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Enem 2019: Secretaria de Educação de Ipiaú alerta para abertura dos portões, início e término das provas


Face a necessidade de serem assegurados o silêncio e a tranquilidade para os participantes do ENEM, assim como a mobilidade e o acesso aos locais, o Secretário de Educação, Alan Márcio Vitorino, solicita o apoio dos moradores das proximidades das escolas que servirão como locais de aplicação das provas. Alan pede que, eventos agendados paras as referidas datas sejam remarcados, ou transferidos de local, de modo a viabilizar a aplicação, com a garantia de realizar seguro e exitoso exame, evitando possíveis tumultos ou demais ocorrências. 

Confira abaixo as datas e horários da aplicação do Enem 2019:

Prova A - 3 de novembro

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Redação

Ciências Humanas e suas Tecnologias

Duração: 5 horas e 30 minutos

12h – Abertura dos portões

13h – Fechamento dos portões

13h a 13h30 – Procedimentos de segurança na sala de prova

13h30 – Início das provas

19h – Término das provas em 3/11

Horário de Brasília

Prova B - 10 de novembro

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Matemática e suas Tecnologias 

Duração: 5 horas

12h – Abertura dos portões

13h – Fechamento dos portões

13h a 13h30 – Procedimentos de segurança na sala de prova

13h30 – Início das provas

18h30 – Término das provas em 10/11

Horário de Brasília

Locais de prova em Ipiaú:

Colégio Dom Bosco

Colégio Montessoriano de Ipiaú

Escola Municipal Adélia Matta

Centro Integrado de Ensino Professor Altino Cosme de Cerqueira

Colégio Municipal Ângelo Jaqueira

Colégio Municipal Professora Celestina Bittencourt

Completo Integrado de Educação de Ipiaú
 
Colégio Estadual de Ipiaú

Escola Municipal Professora Leovícia Andrade

UNEB 

(Rahiana Costa / Dircom Prefeitura)

Adolescente são apreendidos em Ipiaú por terem cometidos "Ato Infracional" de furto em uma academia de uma Clinica da Cidade

Fotos: Divulgação/PM
Após o furto cometido numa Academia em uma Clínica na cidade, polícias militares da do Setor de Inteligência da 55ª CIPM passaram a acompanhar, através das imagens referente ao fato, a fim de localizar os suspeitos.

Na rua Amâncio Félix foram encontrados 03 (três) adolescentes que se assemelhava com os das imagens. Ao ser indagados a cerca do furto, eles assumiram a autoria do delito, apontaram o quarto participante na ação e apontaram também os lugares onde os produtos do furto estavam escondido.

O conselho tutelar foi acionado para acompanhar a apresentação dos menores.

Infratores: F. S. A. (13), M. V.A.da S. (13), J.V.de J.S. (14), H. de S. L. (14)

Material recuperado: 01 par de luva de boxe, 01 celular Samsung preto, 01 notebook Samsung branco

04 camisas Reebok, 01 grips de luva de box, 01 carregador azul de celular, 01 carregador branco de celular.
Os suspeitos envolvidos e os produtos recuperado do furto foram encaminhados a Delegacia de Ipiaú. 

Informações: Ascom/55ª CIPM, Braço Forte da Lei e da Ordem no Médio das Contas

Bolsonaro pede desculpas ao STF após vídeo: ‘Foi uma injustiça’

Foto: Antonio Cruz /Agencia Brasil 
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta terça-feira (29) que o vídeo em que se compara a um leão sendo atacado por hienas foi um “erro” e pediu desculpas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Me desculpo publicamente ao STF, a quem por ventura ficou ofendido. Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação”, afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo durante viagem à Arábia Saudita.

“O vídeo não é meu, esse vídeo apareceu, foi dada uma olhada e ninguém percebeu com atenção que tinham alguns símbolos que apareciam por frações de segundos. Depois, percebemos que estávamos sendo injustos, retiramos e falei que o foco (nas redes sociais) são as nossas viagens”, acrescentou.

Bolsonaro abandona entrevista após pergunta sobre crítica de Celso de Mello

Foto: Alan Santos/PR
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) abandonou uma entrevista à imprensa brasileira ao ser questionado sobre a crítica do ministro decano do STF (Supremo Tribunal Federal), Celso de Mello, a um vídeo postado em seu perfil oficial no Twitter que criticava a corte.

Segundo o portal UOL, o episódio ocorreu nesta terça-feira (29), após deixar o hotel onde está hospedado em Riade, capital da Arábia Saudita, para compromisso com membros da realeza saudita. Na ocasião, Bolsonaro comentou sobre as expectativas da visita oficial e do jantar de segunda (28) à noite com o príncipe herdeiro do país, Mohammed bin Salman. Quando um repórter fez menção a Celso de Mello, o presidente interrompeu a entrevista e se retirou do local.

Leão e hienas

Em vídeo publicado no Twitter, Bolsonaro é comparado a um leão cercado por hienas, batizadas com os nomes de quem o presidente considera ser seus inimigos que o atacam.

Entre eles estão o STF, o próprio PSL, veículos de imprensa, movimento feminista, ONU (Organização das Nações Unidas), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), MBL (Movimento Brasil Livre), Greenpeace, lei Rouanet, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e partidos de oposição ao governo, como PT, PSDB e PCdoB. Após críticas, o vídeo foi deletado da conta pessoal do presidente.

Em nota, Celso de Mello classificou o comportamento como uma “absoluta falta de ‘gravitas’ e de apropriada estatura presidencial”.
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Prefeitura de Ipiaú prossegue recuperando pavimentação em diversas ruas


A Secretaria Municipal de Infraestrutura, através da Diretoria de Obras, visando melhorar as condições de tráfego em diversas vias de Ipiaú, continua realizando a operação tapa-buracos. O trabalho já resultou na recomposição de diversos trechos da pavimentação à paralelepípedo, em localidades do centro e dos bairros da cidade.

Neste mês de outubro, foram quase 100 metros de piso recuperados nos seguintes locais: Rua Alfredo Brito, em frente à Brasilgás; Rua Anchieta, em frente à Clínica Odontológica; Rua Borges de barros, em frente à Oficina Mecânica; Avenida Contorno, em frente à Academia Saúde e Vigor; Rua Juracy Magalhães, em frente à Clifi; Rua Gildésio Barreto (Bairro Antônio Lourenço) em frente ao Bar de Vladimir; Rua G (Bairro Constança), próximo ao Supermercado Matos; Avenida João Manga( Bairro ACM), próximo à escola Edevaldo Santiago e ao campo de futebol. Também foram recompostos trechos dos pavimentos da Avenida Água Branca, Rua Celso Barreto, Ruas B, F e H (Bairro Constança), Rua Emília (Sítio do Pica-pau) e Loteamento Jardim Alvorada. A operação tem continuidade em novembro e nos meses seguintes. (José Américo Castro/Dircom Prefeitura)
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Imposto único elevará mensalidade escolar e plano de saúde, dizem empresas

Foto: Wether Santana/Estadão
Representantes de hospitais, planos de saúde e escolas particulares se dizem prejudicados pela criação de um imposto único sobre bens e serviços e pressionam deputados e senadores a alterarem as propostas de reforma tributária que tramitam no Congresso.
Quase 40 emendas, mais de 10% das 350 apresentadas aos projetos da Câmara (PEC 45) e do Senado (PEC 110), se referem a esses setores, segundo levantamento feito pela equipe escritório Bichara Advogados a pedido da Folha.
Para os gestores dessas áreas, as propostas de unificação de tributos da Câmara e do Senado elevam a carga de impostos dessas empresas e levarão ao aumento nos preços de serviços como mensalidades escolares e planos de saúde, de até 20%, que seria o percentual estimado de aumento da carga tributária desses serviços.
Entre as emendas apresentadas por parlamentares, sugeridas pelos dois setores, está a adoção de uma alíquota menor para as áreas educação e saúde no IBS (Imposto sobre Bens e Serviços, uma espécie de IVA, que surgirá a partir da fusão de cinco tributos que recaem sobre o consumo). Outra emenda prevê a compensação por meio da desoneração total da folha de pagamento desses setores.
Como as propostas de reforma preveem manter a carga tributária total no nível atual, a redução de alíquota para um setor terá de ser compensada por um imposto maior para os demais.
“Podemos trabalhar com essas duas alternativas. O setor de serviços não tem como se desonerar, como a indústria tem. O nosso grande custo é folha de pagamento”, afirma Breno Monteiro, presidente da CNSaude (Confederação Nacional de Saúde).
Monteiro diz que o setor paga hoje, em média, cerca de 9% considerando os tributos tratados nas propostas do Congresso. Por isso, pede que uma alíquota 60% menor do IBS. Se o tributo for de 25%, com estimado pelos autores da proposta, o setor pagaria 10%.
Na Câmara, há várias emendas nesse sentido, que visam modificar o texto na comissão especial que trata do assunto. No Senado, o relator do texto, que está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, já atendeu à demanda e propôs uma alíquota diferenciada para as duas áreas.
O argumento desses setores é que a alíquota nominal será de 25% para todas as empresas, mas a alíquota efetiva será menor para quem puder gerar mais créditos tributários, o que beneficiaria, principalmente, a indústria.
Isso porque o novo sistema tributário prevê que o imposto pago sobre insumos seja devolvido ao contribuinte, que será tributado apenas sobre o valor que agregar ao produto. No caso dos serviços, os créditos podem ficar restritos, por exemplo, a despesas com energia elétrica.
“É pouco valor para se creditar. Estamos propondo a desoneração total do setor, pedimos isenção ou uma tabela diferente. Tanto no Senado como na Câmara nossas emendas são nesse sentido”, afirma Ademar Batista Pereira, presidente da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares).

Folha de S.Paulo
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Tensão entre Fernández e Bolsonaro deve alterar normas do Mercosul

Alberto Fernandez:Reprodução/Twitter
A tensão entre Jair Bolsonaro e o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, deve alterar normas do Mercosul, na avaliação de diplomatas e especialistas. A visão mais protecionista de Fernández contrasta com as políticas liberalizantes do governo brasileiro. Diante do alto grau de interdependência econômica, ajustes serão necessários.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Brasil descarta a redução imediata da Tarifa Externa Comum (TEC) na próxima reunião do bloco, em dezembro, pouco antes da posse de Fernández. A intenção é que a tarifa cobrada sobre produtos de fora do Mercosul, hoje em 14% em média, fosse reduzida pela metade ao fim de períodos de quatro, seis ou oito anos, dependendo do setor econômico. Agora, o compasso é de espera para ver a direção que toma a Argentina.

Já em relação aos acordos comerciais, a previsão é que as negociações já em curso continuem – estão em andamento tratados com Canadá, Cingapura e Coreia do Sul. A saída do Brasil do Mercosul, segundo fontes do governo, está descartada. Se a Argentina for intransigente, a hipótese mais provável é negociar a flexibilização do bloco, para transformá-lo no que vem sendo chamado de “Mercosul Flex” – e abandonar a ideia de união aduaneira, como é hoje.

Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, prevê uma relação fria entre os dois, mas não acredita que Fernández coloque entraves no acordo de livre-comércio com a União Europeia, que criticou em junho. “Era um discurso eleitoral. A Argentina quer o acordo tanto quanto o Brasil. Eles têm interesse em vender produtos agrícolas para a Europa”, disse.

Um eventual afastamento, segundo Barral, afetaria produtos brasileiros industrializados, especialmente nos setores automotivos, calçadista e têxtil. “A Argentina é um dos poucos países para o qual temos exportação de industrializados, justamente por conta do Mercosul. Não há outro mercado para o qual o Brasil pode exportar rapidamente produtos industriais.”

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, lembra que o comércio entre os dois países caiu muito neste ano com a crise argentina. Segundo ele, Brasil e Argentina já têm “problemas suficientes” e cita as negociações entre EUA e China, que podem obrigar os chineses a comprar mais produtos americanos, afetando exportações argentinas e brasileiras. “Não adianta os presidentes trocarem farpas. Ideologia é uma atividade abstrata que não aumenta exportações. O que exportamos são bens e serviços.”

A tensão também preocupa diplomatas. Juan Pablo Lohle, ex-embaixador argentino no Brasil, diz que nunca viu tanta animosidade entre líderes dos dois países na história recente. “Se Bolsonaro quer abrir o Mercosul, é uma posição respeitável, mas que não deveria ser discutida pela imprensa”, afirma.

Recentemente, Bolsonaro sugeriu “afastar” a Argentina do bloco, caso Fernández travasse a abertura comercial. Para Lohle, o desfecho da briga depende do resultado de outras eleições na região. “Precisamos ver o que ocorre no Uruguai, pois pesquisas apontam que a Frente Ampla (esquerda, no poder há 15 anos) pode perder. A tendência seria os uruguaios costurarem essa relação ”

Para Jorge Hugo Herrera Vegas, também ex-embaixador no Brasil, declarações atravessadas podem causar transtornos reais. “A relação entre os dois países é de Estado, não de governos. Desde 1983”, lembrou.

Nesta segunda-feira, 28, Bolsonaro voltou a criticar Fernández, que pediu a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante discurso em Buenos Aires. “Lamento. Não tenho bola de cristal, mas acho que a Argentina escolheu mal”, disse o brasileiro durante visita aos Emirados Árabes. “O primeiro ato do Fernández foi ‘Lula livre’, dizendo que está preso injustamente. Já disse a que veio.”

O que pode conter o duelo é a interdependência econômica. A Argentina é o quarto maior parceiro comercial do Brasil, atrás de China, EUA e UE. “Não há dúvida de que eles não se entendem, mas a realidade dos países se sobrepõe às vontades individuais”, disse o ex-embaixador brasileiro na Argentina José Botafogo Gonçalves. “A interdependência é grande.”

De acordo com ele, o Mercosul precisa se atualizar por outra razões. “A TEC tem de mudar – e nisso o Paulo Guedes tem razão. Precisamos de novas regras aduaneiras, para passarmos de uma zona de proteção para uma zona de competição.”

Estadão Conteúdo

Após Carlinhos Maia rabiscar obra de arte, autora promete entrar na Justiça contra ele

Foto: Arquivo Pessoal/Instagram
O digital influencer Carlinhos Maia se envolveu em mais uma polêmica nesta segunda-feira (28). O humorista rabiscou uma obra de arte em um hotel onde ficou hospedado em Aracaju (SE).

A imagem foi publicada em seus stories do Instagram, dizendo ser um presente dele aos fãs que se hospedassem naquele quarto. Mas o “rabisco” não foi nada bem visto pela artista plástica Lau Rocha, autora da obra. Em suas redes sociais, ela avisou que vai acionar a Justiça contra o comediante por vandalismo.

“Com tristeza e indignação, recebi a notícia de que uma das minhas obras foi vandalizada e exposta em uma rede social, por pessoa que aparenta ter influência na juventude deste país. Foi um choque ver o descaso da pessoa em questão pelo meu sentimento expressado na obra. Não autorizei a vandalização, que feriu minha alma e me expôs de maneira absolutamente constrangedora”, escreveu.

E continuou: “Estou tomando as providências legais para reparação do dano e para que se compreenda que há um limite para a banalização da arte, que creio ser uma das mais importantes formas de transformação social”.

Carlinhos Maia respondeu dizendo que a obra foi comprada pela dona do hotel, de quem ele disse ser amigo. Ele revelou também que essa moça o havia autorizado a rabiscar dois olhos e uma boca e publicar na internet.

CPI de Brumadinho pede indiciamento de ex-presidente da Vale e mais 21 por homicídio doloso

Foto: Reprodução / Agência Brasil
O relatório final da CPI de Brumadinho da Câmara dos Deputados pede o indiciamento por homicídio doloso e lesão corporal dolosa --quando há intenção de cometer esses crimes-- de 22 diretores da Vale, engenheiros e terceirizados, incluindo o ex-presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, em virtude do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).

Ocorrido em 25 de janeiro passado, o rompimento matou 252 pessoas e deixou outras 18 desaparecidas, além de provocar destruição ambiental e a contaminação do rio Paraopeba.

O relatório também pede o indiciamento da Vale e da Tüv Süd Bureau de Projetos e Consultoria Ltda por inúmeros crimes ambientais. O documento diz que Schvartsman, que deixou o cargo em meio ao escândalo do rompimento, "tinha plena ciência da necessidade de se adotar medidas urgentes para o aumento da segurança nas barragens situadas na zona de atenção".

O documento de 595 páginas assinado pelo relator, Rogério Correia (PT-MG), foi protocolado neste final de semana na Câmara dos Deputados e deverá ser analisado e votado em sessão da CPI marcada para terça-feira (29), em Brasília. O relatório poderá ser modificado ou aprovado na íntegra pelos outros parlamentares. Os indiciamentos propostos pelas CPIs são conclusões do Parlamento, mas dependem de Ministério Público e Judiciário para terem consequência penal, em processos a serem abertos ou já em andamento.

A CPI foi criada na Câmara em 14 de março passado por ato do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e sob a presidência do deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Ela foi instalada em 25 de abril e realizou 23 reuniões. O rompimento também já foi alvo de outras quatros CPIs: no Senado, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e nas Câmaras de Vereadores de Belo Horizonte de Brumadinho.

O relatório final descreve medidas que a Vale deveria ter tomado e não tomou para evitar o rompimento e o alto número de mortos e desaparecidos, como agir a respeito da "crucial característica da Mina Córrego do Feijão --que salta aos olhos de qualquer pessoa-- é que o refeitório e a área administrativa, entre outras estruturas, estavam localizados pouco mais de 1 km" da barragem que se rompeu. Nas dependências administrativas da mina morreu a maioria dos seus empregados no rompimento de janeiro.

"Nos 17 anos seguintes à aquisição [da mina] da Ferteco, a Vale, simplesmente, não se preocupou em relocar tais estruturas para sítio mais seguro, mesmo com seguidos indícios de que a saúde da barragem B1 não ia bem", diz o relatório final.

O documento diz que diversos depoimentos prestados à CPI demonstraram que "desde 2017, pelo menos, já se sabia que o fator de segurança da barragem estava abaixo de 1,3, valor recomendado internacionalmente, habitualmente aceito pela Vale e considerado seguro para condições não drenadas". Segundo o relatório, os estudos de uma empresa contratada pela Vale "demonstraram valores do fator de segurança da [barragem] B1 em torno de 1,06, mesmo quando se utilizavam diferentes metodologias de cálculo".

O relatório também ressalta que "as sirenes localizadas na região da Pousada Nova Estância e do Parque da Cachoeira tampouco foram afetadas pela avalanche de lama e poderiam ter salvado muitas vidas, caso tivessem sido acionadas".

O documento analisa o longo processo que ocorreu até o rompimento da barragem, pontuando momentos em que a Vale soube ou foi informada sobre problemas que deveriam ter feito acender a luz vermelha da empresa.

"Falhas que levam à ruptura em estruturas geotécnicas, salvo em casos de eventos catastróficos, como os terremotos, por exemplo, não acontecem repentinamente. Pelo contrário, elas vêm se desenhando ao cabo de um período de tempo considerável e dão sinais de que poderão vir a acontecer, caso medidas preventivas ou remediadoras não sejam efetivadas a tempo. Essas falhas são influenciadas por uma série de fatores que incluem desde a localização da estrutura, a concepção de seu projeto (design), sua construção, sua operação, seu monitoramento e sua desativação ou descomissionamento", diz o relatório final.

Para o relator, "cai por terra o argumento da Vale" de que a barragem era "bem instrumentada e bem monitorada". "Embora essa barragem fosse dotada de uma quantidade significativa de instrumentos de auscultação, estes não estavam adequadamente posicionados e nem cobriam as multicamadas do rejeito; tanto é que foi indicado que novos piezômetros multiníveis [medidores] deveriam ser instalados. É verdadeiramente alarmante que, diante de tamanhas incertezas relativas à barragem B1, as quais foram apresentadas ao longo deste relatório, a estabilidade da estrutura tenha sido declarada", diz o documento.

O relatório final também questiona o modo pelo qual a Vale conseguiu a licença ambiental para operar o aproveitamento de rejeito da barragem do Córrego do Feijão. Segundo o documento, a licença "foi emitida sem que a empresa tivesse detalhado todo o projeto de descomissionamento e baseada em um EIA [Estudo de Impacto Ambiental] defasado, de 2014, que não continha as informações atuais da barragem e do projeto de descomissionamento da estrutura que englobava a retirada de rejeito". Para o relator, a empresa "conduziu o licenciamento ambiental do projeto de expansão das Minas Córrego do Feijão e Jangada de forma fraudulenta, o que é tipificado como crime ambiental".

OUTRO LADO

Procurada pela reportagem, a Vale disse que não teve acesso ao relatório final da CPI. "A empresa considera fundamental que haja uma conclusão pericial, técnica e científica sobre as causas do rompimento da barragem B1 antes que sejam apontadas responsabilidades. A Vale e seus empregados permanecerão colaborando ativamente com todas as autoridades competentes e com os órgãos que apuram as circunstâncias do rompimento", informou a empresa.

O ex-presidente Fabio Schvartsman obteve uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e não compareceu para depor à CPI, sob o argumento de que já havia dado explicações à Câmara, em outro momento. Votaram para permitir o não comparecimento de Schvartsman os ministros Gilmar Mendes, relator do caso, e Celso de Mello. Segundo o relatório final, "ao prestar declarações à Polícia Civil de Minas Gerais, o ex-presidente da Vale alegou que não tinha conhecimento de nenhuma anomalia na estrutura da barragem B1. Atribuiu responsabilidade a seus subordinados e à [consultoria] Tüv Süd, asseverando, ainda, que qualquer pessoa que tivesse ciência de eventuais anomalias deveria reportar o problema"

Reunião entre Neto e Lupi avalia alianças entre DEM e PDT de olho nas capitais e em 2022

Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias e Divulgação / PDT
Presidente nacional do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto, terá uma reunião com o chefe do PDT, Carlos Lupi, nesta semana, em Brasília. Ambos discutirão possíveis alianças em outros estados do Brasil. No entanto, de acordo com o gestor soteropolitano, isto não deve acontecer no primeiro momento, embora ele não descarte a possibilidade.

“Não significa dizer que haverá aliança na Bahia ou em Salvador. Nós estamos com uma conversa nacional, que, eventualmente, poderia até, em algum momento, se estender para o plano local. Mas, por enquanto, faremos uma conversa mais ampla em aspecto nacional”, explicou, em entrevista ao Bahia Notícias.

Neto afirma “não ter nenhuma restrição ao PDT”. "Muito pelo contrário. Acho que o partido tem bons quadros e, de fato, esse diálogo vai acontecer”, pontuou.

Lupi comunga com o discurso de Neto. O presidente nacional pedetista diz “não ter preconceito com nenhum partido”. “Nós não estamos fechados a diálogo com ninguém. Por exemplo: fui ao Mato Grosso. Lá, o governador é do DEM, o vice é do PDT. Lá tenho uma aliança configurada. Vai depender muito da circunstância, da realidade local, desse quadro que a gente está avaliando”, indicou.

Não é o primeiro encontro entre Lupi e Neto em outubro. Os dirigentes tiveram uma conversa informal durante o encontro nacional de presidentes e líderes de partido, em Brasília, na última semana. Em Salvador, o pedetista também teve um encontro com o governador Rui Costa (PT). “Somos aliados. Ele sempre tratou a gente com muito respeito, muito carinho. Nós fomos conversar um pouco com ele sobre o quadro estadual e nacional”, disse Lupi.

Conforme apurado pelo BN, esta aliança deve permanecer, inclusive com anuência de Neto. Segundo os correligionários do prefeito, com a filiação do secretário Leo Prates (Saúde) ao PDT, a intenção é ter a sigla de Lupi como "aliada formal" mesmo que a legenda não rompa com a base petista. Na capital baiana, o vereador Odiosvaldo Vigas (PDT) já integra a base do prefeito (leia mais aqui). 

VISITA A SALVADOR
A conversa de Lupi com o Bahia Notícias não se resumiu ao encontro com o prefeito soteropolitano. Ele revelou uma conversa inicial com o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani. A pauta: prefeitura de Salvador. 

O dirigente pedetista também comentou sobre a suspensão dos deputados que votaram a favor da reforma da Previdência (leia mais aqui) e falou sobre o voto da senadora Kátia Abreu, que votou pela aprovação do texto (leia mais aqui).
por Matheus Caldas/Bahia noticias

Entenda como são elaboradas as questões do Enem

EBC
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começa a ser aplicado neste domingo (3) para, aproximadamente, 5,1 milhões de participantes, que farão provas de ciências humanas, linguagens e redação. O exame continua no dia 10, com provas de matemática e ciências da natureza. Todos as questões são elaboradas por especialistas e pré-testadas antes de integrarem o chamado Banco Nacional de Itens (BNI).

A prova de redação é a única prova subjetiva. As demais quatro provas terão 45 questões de múltipla escolha cada. Essas questões foram escolhidas a partir do BNI.

Os itens do Enem são elaborados por especialistas selecionados por meio de chamada pública do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Eles devem seguir a matriz de referência, guia de elaboração e revisão de itens estabelecidos pelo Inep. Após escritos, os itens passam, então, por revisores e depois por especialistas do Inep.

Finalmente, os itens são pré-testados em aplicações feitas em escolas. O processo é sigiloso e os estudantes não sabem que estão respondendo a possíveis questões do Enem. Com a aplicação, avalia-se a dificuldade, o grau de discriminação e a probabilidade de acerto ao acaso da questão. Os itens aprovados passam a compor o BNI, que fica disponível para aplicações futuras do Enem.

Esse banco, segue um protocolo de segurança. Todos os servidores e colaboradores com acesso aos itens assinam termos de sigilo e confidencialidade. No caso do Enem, assinam também uma declaração de não impedimento, para assegurar que não possuem relações de parentesco, que configuram nepotismo.

O BNI é acessado no Ambiente Físico Integrado Seguro, localizado na sede do Inep, em Brasília, apenas por pessoas autorizadas. O ambiente é completamente isolado, possui salas que só podem ser acessadas pelo uso de digitais e computadores sem acesso à internet ou à intranet da autarquia.

Todo o processo de captação, elaboração e revisão de itens para compor o Enem e outros exames do instituto ocorre nesse espaço. Não se sabe ao certo quantas questões compõem o banco do Enem, pois a informação que é sigilosa.
Revisão dos itens

Neste ano, no BNI entrou em evidência por conta de uma medida do Inep, de revisar as questões. A autarquia criou uma comissão para definir o que não seria usado no Enem 2019.

De acordo com nota técnica publicada pela autarquia, a comissão, criada no dia 20 de março deste ano, deveria "identificar abordagens controversas com teor ofensivo a segmentos e grupos sociais, símbolos, tradições e costumes nacionais" e, com base nessa análise, recomendar que tais itens não fossem usados na montagem do exame deste ano.

A comissão concluiu o trabalho no começo de abril. No entanto, pelo caráter sigiloso do BNI, o resultado não foi divugado. O Inep esclareceu que como a elaboração de um item é um processo longo e oneroso, nenhum item será descartado. Eles poderão ser posteriormente adequados.
Mudanças na prova

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que o Enem não deverá ter mudanças substanciais já que as questões que serão usadas no exame deste ano “já estavam no banco de itens, então, não há nenhum tipo de direcionamento na prova”. A orientação da atual gestão foi, segundo ele, evitar polêmicas.

Também à EBC, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que o Enem terá como foco conhecimentos objetivos. A preocupação do Ministério da Educação (MEC), de acordo com o ministro, será selecionar os melhores alunos para ocupar as vagas no ensino superior. “Não vai cair ideologia, a gente quer saber de conhecimento científico, técnico, de capacidade de leitura, de fazer contas, de conhecimentos objetivos”.

Tanto o presidente do Inep, quanto o ministro da Educação garantiram que não tiveram acesso ao exame.

O Enem é atualmente a principal forma de acesso ao ensino superior no Brasil. Com as notas do exame, estudante podem pleitear vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), concorrer a bolsas de estudo em instituições particulares pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil Brasília

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