Primeira desembargadora negra do Tribunal de Justiça denuncia racismo

O Tribunal de Justiça do Rio tem, finalmente, uma desembargadora negra. A promoção da juíza Ivone Caetano foi confirmada nesta segunda-feira (26). “Tudo é mais difícil para uma pessoa negra”, discursou ela. Ivone fala com conhecimento de causa. Mesmo entre seus pares, já sofreu preconceito. Em entrevista exclusiva ao ‘Dia’, a desembargadora revelou comentários racistas recebidos por ela na lista de mensagens da Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), em 2012. “Até agora não soube de qualquer punição ao responsável”, lamentou.
Foi às vésperas da aprovação da lei federal que instituiu cotas para negros nas universidades públicas. Em mensagem na lista da AMB, um magistrado que se identificou como Sérgio Braz reclamou: “Se querem incluir negros, porque não se incluir anõezinhos, portadores de burrice, gaguinhos, bichas, lésbicas, calhordas, Síndrome de Down, (…) abobados, bêbados viciados em crack, (…) leprosos, etc…”. O texto tem data de 25 de abril de 2012.
Braz seria um magistrado paulista. Ivone lamenta que ninguém tenha sido punido, apesar de ter enviado ofícios à Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMB) e a Maria do Rosário (então ministra dos Direitos Humanos). Sobre o racismo no Judiciário, ela comenta: “Não existe no País lugar que não tenha preconceito racial. Quanto mais alto for o patamar, mais camuflado e mais violento”.
Através de assessoria, a AMB informou que se limitou a responder às indagações de um delegado carioca sobre o assunto, em 2013. Nenhuma sanção foi aplicada ao magistrado. Presidente atual da Amaerj, Rossidélio Lopes não conhecia a denúncia. “Nossa assessoria jurídica está à disposição”, disse.
Presidente do TJ elogia Ivone
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O jejum de 40 dias - Bispo Macedo


Dono da Rede Record e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo Edir Macedo publicou um vídeo no YouTube em que pede para os fieis boicotarem a Copa do Mundo e qualquer outra informação que não seja religiosa. Chamado de "jejum de informação" por Macedo, a prática duraria 40 dias e começaria em 10 de junho, dois dias antes do jogo inaugural do torneio. Segundo o bispo, o boicote servirá para uma experiência mais próxima com Deus. "A partir do dia 10 de junho vamos começar um jejum. Não o jejum de Daniel de 21 dias, mas o jejum que Jesus fez no deserto, de 40 dias e 40 noites. Só que ele ficou em jejum de comida. Nós vamos fazer um jejum espiritual, um jejum de informações. Um jejum de rádio, televisão, de tudo o que o mundo oferece. Um jejum de jogos, distrações, diversões", disse. "Nós estaremos fora da Copa, eu estarei fora da Copa 100%. Porque eu estarei acompanhando ou também no mesmo espírito com vocês. Não que eu necessite ter uma experiência com Deus, eu já tive, mas vou fazê-lo em favor de vocês, para que vocês também sejam estimulados", afirmou. A Rede Record, ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo, não conseguiu direito de transmissão dos jogos.

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