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Dr. César Nunes recebe equipe do Canal do Povo.



Quem passou por Ipiau neste dias de festas juninas, foi o ex- Secretário de segurança pública do Estado da Bahia e superintendente da Policia Federal, o Dr. César Nunes, que recebeu na manhã deste domingo, 03/07 na residência do seu amigo e cunhado, João Andrade, a equipe do Canal do Povo que aproveitando da oportunidade não deixou passar em branco e gravou uma entrevista com o Dr. César que será reproduzida amanhã, 04/07 no programa Canal do Povo que vai ao ar às 16; hs  na Rádio livre FM de Ipiaú, não percam.
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Dr. César Nunes recebe equipe do Canal do Povo.


Da direita para esquerda: radialista Vando Bahia, João Andrade, Dr. César Nunes, Zé Gomes e Saraiva

Depois da recepção na residência do empresário e politica João Andrade, aonde falamos de vários assuntos, más embora o Dr. César não sendo politico a prato preferido foi a politica, diante dos desmando do atual governo do município de Ipiaú, não podíamos deixar de comentar os assuntos do cotidiano do nosso município.





 
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POLÍCIA MILITAR PRENDE HOMEM COM REVÓLVER NO BAIRRO ACM







Na madrugada de ontem (02) pra hoje (03) os policiais militares do 1º Pelotão efetuavam rondas ostensivas pelos bairros periféricos da cidade de Ipiaú, quando avistaram um rapaz em atitude suspeita no bairro ACM. O suspeito ao avistar os milicianos tentou dispensar um objeto e evadir do local, no entanto foi contido pelos prepostos da PM. Ao realizarem a busca pessoal, foi encontrado com Rafael, vulgo "Fihim" um revólver calibre .38 com 04 munições intactas e dois estojos já deflagrados, 04 celulares, 01 relógio de pulso e 06 cartões de crédito. "Fihim" é suspeito de comandar o tráfico de drogas em vários caminhos do Residencial ACM. Ele foi encaminhado e apresentado a Delegacia de Polícia de Ipiaú para ser lavrado o auto de prisão em flagrante.

>>Redação Ocorrência Policial Bahia<

”Morto, Itamar ‘ouve’ de FHC o que julgava olvidado


João Wainer/Folha
Fernando Henrique Cardoso levou às páginas da Folha um artigo no qual rende homenagens póstumas a Itamar Franco.
A peça traz, nos derradeiros parágrafos, um relato sobre o convívio de ambos no governo que se seguiu ao impeachment de Fernando Collor.
FHC não chega a entregar à historiografia o que Itamar, em vida, reivindicava: a “paternidade” do Plano Real. Porém...
...Porém, admite que Itamar, “às vezes com a alma travada”, entregou-lhe o essencial: “apoio irrestrito” para pôr o plano em pé.
Quem lê interroga os próprios botões: por que FHC esperou pela morte de Itamar para adensar-lhe a biografia?
Vai abaixo o naco final do artigo, acomodado abaixo do subtítulo “No Governo”:
Devo a ele a audácia de nomear um sociólogo sem grande experiência administrativa para o Ministério da Fazenda.
Mais: apoiou tudo que eu e minha equipe propusemos para fazer o que no início foi o Plano FHC e se transformou no Plano Real.
Sem o apoio irrestrito do presidente, nada do que foi feito poderia ter sido aprovado. E isso em matéria que nem sempre era da preferência de Itamar.
Preocupado que foi a vida inteira com atender aos mais pobres, temia que a contenção fiscal necessária para assegurar a estabilidade da economia pudesse prejudicar os trabalhadores.
Não obstante, aceitou com responsabilidade histórica o que teria de ser feito, embora às vezes com a alma travada.
As repercussões positivas do Plano Real para o povo e para a economia permitiram que Itamar assistisse sua consagração no fim do mandato.
Mais do que merecida, a consagração de um homem que tinha forte sentido ético na política e que, com sua simplicidade e despojamento, serve cada vez mais de exemplo ao Brasil atual.
Pessoalmente, devo a Itamar não só o ter-me apoiado como ministro, mas o haver aprovado com entusiasmo minha candidatura ao Planalto.
A despeito das reviravoltas da política que nem sempre permitiram que estivéssemos no mesmo lado quando exerci a Presidência, sempre guardei respeito por tudo que Itamar significou para o Brasil.
Só lamento não ter tido mais oportunidades de desfrutar, com a tranquilidade que só os anos trazem, uma convivência mais frequente
Por Conça Barrêto

Itamar Franco leva para a sepultura mágoa e rancores



Sérgio Lima/Folha
Itamar Franco levou para o túmulo uma mágoa. Resumiu-a em diálogo com um amigo mineiro: “Quando eu morrer, talvez me façam justiça”.
Ex-auxiliar de Itamar na Presidência, o amigo tocara o telefone para o hospital, no início de junho, com o propósito de animá-lo.
Tirou-o do sério ao injetar na conversa uma menção às homenagens que o PSDB organizava para marcar os 80 anos de FHC, festejados em 18 de junho.
“Se não fosse por mim, o Fernando Henrique seria hoje um professor universitário”, reagiu Itamar. “Já fiz 80. Quem se lembrou?”
Itamar faz aniversário dez dias depois de FHC. Completou 81 anos em 28 de junho. Na véspera, fora transferido para a UTI do Hospital Albert Einstein.
Internara-se para tratar de uma leucemia. Em meio a sessões de quimioterapia, desenvolveu uma pneumonia grave.
Morreu sem curar os ciúmes que nutria pelo ministro da Fazenda que ajudou-o a transformar-se no improvável que deu certo.
Tão certo que desceu ao verbete da enciclopédia como primeiro presidente civil a eleger o sucessor desde Arthur Bernardes.
Itamar queixava-se de não ser reconhecido como alguém que fez o sucessor. Pior: era como se FHC tivesse feito o antecessor, salvando-o do desastre.
Vice de Fernando Collor, Itamar virou presidente nas pegadas do impeachment. Parecia condenado a chefiar uma gestão meia-sola de dois anos.
Nos primeiros cinco meses, teve três ministros da Fazenda. Gustavo Krause e Paulo Haddad duraram 75 dias cada. Eliseu Resende, 79 dias.
Os ventos começaram a virar em 19 de maio de 1993. FHC encontrava-se em Nova York. Jantava na casa do então embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Sardenberg.
Súbito, Itamar telefonou. Passava das 23h. “Fernando, você está em pé ou sentado?” FHC sentou. Itamar disse que afastaria Eliseu Resende.
FHC ponderou em contrário. Mais uma mudança na sensível área econômica não lhe parecia adequado. E Itamar: “Você aceita ser ministro da Fazenda?”
O sondado simulou desinteresse. Chanceler, disse que estava satisfeito no Itamaraty. Mas não soou enfático: “Itamar, você é o presidente da República”.
Itamar combinou que, depois de falar com Eliseu, ligaria novamente. Não telefonou. Mandou ao “Diário Oficial” o ato que transferiu FHC do Itamaraty para a Fazenda.
Na manhã seguinte, informado da novidade, FHC telefonou de Nova York: “Mas você não me ligou!” Foi atalhado: “A repercussão está sendo ótima”.
Dois dias depois, já de volta ao Brasil, FHC assumiu a gerência da inflação. Antes, tinha horizontes curtos. Sem votos para voltar ao Senado, não o agrava a idéia de concorrer à Câmara.
Cogitava recolher-se para escrever um livro sobre a transição da ditadura para a democracia. Daí a mágoa de Itamar.
Afora a Fazenda, deu a FHC autonomia para montar a equipe que formulou os alicerces do Plano Real, base do palanque presidencial. Deu-lhe um horizonte.
Itamar preferia ser sucedido por Antonio Britto, então ministro da Previdência. Terminou cedendo a ribalta a FHC.
Ainda que aos trancos, Itamar imprimiu suas digitais no plano que levou ao fim da superinflação.
Passados no filtro do tempo, viraram detalhes a ranhetice, o fusca, os namoros, o Carnaval ao lado da mulher sem calcinha, pelo menos uma ameaça de renúncia...
O ciclo de homenagens ao aniversariante FHC foi fechado com ato suprapartidário no Senado, na véspera da morte de Itamar.
Afagado até por petistas, FHC perguntou a certa altura: “Será que eu já morri?” Lembrou que só os mortos são elogiados no Brasil.
Já recolhido à UTI, Itamar aguardava pela morte que, segundo a expectativa manifestada ao amigo, pode trazer-lhe o reconhecimento.

{Por Conça Barrêto}

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