a proteção sistêmica da população que utiliza os bens, serviços e instalações municipais. Além disso, a Lei nº 13.022, de 2014, que cria o Estatuto Geral das Guardas Municipais, traz artigos, parágrafos e incisos que ampliam suas atribuições, permitindo exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas vias e logradouros municipais, auxiliar na segurança de grandes eventos e na proteção de autoridades e dignitários, dentre outras competências que podem ser observadas na referida Lei.
“É inegável que as Guardas Civis Municipais têm se mostrado fundamentais na melhoria da segurança nas cidades, especialmente no policiamento de proximidade e nas ações de prevenção primária à violência, em conjunto com os demais órgãos da própria municipalidade. Mas não basta o Município criar e aparelhar sua GCM, é preciso dotá-la de uma gestão institucional, profissional e competente, que adote e implemente abordagens e modelos de policiamento mais eficientes, orientados para os problemas e baseados em evidências, com foco na análise de dados; BIs (Business Intelligence) que compreende a coleta, o processamento e a transformação de dados brutos em informações valiosas e compreensíveis; KPIs (Key Performance Indicator ou Indicador-Chave de Performance), trata-se de um valor mensurável que se relaciona com metas, objetivos e estratégias específicas que ajudam a impulsionar o sucesso do desempenho; e na eficácia do planejamento e das estratégias adotadas”, continuou.
O policiamento baseado em evidências (PBE) foi lembrado pelo inspetor-geral. Ele explicou que o método é uma abordagem estratégica que visa a utilização de dados empíricos e análises científicas para planejar, implementar e avaliar as ações policiais. “Essa metodologia busca garantir que as políticas de segurança pública sejam fundamentadas em informações concretas, em vez de práticas baseadas apenas em intuições ou experiências passadas (KLEIN, 2015). Nesse contexto, as Guardas Civis Municipais desempenham um papel importante na implementação do PBE, pois além de atuarem em conjunto com os demais órgãos municipais em ações de prevenção à violência, estão mais próximas das comunidades e podem gerar dados valiosos sobre padrões de criminalidade e as necessidades locais”, disse.
Estudos realizados por Braga et al. (2018), lembrou João, indicam que o policiamento baseado em evidências tem se mostrado eficiente na redução da criminalidade em diversas cidades ao redor do mundo. Um exemplo disso é o uso de tecnologias como câmeras de monitoramento e sistemas de georreferenciamento, que ajudam as Guardas Civis Municipais a identificar hotspots de crimes e áreas de maior vulnerabilidade. Com base nessas informações, as GCMs podem direcionar suas patrulhas para locais específicos, aumentando a eficiência e a eficácia de suas ações (MARTIN, 2017).
João Neto ainda salientou que as Guardas Civis Municipais ainda carecem de “estrutura e investimentos adequados. Além disso, a falta de reconhecimento institucional, somada ao desconhecimento dos gestores públicos sobre o papel e as responsabilidades das GCMs, limita sua atuação e impede o pleno desenvolvimento dessas forças”
“As Guardas Civis Municipais desempenham um papel essencial na segurança pública e defesa social local, especialmente no contexto urbano, onde a violência e a criminalidade exigem respostas assertivas, rápidas e eficazes. Sua proximidade com a comunidade e o potencial ainda inexplorado por algumas instituições de aplicar estratégias de PBE, são fatores que ampliam sua relevância na construção de uma cidade mais segura”, concluiu.
CNJ aposenta compulsoriamente desembargadora Lígia Maria, investigada na Operação Faroeste
Desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lígia Maria Ramos Cunha Lima |
Lígia foi denunciada por supostamente integrar organização criminosa e interferir nas investigações da “Operação Faroeste”, que apura esquema de venda de decisões no TJ-BA para regularização fundiária na região oeste do estado. Ela foi presa preventivamente e afastada de suas funções em dezembro de 2020. Em junho de 2021, o relator da matéria no STJ revogou a prisão e manteve medidas cautelares alternativas. No ano seguinte, ele determinou a retirada da tornozeleira eletrônica e, em fevereiro de 2023, a Corte Especial do STJ prorrogou o afastamento por mais um ano.
Entre as outras medidas cautelares, a desembargadora também estava proibida de acessar órgãos públicos estaduais (TJ, Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Federal e Secretaria de Segurança Pública), de comunicação com funcionários e de utilização dos serviços desses órgãos. No STF, a defesa alegou excesso de prazo na duração das medidas cautelares, uma vez que, dois anos após a denúncia, ela ainda não foi apreciada.
Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes foi discutido na casa de Braga Netto, diz PF
O militar era o vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022 e havia sido ministro da Casa Civil e da Defesa do governo.
O encontro ocorreu no dia 12 de novembro de 2022, quando ele não tinha cargo no Executivo. No local, “o planejamento operacional para a atuação dos ‘kids pretos’ foi apresentado e aprovado”, segundo relatório da PF.
Estavam presentes na reunião o tenente-coronel Mauro Cid, o major Rafael de Oliveira e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima.
Segundo a PF, foi depois após esse encontro que teve início o monitoramento dos passos de Moraes, com objetivo de o prender ou matar.
A Folha procurou Braga Netto, mas não teve retorno até o momento.
Segundo a investigação, as cinco pessoas presas (quatro militares e um policial federal) conversavam em 2022 em um aplicativo de mensagens sobre o plano para o presidente e o vice-eleitos e o ministro do STF.
A operação foi autorizada por Moraes. Os alvos foram o general da reserva Mario Fernandes, os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Mario Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro. Ele também foi assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), mas deixou o cargo por decisão do STF.
Documento juntado aos autos pela PF descreve a possibilidade de envenenamento para assassinar o petista.
Lula venceu a eleição de 2022 após uma acirrada disputa de segundo turno. Durante seu mandato, o hoje inelegível Bolsonaro acumulou declarações golpistas e atualmente é alvo de investigação da PF sobre o seu papel na trama que tentou impedir a posse do presidente eleito.
Tropa de elite do Exército, ‘kids pretos’ são especializados em guerra irregular
Eles são especializados em guerras irregulares, ações táticas para se infiltrar em território inimigo e transformação de leigos em combatentes. O apelido vem do fato de usarem gorros pretos.
Os “kids pretos” são considerados os militares mais combatentes do Exército, com formação em condições extremas -o que, na avaliação de generais ouvidos pela Folha, resulta num caráter igualmente mais extremado.
A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão na manhã desta terça (19) contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa que, segundo as investigações, planejou um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do presidente Lula (PT).
Sobre a operação desta terça-feira, a PF afirmou que, entre as ações que seriam desenvolvidas para evitar a posse de Lula, estava o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que seria o assassinato do petista e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).
Outro alvo, sempre de acordo com as apurações da PF, seria o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que seria preso e morto em seguida.
Ao menos quatro militares, sendo um general da reserva, são alvos das medidas cumpridas em três estados (RJ, GO, AM) e no Distrito Federal. Todas as prisões já foram cumpridas.
São eles o general da reserva Mario Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. O policial federal Wladimir Matos Soares também está entre os alvos dos mandados —esse também já preso.
Mario Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro. Ele também foi assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), mas deixou o cargo por decisão do STF.
O general mora em Brasília, mas aproveitava folga com a família no Rio de Janeiro no momento em que foi preso. Ele foi levado à Polícia Federal do Rio, onde deve ficar preso inicialmente e prestar depoimento.
Os outros militares tinham formação nas forças especiais, os chamados “kids pretos”, e estavam em cargos de comando no Exército até o início das investigações.
Veja quem são os militares suspeitos de participar de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes
Os oficiais são todos integrantes das Forças Especiais do Exército, considerada a tropa de elite da Força. Os militares formados nessa área são conhecidos internamente como “kids pretos”, em referência à cor dos símbolos do grupo, como o gorro e o emblema.
Entre os alvos da operação, batizada de Contragolpe, estão o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo.
Além de Lula e Alckmin, outro alvo desse grupo de militares seria o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que seria preso e morto em seguida, de acordo com as investigações.
Segundo os investigadores da PF, o grupo era comandado pelo general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL). Ele ainda foi assessor no gabinete do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ) até março deste ano.
Mário já foi alvo de buscas na operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF em fevereiro, que também investiga suposto plano de golpe de Estado para impedir a posse de Lula (PT). À época, ele ficou em silêncio em seu depoimento e alegou não ter tido acesso aos autos.
O general da reserva teria enviado mensagens ao então comandante do Exército, general Freire Gomes, pedindo adesão ao plano golpista —a solicitação teria sido rechaçada pelo chefe da caserna.
Além disso, Mário foi um dos participantes de reunião ministerial do governo Bolsonaro em julho de 2022. Em sua fala, mencionou explicitamente a possibilidade de ocorrer no Brasil uma nova versão do golpe de 1964, com um governo militar.
“Não existe o verbo precisamos. Vai ter. […] Temos que ter um prazo para isso [mudanças no sistema eleitoral] acontecer por parte do Judiciário, do TSE, e uma previsão de uma próxima reunião para alternativas se isso não acontecer nesse prazo”, afirmou.
Em depoimento, Mauro Cid disse aos investigadores que o general era um dos mais radicais entre os envolvidos nos planos para evitar a posse de Lula.
Também alvo da operação desta terça-feira, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima comandava a terceira companhia de Forças Especiais em Manaus, mas foi afastado por determinação do STF em fevereiro após também ser alvo da Tempus Veritatis.
Em mensagens encontradas pela PF na operação, ele teria enviado para Cid um um documento em inglês que alegava ter identificado vulnerabilidades nas urnas eletrônicas no primeiro turno das eleições de 2022.
O texto, segundo a decisão de Moraes, insinuava a existência de “dois códigos-fonte” nas urnas eletrônicas —mentira que foi espalhada por grupos bolsonaristas apesar de as Forças Armadas terem participado da lacração das urnas eletrônicas, sem apontar fraudes.
Alvo da operação desta terça, o tenente-coronel Rafael Martins também foi citado na Tempus Veritatis. Mensagens encontradas pela PF na ocasião mostram ele organizando manifestações com Cid e pede orientações sobre os locais certos para os protestos.
Os dois falaram ainda sobre destinar R$ 100 mil para cobrir gastos de hotel e alimentação de manifestantes em Brasília.
Os diálogos indicam que Martins orientou Cid a apagar posteriormente as mensagens, “com o objetivo de suprimir as provas dos ilícitos praticados”, segundo a PF.
O tenente-coronel Rodrigo Bezerra e o policial federal Wladimir, por sua vez, são alvos pela primeira vez no inquérito sobre o suposto golpe de Estado planejado por Bolsonaro e aliados no fim de 2022.
Ao falar sobre a operação desta terça-feira, a PF afirmou que, entre as ações que seriam desenvolvidas para evitar a posse de Lula, estava o plano “Punhal Verde e Amarelo”, elaborado por Mário Fernandes e que teria como objetivo o assassinato do petista e de seu vice.
“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um Gabinete Institucional de Gestão de Crise, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, diz a PF.
Caio Crisóstomo e Cézar Feitoza/Folhapress
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Prefeitura de Ipiaú amplia Rede de Atendimento Educacional Especializado com inauguração de novas Salas Multifuncionai
A secretária Erlândia Souza também ressaltou a importância do projeto: “Ampliar o AEE é garantir que nenhuma criança fique para trás. Nosso objetivo é continuar trabalhando para que a rede municipal ofereça cada vez mais recursos para atender às diversas necessidades dos nossos estudantes.”
A gestão municipal segue empenhada em avançar nas ações que tornem a educação de Ipiaú referência em qualidade e acessibilidade.
Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú