Novos remédios contra a aids serão distribuídos pelo SUS

Duas novas formulações de medicamentos para pacientes com aids começam a ser distribuídas esta semana pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Agência Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é que 135 mil pessoas em tratamento para a doença sejam beneficiadas. Uma das inovações, segundo a pasta, é o ritonavir 100 miligramas (mg) na apresentação termoestável, que poderá ser mantido em temperatura de até 30 °C. A ideia é ampliar a adesão ao tratamento e facilitar a logística de armazenamento, distribuição e dispensação. O medicamento distribuído até então exigia armazenamento em câmara fria, com temperatura entre 2 °C e 8 °C. A rede pública também vai começar a distribuir o Tenofovir 300 mg composto com a lamivudina 300 mg em um único comprimido – o chamado 2 em 1. Atualmente, cerca de 75 mil pacientes estão em uso das chamadas monodrogas, utilizando um comprimido de Tenofovir e dois comprimidos de lamivudina 150 mg ao dia. Os dados mais recentes da pasta indicam que, em 2013, 350 mil brasileiros faziam tratamento contra a aids. A estimativa é que 720 mil pessoas vivem com HIV/aids no país, sendo que 150 mil não sabem de sua condição sorológica. A prevalência de infecção de 0,4% na população sexualmente ativa (15 a 49 anos) é considerada estável desde 2004. A taxa de detecção de aids no país está estabilizada em 20 casos a cada 100 mil habitantes, o que representa cerca de 39 mil casos novos da doença ao ano.

União terá que fornecer canabidiol para jovem que sofre convulsões por força de decisão judicial

Por força de uma decisão judicial, a União terá que fornecer medicamento feito de canabidiol (substância presente na maconha) a uma menor portadora da síndrome de Rett — uma doença neurológica rara. A decisão liminar foi proferida pela juíza federal convocada Salise Monteiro Sanchotene, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A autora da ação, hoje adolescente, sofre com crises epiléticas e é totalmente depende para realização de atividades da vida diária. A mãe da jovem busca diminuir as crises, que ocorrem, em média, três vezes ao dia, com utilização do medicamento. Atualmente, a adolescente usa três tipos de remédio para evitar as convulsões. A mãe já havia obtido uma liminar em primeira instância, mas União recorreu sob o argumento de que a medicação não é registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de ter alto custo e eficácia duvidosa. A juíza, na decisão, salientou que, ainda que o medicamento não esteja registrado na Anvisa, a situação é excepcional. Ela observou, em sua decisão, que já houve 113 autorizações de importação a particulares pela Agência, sendo uma destas à autora, que então pediu judicialmente o custeio pelo Sistema Único de Saúde. “A gravidade do quadro de saúde da adolescente constitui razão suficiente para o pronto acolhimento do pedido, amparado por prescrição do médico assistente. Não havendo resposta clínica satisfatória, será possível cessar o tratamento deferido”, afirmou a magistrada. A liminar garante o tratamento por três meses, com utilização de 18 tubos de 10 gramas do medicamento. O processo corre em segredo de Justiça. A Síndrome de Rett decorre de uma mutação do gene CDKL5, e causa um distúrbio no sistema nervoso que leva à regressão no desenvolvimento, principalmente nas áreas da linguagem e uso das mãos. A síndrome atinge mais as meninas.

Coluna Vida Saudável: chocolate pode?

Essa é uma dúvida frequente. A maioria das pessoas tem dúvida se podem ou não incluir chocolate em seu plano alimentar, principalmente quando se trata de dietas de emagrecimento. O chocolate, considerado um vilão, pode sim trazer diversos benefícios para nossa saúde. Ele é considerado um alimento funcional, com um grande valor nutricional. "A delícia é responsável pelo fornecimento de substâncias importantes para a dieta humana”, explica a nutricionista Flávia Sguario. Leia o texto completo na coluna Saúde.

SUS pode oferecer novo tratamento contra hepatite C em 2015

A partir do próximo ano, pacientes com hepatite C poderão contar com um tratamento, com taxa de eliminação de 80% a 90% dos casos da doença. Clique aqui e saiba mais na Coluna Saúde.

Anvisa estuda tornar canabidiol como medicamento

canabidiol, substância presente na folha da maconha, pode ser reclassificado e se tornar medicamento. Caso ocorra a reclassificação, a importação do item por pessoas jurídicas ou para fins científicos pode ser facilitada. Segundo o presidente substituto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ivo Bucaresky, a agência estuda reclassificar o canabidiol por conta de estudos científicos mostrarem que a substância não causa dependência e nem deixe as pessoas alteradas, como no efeito da maconha. O canabidiol é usado para tratamento de doenças neurológicas, câncer, mal de Parkinson, entre outras. “Por ser um derivado da cannabis, o canabidiol estava incluso na Lista E, que é a lista de plantas que podem originar substâncias entorpecentes e psicotrópicas, e na Lista F, que são substâncias de uso proscrito no Brasil, de entorpecentes e psicotrópicos", disse Bucaresky à Agência Brasil. Caso o canabidiol seja reclassificado, ele vai para a "Lista C1, que é uma lista de [remédios] controlados que envolve uma série de medicamentos, sejam medicamentos de grande grau de risco e, por isso, têm que ter controle, sejam medicamentos novos, que têm que ir testando".  De acordo com Bucaresky, desde abril deste ano, a Anvisa recebeu mais de 200 pedidos para importação do canabidiol. Dos pedidos, 184 foram liberados e os demais aguardam análise.

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