Jitaúna: Dupla de irmãos são acusados da morte de outro irmão por herança na zona rural

Irmãos que foram presos presos suspeitos de matar outro irmão a pauladas na Bahia — Foto: Divulgação
Dois irmãos foram presos na noite de segunda-feira (26), suspeitos de matar um outro irmão, na zona rural de Jitaúna.
Segundo a Polícia Civil, Ailton Oliveira Santos, 44 anos foi atacado a pauladas por Adilson Oliveira Santos, 43 anos e Adelson Oliveira Santos, 40 anos quando estava dormindo por volta das 19hs. As investigações apontam que os suspeitos aguardaram a vítima dormir para cometer o crime. A polícia inda falou que Ailton estava sob efeito de bebida alcoólica.
A suspeita da polícia é que a motivação do crime tenha sido uma disputa por herança, já que os irmão brigam há alguns anos por uma propriedade rural da família na região do Cedro.
Ao ser informada do homicídio, a Polícia Civil informou que, acompanhada pela Polícia Militar e Guarda Civil Municipal, foi ao local indicado pelas testemunhas e constatou a veracidade do caso.
Depois da perícia no local do crime e levantamento cadavérico pela equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT), as equipes das Polícias Civil e Militar, além da guarda municipal, conseguiram localizar e capturar os suspeitos quando eles estavam escondidos no distrito do Japomirim, em Itagibá. Os suspeitos seguem presos à disposição da Justiça na delegacia de Jitaúna. *Informações da Policia Militar ao Jitaúna em Dia

Defesa da vereadora Simone emite nota sobre ação na justiça por direito a 13º e outros benefícios

Foto: Vereadora Suimone Coutinho

O advogado da vereadora Simone Coutinho emitiu uma nota de esclarecimento a respeito de uma matéria compartilhada na segunda-feira, 26, na imprensa eletrônica do município (ver aqui) sobre uma ação movida pela vereadora na Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ipiaú, contra o município, na qual pede o direito ao 13º e outros benefícios, devidamente corrigidos, e, referente ao exercício do cargo no período de 2013 a 2018.

O advogado Rafael Meira Costa explica que por muito tempo os agentes políticos (prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais e vereadores) não tinham direito a receberem 13º salário e remunerações referente às férias, no entanto, o entendimento foi modificado através do Acórdão 187 do Supremo Tribunal Federal, publicado em 24 de agosto de 2017, quando esse direito foi garantido para todos os agentes políticos do Brasil.

Na nota ele cita exemplos de municípios como Bom Jesus da Lapa, Piatã, Simões Filho, Salvador, Rio de Contas e Brumado que, segundo ele, já aderiram à norma. Veja a Nota de Esclarecimento e o Parecer Normativo do TCM sobre o caso.

Mulher é presa suspeita de estuprar garoto de 12 anos em Conquista; crime foi filmado por dois menores



Foto: CIPE Sudoeste
Uma mulher foi presa suspeita de estuprar um garoto de 12 anos, na noite de segunda-feira (26), em Vitória da Conquista. Segundo a Polícia Militar, o crime foi filmado por dois adolescentes e o vídeo compartilhado em redes sociais. De acordo com a PM, a guarnição localizou a suspeita no bairro Henriqueta Prates após uma denúncia anônima. A mulher, conhecida como “Rosa Cigana”, confessou o crime e informou que dois menores de 12 e 17 anos participaram da filmagem do crime. Eles foram apreendidos. Conforme informações da polícia, os adolescentes foram localizados no bairro Urbis 5 e todos os envolvidos foram levados para a Delegacia de Vitória da Conquista. A suspeita vai responder pelo crime de estupro de vulnerável. *Com informações do G1

Unlabelled

O Deputado Sandro Régis , proponente da Audiência sobre a Cadeia Produtiva do Cacau


O Deputado Sandro Régis , proponente da Audiência sobre a Cadeia Produtiva do Cacau, tema esse, especificamente ligado a assuntos do agronegócio, convida a todos os produtores da região cacaueira e amigos para juntar-se a nós nesse debate que acontecerá no dia 03 de setembro, às 9h na comissão de agricultura da ALBA. .
#cadeiaprodutivadocacau #audiência # #coerênciaetrabalho #nossaforçavemdocampo

Reajuste do Fundo Partidário é vergonhoso, diz Kajuru Fonte: Agência Senado

Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Jorge Kajuru (Patriota-GO) criticou nesta terça-feira (27), em Plenário, o reajuste do Fundo Partidário, previsto no parecer da Comissão Mista de Orçamento (CMO) ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020 (PLN 5/2019).

O aumento do orçamento do fundo é da ordem de R$ 2 bilhões, cerca de 117% a mais que o valor distribuído no período eleitoral de 2018, ressaltou o parlamentar. O número de partidos que podem receber esses recursos, entretanto, diminui de 35 para 21, uma vez que 14 siglas não alcançaram votação suficiente para superar a cláusula de barreira.

Para Kajuru, essa medida é vergonhosa num país onde o salário mínimo, que é a fonte de sobrevivência da maioria da população, teve um reajuste de apenas 9% entre 2018 (R$ 954) e 2020 (R$ 1.040, segundo o mesmo projeto da LDO).

— Descobri algo que me deixou mais indignado ainda: o fundo partidário está incluído no rol das despesas que não serão objeto de limitação de empenho. O que isso significa? Trata-se de despesa que será mantida a todo custo, ao lado de itens como alimentação escolar, piso de atenção básica em saúde, ou seja, um absurdo. É de deixar qualquer um, minimamente ético, aturdido — disse.

Fonte: Agência Senado

Madeira nativa extraída ilegalmente é apreendida pela Cipe Cacaueira

Foto: Divulgação SSP
Uma carga de madeira extraída ilegalmente em área de Mata Atlântica foi apreendida por equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Cacaueira, na manhã desta terça-feira (27). A ação aconteceu no povoado de Pratigi, município de Ituberá (distante 166 km de Salvador). Dois metros cúbicos, aproximadamente, do material, entre pranchões, peças e barrotes, já estavam prontos para serem transportados.
Foto: Divulgação SSP
De acordo com o comandante da Cipe Cacaueira, major PM Ricardo Souza, a guarnição foi acionada pela Secretaria de Meio Ambiente da cidade. “A propriedade onde estava a madeira é de um rapaz conhecido como 'Macedinho', mas ele não foi localizado. Informações sobre o paradeiro dele podem ser repassadas através do telefone 181 (Disque Denúncia do interior)”, destacou.

Todo o material apreendido foi apresentado na Delegacia Territorial (DT) de Ituberá para adoção das medidas cabíveis.

Fonte: Ascom/Mariana Andrade

CIPM de Rio Real é homenageada pelo Dia do Soldado

Foto: Divulgação
Policiais da 6ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Rio Real receberam homenagem pelo Dia do Soldado na tarde última segunda-feira (26), de 465 alunos de escolas da rede municipal de ensino. Os estudantes apresentaram uma peça chamada Marcha Soldado e cantaram o Hino Nacional, o da Bahia e músicas alusivas a Polícia Militar. Originalmente, o Dia do Soldado é comemorado em 25 agosto.

“O sentimento é de gratidão, saber que o trabalho que estamos realizando está gerando efeito”, afirmou o soldado Samuel Souza de Jesus da 6ª CIPM, ressaltando que trabalham com prevenção e ações de cunho educativo. “É muito gratificante saber que nossas ações sociais estão se expandindo”, continuou.

Participaram da homenagem as Creches Tiradentes II, Divino, Diva Maria e Betel. Ainda segundo ele, a unidade também realiza o Projeto Soldado Noel, que tem o objetivo de estreitar o laço da comunidade escolar com a polícia.

Mais homenagens

Em Salvador, a patrulha tática da Base Comunitária de Segurança (BCS) do Calabar/Alto das Pombas fez uma visita à Escola Recanto da Cinderela, na Federação. Cerca de 115 crianças entre três e 11 anos receberam os policiais com chapéus e cantaram o hino nacional.

Policiais da BCS de Nova Cidade, em Vitória da Conquista, também foram homenageados por alunos do Centro Educacional Futuro Feliz e da Creche Bela Vista, ambas no município. As crianças entregaram certificados aos soldados, demonstrando gratidão e reconhecimento pelo trabalho diário.

A Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Cacaueira aproveitou a data para palestrar para as crianças do Centro Educacional Aurélio Santos, na cidade de Gandu, sobre a importância da profissão. No final do evento, um desfile cívico militar foi realizado com todos os alunos e professores.

Fonte: Ascom / Flávia Vieira

Bolsonaro se reúne com governadores da Amazônia Legal

Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro reúne hoje (27), no Palácio do Planalto, os governadores dos estados que compõem a Amazônia Legal para discutir o combate às queimadas na região. Na última sexta-feira (23), o governo autorizou uma operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO), que ganhou o nome de GLO Ambiental, e ontem (27) liberou R$ 38 milhões do orçamento do Ministério da Defesa, que estavam contingenciados, para as ações

Todos os nove estados da Amazônia Legal - Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas, Mato Grosso, Amapá, Pará, Maranhão e Tocantins - solicitaram adesão ao decreto da GLO e a ajuda das Forças Armadas para o combate ao fogo. A Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal apuram se houve ação criminosa nos incêndios que se intensificaram no início deste mês.

A reunião está marcada para as 10h. Participam os ministros da Defesa, Fernando Azevedo; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; da Secretaria-Geral, Jorge Antônio de Oliveira; e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
Ajuda internacional

Ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta terça-feira (27), Bolsonaro foi questionado sobre a ajuda de US$ 20 milhões (cerca de R$ 83 milhões) anunciada pelo G7 (grupo das maiores economias do mundo, que se reuniu nesse fim de semana e discutiu o tema) para ações na Amazônia e disse que só conversará sobre o assunto se o presidente da França, Emmanuel Macron, retirar os “insultos” que fez a ele.

“Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que ele fez à minha pessoa. Primeiro me chamou de mentiroso e depois, as informações que eu tive, de que a nossa soberania está aberta na Amazônia. Então para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar”, disse.

Atual presidente do G7, Macron declarou os incêndios na Amazônia uma emergência global e disse que pode não ratificar o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia devido às “mentiras” do presidente Bolsonaro quanto ao seu real comprometimento contra as mudanças climáticas e à preservação ambiental. O presidente francês também levantou a possibilidade de um status internacional para a Amazônia.

Ontem (27), o Palácio do Planalto indicou que pode rejeitar os recursos. Já o ministro Ricardo Salles afirmou que a ajuda é bem-vinda. O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, informou que o tema se encontra sob análise do Ministério das Relações Exteriores.

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil Brasília

Rui entrega unidades de saúde que somam investimentos de R$ 3 milhões em Candeias

Fotos: Manu Dias/GOVBA
A saúde foi destaque da agenda do governador Rui Costa, desta terça-feira (27), na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Em visita ao município de Candeias, nesta manhã, Rui entregou à população as novas unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e da Academia de Saúde.
Fotos: Manu Dias/GOVBA
“Mais um dia importante de entregas na área da saúde. O Caps, por exemplo, é um equipamento que tem grande relevância para o tratamento de pessoas que apresentam algum transtorno mental, com um conceito moderno de acolhimento. Outro objetivo do Caps, que também trata de pessoas com dependência química, é promover a inclusão e inserção de pacientes que possuem transtornos mais leves no ambiente familiar e na sociedade. Antigamente, todos os pacientes que apresentavam algum tipo de distúrbio psíquico, de qualquer grau, eram tratados da mesma forma, em internamentos que muitas vezes não eram adequados. Hoje em dia o tratamento é mais humano e cuidadoso”, explicou o governador.

Rui também falou sobre a iniciativa do Governo de construir equipamentos que fazem parte da rede básica de saúde, e entregar para as prefeituras administrarem. “O Estado está ajudando os municípios com entregas de unidades do Caps, Creas, Academias de Saúde, entre outras, porque entende que a atenção básica é fundamental para atender a população, principalmente nas cidades do interior”, ressaltou.

Centros

No bairro Pitanga, a obra do Caps, executada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), recebeu cerca de R$2,5 milhões em recursos. No local, serão tratados transtornos mentais severos e persistentes, com acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Trata-se de uma ação pensada para substituir, quando possível, internações em hospitais psiquiátricos.

No mesmo bairro, o Creas vai ofertar serviços especializados e continuados a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, como violência física, psicológica, sexual e tráfico de pessoas, e para cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto. A unidade recebeu um aporte de aproximadamente R$583 mil.

Academia de Saúde

Localizada no bairro Urbis II, a Academia de Saúde permite que a população participe de atividades físicas, incluindo ginástica, capoeira, jogos esportivos e populares, yoga, tai chi chuan, dança, além de práticas artísticas, a exemplo de teatro, música, pintura e artesanato. Na iniciativa, foram investidos mais de R$ 288 mil em recursos.
Vistoria

Também nesta terça-feira, Rui vistoriou as obras de contenção da encosta situada na Rua Cajueiro, no Centro de Candeias. Com conclusão prevista para setembro próximo, e executada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), a intervenção conta com um aporte superior a R$ 1,1 milhão. Estão sendo feitos os serviços de contenção em solo grampeado e alvenaria de Pedra, em 253 metros de extensão do terreno inclinado.

Visitas

Como costuma fazer nos municípios por onde passa, o governador Rui Costa visitou três unidades escolares em Candeias: os Colégios da Polícia Militar (CPM), o Polivalente de Candeias e o Estadual Luiz Viana.

Secom/GOVBA




Diplomacia brasileira deu um baile e Macron acabou isolado no G7

Embaixador Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A diplomacia brasileira deu um baile em Emmanuel Macron, antes e durante a reunião do G7 em Biarritz. A articulação que acabou isolando o presidente da França em seu discurso raivoso. Os principais parceiros do Brasil foram Reino Unido, Estados Unidos, Japão e até o Canadá, que pulou do barco de Macron. O êxito da operação foi comemorado no Planalto: na declaração final do G7, o presidente francês não conseguiu emplacar qualquer menção ao Brasil ou à Amazônia. Assim, uma montanha chamada Macron pariu um rato. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A operação coordenada pelo chanceler Ernesto Araújo atuou desde sexta (23) e mobilizou duas dezenas de craques na diplomacia.

A diplomacia brasileira, que desfruta de grande credibilidade, mostrou os excessos e as inverdades difundidas sobre a Amazônia. Deu certo.

Enquanto o chanceler conversava ao telefone com seus homólogos europeus, Bolsonaro telefonava a chefes de Estado e de governo.

Diário do Poder
Unlabelled

França oferece ‘doação’ à Amazônia, mas aplicou calote na Convenção do Clima

Presidente da França, Emmanuel Macron - Foto: Mario De Fina/Fotoarena/Folhapress
Já existem mecanismos previstos na Convenção do Clima, celebrado no âmbito das Nações Unidas, para ajudar na preservação da Amazônia, mas não se concretizaram em razão do calote de vários países ricos, inclusive a França. O calote é estimado em US$2,5 bilhões (equivalentes a R$10,3 bilhões) pelo governo brasileiro, na forma de créditos de carbono, estabelecidos no acordo de Kyoto, e o fundo verde do clima. Por essa razão, o Brasil decidiu não considerar a “iniciativa” risível da França de “doar” a ninharia de €20 milhões. Segundo o chanceler Ernesto Araújo, no âmbito da Convenção do Clima da ONU há “vários mecanismos para financiar o combate ao desmatamento e o reflorestamento”, mas a França não paga sua parte. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A França faz marketing divulgando que é signatária da Convenção do Clima, mas não paga sua parte no financiamento desses mecanismos.

A “doação” anunciada por Emmanuel Macron contém uma provocação contra o Brasil: o dinheiro será para ONGs, e escolhidas pela França.

O dinheiro prometido por Macron é tão irrisórios que nem sequer seria suficiente para adquirir um avião-tanque de combate a incêndios.

“A iniciativa da França nasceu morta”, sentenciou destacado diplomata que está na linha de frente das ações do Brasil na polêmica.

Fonte: Diário do Poder

Queimadas elevam temor do Planalto com Sínodo

Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão
Às vésperas do Sínodo da Amazônia, o Planalto demonstra desconfiança em relação ao encontro que ocorrerá, em Roma, entre 6 e 27 de outubro. Na semana passada, o governo enviou um novo embaixador para o Vaticano, o diplomata Henrique da Silveira Pinto, que já foi instruído a conversar com representantes da Santa Sé sobre as preocupações com possíveis críticas ao Brasil. Em entrevista ao Estado, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, ressaltou que foram realizadas várias reuniões com representantes da Igreja, mas não esconde que o Palácio do Planalto espera que o Sínodo se limite a questões religiosas.

O incômodo do governo aumentou em razão de um périplo pelo rio Amazonas, iniciado em julho, de um barco-hospital da Diocese de Óbidos, iniciativa financiada por entidades religiosas de São Paulo. Batizada de Papa Francisco, a embarcação tem feito atendimentos da saúde a populações carentes do Baixo Amazonas, no Pará. O governo afirma que faz rotineiramente esse atendimento humanitário às populações ribeirinhas, com pelo menos cinco embarcações, em diversos braços fluviais na região.

A presença desse barco, neste momento, é encarada como uma forma de fazer propaganda da Igreja em atendimento a populações desassistidas. Embora reconheça dificuldades e carências da região, o governo pretende reagir caso o périplo do barco sirva para que a Igreja dê a entender que não há assistência do Estado na Amazônia.

Ao levar a assistência aos ribeirinhos, d. Bernardo Bahlmann, presidente do Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse que a iniciativa partiu de um chamado do papa Francisco para uma maior atenção sobre a região. A ideia do barco-hospital surgiu diante “da necessidade do nosso povo, o abandono do nosso povo no Oeste do Estado do Pará e, sobretudo, a fragilidade da saúde na nossa região da Amazônia”, afirmou o bispo.

Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro disseram que aumentou a preocupação com o tom do documento a ser produzido pelo Sínodo, em meio às críticas sobre o aumento das queimadas, a demora em ação no combate ao fogo e o crescimento do desmatamento. Quando indicado ao cargo, o embaixador Silveira Pinto apontou problemas em documentos preparatórios do Sínodo. Segundo ele, os textos continham “ideias e conceitos” que causaram preocupação. O governo espera que o documento final, por tradição do Vaticano, não cite nominalmente governos e políticas públicas.

Soberania. O incômodo do governo é com a possibilidade de que haja tentativa de interferência em políticas públicas e ameaças à soberania. O ministro Augusto Heleno, mesmo usando um discurso conciliador, demonstra sua preocupação. “A nossa expectativa é de que não haja problema para o governo e nem nenhum desentendimento com a Igreja”, declarou. “Nós temos promovido ótimas reuniões com o Sínodo, não só aqui, mas em Roma, e está se encaminhando para se ter uma atividade dentro do que foi previsto, que não vai exceder os limites do que a Igreja se propôs a fazer. É o que nós esperamos.”

Estadão

Câmara age contra vetos à Lei de Abuso

Foto: Luís Macedo/Agência Câmara
A pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o relator do projeto que trata da lei de abuso de autoridade, deputado Ricardo Barros (PP-PR), preparou parecer em resposta às pressões para que o presidente Jair Bolsonaro vete a proposta. O documento será entregue a deputados para que rebatam os argumentos de procuradores e do ministro da Justiça, Sérgio Moro, que defenderam vetos a alguns artigos. O parlamentar afirmou ao Estado que, por enquanto, só há acordo fechado para aceitar veto a artigo que prevê punição a agentes públicos por uso de algemas quando o preso não apresentar risco. Segundo ele, a Casa “também está avaliando” mudanças no artigo 43, que cria punições penais a juízes e outros agentes públicos que impedirem o exercício da advocacia. Hoje, a lei prevê apenas sanções administrativas.

No domingo, dezenas de cidades registraram manifestações que cobraram do presidente o veto na íntegra ao projeto sobre abuso de autoridade, aprovado na Câmara no dia 14. Convocados por grupos como o Vem Pra Rua e o Nas Ruas, os atos foram marcados também por ataques ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso. O Estado apurou que os atos sensibilizaram o presidente, que sinalizou a interlocutores a intenção de vetar mais de um artigo da proposta, não apenas o que trata do uso de algemas. O número, porém, não deve chegar aos nove artigos defendidos por Moro. Ao ser questionado sobre a pressão para que Bolsonaro derrube trechos do texto, Maia sinalizou que o Congresso poderá rever a decisão presidencial. “Cabe ao presidente, de forma democrática, decidir se veta ou não. O ciclo do processo legislativo é importante que seja respeitado. Vetando, cabe ao Parlamento derrubar os vetos. Democracia é assim”, afirmou Maia.

Nesta segtunda-feira, 26, ele se reuniu com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, na residência oficial, onde, segundo interlocutores, deixou claro que o Congresso está disposto a discutir os vetos, mas não vai “admitir” a derrubada completa do projeto. Bolsonaro tem até o dia 5 de setembro para decidir se veta ou não o projeto. Para derrubar um veto presidencial, são necessários 41 votos no Senado e 257 votos na Câmara. Um grupo de parlamentares contrários ao projeto recolhe assinaturas para manifesto que pede ao presidente o veto integral à proposta. Até o momento, menos de 100 deputados e 32 senadores de 11 partidos aderiram.

Líderes de partidos ouvidos pelo Estado indicam que não aceitarão um eventual veto de Bolsonaro que desconfigure o projeto. “Nós não vamos aceitar veto nenhum”, afirmou o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP). O deputado Elmar Nascimento (BA), líder do DEM, é menos inflexível e, embora defenda o texto aprovado no plenário, afirmou ser preciso ter cautela. “O Congresso avaliou a matéria e o momento é o de esperar pelo tempo do Poder Executivo.”

Estadão



Se inserir ICMS, reforma tributária fica mais 20 anos, diz senadora

Divulgação/TVbrasil
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), fez um alerta sobre a votação da reforma tributária, em tramitação no Congresso. Ela acredita que a matéria pode avançar rapidamente, desde que não seja inserida a mudança para tributar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no estado de consumo. “Se quisermos colocar ICMS neste momento, nós podemos ficar mais 20 anos discutindo”, afirmou. 

Em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, no programa Impressões, que vai ao ar nesta terça-feira (27), às 23h, na TV Brasil, Simone Tebet defendeu que os parlamentares entreguem uma reforma que mexa primeiro com a unificação dos impostos federais e desburocratize, deixando para o ano que vem a discussão sobre o que fazer com o ICMS. 

“Nós temos dois Brasis, o que produz e o que consome. Esses Brasis nunca vão se encontrar num consenso se o bolo tributário é um só. Na hora de dividir, um perde e outro ganha”, observa, lembrando que ao longo das últimas décadas foi justamente esse ponto que sempre travou a reforma. 

Para a presidente da CCJ é fundamental que os deputados e senadores se debrucem sobre a proposta do governo federal e alterem os pontos necessários. “Eu não conheço uma reforma tributária, mesmo as minirreformas, que não tenham saído em sua essência do chefe do Executivo. Porque são eles que têm os números. Isso não significa que nós vamos chancelar essa reforma. Significa uma sinalização do que é possível e qual reforma, em princípio, o governo quer. Aí sim, tanto a Câmara quanto o Senado colocam musculatura nesse esqueleto”, ressaltou.

A senadora destacou a necessidade de avançar em várias matérias ao mesmo tempo, para impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) e gerar empregos no país. Ela comemorou a aprovação da MP da Liberdade Econômica e disse que é quase tão importante quanto a reforma tributária, “porque desburocratiza as relações de negócios no Brasil”. Simone Tebet acredita que entre 60 e 90 dias o país já sentirá os efeitos dessa MP, com a criação de novas empresas e vagas de trabalho.

No momento, segundo ela, o calendário da CCJ está centrado na reforma da Previdência. Nesta semana, a comissão começa a discutir o relatório que será apresentado pelo senador Tasso Jeireissati (PSDB-CE). Após aprovação na CCJ, o debate vai ao plenário e há prazos regimentais a cumprir. Com isso, Simone afirma que “10 de outubro é um prazo extremamente razoável (para a reforma estar promulgada)”. 

Na entrevista à TV Brasil, a presidente da CCJ também manifestou preocupação com o projeto de lei de abuso de autoridade, falou sobre os desafios políticos do país num momento de extremismos e da importância do MDB para unir forças de centro-direita e centro-esquerda. A senadora ainda conta detalhes do seu dia a dia como parlamentar, mãe e esposa.

Por Roseann Kennedy - Repórter da TV Brasil Brasília

Destaques