Polícia Civil prende envolvido em sequestro e morte de adolescente em Feira de Santana
Equipes da Delegacia de Homicídios (DH/Feira de Santana) cumpriram, nesta quarta-feira (24), um mandado de prisão preventiva contra um homem investigado por participação na morte do adolescente Leoni de Jesus Ramos, de 17 anos. O crime ocorreu no dia 13 de novembro de 2025, no bairro Queimadinha.
As investigações apontam que a vítima foi retirada à força da casa de familiares por homens armados. O corpo de Leoni foi encontrado na mesma noite, na localidade conhecida como Lixão, com lesões provocadas por disparos de arma de fogo. A motivação do crime estaria relacionada à disputa territorial entre grupos ligados ao tráfico de drogas.
No decorrer da apuração, foram colhidos depoimentos de familiares e testemunhas, além da realização de procedimentos formais de reconhecimento, que permitiram identificar os executores e o mandante do crime.
Com o cumprimento da ordem judicial, o suspeito foi conduzido à unidade policial especializada, onde permanece custodiado à disposição da Justiça. As diligências continuam com o objetivo de localizar e prender os demais envolvidos no crime, bem como aprofundar a análise técnica das provas já coletadas.
Balanço operacional
Com esta prisão, a Delegacia de Homicídios de Feira de Santana alcança, no intervalo de uma semana, quatro prisões relevantes relacionadas a crimes contra a vida. Durante esse período, a unidade realizou uma operação no distrito de Matinha, que resultou na prisão em flagrante de dois homens, além do cumprimento de mandado contra o líder de um grupo criminoso que atua na região.
“Com essas quatro prisões recentes, a DH de Feira já superou o número total de prisões realizadas em 2024, ultrapassando a marca de mais de 100 homicidas localizados em 2025, ano em que foi registrada a maior redução percentual de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) da história da cidade, com queda superior a 30%”, destacou o titular da DH de Feira, delegado Gustavo Coutinho.
O delegado ressaltou ainda que os resultados são fruto do trabalho investigativo qualificado, da integração entre as forças de segurança e da intensificação das ações da Polícia Civil. “Informações que possam contribuir para a localização de foragidos ou para a elucidação de homicídios podem ser repassadas, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181”, reforçou Gustavo Coutinho.
Fonte
Ascom-PCBA
Master: banqueiros e autoridades dizem que PF também sofreu pressão de Moraes
Os mesmos banqueiros e autoridades de Brasília que afirmam a jornalistas terem recebido informações seguras de que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes pressionou o Banco Central a favorecer o Banco Master dizem ter ouvido de integrantes da PF (Polícia Federal) que o magistrado também manifestou ao órgão interesse no andamento das investigações sobre o caso.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, teria inclusive informado o presidente Lula sobre o caso, e teria ouvido em resposta: "Faça o que for necessário".
A mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes, é advogada do Master. Seu escritório firmou um contrato de R$ 129 milhões com a instituição, segundo revelado pelo jornal O Globo.
Os rumores já chegaram à cúpula da PF.
Questionado pela coluna, o delegado-geral da PF, Andrei Rodrigues, nega que tenha sequer conversado com Moraes a respeito do assunto.
"Eu já ouvi isso por aí, mas é mentira. O ministro Alexandre de Moraes nunca falou comigo sobre esse assunto", afirmou ele à coluna.
Rodrigues diz também que conversa constantemente com o magistrado, por causa de inquéritos relatados por ele no STF. "Nunca surgiu o assunto do banco Master", diz ele, negando que tenha falado com Lula sobre o tema.
Em novembro, a PF prendeu o presidente do Banco Master, Gabriel Vorcaro. A instituição foi liquidada pelo Banco Central.
Nesta semana, a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, publicou uma reportagem afirmando que Moraes pressionou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em defesa de interesses do Master.
Ela afirmou que, em pelo menos três ligações, o magistrado perguntou sobre o andamento da operação de venda do banco para o BRB. Teria havido também uma reunião presencial.
Moraes nega que tenha feito pressão sobre Galípolo.
Nota divulgada pelo STF afirma que o ministro conversou com o presidente do BC exclusivamente sobre as sanções impostas a ele pela Lei Magnitsky e diz até mesmo que "inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto".
No mesmo texto, o STF disse que o ministro "esclarece que o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central".
O BC apenas confirmou que Galípolo se encontrou com Moraes para falar sobre a Magnitsky, sem esclarecer se conversaram também sobre o Master.
Leia a íntegra da nota de Alexandre de Moraes:
"O Ministro Alexandre de Moraes esclarece que realizou, em seu gabinete, duas reuniões com o Presidente do Banco Central para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnistiky. A primeira no dia 14/08, após a primeira aplicação da lei, em 30/08; e a segunda no dia 30/09, após a referida lei ter sido aplicada em sua esposa, no dia 22/09. Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente a aquisição do BRB pelo Banco Master. Esclarece, ainda, que jamais esteve no Banco Central e que inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto. Por fim, esclarece que o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central."
Por Mônica Bergamo/Folhapress
Defesa Civil confirma tornado com ventos de 100 km/h em Farroupilha (RS)
| Foto: Prefeitura de Farroupilha no Instagram |
O temporal que atingiu a cidade de Farroupilha, na serra do Rio Grande do Sul, na tarde de terça-feira (23), foi classificado pela Defesa Civil como um tornado. Os ventos superam os 100 km/h, de acordo com o órgão.
A confirmação de que se tratava de um tornado ocorreu a partir a análise de imagens do local, obtidas pela equipe do Departamento de Gestão de Riscos, realizada por profissionais do Centro de Monitoramento da Defesa Civil gaúcha.
O padrão dos danos captados pelas imagens indica que os destroços foram jogados em diferentes direções, o que caracteriza o fenômeno, segundo a Defesa Civil.
"As imagens mostraram o avanço de uma tempestade sobre o local atingido, sendo que os ventos provavelmente superaram os 100 km/h na localidade, e geraram um tornado de curta duração", diz o órgão.
Às 12h58 o Centro de Operações enviou alerta laranja para a região de Farroupilha, incluindo a localidade atingida, com potencial para chuva, vento e raios.
O fenômeno, segundo a Prefeitura de Farroupilha, causou o destelhamento de cerca de 20 casas. As famílias impactadas foram acolhidas por parentes e amigos, sem registros de desabrigados.
A Escola Municipal José Chesini foi um dos locais com maiores danos, sofrendo destelhamento quase total e alagamentos internos.
"Não estamos acostumados com fenômenos dessa magnitude, e a presença da Defesa Civil Estadual desde os primeiros momentos fez toda a diferença. Agora seguimos com os trâmites administrativos, como o decreto de emergência, e com a avaliação técnica das estruturas atingidas para definirmos o melhor caminho para a reconstrução", afirmou o Jonas Tomazini (MDB), prefeito de Farroupilha, durante reunião com a comunidade e órgãos como o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.
Decisão de Toffoli sem pedido da PF sobre acareação de Vorcaro o torna investigador, dizem juristas
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de determinar, de ofício, a realização de uma acareação na investigação que apura suspeitas de irregularidades envolvendo o Banco Master coloca sob questionamento a sua atuação no caso.
Para criminalistas ouvidos pelo jornal O Estado de São Paulo, a iniciativa, tomada sem provocação da Polícia Federal, ocorre em um momento considerado inadequado da investigação e caracteriza a produção de provas por parte do próprio ministro, o que pode comprometer a imparcialidade do processo.
O ministro determinou que seja realizada na próxima terça-feira, 30, uma acareação entre o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa, e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos.
Aquino era o diretor do BC mais favorável à operação de venda do Master para o BRB, enquanto o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, Renato Dias Gomes, se mostrava resistente.
“O juiz não deve tomar iniciativa, produzir provas, fazer acareações, determinar diligências. Isso não faz sentido no sistema acusatório. A gente tem visto isso no Supremo Tribunal Federal e eles estão desrespeitando a própria jurisprudência da Corte”, avaliou Rodrigo Chemim, doutor em direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Além disso, Chemim pontua que a decisão do ministro entra em atrito com a jurisprudência fixada pelo Supremo ao julgar a constitucionalidade do juiz de garantias. Na ocasião, a Corte definiu que não cabe aos magistrados conduzir investigações, mas sim fiscalizar a atuação dos órgãos competentes — Polícia e Ministério Público — para assegurar que os direitos dos investigados sejam respeitados.
No final de março, o BRB fez uma proposta para comprar um pedaço das ações do Master. A compra foi vetada pela cúpula do BC em setembro. Em seguida, em novembro, o BC decretou a liquidação do banco e junto com a Polícia Federal apontou para indícios de R$ 12,2 bilhões em fraudes no sistema financeiro.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, se colocou na última quinta-feira, 18, “à disposição” do STF para prestar esclarecimentos sobre a liquidação do Master. Ele disse que ele mesmo poderia prestar qualquer tipo de apoio à investigação. Segundo o chefe da autarquia, o BC tomou o cuidado de deixar tudo documentado em relação ao processo de análise que levou à liquidação do banco, e que enviará esses dados ao Supremo.
Toffoli já havia solicitado a oitiva de investigados e dirigentes do Banco Central, mas esta é a primeira acareação de envolvidos no caso.
O ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), Renato Vieira, avalia que o momento escolhido pelo ministro para a acareação é inadequado. Ele explica que se trata de um procedimento excepcional, previsto para confrontar versões contraditórias já formalizadas em depoimentos anteriores, e não para ser utilizado no início da investigação, como ocorre no caso do Banco Master.
“Esse não é o momento propício da investigação para uma acareação, de jeito nenhum. Nós não sabemos se houve depoimentos conflitantes, se nós não sabemos se houve pontos controvertidos sobre os quais seja necessário esclarecer, o procedimento está errado, está sendo usado de um jeito errado”, completa.
O ministro colocou grau de sigilo na investigação criminal das fraudes do Master e da sua tentativa de venda para o BRB e a Fictor. A confidencialidade do inquérito também é alvo de críticas de especialistas. Para Chemim, o caso é de interesse social e deveria estar sujeito a escrutínio público, com exceção de informações que revelassem dados pessoais.
O professor Thiago Bottino, da FGV Rio, afirma que a medida adotada por Toffoli de confrontar um burocrata do BC com Vorcaro, caso confirmada como decisão tomada de ofício, pode comprometer a imparcialidade do caso. Segundo ele, ao produzir prova e assumir a condução direta de atos investigativos, o ministro corre o risco de afetar sua imparcialidade futura no julgamento.
“Porque ele deve julgar de forma imparcial, a partir do que as partes apresentarem de provas. Se ele mesmo toma iniciativa de produzir prova, isso acaba enviesando o julgamento”, avalia
Bottino ressalta, porém, que a legislação prevê exceções à regra, como a autorização judicial para interceptações telefônicas, mas afirma que esse tipo de hipótese, em tese, não se aplica ao caso do Banco Master.
“Ao mesmo tempo que há leis que autorizam e outras que proíbem, há debate na doutrina que defende essa possibilidade ou não”, diz.
Caso ganhou mais atenção com revelações sobre Moraes
O caso da compra da tentativa da compra do banco Master pelo BRB ganhou mais atenção nos últimos dias, diante das revelações de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, conversou com o presidente do Banco Central sobre o assunto, para fazer pressões em prol do negócio.
O assunto ganhou corpo com a revelação da colunista de O Globo Malu Gaspar das reuniões entre os dois. O Estadão revelou nesta terça-feira que Moraes chegou a ligar seis vezes para Galípolo em um dia para tratar da venda do Master ao BRB. A ofensiva do ministro visava salvar a instituição financeira de Vorcaro, liquidada pelo BC em 18 de novembro sob suspeita de fraudes de R$ 12,2 bilhões.
A mulher de Moraes, Viviane Moraes, fechou um contrato de R$ 129 milhões para representar o Master em Brasília, inclusive no BC. Em nota, Moraes disse ter se encontrado com Galípolo duas vezes para tratar apenas de sanções dos EUA a ele, por meio da Lei Magnitsky, mas negou ter feito ligações ou discutido a questão relacionada ao Master. O BC afirmou que tratou com Moraes das sanções ao ministro, sem citar o negócio entre as instituições financeiras.
Leia também: Decisão de Toffoli sem pedido da PF sobre acareação de Vorcaro o torna investigador, dizem juristas
Por Weslley Galzo/Hugo Henud/Estadão
Governador participa do Natal Mais Social com cardápio especial no Restaurante Popular da Liberdade
Nesta quarta-feira (24), aproveitando o clima natalino, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) levou o Natal Mais Social ao Restaurante Popular Alaíde do Feijão, no bairro Liberdade, em Salvador, oferecendo refeição e mais dignidade para quem mais precisa. O governador Jerônimo Rodrigues visitou a unidade, tomou café e almoçou com o público presente, em uma ação de confraternização.
Desde que foi entregue totalmente requalificada, no último dia 19 de novembro, a nova estrutura já serviu mais de 3,5 mil refeições gratuitas diárias, com cardápio variado e balanceado, reforçando o compromisso com o direito humano à alimentação adequada. Só nesse primeiro mês de funcionamento, foram 50,6 mil refeições oferecidas. “É nosso dever garantir saúde, assistência social e alimentação, lembrando que todos têm direito a um prato de comida. Esse é um grande mutirão para tirar as pessoas da fome”, disse Jerônimo.
Além de um ambiente mais organizado e acolhedor, quem depende do restaurante sentiu a diferença no dia a dia. Para a cozinheira Edna Ramos, o sentimento de dever cumprido. “É uma honra sair de casa, vir aqui dar a melhor alimentação para essas pessoas que passam aqui, especialmente hoje, no Natal. É muito carinho, a equipe toda unida no objetivo de oferecer o melhor para a população”.
O Restaurante Popular Alaíde do Feijão faz parte do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e é mantido pelo governo baiano, por meio da Seade). A iniciativa, que integra as ações do programa Bahia Sem Fome, reforça a política estadual de combate à fome, garantindo comida de qualidade todos os dias.
“É um trabalho que nos enche de alegria e orgulho, pois garante uma refeição de qualidade para pessoas em situação de vulnerabilidade, com dignidade, respeito e compromisso das políticas públicas que conferem o direito a todas as pessoas que frequentam esses estabelecimentos”, destacou a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis.
“Temos um sistema de segurança alimentar em fortalecimento, com ações contra a fome que garantem assistência, inclusão social, documentação, qualificação e acesso ao mercado de trabalho para a população mais vulnerável”, disse o coordenador do Bahia Sem Fome, Tiago Pereira.
E no clima natalino, o cardápio também ganhou um toque especial. O almoço contou com frango ao molho de ervas e pernil à Califórnia, acompanhados de arroz colorido, feijão, farofa rica e, para fechar, pudim natalino. “Garantir alimento para quem precisa não é só uma ação de hoje, é um trabalho feito o ano todo, com refeição segura e de qualidade. É um desafio, mas também uma grande satisfação, porque sabemos que estamos ajudando e abençoando a vida de muitas famílias”, complementou a nutricionista responsável pelo restaurante, Tamires Reis.
Além dessa unidade, o Governo do Estado mantém outro restaurante popular na capital, no bairro do Comércio, que também passa por obras de requalificação para seguir fortalecendo a rede de segurança alimentar na Bahia. O Restaurante Popular Alaíde do Feijão funciona de segunda a sexta-feira, das 10h até finalizar a quantidade diária de almoço.
Repórter: Anderson Oliveira/GOVBA
Moraes ligou 6 vezes em um dia para Galípolo sobre Master, diz jornal; ministro nega telefonemas
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), teria ligado seis vezes em um mesmo dia para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para saber do andamento da análise da operação de compra do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília), segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Em novo comunicado divulgado na noite desta terça-feira (23), Moraes disse que "inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto".
O magistrado confirmou a realização de duas reuniões com Galípolo, em 14 de agosto e 30 de setembro. Segundo ele, os encontros tinham como objetivo tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky, que prevê sanções financeiras e foi usada pelo governo dos Estados Unidos contra Moraes e sua mulher, Viviane Barci de Moraes.
"Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente à aquisição do BRB pelo Banco Master", afirmou.
O ministro disse ainda que o escritório de advocacia de sua esposa —que possui contrato com o Master— "jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central".
O Master teve a liquidação decretada pelo BC em 18 de novembro, e seu controlador, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal diante da suspeita de fraudes de R$ 12 bilhões. Dias depois, ele foi solto pela juíza Solange Salgado da Silva, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), que determinou o monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Segundo a reportagem de O Estado de S. Paulo, a série de telefonemas seria parte de uma de ao menos cinco conversas entre Moraes e Galípolo sobre o Master.
A informação foi obtida pelo jornal com pessoas do meio jurídico e do mercado financeiro que ouviram relatos de um dos envolvidos.
Os relatos de que Moraes teria procurado o presidente do BC para conversar sobre o Master ampliaram os questionamentos sobre o magistrado. A notícia foi publicada inicialmente pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, citando quatro contatos entre o ministro e o chefe da autoridade monetária para tratar do assunto.
Políticos de oposição cobraram explicações do ministro. Eles destacaram a informação, revelada anteriormente, de que o escritório da mulher do magistrado teria um contrato de R$ 3,6 milhões mensais para defender os interesses do Master.
De acordo com outra reportagem do jornal O Globo, a contratação do Barci de Moraes Sociedade de Advogados teria validade de 36 meses, a partir do início de 2024. Com isso, o acordo renderia, até o início de 2027, R$ 129 milhões ao escritório, caso o Master não tivesse sido liquidado pelo Banco Central. Integram o escritório a esposa do ministro e dois filhos do casal.
Em uma primeira nota, Moraes afirmou ter recebido Galípolo para reuniões "em virtude da aplicação da Lei Magnitsky". Inicialmente, o ministro não citou a data do encontro. Ele se tornou alvo de sanções financeiras pelo governo dos EUA em 30 de julho, e a punição foi retirada no dia 12 de dezembro. Segundo O Globo, o encontro com Galípolo teria ocorrido em julho.
No primeiro comunicado, o ministro não comentou diretamente os relatos de que teria pedido a aprovação do negócio entre o Master e o BRB.
Na nota divulgada na noite desta terça, Moraes disse que a primeira reunião ocorreu em 14 de agosto, após a primeira aplicação da Lei Magnitsky. Já o segundo encontro, disse o ministro, se deu em 30 de setembro, após a mesma lei ter sido aplicada sobre Viviane, em 22 de setembro.
"Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente a aquisição do BRB pelo Banco Master. Esclarece, ainda, que jamais esteve no Banco Central e que inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto", afirmou.
Mais cedo, o BC também emitiu uma nota em que afirmou que "manteve reuniões com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky". A instituição não detalha datas ou os nomes dos integrantes que estiveram com o magistrado e também não comenta os relatos de pressão pela liberação da venda do Master.
Comunicados desse tipo, em que o BC informa reuniões de seus integrantes com membros externos, são pouco usuais na operação da instituição. Embora o BC admita que manteve reuniões com Moraes, os encontros não constam na agenda pública do presidente do órgão, Gabriel Galípolo, nem nos compromissos dos oito diretores que integram a autoridade monetária. Procurado, o BC não se manifestou sobre a falta de registro das reuniões.
O nome de Moraes consta uma única vez na agenda de Galípolo, no dia 29 de setembro, quando o presidente do BC participou da posse dos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes nos cargos de presidente e vice-presidente do STF e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em Brasília. Mas não há indicativo de que eles teriam se reunido nessa ocasião.
Por Folhapress
Toffoli marca acareação entre Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do BC
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli determinou que seja realizada na próxima terça-feira, 30, uma acareação entre o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do BRB Paulo Henrique Costa e o diretor de Fiscalização do Banco Central (BC),Ailton de Aquino Santos.
Inconsistências em notas de Moraes e do Banco Central levantam dúvidas sobre encontros e caso Banco Master
Notas divulgadas pelo ministro Alexandre de Moraes e pelo Banco Central para rebater denúncias sobre encontros entre Moraes e o presidente do BC, Gabriel Galípolo, apresentam inconsistências e lacunas. Entre os principais pontos estão a ausência dos encontros nas agendas oficiais, divergências sobre datas, mudanças no conteúdo das notas e versões diferentes sobre o tema tratado nas reuniões. Inicialmente, ambos confirmaram que houve encontros, mas sem detalhar quando ocorreram ou quantas vezes aconteceram. A informação é do Estadão.
As explicações surgiram após reportagem revelar que Moraes teria pressionado Galípolo em favor do Banco Master, instituição ligada a contrato milionário firmado com o escritório de advocacia de sua esposa. Apurações apontam que Moraes teria feito diversas ligações ao presidente do BC para tratar da venda do Master ao BRB, informação negada pelo ministro. O Banco Central, por sua vez, confirmou reuniões, mas não esclareceu por que elas não constam na agenda pública nem respondeu aos questionamentos sobre a omissão.
Em nova nota divulgada posteriormente, Moraes tentou detalhar datas e negar qualquer pressão ou telefonemas, mas o comunicado trouxe erros factuais, como datas incorretas da aplicação da Lei Magnitsky e confusão sobre qual banco estaria adquirindo o outro. As divergências entre as versões, somadas à falta de registros oficiais e às correções feitas em poucos minutos nas notas, ampliaram os questionamentos sobre a transparência dos encontros e o real conteúdo das conversas entre o ministro do STF e o presidente do Banco Central.
Por Redação
Ibirataia: Prefeitura antecipa pagamento de dezembro e garante Natal com salário na conta para servidores
A Prefeitura de Ibirataia realizou, nesta quarta-feira, 24 de dezembro, véspera de Natal, o pagamento antecipado dos salários de todos os servidores públicos municipais, referente ao mês de dezembro de 2025. A iniciativa, determinada pelo prefeito Sandro Futuca, reforça o compromisso da gestão com a valorização do funcionalismo público e o respeito ao servidor.
A antecipação do pagamento permite que centenas de famílias ibirataenses celebrem o Natal com mais tranquilidade, dignidade e segurança financeira, além de movimentar a economia local em um dos períodos mais importantes do ano.
De acordo com o prefeito Sandro Futuca, a decisão vai além de uma medida administrativa: é um gesto de reconhecimento e gratidão.
“Meu desejo é valorizar e, ao mesmo tempo, honrar cada servidor público do nosso município. São homens e mulheres que trabalham diariamente para que Ibirataia avance. Antecipar o salário de dezembro é uma forma de garantir que todos passem o Natal com o salário na conta, com dignidade, paz e alegria junto às suas famílias. Isso é respeito, isso é cuidado com as pessoas.”, destacou o prefeito, emocionado.
A Prefeitura de Ibirataia reafirma seu compromisso com o servidor público, fortalecendo a confiança, o respeito e o reconhecimento de quem contribui diariamente para o desenvolvimento do município.
Polícia Federal apreende seis toneladas de maconha em Santa Catarina
Dionísio Cerqueira/SC. Nesta terça-feira (23/12), a Polícia Federal apreendeu seis toneladas de maconha, que estavam acondicionadas dentro de um caminhão de transporte de leite, na cidade de Dois Vizinhos/PR.
Ao perceber a aproximação da fiscalização, o motorista abandonou o veículo e fugiu. A ação contou com a participação da Receita Federal e da Polícia Militar do estado do Paraná.
A ocorrência foi registrada na Delegacia da Polícia Federal em Dionísio Cerqueira/SC onde a investigação prosseguirá para identificação da origem e dos envolvidos no crime de tráfico de drogas.
Comunicação Social da Polícia Federal em Santa Catarina
PF e PRF apreendem 383 kg de maconha no Pará
Duas pessoas foram presas durante a ação no município de Santa Maria
Belém/PA. A Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal, apreendeu 383 kg de skunk e um veículo, na tarde desta terça-feira (23/12), em Santa Maria/PA. Duas pessoas foram presas em flagrante.
Por meio de trabalho de investigação e monitoramento, foi possível realizar o flagrante em um posto de combustível. Equipes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal abordaram o veículo e, durante a revista, localizaram o entorpecente. A droga estava acondicionada no reboque, em caixas ocultas por uma lona.
A ação contou com a atuação da área de inteligência da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal no Rio de Janeiro (DRE/PF/RJ), com a atuação integrada da Delegacia de Repressão a Entorpecentes e do Grupo Especial de Investigações Sensíveis da Polícia Federal no Estado do Pará, além do apoio da PRF, que participou diretamente de toda a ação.
Os detidos, a droga e o veículo foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal no Estado do Pará para a adoção dos procedimentos legais cabíveis.
Comunicação da Polícia Federal no Pará
Operação Verão é lançada no Sul do estado com entrega de viaturas em Ilhéus
Cerca de 12 mil policiais e bombeiros reforçam o patrulhamento nas áreas turísticas, em todo o território baiano.
A Secretaria da Segurança Pública lançou nesta terça-feira (23), a Operação Verão na região Sul da Bahia. Na solenidade realizada no município de Ilhéus, dez novas viaturas foram entregues para intensificação do patrulhamento preventivo.
Cerca de 12 mil policiais, peritos e bombeiros reforçam o patrulhamento em centros comerciais, praias, corredores viários e também nos eventos de Natal e da Virada de Ano.
A Operação Verão, iniciada no mês de novembro, ampliará as ações das Polícias Militar, Civil e Técnica, além do Corpo de Bombeiros até o mês de abril de 2026.
Fonte
Jeferson Silva / Ascom SSP
Ação integrada desarticula depósito de drogas e armas na Bahia e prende liderança criminosa em São Paulo
Operação apreende cerca de 50 quilos de cocaína, fuzis e equipamentos do tráfico em Arembepe. O suspeito foi capturado em Campinas
Uma ação integrada entre a Polícia Civil da Bahia, o Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) e a Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SI/SSP-BA) resultou na desarticulação de um depósito de drogas e armas no estado e na prisão de uma liderança criminosa na cidade de Campinas, em São Paulo.
A operação contou com a atuação da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS), da Coordenação de Operações e Inteligência do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core).
As investigações identificaram um imóvel localizado em Arembepe, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), utilizado como depósito estratégico para armazenamento de entorpecentes e armamentos destinados à distribuição em bairros da capital baiana. O local foi vinculado a um investigado, apontado como liderança criminosa com atuação em Salvador.
O suspeito já havia sido preso anteriormente, no dia 12 deste mês, durante ação integrada das forças de segurança, ocasião em que foi encontrado em posse de grande quantia em dinheiro, sem comprovação de origem lícita, além de estar a bordo de um veículo de luxo blindado. Apesar da existência de mandado de prisão em aberto, a custódia foi revogada após audiência judicial, momento em que ele deixou o estado da Bahia.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão no imóvel, realizado na segunda-feira (22), as equipes localizaram compartimentos ocultos em móveis, onde estavam armazenados aproximadamente 50 quilos de cocaína, além de balança, embalagens a vácuo, peças de prensa hidráulica, insumos químicos e três fuzis calibres 5.56. Também foram apreendidos documentos e registros que reforçam a ligação direta do material ilícito ao suspeito.
Com base nas provas reunidas, foi representada e decretada a prisão preventiva. Após rápida troca de informações entre as forças de segurança da Bahia e com apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/Bahia), FICCO/SP, Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP/PMSP) e o Centro de Inteligência da Polícia Militar paulista (CIPM/PMSP), o suspeito foi localizado e preso em Campinas, quando se preparava para deixar a cidade. Ele permanece à disposição da Justiça, enquanto as investigações seguem para identificar outros envolvidos.
Fonte
Marcela Correia/Ascom PCBA
Mototaxista morre em acidente na BR-330, na saída de Ipiaú sentido Barra do Rocha
Um mototaxista morreu na noite desta terça-feira (23), às margens da BR-330, na saída de Ipiaú em direção ao município de Barra do Rocha. O acidente ocorreu nas proximidades do acesso ao Parque de Exposições José Thiara.
A vítima foi identificada como Henrique dos Santos Durões, de 24 anos, morador do distrito de Japomirim, no município de Itagibá. O corpo do jovem foi encontrado próximo a uma cerca, enquanto a motocicleta estava dentro do matagal, a cerca de cinco metros de distância. Até o momento não foi esclarecido o que provocou o acidente. No local não foi encontrado nenhum outro veículo ou animal ferido.
A Polícia Militar está no local e acionou a equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que realizará os procedimentos periciais e encaminhará o corpo para o IML. *Redação / Giro Ipiaú
Itapebi: DNIT volta a restringir veículos de carga na ponte do rio Jequitinhonha
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) voltou a suspender o tráfego de veículos pesados na ponte sobre o Rio Jequitinhonha, localizada no km 661 da BR-101, em Itapebi, no sul da Bahia. A nova restrição passa a valer a partir das 8h desta quarta-feira (24) e tem caráter temporário.
A passagem havia sido liberada na última segunda-feira (22), após quatro meses de suspensão. No entanto, equipes de fiscalização do DNIT constataram que condutores de veículos de carga vinham descumprindo a sinalização e as orientações de uso da ponte, incluindo o desrespeito ao limite de peso e à velocidade máxima permitida de 30 km/h.
Com a medida, apenas veículos leves de passeio, vans, micro-ônibus, ônibus e caminhões com até dois eixos estão autorizados a trafegar pelo local. Os demais veículos de carga deverão utilizar o desvio da Veracel.
De acordo com o DNIT, a decisão visa garantir a segurança dos usuários da rodovia. O órgão informou ainda que as restrições poderão ser revistas quando a estrutura de fiscalização — composta por balanças, radares e reforço de equipes policiais — estiver em plena operação no trecho.
Governo Lula avalia que Trump pode tentar interferir na eleição brasileira
Apesar de 'química' entre americano e brasileiro, Planalto acha inevitável ação dos EUA em favor do candidato da direitaA química entre os presidentes Lula (PT) e Donald Trump não deve impedir que os Estados Unidos tentem interferir na eleição brasileira de 2026, da mesma maneira que intervieram nos pleitos de Argentina e Honduras, na visão do governo do Brasil.
Na opinião de um alto funcionário do governo Lula, ao remover grande parte das tarifas sobre produtos brasileiros e as sanções da Lei Magnitsky, Trump pode ter feito apenas um recuo tático após a malfadada tentativa de impedir a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mas o Brasil conta com a possibilidade de Trump usar no Brasil a mesma estratégia adotada nas eleições da Argentina e de Honduras neste ano. Na eleição legislativa argentina, Trump condicionou a concessão de um pacote de ajuda financeira ao país de US$ 20 bilhões a um bom desempenho do partido de Milei no pleito.
Na eleição presidencial hondurenha, Trump apoiou abertamente o candidato da ultradireita, Nasry "Tito" Asfura, e a presidente do país, a esquerdista Xiomara Castro, alega que houve um "golpe eleitoral" por causa da "interferência do presidente dos Estados Unidos".
Antes da eleição, Trump afirmou que a candidata governista, Rixi Moncada, era comunista e que sua vitória entregaria o país ao ditador venezuelano, Nicolás Maduro, e seus "narcoterroristas". Na véspera da eleição, Trump concedeu indulto ao ex-presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, aliado de Asfura, que tinha sido condenado a 45 anos de prisão por tráfico de cocaína para os EUA.
Depois de quase um mês da eleição, ainda não há resultados. Asfura está na liderança por uma pequena vantagem sobre o conservador Salvador Nasralla, e uma apuração especial está em curso. Na semana passada, o Departamento de Estado revogou um visto e cassou outro de duas autoridades eleitorais de Honduras pertencentes ao partido de esquerda de Xiomara Castro, alegando que elas estariam interferindo na apuração dos votos.
O governo brasileiro acredita que precisa ter certas "vacinas" contra uma possível intervenção americana. Uma delas é a cooperação com os Estados Unidos em combate ao crime transnacional, anunciada recentemente.
Trump tem usado o combate ao narcotráfico como justificativa para os ataques a barcos no Caribe e para as ameaças militares à Venezuela. A cooperação foi usada de forma preventiva também para bloquear tentativas dos bolsonaristas de pedir intervenção americana no Brasil para combater o crime organizado.
O governo acredita que a agenda internacional terá um peso inédito na eleição presidencial brasileira. A percepção é de que Trump irá apoiar abertamente aquele que vier a ser o candidato da direita, ideologia mais alinhada ao atual governo dos EUA.
Em relação à Venezuela, o governo brasileiro está alerta durante o recesso para a possibilidade de alguma intervenção militar americana. E autoridades admitem que o governo americano não tem se mostrado aberto a um papel maior do Brasil ou outros países em conversas com o ditador venezuelano Nicolás Maduro.
Mas impedir uma ação militar na Venezuela é considerada prioridade número um pelo governo brasileiro. Caso haja uma ação usando como desculpa o combate ao narcotráfico, isso poderia se tornar um precedente. Na visão do governo, esse pretexto poderia ser usado em futuras intervenções em países como Colômbia e México, por exemplo.
No âmbito bilateral, Brasil e EUA ainda negociam para retirada do restante das tarifas sobre produtos brasileiros e para restituir os vistos revogados de ministros brasileiros e familiares. Uma reunião entre ministros estava prevista para novembro, mas só deve sair em janeiro.
Mulher de Moraes tem causa milionária contra Prefeitura de Natal no STF; Nunes Marques é o relator
Levantamento do jornal O Estado de São Paulo mostra que Viviane Barci acumula 13 derrotas e 8 vitórias em processos que tramitam na Corte desde 2013
A advogada Viviane Barci, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, concentra atualmente sua atuação na Corte em um processo de cifras milionárias contra o Município de Natal.
A banca da família Moraes representa a empresa Henasa Empreendimentos Turísticos em uma disputa para garantir o recebimento de precatórios que somam cerca de R$ 95 milhões.
O litígio tem origem em um acordo firmado com a prefeitura da capital potiguar, decorrente de uma indenização judicial total estimada em aproximadamente R$ 190 milhões. O pagamento das parcelas foi suspenso por uma decisão do Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte, o que motivou o recurso à instância máxima do Judiciário.
O processo chegou ao Supremo em 2023 e foi distribuído ao ministro Nunes Marques. Embora a empresa tenha obtido uma decisão favorável, o caso ainda aguarda julgamento definitivo devido à interposição de um recurso interno.
Viviane e o STF foram procurados, mas não se manifestaram. A Henasa foi procurada por telefone e e-mail para se manifestar, mas não retornou aos contatos da reportagem até o momento. O espaço está aberto.
Levantamento do jornal O Estado de São Paulo mostra que o escritório de Viviane acumula 13 derrotas e 8 vitórias em processos que tramitam na Corte desde 2013.
Desde 2013, Viviane atuou em 31 processos no Supremo. Entre 2013 e 2016, foram nove ações, das quais o escritório obteve quatro vitórias, duas derrotas, além de três processos encerrados sem julgamento de mérito, por razões como nulidade, perda de objeto, retorno ao tribunal de origem ou reconhecimento de prejuízo em razão de decisões de outras instâncias.
De novembro de 2017 em diante, já com Moraes como integrante da Corte, o número de ações chegou a 22, considerando o período mais longo analisado. A maior presença em processos relatados por colegas de Moraes, contudo, não se traduziu em mais vitórias para os clientes da advogada.
Desde 2017, foram novamente quatro vitórias, acompanhadas de onze derrotas, além de sete processos encerrados sem julgamento de mérito, por motivos processuais semelhantes aos do período anterior.
A atuação de familiares de ministros como advogados em processos no STF não é vedada pela legislação. As regras, porém, impedem que um magistrado julgue ações em que parentes atuem, exigindo a declaração de suspeição e o afastamento do caso.
A atuação do escritório de advocacia do qual Viviane Barci de Moraes e os dois filhos do ministro são sócios passou a ser alvo de questionamentos após a revelação de um contrato de R$ 129 milhões firmado com o Banco Master, instituição que acabou liquidada em meio a suspeitas de fraudes financeiras.
O caso envolvendo o Banco Master tramita no STF sob a relatoria do ministro Dias Toffoli. Em novembro, Toffoli foi alvo de questionamentos após viajar a Lima, no Peru, em um jato particular ao lado de um advogado ligado ao caso, durante a final da Taça Libertadores. Após a viagem, o ministro decretou sigilo dos autos e barrou o acesso da CPI do INSS a documentos obtidos com a quebra de sigilos bancário e fiscal.
Episódios como esses deram novo fôlego à discussão sobre padrões éticos no Supremo, fortalecendo a iniciativa defendida pelo presidente da Corte, Edson Fachin, que tem se manifestado publicamente a favor da criação de um código de conduta para os ministros do STF, com regras mais claras sobre conflitos de interesse e transparência na atuação do tribunal.
Fachin pretende instituir um código de ética para magistrados de tribunais superiores, incluindo o Supremo, inspirado no conjunto de regras adotado pelo Tribunal Constitucional Federal da Alemanha.
A proposta prevê, entre outros pontos, limites mais claros à participação de ministros em eventos, ao recebimento de cachês por palestras e a outras formas de autocontenção voltadas à preservação da imagem institucional da Corte.
A posição de Fachin também foi endossada por uma iniciativa que reúne assinaturas de empresários, acadêmicos, ex-autoridades e integrantes da sociedade civil, que defendem a adoção de um código de ética para os tribunais superiores.
Internamente, porém, o movimento do presidente da Corte enfrenta resistência entre os demais ministros do tribunal. Para tentar contornar esse cenário, Fachin tem adotado uma estratégia de conversas individuais, buscando reduzir objeções e construir consenso em torno da proposta.
Mesmo diante da resistência interna, Fachin tem reiterado publicamente a defesa do código. Na última sexta-feira, 19, no discurso de encerramento do ano Judiciário, o presidente do STF afirmou que os magistrados têm o dever de exercer suas atribuições “com rigor técnico, sobriedade e consciência histórica”.
“Não poderia, nessa direção, deixar de fazer referência à proposta, ainda em gestação, de debatermos um conjunto de diretrizes éticas para a magistratura”, afirmou.
Por Weslley Galzo/Hugo Henud/Estadão
PRF apreende droga escondida em veículo durante fiscalização na BR-230, em Balsas (MA)
Entorpecente estava oculto na estrutura do automóvel e foi localizado durante verificação de equipamentos obrigatórios
Em 22 de dezembro de 2025, por volta das 11h43, a Polícia Rodoviária Federal realizava fiscalização de trânsito no km 412,0 da BR-230, na Unidade Operacional da PRF, no município de Balsas (MA), quando foi dada ordem de parada a um veículo de passeio.
Durante a abordagem e os procedimentos de fiscalização, a equipe realizou a verificação dos equipamentos obrigatórios. Nesse momento, foram observadas adulterações na estrutura original do veículo.
Ao aprofundar a inspeção, os policiais localizaram diversas embalagens ocultas no interior do veículo, contendo substância análoga à droga do tipo skunk.
Diante dos fatos, foi dada voz de prisão ao condutor, que foi enquadrado, a princípio, pelo crime de tráfico de drogas. No decorrer da ocorrência, foram apreendidos aproximadamente 22 kg da substância ilícita, além de dinheiro em espécie, cartões bancários, telefone celular e o veículo utilizado no transporte do entorpecente.
A ocorrência foi encaminhada à autoridade policial competente para a adoção das medidas legais cabíveis.
A atuação da Polícia Rodoviária Federal nesse tipo de fiscalização é fundamental para o enfrentamento ao tráfico de drogas, uma vez que contribui diretamente para a retirada de entorpecentes das rodovias federais, o enfraquecimento das organizações criminosas e o aumento da segurança viária, reforçando o papel preventivo e repressivo da PRF na proteção da vida e da ordem pública.
Categoria
Justiça e Segurança
Relato sobre contato de Moraes com Galípolo no caso Master amplia cobranças a ministro
O relato de que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), teria procurado o presidente do Banco Central para conversar sobre um negócio bilionário envolvendo o Banco Master ampliou os questionamentos sobre o magistrado.
Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, Moraes teria feito contato com Gabriel Galípolo quatro vezes para tratar do assunto. A reportagem afirma ter colhido relatos de seis pessoas diferentes, que teriam tomado conhecimento dos diálogos pelo próprio presidente do Banco Central e por outros integrantes da instituição.
De acordo com as informações obtidas pelo jornal, foram três telefonemas e uma conversa presencial, em julho, quando o BC analisava a venda do Master para o BRB, numa operação inicialmente avaliada em R$ 2 bilhões. A colunista afirma que Moraes teria pedido a aprovação do negócio.
Moraes e o Banco Central foram procurados, mas não comentaram os relatos.
Políticos de oposição cobraram explicações do ministro. Eles destacaram a informação, revelada anteriormente, de que o escritório da mulher do magistrado teria um contrato de R$ 3,6 milhões mensais para defender os interesses do Master.
De acordo com outra reportagem do jornal O Globo, a contratação do Barci de Moraes Sociedade de Advogados teria validade de 36 meses, a partir do início de 2024. Com isso, o acordo renderia, até o início de 2027, R$ 129 milhões ao escritório, caso o Master não tivesse sido liquidado pelo Banco Central. Integram o escritório Viviane Barci de Moraes, que é esposa do ministro, e dois filhos do casal.
O contrato previa a representação do Master onde fosse necessário —sem uma causa ou um processo específico— em órgãos como Banco Central, Receita Federal e Congresso Nacional. Também teria como objeto a organização e a coordenação estratégica, consultiva e contenciosa no Judiciário, no Ministério Público e na Polícia Federal.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou que o episódio configura conflito de interesses e defendeu a eleição, em 2026, de congressistas dispostos a uma reforma no Judiciário, numa sinalização de que a direita perseguirá o impeachment de ministros caso obtenha maioria ampla na Casa.
Já o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que não é alinhado ao bolsonarismo, afirmou que pretende coletar assinaturas para investigar as informações sobre a contratação, pelo Master, do escritório da mulher de Moraes.
Vieira disse nas redes sociais que o contrato está "fora do padrão da advocacia" e afirmou que o relato das conversas com Galípolo apontaria uma "atuação direta do ministro em favor do banco".
O relato feito pelo jornal O Globo afirma que Moraes teria feito três ligações para saber do andamento da venda do Master para o BRB.
Depois, numa conversa presencial, segundo a reportagem, o ministro teria afirmado que gostava de Vorcaro e teria pedido a aprovação da operação. Galípolo teria respondido que os técnicos do BC tinham descoberto que o Master havia repassado R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito falsas ao BRB, apontando que o negócio não seria autorizado.
Vorcaro e outros executivos foram presos em 18 de novembro, e o BC decretou a liquidação do banco. O dono do Master deixou a cadeia dias depois e é monitorado com tornozeleira eletrônica.
Dentro do STF, o ministro Gilmar Mendes defendeu a atuação de Moraes. Durante conversa com jornalistas na segunda-feira (22), o magistrado afirmou que é preciso "abrir a cabeça" nas discussões sobre as relações entre integrantes da corte e advogados.
"Não vou falar sobre casos específicos, mas eu tenho absoluta confiança em relação ao ministro Alexandre de Moraes e não vejo nenhum problema", disse Gilmar.
"O Banco Master é um sinal de que as instituições estão funcionando. O Banco Central fez a intervenção e houve a investigação, prisão das pessoas. Portanto, a mim parece que é um sinal de que as instituições estão funcionando", declarou ainda o ministro.
Além do caso de Moraes, no fim de novembro o ministro Dias Toffoli viajou a Lima, no Peru, durante a final da Libertadores, em um jato particular ao lado de um dos advogados envolvidos no caso Master, cujas investigações estão sob a supervisão do magistrado.
Da mesma forma, Gilmar disse que não comentaria o caso do outro colega de corte, mas voltou a falar sobre as relações entre ministros e advogados.
"A gente se encontra com essas pessoas em vários locais, esses advogados importantes e tal, você encontra políticos de todas as tendências. Conversamos, estamos conversando e quando em vez a gente se encontra em um jantar e conversamos, coisas normais. Eu mesmo não vejo nenhum problema. Nada que esse advogado não pudesse despachar aqui com ele. Duvido que tenha falado alguma coisa que não tenha sido sobre futebol", disse.
Por Folhapress
Faria Lima foi incendiada por pressão de Alexandre de Moraes sobre Galípolo
Empresários e banqueiros que a imprensa define como "Faria Lima" por alguns terem escritórios na célebre avenida paulistana, receberam há alguns meses, de autoridades e políticos de Brasília, a informação de que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes havia pressionado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para que atuasse a favor do Banco Master.
O presidente da instituição, Gabriel Vorcaro, eram mal visto por diversos empresários, e a disseminação do rumor foi imediata. O possível envolvimento de Moraes com o banco também causou perplexidade.
A informação inicial, restrita a um grupo seleto, rapidamente se espalhou por diversos escritórios, chegando em seguida a bancas de advogados, a assessorias e à imprensa, por diversas fontes.
Os rumores também ganharam corpo em Brasília, com noticias de que inclusive o presidente Lula estava a par das pressões.
As versões variavam, mas o interesse de Moraes pelos rumos de questões envolvendo o banco estava presente em todas elas.
O presidente do BC nunca confirmou a informação _naquele momento, ele negou com contundência para interlocutores que havia sido pressionado, afirmando que suas conversas com Moraes tinham como tema central a Lei Magnitsky. O ministro havia sido sancionado pelos EUA e queria informações sobre as consequências da medida para suas finanças.
A informação sobre as pressões do magistrado foi publicada nesta semana pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, que afirma ter ouvido os relatos sobre as conversas dele com Galípolo de seis fontes diferentes.
Moraes, ao ser informado de que a fraude em repasses do Master ao BRB (Banco Regional de Brasília) chegava a R$ 12,2 bilhões, teria refluído da pressão.
Galípolo e Moraes não se manifestaram publicamente até agora.
Neste mês, a informação de que o escritório de advocacia comandado pela mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes, assinou um contrato de R$ 129 milhões com a instituição, divulgada também pelo Globo, deu novo impulso à informação de que o magistrado atuara em Brasília a favor do banco.
O ministro tem adotado a regra de ignorar publicamente o assunto, e igualmente não se manifestou sobre o contrato.
Por Mônica Bergamo/Folhapress
Assinar:
Comentários (Atom)
Destaques
Anucie aqui: (73) 991241546-9-82007563
Ofertas de Natal : Cesta Básica DI Mainha
Ofertas de Natal : Cesta Básica DI Mainha
Mercadinho Deus te Ama
Publicidade
Publicidade
Publicidade

















.jpeg)


.jpg)



