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Rui chega a cidade atingida por rompimento de barragem


O governador Rui Costa (PT) chegou por volta das 17h30 à cidade de Coronel João Sá, um dos municípios atingidos pelo rompimento de barragens na Bahia. Rui precisou se deslocar de Paulo Afonso até a cidade de carro.

À princípio, o objetivo era fazer o deslocamento no início da manhã, antes da inauguração de uma Policlínica Regional de Saúde, no entanto as condições climáticas não permitiram o deslocamento para a região.

Está prevista também uma visita de Rui ao município de Pedro Alexandre.

Saiba quais pedidos de incorporação e criação de partidos políticos tramitam no TSE


Atualmente, o Brasil dispõe de 33 partidos políticos devidamente registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa relação de legendas, no entanto, poderá sofrer alterações, pois tramita na Corte o pedido de incorporação do Partido Humanista da Solidariedade (PHS) ao Podemos (Pode), além de requerimentos para a criação de novas agremiações e para a reinstalação de um partido extinto na década de 1960.

Até o início deste ano, havia 35 partidos com estatuto registrado no TSE. Mas esse número mudou após a Corte aprovar dois requerimentos de incorporação: o Partido Republicano Progressista (PRP) foi incorporado ao Patriota e, o Partido Pátria Livre (PPL), ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

A possibilidade de incorporação está descrita no artigo 2º da Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995), segundo o qual “é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana”.

Pedido de criação

Também tramitam no TSE dois pedidos de criação de novas agremiações, o do Partido Nacional Corinthiano (PNC), o do Partido da Evolução Democrática (PED). Outras 73 legendas em formação já comunicaram ter iniciado seu processo. Contudo, para que tais solicitações sejam analisadas pelos ministros da Corte Eleitoral, um caminho longo ainda será percorrido por esses partidos em criação.

De acordo com a legislação, somente o partido político que tiver registrado o seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos da Lei dos Partidos Políticos, artigo 7º, parágrafo 2º.

Todavia, para participar das eleições, o registro deve ser aprovado pelo TSE até seis meses antes do pleito, e a legenda deve constituir órgão de direção, na respectiva circunscrição que pretende concorrer, até a data da convenção partidária para a escolha dos seus candidatos.

O registro do estatuto na Corte Eleitoral também assegura a exclusividade da denominação do partido, bem como de sua sigla e símbolos, vedada a utilização, por outras agremiações, de variações que venham a induzir a erro ou confusão dos eleitores.

Reinstalação

Outro pedido se junta ao rolde demandas que podem alterar a quantidade de partidos políticos no Brasil. Um requerimento protocolado no Tribunal em abril de 2019 pede a anulação da Resolução n° 7.764/1965 do TSE e de todos os atos administrativos amparados no artigo 18 do Ato Institucional n° 2, de 27 de outubro de 1965, que extinguiu e cancelou os registros dos partidos da época.

Na petição, pede-se o restabelecimento da vigência e da eficácia da Resolução do TSE n° 296/1945, que deferiu o registro definitivo da sigla União Democrática Nacional (UDN).

RC/LC­, DM

Processos relacionados: PET 0601972-20 (PJe), PET 0601953-14 (PJe), PET 0602013-84 (PJe), PET 0600290-93 (PJe), RPP 0601033-40 (PJe) e RPP 0601659-59 (PJe)

Começa em agosto implantação do PJe na 1ª instância da Justiça Eleitoral

Foto: Divulgação/TSE

Até o fim deste ano, a Justiça Eleitoral implementará o Processo Judicial Eletrônico (PJe) em todas nas 2.645 zonas eleitorais de todo o país. A Portaria TSE nº 344/2019 – assinada pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber – tornou obrigatória a utilização do sistema para proposição e tramitação de todos os processos no âmbito da JE já a partir da primeira instância.

A implantação do sistema nas zonas eleitorais acontecerá em cinco etapas, tendo como critério a capacidade das localidades de conectividade com a internet. Segundo a assessora-chefe do PJe, Simone Batalha, a meta é que, até o fim de agosto, todas as zonas eleitorais das capitais dos estados e do Distrito Federal, onde as conexões com a internet são mais eficientes, já estejam operando o sistema.

Em setembro, será a vez das localidades do interior que também dispõem de uma boa capacidade de conexão. No mês seguinte, o PJe será implementado em zonas de médio porte, onde a capacidade de conexão com a internet gire em torno de 2 MB, e, em novembro, será a vez das zonas que dispõem de pelo menos 1 MB de conexão. Por fim, em dezembro, passarão a operar o PJe as zonas eleitorais de localidades com menor capacidade de comunicação, onde a conexão se dará via satélite.

Devido à existência de comunidades com maior dificuldade de acesso à internet, está sendo desenvolvida a versão 2.1 do PJe, que já está no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) para validação. “Essa será uma versão ‘mais leve’, com maior tecnologia e que permitirá que o sistema ‘rode’ melhor nesses cartórios eleitorais que têm um link de comunicação baixo”, explica Simone.

Treinamentos e estreia do ZE

A capacitação dos operadores do PJe nas zonas eleitorais também foi preparada de forma concomitante com a expansão do uso do sistema. Servidores de todos os TREs foram treinados, em Brasília, pela equipe do PJe no TSE. Os operadores capacitados se tornarão multiplicadores de conhecimento e serão responsáveis pela disseminação do uso da ferramenta por todas as zonas eleitorais da sua jurisdição.

Representantes do Ministério Público Eleitoral também já receberam treinamento para atuar como multiplicadores de informações acerca do sistema.

PJE

O PJe é um sistema que permite a tramitação de processos exclusivamente por via eletrônica, tornando a prestação jurisdicional mais ágil, eficiente, econômica e sustentável. Ele vem sendo implantado gradualmente na Justiça Eleitoral desde 2015, quando começou a ser utilizado inicialmente para a tramitação de algumas classes processuais originárias do TSE. Aos poucos, mais classes foram sendo incluídas, na medida em que o sistema passou a ser utilizado também pelos TREs. Em 2019, será a vez da primeira instância.


EAD

O TSE iniciou nesta quarta-feira (10) curso de Educação a Distância (EAD) para treinar servidores da Justiça Eleitoral sobre o funcionamento e os atributos do Processo Judicial Eletrônico (PJe) 2.1, voltado à primeira instância da JE. As equipes da Assessoria do Processo Judicial Eletrônico (ASPJE) e da Seção de Educação a Distância (Sead/Coede/SGP) desenvolveram tutoriais e simuladores para que o público-alvo aprenda a utilizar o sistema. No mês passado, foram lançados os tutoriais para advogados e procuradores.
IC/LC


Fonte:TSE

Regularize o título e evite contratempos com outros documentos


Já imaginou planejar uma viagem internacional e ter problemas para renovar o passaporte? Esse é um cenário real que pode acontecer com quem não votou ou não justificou a ausência a três pleitos seguidos, lembrando que cada turno é considerado uma eleição. Em maio deste ano, a Justiça Eleitoral cancelou mais de 2,4 milhões de títulos de eleitores nessa condição. Por isso, para evitar o cancelamento do seu título, regularize sua situação no cartório eleitoral.

A regularidade do título de eleitor é uma exigência para obter diversos outros documentos, além do passaporte, como a carteira de identidade, a carteira de trabalho e o certificado de reservista, entre outros. Por sua vez, a ausência do título impede o cidadão de exercer outros direitos, tais como:

- receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como de fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição.

- participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, do Distrito Federal, dos municípios ou das respectivas autarquias; e nem obter empréstimos nas autarquias, nas sociedades de economia mista, nas caixas econômicas federais e estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos.

- inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, e neles ser investido ou empossado; renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou Imposto de Renda; e obter qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.

O que fazer?

Se o seu título foi cancelado, a primeira medida a ser tomada é pagar a multa no valor de R$ 3,51 por turno de votação a que tenha faltado. O Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra o passo a passo para a quitação de multas eleitorais.

Em seguida, será necessário comparecer a um cartório eleitoral e apresentar documento de identificação e comprovante de residência para solicitar a regularização do título.

Se ainda tem dúvida sobre a regularidade de seu documento, a consulta sobre sua situação eleitoral é gratuita e está disponível no Portal do TSE. O eleitor ainda pode checar a regularidade do seu título por meio do assistente on-line do TSE nas redes sociais (Facebook e Twitter) e no Google Assistant. O robô virtual direciona o usuário diretamente à página de consulta e também oferece serviços como emissão da Certidão de Quitação Eleitoral e download do e-Título.

Fonte: TSE
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Terreiro de candomblé é depredado em Caxias, no estado do Rio

Foto: Divulgação/Agência Brasil
Um terreiro de candomblé localizado no bairro Parque Paulista, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi invadido na tarde de ontem (11) e depredado. A denúncia foi feita nas redes socias pelo babalaô Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) do estado.

Em entrevista à Agência Brasil, ele informou que templos de religiões de matriz africana da mesma região têm recebido constantes ameaças. “O ataque foi ontem de tarde, em uma mesma área em que vêm ocorrendo casos há mais seis meses, já são mais de 15 casos de ameaças. Aquela região já estava sendo ameaçada, diziam que não podiam tocar, não podiam fazer isso ou aquilo, e agora chegaram a quebrar”, contou.

Segundo Ivanir, uma mulher de idade chegou ao local no momento em que os atos de vandalismo ocorriam, mas ela não foi agredida. Ele ressaltou que em todo o estado mais de 200 casas religiosas têm recebido ameaças.

“Tem mais de dez casas ameaçadas em Campos, na região da Penha, na zona norte. São mais de 200 casas hoje ameaçadas de funcionar por causa dessa intimidação. Algumas já foram expulsas das comunidades. Nos últimos dois anos já são mais de 15 casas que tiveram essa experiência amarga [de serem vandalizadas]”, disse.
Descaso

Para o babalaô, os contínuos ataques mostram descaso das autoridades, além de configurarem racismo religioso. Segundo ele, as intimidações têm sido difundidas por grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas.

“Eu tive um encontro com o governador [Wilson Witzel] pedi a ele uma plenária aberta com todas as religiões para tratar disso e com a área de segurança dele. Até hoje não houve essa plenária. Eu não tenho dúvidas de que, se fosse uma sinagoga ou uma igreja cristã atingida, a atitude do governo do estado seria outra. [O ato] seria enquadrado no crime de terrorismo” afirmou.

O procurador da República Júlio José Araújo Júnior, do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ), informou que o órgão foi acionado para acompanhar o caso.

“A gente recebeu a denúncia e se mobilizou para fazer com que os órgãos atuem. Há um diálogo com a Polícia Civil para garantir as visitas e investigações, isso leva um tempo. Lógico que a gente deseja que seja o mais rápido possível, mas independentemente disso, o MPF vem travando conversas com diversos atores para não só identificar as causas como estabelecer ações para o combate à intolerância”, afirmou.
Cobrança

Em maio, o MPF cobrou do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, uma ação para resolver o problema.

Na terça-feira (12), MPF promoveu reunião com Ivanir dos Santos e pastores evangélicos para tratar da questão. Segundo o babalaô, as pessoas que compareceram se comprometeram a mobilizar as bases de suas igrejas para colaborar para o fim do racismo religioso.

“Os pastores que atenderam nossos apelos e nossos convites já nos acompanham há algum tempo. Eles vão fazer uma nova reunião para traçar uma estratégia com a sua própria base evangélica, que é o que nós precisamos. As grandes igrejas de bem, nas suas bases, nas suas defesas, nas suas convenções, falam da importância do respeito e da não propagação do ódio religioso”, observou.

Foi marcada para domingo (14) a Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa na Baixada Fluminense, às 9h.

Segundo a Polícia Civil, o caso de vandalismo está sendo registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. “Diligências serão realizadas para apurar as circunstâncias e autoria do fato. A investigação corre sob sigilo”, informou a polícia.

*Colaborou Tâmara Freire, repórter do Radiojornalismo da EBC
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Polícia apreende 4 toneladas de maconha em rodovia no estado do Rio

Foto: Divulgação/PF
De acordo com a PRF, os agentes faziam fiscalização de rotina na rodovia, quando pararam um caminhão que seguia no sentido Rio de Janeiro. Os policiais desconfiaram do nervosismo do motorista durante a abordagem e resolveram fazer uma vistoria minuciosa no veículo. Na busca, encontraram a droga embalada em diversos tabletes, escondida sob a carga, na carroceria do caminhão.

Ainda segundo a PRF, o motorista, de 38 anos, viajava sozinho e confessou que recebeu R$ 5,5 mil para transportar a maconha de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, até o Rio de Janeiro. Ele contou ainda que entregaria a erva nas proximidades do Complexo do Chapadão, em Costa Barros, na zona norte do Rio.

O motorista foi preso em flagrante e indiciado por tráfico de entorpecentes. Se condenado, pode pegar até 15 anos de prisão.

Por Ícaro Matos - Repórter do Radiojornalismo Rio de Janeiro

Condutas do Aécio traduzem corrupção e não crime eleitoral, diz procurador

Foto: Dida Sampaio/Estadão
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) é alvo de um inquérito em São Paulo que apura oito casos de “doações” de dinheiro do empresário Joesley Batista ao parlamentar. O procurador da República Rodrigo de Grandis investiga o caso e afirma que “já existem muitos elementos indicativos de crimes contra a Administração Pública e não crimes eleitorais”. “Todos os episódios serão processados aqui, serão investigados aqui em São Paulo. 

Nada vai para o Eleitoral”, disse o procurador em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Parece-me claro que lá foram praticados crimes de corrupção e também de lavagem de dinheiro.” No dia 10 de junho passado, o juiz federal João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em lavagem de dinheiro e crimes financeiros, negou pedido da defesa do tucano para que o caso fosse enviado à Justiça Eleitoral em Brasília. 

O magistrado manteve a investigação em São Paulo. Rodrigo de Grandis relata que analisou cada um dos oito casos “para verificar se era crime eleitoral ou não”. “Existem meros indícios ou elementos suficientes? A conexão só existe quando você verifica elementos concretos de que o crime eleitoral foi praticado. A análise que nós fizemos indicou que não existia nenhum tipo de crime eleitoral”, declarou.

 “Muitas vezes o investigado, o acusado ou o próprio colaborador diz que é ‘dívida de campanha’ e, na verdade, não é. Foi a história que foi passada a ele ou a impressão que ele teve. Ele sabia que ele estava dando dinheiro para um parlamentar, visando um benefício qualquer. É um benefício por força do mandato político do parlamentar e isso caracteriza corrupção”, afirma o procurador.

Estadão

Três meses após tragédia na Muzema, polícia diz que milícia age de forma mais 'camuflada' e investiga possíveis 'sócios ocultos'

Tragédia na Muzema: delegado comenta investigação e atuação da milícia na comunidade
Três meses após o desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema, na Zona Oeste, a Polícia Civil do Rio de Janeiro não descarta que milicianos continuem atuando na comunidade, mas de uma forma cada vez mais "camuflada".

Em entrevista exclusiva ao G1, o delegado Gabriel Ferrando, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), disse que a atuação da milícia na região é feita de forma discreta após a tragédia e que eles estão até terceirizando atividades.

"Eles foram colocados no centro do noticiário contra a vontade deles. A milícia já vem numa fase, atualmente, de evitar uma exposição e responsabilização e isso gerou com que eles [milicianos] se escondessem cada vez mais, tentando ocultar bens, vender propriedades, tudo para fugir de uma eventual responsabilização criminosa”, explicou.

A tragédia do dia 12 de abril deixou 24 pessoas mortas, e a investigação apontou três suspeitos de serem responsáveis pela construção e venda dos imóveis. Dois foram presos e um segue foragido.

Possíveis 'sócios'

O delegado da especializada também falou na existência de "sócio oculto" das milícias. Ferrando destacou ainda que, na atual fase da investigação sobre o envolvimento de organizações criminosas de milicianos na Muzema, a polícia quer identificar as pessoas que proporcionam lucros a esses grupos.

“A ideia é olhar o problema sobre outro enfoque. É verificar quem são essas pessoas que estão associadas à milícia, quem é um sócio oculto, quem viabiliza o financiamento pra organização criminosa."

O delegado acrescentou que são pessoas que “sequer pensavam que poderiam ser responsabilizadas."

Presos e foragido

Dois homens apontados pela polícia como construtores e vendedores dos imóveis estão presos. No dia 18 de maio, Rafael Gomes da Costa, de 26 anos, foi o primeiro a ser detido pelo envolvimento na construção e venda dos imóveis que desabaram.

Outro suspeito, Renato Siqueira Ribeiro foi localizado em uma casa em Nova Friburgo, na Região Serrana do estado, no início de julho. Segundo a polícia, ele mudou de residência "por diversas vezes", já com investigadores em fazendo buscas.

José Bezerra de Lima, o Zé do Rolo, apontado pela investigação de envolvimento nas obras e na venda dos imóveis da comunidade, está foragido.

Ao G1, a delegada Adriana Belém, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), disse que a polícia espera concluir o laudo técnico em breve. Ela disse que continua ouvindo testemunhas na busca de identificar outros construtores.

"A gente espera concluir esse inquérito em breve. Já avançamos bastante. A gente continua buscando os laudos, todos os dias estamos ouvindo vítimas que perderam parentes e que perderam as casas", disse

Os três envolvidos foram indiciados por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
Fonte: G1

Cubano desempregado no Piauí tenta vaga de gari, mas é recusado por ser médico

Raymel Kessel trabalhava como médico em Ilha Grande — Foto: Arquivo Pessoal
Um grupo de 48 médicos cubanos que decidiu ficar no Piauí depois que o governo de Cuba decidiu se desligar do Programa Mais Médicos, do governo brasileiro, está desempregado e enfrentando dificuldades para se manter no estado. Um deles, Raymel Kessel, 39 anos, contou ao G1 que tentou vaga de gari, mas não foi admitido porque tem formação em medicina.

Raymel chegou à cidade de Ilha Grande em 2014 e contou ao G1 que foi bem acolhido pela população da cidade, mas mesmo sendo querido, não consegue emprego.

“Não é fácil achar emprego porque quando colocamos no currículo que somos médicos, ninguém quer nos contratar. Eu até procurei trabalhar no carro de lixo e não foi aceito porque diz que médico não faz esse tipo de trabalho”, lamentou.
Raymel Kessel atuava como médico na cidade de Ilha Grande — Foto: Arquivo Pessoal
Após quatro anos e meio trabalhando como médico na rede de atenção básica do município de Ilha Grande, no Litoral do Piauí, Raymel se casou com uma piauiense e é pai de um menino brasileiro, e por isso decidiu ficar no Brasil. “Me sinto parte da Ilha Grande, me sinto filho daqui”, afirmou o médico.

Alguns cubanos formaram família com mulheres piauienses e relatam estarem passando por necessidades financeiras para sustentar os filhos. Os médicos aguardam realização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida) para retornar aos postos de saúde e hospitais.

No entanto, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por aplicar a prova, disse que “não há ainda o cronograma para a próxima edição do Revalida”.

“Estou desesperado. Não tem o exame do Revalida desde o ano 2017 e estamos privados de trabalhar como médicos há sete meses. Estamos aguardando há meses por uma MP do governo que nos permita trabalhar até fazer o exame de Revalida, mas nada de MP e nada de Revalida”, declarou Raymel Kessel.

O Ministério da Saúde estima que cerca de dois mil cubanos ficaram no país após o fim do programa. O Ministério informou ao G1 que "trabalha na elaboração de um novo programa para ampliar a atenção primária". Disse, ainda, que está discutindo "alternativas para o exercício profissional" dos médicos de Cuba.

Raymel Kessel tem ocupado seus dias distribuindo perfis profissionais em diversos estabelecimentos comerciais e os instrumentos de trabalho que mais gostava de usar, um estetoscópio e um aferidor de pressão, estão guardados.

A esperança de Raymel agora é chegada do mês de agosto, período em que, segundo do jornal "O Estado de S. Paulo", o governo deverá editar uma medida provisória para alterar o programa Mais Médicos e manter os médicos cubanos trabalhando no Brasil.

Câmara aprova reduzir de 20 para 15 anos tempo mínimo de contribuição para homens

Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
O plenário da Câmara aprovou na madrugada desta sexta-feira (12), por 445 votos a 15, um destaque (alteração) ao texto da reforma da Previdência que reduz, de 20 para 15 anos, na proposta, o tempo mínimo de contribuição exigido para homens do regime geral (setor privado) poderem se aposentar.

Além dessa alteração, outras duas foram aprovadas na sessão, que começou na tarde de quinta-feira: uma altera as exigências para aposentadoria de mulheres e a fórmula de cálculo de pensões por morte para homens e mulheres; e outra, flexibiliza regras para integrantes de carreiras policiais.

Veja como cada deputado votou em cada um dos três destaques:



O texto-base da reforma, aprovado em primeiro turno pela Câmara nesta quarta-feira (10), previa tempo mínimo de contribuição de 20 anos para homens. Segundo o texto-base, o tempo mínimo para homens aumentaria gradualmente – partindo de 15 anos – e chegaria a 20 anos em 2029.

Com a aprovação do destaque, apresentado pelo PSB, o tempo mínimo de contribuição para os homens será de 15 anos, mesmo tempo mínimo de contribuição previsto para as mulheres.

Na proposta original, o tempo mínimo para mulheres também chegaria a 20 anos. No entanto, o relator, Samuel Moreira (PSDB-SP) reduziu para 15, quando o tema ainda estava em análise pela comissão especial.

O destaque aprovado não modifica as idades mínimas para homens e mulheres poderem se aposentar, que são de 65 anos para eles e 62 anos para elas.

Acordo

Para a aprovação do destaque que reduziu para 15 anos o tempo mínimo de contribuição para homens, foi necessário um acordo entre parlamentares pró-reforma, governistas e oposição.

O acordo foi costurado em uma reunião na tarde desta quinta-feira (11), no gabinete de Rodrigo Maia (DEM-RJ). Parlamentares da oposição saíram da audiência dizendo que tinham conseguido “sensibilizar” os adversários.

Da tribuna, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) comemorou a realização do entendimento.

“Nós cumprimos o nosso dever de ser uma oposição qualificada, que participa do debate, que apresenta alternativas, que dialoga, que mostra dados, que estuda e não como foi dito hoje aqui mais cedo por um outro deputado: uma oposição que só quer atrapalhar”, disse Molon.

“E eu quero agradecer o diálogo com o líder da Maioria, deputado Aguinaldo Ribeiro, o diálogo com o presidente da Casa, Deputado Rodrigo Maia, que também ouviu os nossos argumentos e outros que participaram desse debate e que entenderam que a oposição tinha razão”, acrescentou.

O partido Novo, no entanto, criticou a aprovação do destaque dizendo que a medida atacava um dos pilares da reforma da Previdência, o tempo mínimo de contribuição.

Por Gustavo Garcia, Fábio Amato e Fernanda Vivas, G1 e TV Globo — Brasília


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