PM apreende drogas e munições em Maragogipe
Policiais militares de várias unidades do orgânico do Comando de Policiamento Regional do Recôncavo apreenderam drogas e munições de diversos calibres, na tarde de sexta-feira (26), no município de Maragogipe.
As guarnições realizavam intensificação de patrulhamento na localidade conhecida como São Roque do Paraguaçu, quando encontraram três acampamentos no meio da mata.
Durante a ação foram encontradas 30 munições calibre 556, duas munições calibre 762, 44 munições calibre .40, 35 munições calibre 9mm, um carregador caracol calibre .45, três carregadores, um cinto tático, um aparelho celular, uma gandola camuflada, uma mochila, uma bolsa preta, 637 pinos de cocaína, 169 trouxinhas de maconha, um tablete de maconha, uma motocicleta e valor em espécie, impossibilitado de contabilização, visto que está rasgado.
Todo material apreendido foi encaminhado à delegacia territorial de Maragogipe para adoção das medidas pertinentes.
Imagens: CPR-Recôncavo
PM apreende arma e drogas em Mangabeira
Na noite de sexta-feira (26), policiais militares da 67ª CIPM, apreenderam arma, munições e drogas, na Avenida Gracindo de Freitas Medeiros, em Mangabeira, cidade de Feira de Santana.
No local, as guarnições localizaram quatro indivíduos na pratica de comercialização de drogas. Com eles foram encontradas uma pistola com 10 munições calibre .40, 100 comprimidos de ectasy, cinco porções de cocaína, uma maquineta de cartão e R$ 792,00 em espécie.
Os detidos e todo o material apreendido foram apresentados à Central de Flagrantes, onde a ocorrência foi registrada.
Imagens: 67ª CIPM
Bancos e fintechs emitem nota conjunta em defesa do Banco Central em meio a caso Master
Associações de bancos e de fintechs emitiram neste sábado (27) uma nota conjunta em defesa da atuação do Banco Central do Brasil. Após a decretação de liquidação do Banco Master, membros da autarquia avaliam que estão sob ataque, em meio a questionamentos de outras autoridades sobre o processo.Como mostrou a Folha, o BC, inclusive, se prepara para um embate jurídico sobre as decisões tomadas no escopo da fiscalização sobre o Master e até para uma eventual tentativa de transformar o BC em investigado. Apesar disso, dirigentes demonstram confiança no processo por terem verificado números do Master que, segundo eles, confirmariam uma fraude bilionária nos balanços.
Na nota, ABBC (Associação Brasileira de Bancos), Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito), Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e Zetta (Associação que representa empresas do setor financeiro e de meios de pagamentos) se manifestam em defesa da autoridade monetária.
"Com a simples hipótese de revisão ou eventual reversão das decisões técnicas do BCB [Banco Central do Brasil], em especial daquelas que tocam o olhar do regulador para preservar a estabilidade financeira, entra-se num terreno sensível de instabilidade regulatória e operacional, gerando insegurança jurídica e comprometendo a previsibilidade das decisões e a confiança no funcionamento do mercado", dizem as associações.
As entidades também afirmam que houve um número ínfimo de instituições com problemas de solvência e liquidez nos últimos anos, incluindo a crise de 2008 e a pandemia, graças à supervisão bancária preventiva do regulador.
"O regulador tem o mandato legal e o dever inafastável de agir em prol da resiliência, estruturando regimes de resolução para proteger o sistema financeiro e minimizar o risco de contágio sistêmico. Adicionalmente, garantir a credibilidade das instituições financeiras e dos reguladores é vital para um bom funcionamento do sistema financeiro. Sem essa credibilidade, não há como uma instituição financeira perpetuar seu funcionamento", diz a nota.
As entidades do sistema financeiro também afirmam que o Poder Judiciário pode e deve analisar e sindicar os aspectos jurídico-legais da atuação dos reguladores, desde que se preserve a autoridade técnica das decisões do Banco Central.
"A presença de um regulador técnico e, sobretudo, independente do ponto de vista institucional e operacional, é um dos pilares mais importantes na construção de um sistema financeiro sólido e resiliente. As entidades signatárias reconhecem que o Banco Central do Brasil vem exercendo esse papel", afirmam ABBC, Acrefi, Febraban e Zetta.
Por Júlia Moura/Folhapress
Forças de segurança desmontam acampamentos de facção no recôncavo baiano
Uma operação conjunta das Forças Estaduais de Segurança Pública desferiu um golpe contra o crime organizado na tarde desta sexta-feira (26), na região de São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe. Equipes das Polícias Militar e Civil localizaram e destruíram três acampamentos que serviam de base estratégica para integrantes de uma facção criminosa que atua na região.
Durante a incursão, os agentes apreenderam um arsenal de munições para fuzil e pistola, além de carregadores, porções de drogas, balanças de precisão, dinheiro em espécie e uma motocicleta utilizada pelos criminosos.
A ação faz parte de uma ofensiva contínua de unidades ordinárias e especializadas para asfixiar a logística do tráfico de drogas em todo o Recôncavo Baiano. Os acampamentos, geralmente montados em áreas de vegetação densa para dificultar a visualização aérea, funcionavam como pontos de distribuição e esconderijo de armamento pesado.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) reforçou que o patrulhamento na zona rural de Maragogipe seguirá intensificado para localizar os responsáveis pelos materiais apreendidos, que conseguiram fugir para a mata durante a chegada das viaturas.
As autoridades ressaltam a importância da colaboração da sociedade no combate às facções. Informações sobre o paradeiro de criminosos ou depósitos de armas podem ser enviadas de forma totalmente anônima por meio do Disque Denúncia da SSP, pelo número 181. O sigilo do denunciante é garantido por lei, permitindo que a população ajude na identificação de lideranças criminosas sem correr riscos. Até o momento, a motocicleta e os materiais apreendidos foram encaminhados para a delegacia local, onde passarão por perícia para auxiliar na identificação dos suspeitos.
Por: Bahia noticias
Vereador Anderson Xará sofre tentativa de homicídio em Alagoinhas
O vereador Anderson Carlos da Silva Carvalho, conhecido como Anderson Xará (PP), de 47 anos, foi alvo de uma tentativa de homicídio na noite desta sexta-feira (26), no bairro Marechal Floriano, em Alagoinhas. O parlamentar dirigia um veículo sedã branco por volta das 20h40 quando foi interceptado por dois homens armados.
Os criminosos efetuaram diversos disparos contra o automóvel, concentrando o ataque na janela do motorista, onde ao menos quatro tiros atingiram o vidro. Apesar da gravidade da emboscada e do direcionamento nítido dos disparos, o vereador não foi atingido e passa bem.
O crime ocorreu poucos minutos após uma agenda pessoal do parlamentar na mesma localidade. Pouco antes do atentado, Anderson Xará havia compartilhado um registro em suas redes sociais durante uma visita à sua avó, que reside no bairro Marechal Floriano.
O conteúdo mostrava um momento familiar tranquilo, o que sugere que os autores do ataque podem ter monitorado seus passos ou aproveitado a previsibilidade do seu trajeto após a publicação. Casado e pai de dois filhos, Xará exerce seu mandato na Câmara Municipal de Alagoinhas e é uma figura política conhecida na região.
Até o momento, a motivação do atentado permanece desconhecida e as autoridades policiais não identificaram os suspeitos, que fugiram logo após os disparos. A Polícia Civil deve utilizar imagens de câmeras de segurança do bairro e o registro das redes sociais para traçar a cronologia do crime e verificar se houve perseguição prévia.
Por: Bahia notticias
Correios fecham empréstimo de R$ 12 bi com cinco bancos, e R$ 10 bi entram na conta até fim do ano
Os Correios assinaram nesta sexta-feira (26) o contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões, concedido por um grupo de cinco bancos, dois deles controlados pelo governo federal. O extrato da operação foi publicado em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) na manhã deste sábado (27).
O empréstimo tem garantia do Tesouro Nacional e está vinculado ao plano de reestruturação da companhia, que será apresentado pela diretoria dos Correios em entrevista na próxima segunda-feira (29).
O aval da União sempre foi premissa de toda a operação e representa um compromisso do governo em honrar os pagamentos em caso de inadimplência da estatal. Isso torna praticamente nulo o risco de prejuízo aos bancos.
Com a assinatura do contrato, os Correios finalmente receberão os recursos do empréstimo. Serão liberados R$ 10 bilhões neste ano e outros R$ 2 bilhões até o final de janeiro de 2026. A previsão é que a primeira parcela dos recursos entre no caixa da empresa na próxima segunda.
A proposta de empréstimo foi apresentada por um grupo de cinco bancos, formado por Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander. Os três últimos entraram apenas recentemente nas negociações, enquanto a Caixa voltou a participar das conversas após a Casa Civil entrar no circuito para que a instituição integrasse o sindicato de bancos.
Banco do Brasil, Caixa e Bradesco vão emprestar R$ 3 bilhões cada, enquanto Itaú e Santander, R$ 1,5 bilhão cada.
O custo da operação ficou em 115% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), dentro do teto de 120% estipulado pelo Tesouro Nacional para conceder a garantia soberana. Uma primeira proposta, feita por um grupo distinto de bancos, foi rejeitada devido ao custo elevado, de 136% do CDI. Segundo o Tesouro, a diferença de taxas poderia gerar um custo extra de quase R$ 5 bilhões aos Correios ao longo do contrato.
O prazo do contrato é de 15 anos, dos quais os três primeiros de carência (período inicial em que a empresa não pagará prestações).
Inicialmente, o pleito dos Correios era um crédito de R$ 20 bilhões, montante considerado necessário para bancar o plano de reestruturação da empresa em 2025 e 2026.
Uma primeira proposta, que atendia integralmente ao valor de R$ 20 bilhões, foi apresentada por Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra. No entanto, o Tesouro travou a contratação e rejeitou conceder a garantia soberana por considerar a taxa de juros muito elevada.
Com a revisão das condições e a redução do valor, o órgão do Ministério da Fazenda deu sinal verde à operação, respaldado por um decreto que abre caminho para a concessão da garantia soberana. A medida foi antecipada pela Folha.
O ato permitiu que os técnicos avaliassem o pedido de aval dos Correios levando em consideração as medidas de ganho de receitas e corte de despesas previstas no plano de reestruturação, mas que ainda não foram implementadas. É diferente do rito habitual, no qual o Ministério da Fazenda analisa a fotografia atual da saúde financeira dos entes ou das estatais —e pelo qual a estatal não conseguiria atestar a capacidade de pagamento necessária para obter a garantia.
Essa é a primeira vez desde o governo Dilma Rousseff (PT) que a Fazenda abre uma exceção para conceder aval soberano a um empréstimo. Na gestão da ex-presidente, licenças excepcionais permitiram o endividamento de estados já em péssimas condições financeiras, que depois deram calote nos financiamentos.
Em outro ato, o CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou um limite específico de R$ 12 bilhões para a contratação da operação de crédito pelos Correios. O colegiado é responsável por regular os limites de crédito do setor público. A medida foi necessária porque o espaço disponível para novos empréstimos estava praticamente esgotado e seria insuficiente para absorver a transação.
Como o valor contratado ficou abaixo dos R$ 20 bilhões, os Correios vão precisar de um novo crédito ou aporte do Tesouro em 2026, ano eleitoral, para conseguir implementar seu plano de reestruturação.
As medidas incluem a regularização de dívidas com fornecedores e bancos, um novo PDV (programa de demissão voluntária) para desligar 15 mil empregados em 2026 e 2027 e a reformulação de cargos e salários e do plano de saúde da companhia, entre outras iniciativas.
Em paralelo, os Correios tentam fechar um novo ACT (acordo coletivo de trabalho) com os empregados, já que o atual prevê uma série de benefícios acima do estabelecido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A condição não é irregular nem ilegal, mas a companhia considera ser incompatível com sua atual situação financeira.
A estatal propôs, no âmbito da mediação no TST (Tribunal Superior do Trabalho), limitar algumas cláusulas consideradas de maior impacto nas despesas ou na produtividade, mas a categoria rejeitou a proposta e deflagrou greve nacional.
A negociação deve ir a dissídio coletivo, uma ação judicial que tem o objetivo de resolver o conflito quando as partes envolvidas (empregador e funcionários) não conseguem chegar a um consenso sobre as condições de trabalho. Significa, na prática, que o TST vai definir quais cláusulas prevalecerão. O julgamento está marcado para terça-feira (30).
Por Idiana Tomazelli/Folhapress
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PF prende Filipe Martins após fuga de ex-diretor da PRF
STF converteu medidas cautelares em prisão domiciliar de ex-assessor de Jair Bolsonaro
A PF (Polícia Federal) cumpriu mandado de prisão domiciliar na manhã deste sábado (27) contra Filipe Martins, ex-assessor internacional do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), após a prisão do ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques, que estava com medida cautelar e fugiu para o Paraguai, onde acabou detido.
Martins também estava cumprindo medidas cautelares, com uso de tornozeleira. Agora, elas foram convertidas em prisão domiciliar.
Integrantes da PF informaram à CNN Brasil que outras medidas contra outros condenados pelo STF estão sendo cumpridas, mas ainda sob sigilo.
Nas redes sociais, o advogado de Filipe Martins, Jeffrey Chiquini, disse que a medida “é mais um ato que atenta contra o Código de Processo Penal e contra a Constituição Federal”.https://www.cnnbrasil.com.
Atuação da esposa de Alexandre de Moraes no STF e STJ cresce mais de 460% após posse do ministro
O número de processos conduzidos pela advogada Viviane Barci de Moraes no STF e no STJ cresceu de forma significativa após a posse de seu marido, o ministro Alexandre de Moraes, no Supremo, em março de 2017. Segundo levantamento do Estadão, as ações passaram de 27 para 152, sendo que cerca de 85% delas foram iniciadas depois da chegada do magistrado à Corte, o que representa um aumento de 463% na atuação do escritório da família em Brasília. Com informações do Estadão.
Os dados mostram que, no STF, 22 dos 31 processos com participação da advogada começaram após a posse de Moraes, enquanto no STJ esse número chega a 130 de 148 ações. Viviane é sócia-administradora do escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados e atua, em alguns casos, ao lado dos filhos do casal. Entre seus clientes estão grandes empresas dos setores portuário, de serviços, saúde, seguros, construção e mercado imobiliário, além de pessoas físicas envolvidas em processos de grande repercussão.
A legislação não proíbe a atuação de familiares de ministros em tribunais superiores, mas impede que o magistrado julgue processos em que parentes advoguem, exigindo declaração de suspeição. Em 2023, o STF flexibilizou essa regra ao permitir que juízes julguem ações envolvendo clientes de escritórios de parentes, desde que haja outra banca representando a parte. A atuação do escritório ganhou ainda mais atenção após a revelação de um contrato milionário com o Banco Master, caso que tramita no Supremo. Procurados, Viviane Barci de Moraes e o ministro Alexandre de Moraes não se manifestaram.
Por Redação
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PF e CGU deflagram nova fase da Operação Sem Desconto
Ação visa cumprir mandados de busca e apreensão, mandados de prisão e outras medidas cautelares judiciais em seis estados e no DF
Brasília/DF. A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, nesta quinta-feira (18/11), nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
Estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.
As ações desta data visam aprofundar as investigações da Operação Sem Desconto e esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
Balanço Geral das Apreensões:
Quantidade Itens Apreendidos
248
Quantidade Veículos Terrestres
35
Valores apreendidos
R$ 136.354,00
Valor Estimado Apreensões
R$12.928.959,62
Valor Estimado Veículos
R$11.771.476,00
Coordenação-Geral de Comunicação Social
BC se vê sob ataque no caso Master e calcula próximos passos
Atuais membros da direção do Banco Central avaliam que estão sob ataque após terem decretado a liquidação do Banco Master. Em meio a questionamentos de outras autoridades sobre o processo, os integrantes calculam os próximos passos a serem dados.
A autarquia se prepara para um embate jurídico sobre as decisões tomadas no escopo da fiscalização sobre o Master e até para uma eventual tentativa de transformar o BC em investigado. Apesar disso, dirigentes demonstram confiança no processo por terem verificado números do Master que, segundo eles, confirmariam uma fraude bilionária nos balanços.
Investigadores afirmaram que o Master teria fabricado cerca de R$ 12 bilhões em créditos falsos, depois repassados ao BRB (Banco de Brasília).
Procurados por meio da assessoria de imprensa, BC e Master não comentaram.
O Banco Central decretou a liquidação do Master em 18 de novembro por encontrar no banco tanto problemas de liquidez como "graves violações" às normas do sistema financeiro. Os problemas estavam sobretudo em ativos na parte de crédito do balanço, que na prática foram vistos como inexistentes.
A análise pelo BC demandou meses de discussão e diversas reuniões com representantes do Master. A liquidação foi anunciada um dia depois que Vorcaro se reuniu com a autarquia e comunicou que viajaria ao exterior para fechar negócio com novos compradores para o banco: a Fictor, empresa pouco conhecida no setor, em conjunto com investidores dos Emirados Árabes cuja identidade não foi revelada.
Vorcaro foi preso no mesmo dia da reunião com o BC, quando tentava embarcar em um jatinho. Segundo a defesa do banqueiro, a viagem seria para assinar o negócio com os árabes. Para a PF, era um modo de facilitar a fuga do país. Após dez dias, ele foi solto por uma juíza federal.
Mesmo certos da decisão e dizendo ter todos os elementos que comprovariam a correta atuação no caso, diretores do BC veem a possibilidade de uma tentativa de questionar a liquidação, sob o argumento de que haveria um plano de reestruturação pronto e apresentado, o que tornaria a medida desnecessária. Pesam contra essa argumentação, porém, as fraudes apontadas pelos investigadores.
O BC se vê hoje diante da necessidade de explicar a decisão ao STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro Dias Toffoli marcou uma acareação entre representantes do caso para a próxima terça-feira (30).
Uma convocação já era esperada, em parte, uma vez que um despacho do magistrado em 15 de dezembro já havia determinado oitivas de investigados e do BC em até 30 dias. A diretoria da autarquia até citava, em conversas informais, que o compromisso poderia alterar planos e viagens para o fim do ano.
Na véspera de Natal, no entanto, Toffoli surpreendeu ao marcar uma acareação, o que causou estranheza entre juristas por ser um instrumento usado para confrontar versões diferentes após depoimentos anteriores. Toffoli não colheu depoimentos individuais dos envolvidos.
A acareação será feita entre Vorcaro; Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do BC; e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília, estatal do Distrito Federal que negociou a compra do Master, barrada pelo BC).
O ministro determinou a acareação dentro de um processo sigiloso pelo qual é responsável no tribunal. Desde o começo de dezembro, diligências e medidas ligadas à investigação sobre o Master e Vorcaro têm que passar pelo crivo de Toffoli, por decisão do próprio magistrado.
Conforme publicou a Folha, a acareação terá como um de seus focos justamente a atuação do BC. A audiência pode levar o órgão regulador para o centro das investigações.
Toffoli teria indicado a integrantes de seu gabinete que pretende esclarecer o momento em que o BC tomou conhecimento das suspeitas sobre o Master, as medidas na fiscalização do mercado de títulos bancários e determinar eventuais responsáveis por falhas nesse processo. Até o momento, ele não teria dado sinais de que pretende anular a liquidação do banco.
O assunto Master chegou ao STF após pedido da defesa do banqueiro. A solicitação foi feita após um envelope com documentos de um negócio imobiliário relacionado ao deputado João Carlos Bacelar (PL-BA) ter sido encontrado em uma busca e apreensão.
O caso Master tem colocado em xeque a atuação de ministros do STF no caso. No fim de novembro, no mesmo dia em que a Justiça mandou soltar o banqueiro da prisão, Toffoli embarcava em jatinho para Lima junto com o advogado de um diretor do Master para ver um jogo de futebol. Além disso, o escritório ligado à família de Moraes tem contratos milionários com o banco.
Paralelamente, o TCU (Tribunal de Contas da União) também analisa o caso. O ministro Jhonatan de Jesus determinou que o BC se explicasse sobre o caso e sugeriu que a decisão do BC pode ter sido extrema e precipitada. O questionamento não recebeu objeções de outros ministros do tribunal por enquanto.
Segundo o despacho, a ação da autoridade monetária sugere que o BC pode ter demorado para buscar alternativas de mercado para o Master. Além disso, avalia que o BC poderia ter considerado soluções menos onerosas. O BC já formulou sua resposta ao TCU.
300 imóveis, 15 helicópteros e 190 Ferraris: o que dá para comprar com R$ 1 bilhão da Mega da Virada
Com R$ 1 bilhão compra-se, por exemplo, 190 Ferraris Sf90 modelo 2023 -veículo que gira em torno de R$ 5,2 milhões segundo a tabela Fipe. Se considerados modelos inferiores ou mais antigos, a quantidade pode superar 200.
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Se vencer sozinho, o ganhador do R$ 1 bilhão estimado como prêmio da Mega Sena da Virada deste ano terá em mãos um valor capaz de comprar até 200 Ferraris, mais de uma dezena de helicópteros e algumas centenas de imóveis.
A premiação deste ano é a maior de toda a história.
Com R$ 1 bilhão compra-se, por exemplo, 190 Ferraris Sf90 modelo 2023 -veículo que gira em torno de R$ 5,2 milhões segundo a tabela Fipe. Se considerados modelos inferiores ou mais antigos, a quantidade pode superar 200.
Entre carros populares, o prêmio da Mega da Virada compra até 13,6 mil modelos Chevrolet Onix 2025 ou 18 mil Volkswagen Gol 2023, considerando a tabela Fipe.
A bolada também permite a aquisição de ao menos 15 modelos de helicópteros novos e mais modernos, a exemplo do Airbus H145, o mesmo utilizado pelo jogador Neymar, cujo valor varia hoje entre R$ 50 milhões e R$ 65 milhões.
Também é possível comprar pelo menos dez jatinhos Pilatus PC-24 usados, com até cinco anos de vida, cujo valor é de cerca de R$ 80 milhões.
Com relação a imóveis, a quantidade de casas ou apartamentos passíveis de serem comprados por aquele que vencer a Mega da Virada varia de acordo com a região onde o bem está localizado.
Se considerado o centro de São Paulo, por exemplo, o prêmio pode comprar mais de 300 apartamentos usados cujo tamanho varie de 100 m² a 200 m².
A bolada também permite adquirir ao menos 50 grandes residências em Pinheiros, uma das regiões mais caras da capital, e a mesma quantidade de bons apartamentos na rua Oscar Freire, grife da elite paulistana.
Se comparado a grandes obras públicas, o prêmio fica proporcionalmente menor.
Não chega a bancar uma nova linha de metrô, mas garante pelo menos três piscinões como o que a Prefeitura de São Paulo constrói na região do estádio do Morumbis, na zona sul de Sâo Paulo. O valor do investimento é de R$ 273,8 milhões.
A aposta simples na Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser feita até as 20h nas casas lotéricas, no portal Loterias Online e no aplicativo Loterias Caixa. A exceção é para os bolões digitais, que poderão ser comprados até 20h30 exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo.
A probabilidade de acerto para quem faz uma aposta de seis números (no valor de R$ 6) da Mega-Sena é de uma em mais de 50 milhões. Na aposta com sete números (que custa R$ 42), a chance sobe para uma em 7,1 milhões.
Ninguém jamais levou a bolada sozinho, mas em três ocasiões o prêmio foi dividido entre apenas duas pessoas.
Isso ocorreu nos anos de 2009, 2020 e 2021, quando a Mega da Virada pagou, em números corrigidos pela inflação, R$ 351 milhões, R$ 429,7 milhões e R$ 452,6 milhões, respectivamente.
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COMO JOGAR
A aposta simples na Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser feita até as 20h nas casas lotéricas, no portal Loterias Online e no aplicativo Loterias Caixa. A exceção é para os bolões digitais, que poderão ser comprados até 20h30 exclusivamente pelo portal Loterias Online e pelo aplicativo.
A probabilidade de acerto para quem faz uma aposta de seis números (no valor de R$ 6) da Mega-Sena é de uma em mais de 50 milhões. Na aposta com sete números (que custa R$ 42), a chance sobe para uma em 7,1 milhões.
Pelo site
- Acesse o site Loterias Online
- Confirme se tem mais de 18 anos. Depois, clique em "acessar", no canto superior direito. Se for o primeiro acesso, cadastre-se. Caso contrário, faça seu login usando CPF e senha
- Role a tela para baixo e, na opção da Mega-Sena, clique no ícone "Aposte Agora!"
- Escolha as dezenas que quer apostar Informe se quer apostar com mais números e se quer ativar a surpresinha e/ou a teimosinha
- Quando acabar tudo, clique em "colocar no carrinho", logo abaixo
- O pagamento pode ser feito por Pix, cartão de crédito ou Recargapay
- Siga as instruções para o pagamento e confirme a compra
- Após o sorteio, entre no site, faça login e clique em "minha conta"
- Em seguida, em "apostas" e, depois, em "conferir apostas"
- Se você tiver ganhado, irá aparecer o prêmio que receberá e os procedimentos para retirada
Pelo aplicativo
- Baixe o aplicativo Loterias Caixa, disponível gratuitamente para Android e iOS
- Após a introdução, faça login ou cadastre-se
- Na tela inicial, localize a Mega-Sena e clique em "aposte"
- Selecione as dezenas desejadas e informe se quer usar mais números e se pretende ativar a teimosinha e a surpresinha
- Quando acabar, selecione "adicionar ao carrinho de apostas", na parte de baixo da tela
- Se quiser fazer outro jogo, repita o procedimento acima. Ao terminar, clique em "carrinho de apostas"
- Confira as apostas e, se estiver tudo certo, vá em "avançar para a forma de pagamento"
- O pagamento pode ser feito por Pix, cartão de crédito ou Recargapay
- Siga as instruções para o pagamento e confirme a compra
- Depois do sorteio, acesse o aplicativo. Abra o menu, clicando no botão no canto superior esquerdo e escolha "minha área" e, em seguida, "minhas apostas". Nessa área irá aparecer se você ganhou ou não
Pelo Internet Banking
- Acesse a plataforma do Internet Banking com seu login e senha
- Clique em loterias
- Escolha Mega-Sena e depois apostar (o limite para esta forma de aposta é de R$ 500 por dia, das 7h às 20h, horário limite para fechamento das apostas)
- Selecione a quantidade de números do seu jogo (de 6 a 9 por cartela)
- Escolha suas dezenas e clique em "incluir aposta"
- Se quiser, repita essa operação para completar três jogos e então clique em "finalizar"
- Então, é só digitar os seis números de sua senha eletrônica para confirmar o pagamento
- Depois é só voltar à tela inicial das loterias e clicar em "minhas apostas" para confirmar os jogos realizados..
Relatório da OEA alerta: medidas de exceção do Judiciário brasileiro ameaçam se tornar regra
Documento diz que gravidade dos ataques à democracia exige que restrições à liberdade de expressão sejam mais, e não menos, compatíveis com os parâmetros internacionais
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) publicou nesta sexta-feira, 26, o Relatório especial sobre a situação da liberdade de expressão no Brasil. Embora afirme que o País possui “instituições democráticas fortes e eficazes”, o documento faz alertas sobre o uso de medidas de caráter excepcional pelo Poder Judiciário e seus possíveis efeitos sobre a liberdade de expressão.
O relatório é resultado de uma visita que a Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão, da CIDH, fez ao Brasil em fevereiro de 2025, a convite do governo federal, no contexto da tentativa de golpe do 8 de janeiro.
Chefiada pelo relator especial Pedro Vaca Villarreal, a delegação percorreu Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo entre os dias 9 e 14 de fevereiro, ouvindo representantes de diferentes setores, entre eles, opositores do atual governo, parlamentares de todo o espectro político, defensores dos direitos humanos, organizações não governamentais e jornalistas.
Logo na introdução, o documento registra que as autoridades brasileiras, com o apoio de certos setores da sociedade civil, às vezes se mostram relutantes à autocrítica e a questionamentos da compatibilidade das restrições à liberdade de expressão com os padrões interamericanos:
“A defesa da democracia não pode ser alcançada por meio de restrições exageradas que equivalem à censura. Ao mesmo tempo, a liberdade de expressão não deve ser usada para minimizar o imperativo de que se alcance verdade, justiça e responsabilização pelas tentativas de alterar a ordem constitucional em 2023”.
Embora reconheça que o Supremo Tribunal Federal (STF) desempenhou um “papel fundamental” ao iniciar procedimentos para investigar os ataques às instituições, a CIDH demonstra preocupações de que essas medidas constituam uma concentração de poder.
“Há o risco de transformar uma solução temporária, destinada a ser excepcional, em um problema duradouro, ao criar precedentes que podem ser usados em benefício de regimes potencialmente autoritários no futuro”, afirma a delegação, para quem mitigar esse risco requer o reconhecimento de “quaisquer excessos na ação do Estado”.
O relatório observa que movimentos que contestavam os resultados eleitorais e as próprias instituições democráticas brasileiras exigiram do Poder Judiciário o uso de ferramentas consideradas “extraordinárias”, consideradas decisivas para preservar a institucionalidade. Mesmo assim, a CIDH insta todos os órgãos do Estado a garantir que essas iniciativas, seja para a defesa da democracia ou para qualquer outro objetivo legítimo, não se prolonguem para além do necessário.
O documento alerta que, embora a organização de crimes graves exija uma resposta do Estado, o Poder Judiciário deve ter cuidado para não expandir o escopo destas limitações extraordinárias a ponto de “sancionar opiniões políticas legítimas”.
“Nesse contexto, a Relatoria chama a atenção para os desafios de longa data do Brasil, em distintos órgãos do Poder Judiciário, no que diz respeito às restrições à expressão de pessoas defensoras de direitos humanos, jornalistas e ativistas políticas”, afirma o relatório. Segundo o texto, esses problemas são anteriores às investigações sobre a tentativa de golpe, e o Judiciário deve se esforçar para criar precedentes que diferenciem de forma clara condutas ilícitas de “críticas legítimas”.
Para a delegação, a gravidade dos eventos que ameaçaram a democracia brasileira nos últimos anos reforça a necessidade de que quaisquer restrições à liberdade de expressão “sejam mais, e não menos, compatíveis com os parâmetros internacionais de proteção e restrição da liberdade de expressão”.
Limitações ao uso de contas de redes sociais
O relatório menciona a existência de “intensos debates” em torno dos atrasos nos mecanismos de investigação, sem informações conclusivas sobre o seu encerramento, e defende que a celeridade dos processos é especialmente importante quando envolvem limitações cautelares ou interlocutórias à liberdade de expressão.
O inquérito das fake news, aberto para apurar ataques ao Supremo e a seus ministros, está prestes a completar sete anos e deve permanecer aberto por tempo indeterminado.
A CIDH também reforça que as autoridades brasileiras devem avaliar continuamente se as medidas cautelares que restringem a liberdade de expressão são indispensáveis para a preservação das investigações ou se essas limitações podem ser relaxadas. O relatório afirma que, embora o prolongamento das investigações e a adoção do sigilo podem ser legítimos e úteis, eles “também podem contribuir para a incerteza vivida no Brasil em relação aos mecanismos judiciais”.
Outro ponto de crítica foram as limitações ao uso de contas nas redes sociais, usadas como parte das medidas restritivas impostas de forma provisória em inquéritos, investigações e processos judiciais. Essas limitações incluem a remoção de publicações específicas, a remoção de contas, a proibição de divulgar publicações futuras potencialmente ilegais e a proibição da criação de novas contas.
Para a comissão, as autoridades estatais, especialmente o Poder Judiciário, devem se esforçar para notificar os usuários e as plataformas sobre as limitações impostas ao uso das redes sociais e outros canais de liberdade de expressão. Exceto em casos muito urgentes, explica o relatório, as plataformas e os usuários devem poder contestá-las antes que elas comecem a ser aplicadas.
“Embora circunstâncias excepcionais possam modificar essa notificação, ela deve, como regra geral, conter uma explicação da ordem adotada e da ilegalidade do conteúdo especificado".
Por Estadão
Reverter liquidação do Master não salvaria banco e traria mais insegurança, dizem especialistas
Advogados dizem que medida seria sem precedentes e afetaria credibilidade da autoridade monetária
A decisão do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), de convocar uma acareação antes que investigados e testemunhas prestem depoimentos individuais no caso do Banco Master tem levantado dúvidas sobre o futuro da instituição financeira.
A hipótese de reversão na liquidação do banco de Daniel Vorcaro não salvaria a instituição da insolvência e, em última análise, imporia insegurança jurídica ao sistema financeiro.
Avaliada como uma possibilidade remota e sem precedentes na história, a reversão da liquidação, na prática, recolocaria o banco no sistema. "Seria rebobinar a fita até o momento anterior da intervenção [do Banco Central]", diz Luis Miguel Santacreu, analista de bancos da agência de classificação de risco Austin Ratings. "Vorcaro teria os bens disponíveis de novo, eventualmente poderia até voltar a ser diretor do banco, e todas as dívidas do Master voltariam a ser responsabilidade dele".
Mas rebobinar a fita não apagaria a mancha na reputação do Master para os integrantes do sistema financeiro –desde grandes bancos, que poderiam eventualmente ser credores de uma reestruturação, até o FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que funciona com recursos das instituições financeiras e garante depósitos de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, e os próprios correntistas da instituição.
O banco já apresentava problemas de liquidez antes, lembra um advogado especialista em direito bancário que preferiu não ser identificado pela reportagem, e, se revertida a liquidação, enfrentaria uma grave crise de confiança. O que poderia acontecer, afirma ele, seria uma condenação por perdas e danos, endossando a defesa de Vorcaro frente à Justiça.
O banqueiro argumenta que o BC interveio na instituição antes que ela pudesse encontrar um comprador, inviabilizando o negócio e fazendo o Master "quebrar antes da hora". A estratégia de responsabilização da autoridade monetária pela insolvência foi usada em outros casos de liquidação, como o Banco Santos, diz o advogado, que chegou a trabalhar próximo ao caso. Mas a validação da defesa de Vorcaro seria uma saída improvável, afirma o defensor.
A liquidação extrajudicial do Master foi decretada pelo BC em 18 de novembro após meses de análise. Segundo a autoridade monetária, o banco não só tinha problemas de liquidez como também teria praticado fraudes na carteira de crédito para continuar emitindo títulos no mercado privado. Vorcaro foi preso e, após 12 dias, foi solto mediante uso de tornozeleira eletrônica.
A reversão da liquidação também não anularia muitos estágios do processo, diz Anna Carla Marujo Rossetti, sócia do escritório Marujo Rossetti Advogados. Ela explica que, no processo de liquidação, o liquidante escolhido pelo Banco Central precisa levantar todos os passivos e ativos da instituição a fim de pagar seus credores e funcionários.
Até agora, no entanto, o liquidante do Banco Master, Eduardo Felix Bianchini, não enviou a lista de credores da instituição ao FGC para o ressarcimento das perdas, o que indica que o processo está em fase inicial. Segundo o FGC, em outras liquidações, o envio da lista se deu em média entre 30 e 40 dias após o decreto –ou seja, ainda está no prazo.
"Uma coisa é o ato administrativo de decretar a liquidação e outra completamente diferente é encontrar o liquidante e fazer toda essa apuração", diz Rossetti.
Para ela, uma decisão nesse sentido afetaria a atuação do BC. "Geraria uma insegurança jurídica gravíssima e seria um problema institucional grande, porque desmoraliza o Banco Central, que é um órgão atuante, muito respeitado e que não se curvou a pressões de pessoas importantes e fez o que deveria ser feito", afirma. "Reverter isso seria o fim do mundo".
Em última análise, a reversão da liquidação imporia desconfianças sobre o próprio sistema financeiro brasileiro à luz dos reguladores internacionais, afirma uma pessoa que já foi ligada ao BC e que também prefere manter o anonimato.
Ela lembra que o Brasil acaba de ser avaliado pelo Comitê de Basileia, uma espécie de "banco central dos bancos centrais" cuja missão é fortalecer a solidez dos sistemas financeiros, estabelecer padrões de boas práticas e discutir aprimoramentos. O Brasil segue os Princípios de Basileia e é membro do conselho desde 2009.
Por Tamara Nassif/Pedro Lovisi/Folhapress
Abraji repudia ataques contra jornalista após reportagem sobre Moraes
Ataques misóginos a mulheres jornalistas infelizmente se tornaram comuns, diz nota da associação
| Foto: Divulgação/STF/Arquivo |
A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) divulgou uma nota nesta quinta-feira (25) repudiando os ataques online contra Malu Gaspar, colunista do jornal O Globo e comentarista da Globonews.
Os ataques vêm na esteira de reportagem publicada pela jornalista nesta semana afirmando que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, procurou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em defesa de interesses do Banco Master.
"Infelizmente, nos últimos anos, se tornaram comuns os ataques misóginos a mulheres jornalistas que fazem reportagens sobre pessoas que ocupam importantes espaços de poder", diz nota da associação.
"A Abraji é uma instituição criada para defender o trabalho dos jornalistas profissionais e essa missão deveria ser coletiva. Quando qualquer jornalista sofre intimidação por exercer o seu ofício, perde a sociedade como um todo."
Na reportagem, Malu Gaspar afirmou que Moraes procurou Galípolo ao menos quatro vezes para fazer pressão em favor do Master —o que o ministro negou em nota.
Moraes disse ter recebido o presidente do Banco Central para reuniões "em virtude da aplicação da Lei Magnitsky", versão divulgada também pelo BC.
Anteriormente, o jornal O Globo também noticiou que o escritório da mulher do ministro, Viviane Barci de Moraes, firmou um contrato de R$ 129 milhões com o Master.
No final de novembro, o ministro do STF Dias Toffoli viajou a Lima, no Peru, durante a final da Taça Libertadores, em um jato particular ao lado de um dos advogados envolvidos no caso Master, cujas investigações estão sob a supervisão do magistrado.
O caso reforçou a discussão sobre um código de conduta para ministros do STF, medida que vem sendo defendida pelo presidente da corte, Edson Fachin, sob a resistência de parte dos integrantes da corte. Em 16 de dezembro, foi lançado um manifesto com apoio de nomes de peso do empresariado a favor da criação de regras de conduta no Supremo.
Por Folhapress
PF realiza prisões, apreende documento e flagra tráfico de drogas no Aeroporto Internacional de São Paulo
Guarulhos/SP. A Polícia Federal realizou, entre os dias 22 e 25 de dezembro de 2025, uma série de ações de fiscalização no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos que resultaram no cumprimento de mandados de prisão, na apreensão de documento de viagem e na prisão em flagrante por tráfico internacional de drogas.
Durante as atividades no controle migratório, foram cumpridos mandados de prisão expedidos por varas judiciais dos estados de São Paulo e Minas Gerais, relacionados principalmente a processos de natureza criminal e de família. Os indivíduos detidos foram encaminhados às autoridades competentes e permanecerão à disposição da Justiça.
No mesmo período, a PF instaurou procedimento para apuração de possível uso de passaporte falso apresentado por uma cidadã estrangeira, além de cumprir determinação judicial para apreensão de documento de viagem expedida pelo Poder Judiciário do Rio de Janeiro.
Em ação de repressão ao tráfico internacional de drogas, policiais federais prenderam em flagrante um passageiro que tentava embarcar para Lisboa, em Portugal, transportando aproximadamente 2,5 quilos de cocaína ocultos em fundo falso de sua mala. A droga foi identificada após fiscalização com equipamentos de raio-X, sendo o suspeito conduzido à delegacia da PF para os procedimentos legais.
A Polícia Federal reforça que atua de forma permanente no Aeroporto Internacional de São Paulo, utilizando sistemas de inteligência, tecnologia e fiscalização ostensiva para coibir crimes, cumprir ordens judiciais e garantir a segurança das fronteiras brasileiras.
Comunicação Social da Polícia Federal em São Paulo
PF apreende cerca de 100 kg de cocaína no Porto de Santos/SP
Santo/SP. Nesta sexta-feira (26/12), a Polícia Federal apreendeu cerca de 100 kg de cocaína ocultados na estrutura submersa de um navio, no Porto de Santos/SP. Ação contou com apoio da Marina do Brasil e da Guarda Portuária.
A embarcação havia partido do porto de Itapoá/SC e tinha como destino o porto de Port Elizabeth, na África do Sul.
Após a retirada do material ilícito, a substância foi encaminhada à sede da Polícia Federal em Santos/SP, onde será instaurado inquérito policial para a realização das perícias necessárias e apuração da autoria, com o objetivo de identificar os responsáveis pelo crime de tráfico internacional de drogas.
A ação reforça o trabalho integrado e especializado da Polícia Federal no combate ao tráfico internacional de drogas por via marítima.
Comunicação Social da Polícia Federal em São Paulo
Prazo de entrega de ponte do Jequitinhonha vira lance de disputa de candidatos a deputado federal
A inauguração da nova ponte sobre o Rio Jequitinhonha, no extremo sul da Bahia, se transformou em mais um capítulo da disputa política entre o deputado federal João Bacelar, conhecido como Jonga Bacelar (PL), e o deputado estadual Robinho (União Brasil). Ambos são pré-candidatos à Câmara dos Deputados e passaram a trocar declarações públicas sobre o prazo de conclusão da obra, que é considerada essencial para a mobilidade e o desenvolvimento da região.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Jonga Bacelar afirmou que a ponte será liberada em julho e provocou diretamente o adversário. O parlamentar disse estar acompanhado de um representante técnico, identificado como Fabão, que teria garantido a entrega da obra dentro do prazo. Segundo Jonga, a construção será concluída em 11 meses, contrariando a previsão defendida por Robinho de que a obra levaria mais de um ano.
Na gravação antiga, Jonga Bacelar ironizou a aposta feita pelo deputado estadual e sugeriu que Robinho deveria começar a preparar a renúncia à candidatura a deputado federal. “Infelizmente você vai perder a aposta”, afirmou, ao dizer que a ponte será inaugurada dentro do prazo prometido. O parlamentar ainda reforçou que tem compromisso com o extremo sul da Bahia e associou a obra à sua atuação política na região.
Robinho, por sua vez, respondeu ao desafio e reafirmou suas críticas ao governo federal. Segundo ele, ao longo dos últimos meses foram feitas cobranças públicas sobre o que classificou como descaso com o extremo sul baiano.
Em sua manifestação, Robinho propôs formalizar a aposta. Ele declarou que, caso a ponte seja entregue em julho, não será candidato a deputado federal. No entanto, se a obra não for concluída no prazo anunciado, Jonga Bacelar é quem deveria desistir da candidatura. “Vamos para o cartório”, afirmou, ao defender que o compromisso seja oficializado.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT confirmou que a construção de uma nova ponte ao lado da atual continua. A estrutura, com cerca de 510 metros de extensão e pistas duplicadas, tem as obras de fundação em execução, com a implantação dos blocos de concreto.
A previsão de conclusão da nova travessia é 2026. O investimento federal somado é de R$ 104 milhões, cobrindo a reabilitação da ponte existente e a construção da nova obra. Outros R$ 22 milhões são destinados à operação, conservação e manutenção do desvio utilizado na BR-101.
Charles Fernandes assume mandato definitivo na Câmara após renúncia de Otto Alencar Filho
A bancada do PSD na Câmara dos Deputados passará por uma mudança a partir de 2026 com a posse definitiva de um novo parlamentar baiano. O ex-prefeito de Guanambi, Charles Fernandes (PSD), foi convocado para assumir o mandato após a renúncia do deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA), formalizada na terça-feira (23).
A convocação do suplente foi feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), logo após a oficialização da saída de Otto Alencar Filho do cargo. Filho do senador Otto Alencar (PSD-BA), o agora ex-deputado abriu mão do mandato para assumir uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), por indicação do governador Jerônimo Rodrigues.
Com a mudança, Charles Fernandes passa a ocupar de forma definitiva a cadeira na Câmara dos Deputados até o encerramento da atual Legislatura, previsto para o início de 2027. O parlamentar já vinha exercendo a função de deputado federal como suplente nos últimos dois anos, período em que substituiu Sérgio Brito (PSD), nomeado secretário da Infraestrutura da Bahia.
“Reassumo, em definitivo, o mandato na Câmara dos Deputados com sentimento de gratidão e de ainda mais responsabilidade”, afirmou.
Por Política Livre
Deputados gastam ao menos R$ 279 mi da Câmara com aluguel de carros, barcos e aeronaves em 7 anos
Os gastos de deputados federais com aluguel de carros, barcos e aeronaves subiram nos últimos anos e somam ao menos R$ 279 milhões de 2019 a 2025. Os valores devem aumentar porque os números deste ano ainda não estão fechados.
Na semana passada, os deputados bolsonaristas Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ) foram alvo da Polícia Federal por suspeitas de irregularidades no uso de verba para locação de veículos.
De 2019 para 2024, último ano com as informações completas na página de transparência da Câmara, o gasto dos deputados com esses aluguéis aumentou aproximadamente 18%, já descontada a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
No começo desta semana, já haviam sido lançados R$ 40,9 milhões referentes a 2025. Os números estão incompletos, uma vez que o ano ainda não terminou e os deputados têm prazo de 90 dias para lançar as despesas no sistema.
Esses gastos são bancados pela Câmara por meio da chamada Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, conhecido no jargão político como "Cotão". A verba é usada para custear despesas que vão da manutenção de escritórios nas bases eleitorais à compra de passagens aéreas.
O valor disponível mensalmente para cada deputado varia de acordo com o estado pelo qual ele foi eleito, por causa da diferença nos preços de passagens aéreas para Brasília. A cota mensal mais baixa, de R$ 36,6 mil é para deputados do Distrito Federal. A mais alta, de R$ 51,4 mil, para os de Roraima.
O deputado que mais gastou com locações ou fretamentos de automóveis, embarcações ou aeronaves na legislatura atual, iniciada em 2023, foi Éder Mauro (PL-PA). Já foram lançados R$ 883,5 mil, de acordo com dados da Câmara analisados pela Folha. Desse total, foram R$ 540 mil para alugar ou fretar barcos, e R$ R$ 343,5 mil para carros.
Éder Mauro disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que aluga o mesmo carro desde o início de seu mandato. Segundo ele, todas as locações têm valores compatíveis com os praticados no mercado.
"Em relação à embarcação, para o cumprimento do trabalho político junto à população, seu uso é fundamental em nosso estado, onde mais de 70% dos municípios possuem acesso predominantemente por rios", disse.
O transporte por meio de embarcações é comum na região Norte, onde diversas cidades amazônicas são ligadas pelos rios. Além disso, o tamanho dos estados faz os deslocamentos ficarem maiores.
Os quatro deputados que mais gastaram com locações de carros, barcos e aeronaves na legislatura atual, até o momento, são do Pará ou do Amazonas.
Os aluguéis de veículos pagos com dinheiro da Câmara entraram no noticiário na semana passada por causa de uma operação da PF que mirou Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy. A polícia encontrou cerca de R$ 430 mil em espécie em um endereço ligado a Sóstenes.
A suspeita apontada pela polícia nos autos do processo é que uma empresa de locação de carros contratada pelos deputados e paga com verba da cota parlamentar continuou recebendo dinheiro mesmo depois de ser dissolvida irregularmente.
"A referida sociedade empresária continua a receber pagamentos feitos pelos parlamentares deputado federal Carlos Jordy e deputado federal Sóstenes Cavalcante, os quais são reembolsados como despesas pagas com cota parlamentar, relativa a locação ou fretamento de veículos automotores", afirmou a PF.
O documento também cita transferências entre uma suposta empresa de fachada de locação de carros e um assessor de Jordy, "demonstrando um possível caminho do dinheiro".
A PGR (Procuradoria Geral da República) viu indício de conluio entre assessores de Jordy e Sóstenes para dar aparência de legalidade à operação.
Sóstenes afirmou à imprensa que sofre perseguição por ser de direita e que o dinheiro vivo encontrado em seu endereço se deve à venda recente de um imóvel. O deputado disse que o comprador quis pagar em espécie e que não depositou a verba ainda por causa "dessa correria de trabalho".
"Acabei não fazendo depósito, mas faria. Inclusive, parte dele, eu tenho pensado em fazer outros negócios e tudo, acabei não fazendo o depósito", respondeu.
Jordy publicou um vídeo nas redes sociais e chamou a ação de "covarde". Segundo ele, a justificativa da busca e apreensão é a de que ele teria desviado recursos da cota parlamentar para uma empresa de fechada para aluguel de carros.
"Sendo que é a mesma empresa que eu alugo carros desde o início do meu primeiro mandato. A mesma empresa que o deputado Sóstenes, que eu acredito que também esteja sendo alvo de busca e apreensão, aluga veículos dessa mesma empresa desde o início do primeiro mandato dele. A alegação deles é tosca, eles dizem que chama muito a atenção o número de veículos desta empresa", disse.
Por Caio Spechoto/Folhapress
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