Google, Apple, Shell? Nenhuma delas: saiba qual é a empresa mais lucrativa do planeta

Petroleiro está sendo carregado no terminal de petróleo de Ras Tanura, da estatal petrolífera Saudi Aramco, na Arábia Saudita Foto: Reuters

DUBAI — O primeiro balanço financeiro da Saudi Aramco, a estatal de petróleo da Arábia Saudita, confirmou o que analistas do mundo inteiro já sabiam: a empresa é a mais lucrativa do planeta e teve ganhos, no ano passado, de nada menos do que US$ 111,1 bilhões.
É uma quantia que supera, em muito, gigantes americanas como Apple, Google, JP Morgan e Exxon Mobil. E rivais de outras nacionalidades, como a anglo-holandesa Shell. Também não é para menos: a Aramco produz cerca de 10% do petróleo do mundo. E só não obtém um lucro maior devido a uma pesada carga tributária imposta pelo reino saudita.
A Aramco tornou público seu balanço financeiro porque se prepara para lançar ações no mercado de capitais. Desde a sua nacionalização, no fim dos anos 1970, esses números não eram mais conhecidos.

Num primeiro momento, a empresa vai lançar títulos de dívida, já que sua abertura de capital foi adiada, e começa nesta segunda-feira um road show para investidores. Os encontros devem ser feitos ao longo de todo o mês e incluem cidades como Londres, Nova York, Boston Hong Kong e Tóquio.

O grande objetivo da Aramco ao levantar capital é comprar uma fatia da petroquímica saudita Sabic, também controlada pelo governo. A operação é uma forma de usar os tentáculos do Estado para reinjetar recursos na própia máquina estatal e, assim, fortalecer a situação fiscal do país.

Os números da Aramco mostram o quanto ela é usada para financiar os gastos militares e as políticas sociais da Arábia Saudita, bem como o estilo de vida luxuoso de dezenas de príncipes. A petrolífera estatal paga 50% de seu lucro em imposto de renda, além de roaylties que começam em 20% da receita da empresa e podem chegar à metade do faturamento, dependendo do preço do petróleo.
 Você não pode dissociar o governo da Aramco, dados o relacionamento muito próximo e a contribuição da empresa para o financiamento geral para a Arábia Saudita — avalia Neil Beveridge, analista de energia da Sanford C. Bernstein & Co., em Hong Kong.

Depois da Aramco, a segunda empresa mais lucrativa do mundo em 2018 foi a Apple, com quase a metade dos ganhos: US$ 59,5 bilhões. A Samsung veio em seguida, com US$ 35,1 bilhões. A Alphabet (dona da Google), ficou em quarto lugar no ranking. No setor de petróleo, a concorrente mais bem colocada na lista não faz nem cosquinha na Amranco: a Shell aparece em sexto lugar, com lucro de US$ 23,4 bilhões em 2018.
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Estudantes podem pedir isenção no Enem a partir de hoje

Wilson Dias/Agência Brasil
Começa nesta segunda-feira (1º) o prazo para pedir isenção da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os estudantes que atendem aos critérios podem solicitar o não pagamento na Página do Participante , na internet, até o dia 10 de abril. A taxa do exame este ano é R$ 85. 

Os estudantes isentos no ano passado que faltaram ao exame devem, no mesmo período, apresentar justificativa da ausência e solicitar novamente a isenção, caso desejem fazer as provas este ano. 

Podem solicitar a isenção da taxa os estudantes que estão cursando a última série do ensino médio em 2019, em escola da rede pública; aqueles que cursaram todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada, com renda, por pessoa, igual ou menor que um salário mínimo e meio, que em valores de 2019 equivale a R$ 1.497.

São também isentos os participantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, ou seja, membros de família de baixa renda com Número de Identificação Social (NIS), único e válido, renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo, ou R$ R$ 499, ou renda familiar mensal de até três salários mínimos, ou R$ 2.994.

Prazos

O pedido de isenção e a apresentação de justificativas poderão ser feitos, conforme o edital do exame, a partir das 10h, no horário de Brasília, de hoje até as 23h59 do dia 10 de abril. 

No dia 17 de abril, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vai divulgar a lista, também no portal do Enem, daqueles cujo pedido foi aprovado. 

Os participantes que forem reprovados poderão entrar com recurso, no período de 22 a 26 de abril, na Página do Participante. O resultado do recurso será divulgado, no mesmo endereço, a partir do dia 2 de maio.

Enem 2019

As inscrições para o Enem deverão ser feitas no período de 6 a 17 de maio. Os participantes que tiveram ou não a isenção aprovada também devem fazer a inscrição para participar do exame. 

O Enem será aplicado nos dias 3 e 10 de novembro. No primeiro dia de prova, os participantes responderão a questões de linguagens e ciências humanas e farão a prova de redação. Para isso, terão 5 horas e 30 minutos.

No segundo dia, os estudantes terão 5 horas para resolver as provas de ciências da natureza e matemática.

Os gabaritos das provas objetivas serão divulgados no Portal do Inep e no aplicativo oficial do Enem até o dia 13 de novembro. O resultado será divulgado, conforme o edital, em data a ser divulgada posteriormente.

As notas do Enem podem ser usadas para ingressar em instituição pública pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para obter bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superio pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Por Agência Brasil  Brasília


Relatório do orçamento impositivo será lido quarta-feira no Senado

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na próxima quarta-feira (3), o relatório sobre a  proposta que transforma parte das emendas orçamentárias das bancadas estaduais em despesas obrigatórias, a chamada PEC do Orçamento Impositivo (PEC 34/19), deve ser apresentado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Mudanças

À Agência Brasil, o relator da proposta, senador Esperidião Amin (PP-SC), adiantou que pretende “descartar” o Artigo 165 do texto aprovado em uma votação relâmpago na Câmara dos Deputados. O trecho trata especificamente do orçamento impositivo e, na avaliação de Amin, “está escrito de maneira obscura” e engessa o Orçamento.

A ideia, segundo o parlamentar, é priorizar exclusivamente às emendas coletivas de bancada e dar a elas o caráter impositivo, em um percentual que será negociado com parlamentares e com o Executivo. Mesmo defendendo a manutenção desse percentual em 1% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, o senador é cauteloso e admite que ele pode ser maior ou menor, conforme o andamento das negociações. Para Amin, o Senado vai chegar a um termo adequado, caminho do meio, que vai aumentar a responsabilidade do Legislativo, não vai agredir nem diminuir o Executivo e nem vai desconhecer as dificuldades financeiras do povo e do governo.

Emendas

De acordo com o senador, amanhã (2) o texto estará à disposição dos membros da comissão. Até lá, Amin, que na última quinta (28) esteve com o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que pretende continuar ouvindo o governo e os senadores. O relator sabe que no Senado uma quantidade significativa de emendas será apresentada ao texto. “Meu papel, na verdade, é reduzir o incêndio, transformar o texto em algo que ajude o Brasil e ajude até a fazer o acordo entre o Legislativo e Executivo nesse momento crucial”.

Tramitação

O clima no Senado é receptivo à proposta. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), prometeu interceder junto aos líderes para que a PEC seja votada com rapidez. Apesar disso, o relatório deve receber pedido de vista coletiva na CCJ, ou seja, de mais tempo para que os senadores analisem a proposta, podendo jogar os dois turnos de votação no plenário, se houver consenso, para depois da Semana Santa. Se confirmadas as modificações no texto da Câmara pelos senadores, a matéria volta à análise dos deputados.

Por Agência Brasil  Brasília


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