Pesquisadores brasileiros testam droga contra câncer produzida com saliva de carrapato


O Instituto Butantã entrou na reta final para os testes clínicos - com humanos - de uma nova droga contra o câncer produzida a partir de uma proteína encontrada na saliva do carrapato-estrela (Amblyoma cajennense). Os experimentos feitos com camundongos e coelhos, mostraram que a proteína levou à regressão de tumores renais, de pâncreas e do tipo melanoma, além de reduzir metástases pulmonares derivadas desses tipos de câncer. De acordo com a coordenadora do estudo, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, o instituto está esperando autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes clínicos em humanos. "Confirmamos que a proteína ataca e mata as células cancerígenas sem oferecer risco às células saudáveis. Os testes pré-clínicos foram um sucesso e temos tudo pronto para termos um medicamento inovador para tratamento do câncer com menos efeitos colaterais", disse.

De acordo com Ana Marisa, o interesse inicial do laboratório no carrapato-estrela não tinha nenhuma relação com o câncer. Os cientistas queriam entender como a espécie, que se alimenta de sangue de animais, é capaz de impedir sua coagulação. "Analisamos uma série de substâncias na saliva do carrapato e encontramos uma proteína que inibia uma fase importante do processo de coagulação sanguínea. Como é difícil trabalhar diretamente com a saliva do animal, analisamos os genes envolvidos com a expressão dessa proteína e, com técnicas de engenharia genética, expressamos essa proteína em bactérias", afirmou.

Durante os vários testes com a nova molécula - batizada de Amblyomin-X -, os pesquisadores notaram que, além de inibir a coagulação em células de vasos sanguíneos, ela matava células tumorais. "Testamos em culturas e células, em camundongos, depois em coelhos. O resultado era sempre o mesmo: as células normais permaneciam ilesas e as células tumorais morriam", disse.
Utilizando marcadores biológicos, os cientistas acompanharam a trajetória da molécula no organismo dos animais. "Nos animais sem tumores, vemos a molécula dar uma volta e ser excretada. Nos que têm tumor, ela fica estacionada. Isso demonstra a baixa toxicidade da droga", disse Ana Marisa.
(Inforforamções Bahia noticias)

Austrália vai suspender vistos de países afetados pelo ebola da África Ocidental

Autoridades australianas informaram nesta segunda-feira (27) que vão suspender os vistos oriundos de países afetados pelo vírus ebola na África Ocidental. A medida, segundo o governo local, seria para prevenir a chegada da doença no território australiano. Segundo o ministro da Imigração, Scott Morrison, será suspensa a emissão de vistos para pessoas procedentes dos países afetados pela doença, depois de uma jovem de 16 anos, oriunda da Guiné-Conacri, ter ficado isolada por receio de ser portadora do ebola. "Essas medidas vão suspender temporariamente o programa migratório, incluindo o programa humanitário, destinado a pessoas dos países afetados pelo ebola", informou Morrisson. De acordo com o ministro, as pessoas a quem já foi garantido o visto poderão viajar para a Austrália, embora o plano de contingência vá obrigar a realização de vários exames e cuidados adicionais a fim de evitar a propagação do vírus. Informações da Agência Lusa.

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