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Petrobras aumenta em 4% gás de cozinha para residências

Foto: Gilberto Lima/Estadão
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (22) reajuste médio de 4% no preço do gás de cozinha para venda em botijão de 13 quilos, mais usado por cientes residenciais. A companhia também aumentará o produto para venda em grandes botijões ou a granel em 0,6%, em média.

Com os ajustes, a empresa elimina de vez a diferença de preços entre os dois produtos, vigente desde o primeiro governo Lula. A equiparação dos preços era uma demanda do mercado e foi aprovada pelo governo Jair Bolsonaro em agosto.

Trata-se do segundo aumento seguido no preço do gás para botijões de 13 quilos -em outubro, houve alta média de 5%. Após cinco ajustes no ano (quatro aumentos e uma queda de 8,2%), o combustível tem alta acumulada de 4,8%.

Os repasses para o consumidor dependem da política comercial de distribuidoras e revendedores. O preço de venda nas refinarias da Petrobras representa cerca de 40% do preço final do botijão. O resto são margens de lucro e impostos.

A política de preços da Petrobras prevê o acompanhamento de longo prazo das cotações internacionais, usando médias de 12 meses, com o objetivo de evitar o repasse ao consumidor brasileiro de efeitos sazonais, como aumento do consumo durante o inverno no hemisfério norte.

Desde 2005, por determinação do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), a empresa tinha que praticar preços diferentes para cada tipo de consumo, em uma política que tinha por objetivo ajudar famílias de baixa renda.

Autoridades do setor energético tentam mudar a política desde o governo Michel Temer. Em agosto, o CNPE revogou a portaria de 2005, liberando a estatal para equalizar os preços, sob o argumento de que a política anterior causava distorções e afugentava investidores.

O governo argumenta que cerca de 70% do volume de gás de cozinha vendido no país tem como destino o envase em botijões de 13 quilos, o que indica que o produto não é consumido apenas pela população de baixa renda.

Para as empresas do setor, a distorção gerada pela diferença de preços inviabilizava investimentos em infraestrutura para importar o combustível, cujo fornecimento ainda é quase totalmente controlado pela Petrobras.

Em agosto, a holandesa Vopak venceu licitação para construir um novo parque de tancagem para o combustível no terminal de Pecém, o que pode viabilizar a importação por terceiros. No mesmo mês, a Copagaz fechou acordo para trazer o produto da Bolívia por caminhões.

O fim da diferença de preços foi anunciado na mesma semana em que a Petrobras assinou contrato de venda de sua subsidiária de distribuição de gás de cozinha, a Liquigás, a consórcio formado por Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás Butano.

O negócio, de R$ 3,7 bilhões, ainda depende de aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e deve elevar a Copagaz à liderança entre as empresas do setor.

Folhapress

Bancos divulgam condições de mutirão de renegociação de dívidas

Marcello Casal/Agência Brasil
O Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Santander já divulgaram as condições de renegociação de dívidas da primeira edição da Semana da Negociação e Orientação Financeira, que ocorrerá entre os dias 2 e 6 de dezembro.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 261 agências bancárias de todo o Brasil funcionarão neste dia até às 20h, oferecendo orientação financeira a clientes e a possibilidade de negociar dívidas em atraso. A negociação também poderá ser feita nas demais agências do país, no horário normal de funcionamento, nos canais digitais dos bancos e pela plataforma.

Nesta edição, seis bancos participam do mutirão de renegociação: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú Unibanco e Santander. A lista de agências estará disponível até a próxima semana.
Banco do Brasil

Durante a semana de Negociação e Orientação Financeira, o BB dará descontos de até 92% na liquidação de dívidas e oferecerá prazos que podem chegar a 120 meses, além de até 180 dias de carência. O banco também oferecerá, promocionalmente, taxas de juros até 14% menores para as operações de renegociação.

Podem participar todos os clientes pessoa física que possuam operações de crédito vencidas com o BB, independentemente da faixa de renda e do tempo de inadimplência. Mais de 60 mil funcionários no país participarão da ação.

Além de mobilizar todos os seus pontos de atendimento no mutirão, o BB também abrirá 57 agências em horário estendido, das 10h às 20h, nas capitais e no Distrito Federal. Outra opção aos clientes é o atendimento digital pelo Portal de Renegociação de Dívidas e pelo aplicativo do BB.

Nesta semana, o Portal Solução de Dívidas do BB, acessível pela internet ou pelo aplicativo, ultrapassou a marca de 1 milhão de acordos negociados desde o seu lançamento, em setembro de 2014. O valor total corresponde a R$ 12,5 bilhões.

Do total de acordos renegociados, 543 mil acordos (53%) foram efetuados no canal internet banking e 486 mil (47%) no mobile. O canal mobile foi disponibilizado em 2016 e já responde por 83% do volume de acordos realizados mensalmente nos canais digitais.

Quanto aos montantes negociados, R$ 7,3 bilhões foram na internet (58%) e R$ 5,2 bilhões no mobile (42%), sendo R$ 10,1 bilhões de clientes pessoas físicas (81%) e R$ 2,4 bilhões de clientes pessoas jurídicas (19%).

A plataforma digital permite consultar dívidas e, ainda, caso disponível, realizar a renegociação na hora, definindo quais contratos o cliente deseja renegociar, o prazo de pagamento e a data de vencimento das parcelas. Além disso, é possível gerenciar os acordos vigentes, verificar quantas parcelas já foram pagas, acessar a segunda via dos boletos para pagamento e reimprimir o termo de compromisso.

Em 2019, segundo o BB, algumas funcionalidades implementadas com foco nos canais digitais também ajudaram a melhorar a experiência do cliente e a impulsionar os resultados do banco, com recuperação de crédito. Dentre as inovações, cabe lembrar da renegociação de dívidas e a emissão de segunda via do boleto de pagamento pelo Whatsapp, da Identificação Positiva para clientes sem a senha de oito dígitos e da implementação do "Faça Sua Proposta", ferramenta que permite ao cliente fazer uma contraproposta.
Caixa Econômica Federal

Os clientes da Caixa poderão buscar atendimento em uma das 4.103 agências do banco, nos caminhões da adimplência (Araraquara (SP), Pelotas (RS), Araguari (MG) e São Luis (MA), no horário padrão de atendimento e nos canais remotos de atendimento. Além disso, a Caixa abrirá uma agência em cada capital do país, em horário estendido até às 20h. A partir das 16h, o atendimento será exclusivamente ao público que deseja receber orientação financeira e renegociar suas dívidas.

Segundo a Caixa, na renegociação do crédito comercial, os clientes podem quitar dívidas que estejam em atraso há mais de 1 ano, com até 90% de desconto para pagamento à vista, de acordo com as características da operação. Podem ainda unificar os contratos em atraso e parcelar em até 96 meses, realizar uma pausa no pagamento de até uma prestação vencida ou a vencer e efetuar a repactuação da dívida, com possibilidade de aumento do prazo.

As condições também englobam os contratos habitacionais. Uma das alternativas oferecidas compreende o pagamento de um valor de entrada e a incorporação do restante da dívida em atraso às demais prestações do contrato, permitindo que o cliente retome seu fluxo de pagamento mensal.

Para outro grupo de clientes, há possibilidade, após pagamento da entrada, de fazer acordo para pagamento de uma prestação por mês na data de vencimento, durante três meses consecutivos. Após esse prazo, as demais prestações que ainda estiverem em atraso serão incorporadas ao saldo do contrato.

Para o cliente que possui saldo na conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), outra opção é utilizar o recurso para reduzir em até 80% da prestação por 12 meses; essa condição vale para clientes que apresentam até três parcelas do financiamento em atraso.

Segundo a Caixa, as condições variam de acordo com as características do contrato e o tipo de operação.

A renegociação pode ser feita por meio do site www.negociardividas.caixa.gov.br, via telefone e WhatsApp 0800 726 8068, nos perfis do banco no Facebook e no Twitter, APP Cartões Caixa, nos caminhões Você no Azul e nas agências. Na habitação, os clientes contam ainda com a possibilidade de renegociar a dívida pelo serviço Habitação na Mão do Cliente, nos telefones 3004-1105 (capitais), opção 7, ou 0800 726 0505 (demais cidades).
Santander

O Santander informou que a renegociação envolve descontos de até 90% no valor da dívida. Clientes com atrasos de até 60 dias terão reduções nas taxas de até 20%. Já para acordos com atrasos acima de 60 dias, dependendo do caso, os descontos serão de até 90% no valor total da dívida.

As condições especiais serão válidas para as modalidades crédito pessoal, consignado, capital de giro, conta garantida, Santander Master, descontos de recebíveis e cartão de crédito nos canais de relacionamento do banco (aplicativo, central telefônica, portal de renegociação e agências). No período da campanha, o Santander também manterá algumas de suas agências abertas até às 20h para o atendimento, com orientação financeira, aos clientes.
Banrisul

O Banrisul destacou que oferecerá desconto sobre o total da dívida e nos juros, mas ainda não informou quais serão os percentuais.

Em Porto Alegre, três agências do Banrisul terão horário estendido até às 20 horas, durante o período da iniciativa: Agência Central (Rua Capitão Montanha, 177, Centro Histórico), agência no Shopping Total (Av. Cristóvão Colombo, 545, loja 1.281, Bairro Floresta), e agência no Praia de Belas Shopping (Av. Praia de Belas, 1.181, loja 1.020 A).

No expediente bancário normal, a rede de 516 agências do Banrisul localizadas no país estarão mobilizadas no atendimento de seus clientes. No Rio Grande do Sul, são 495 agências; em Santa Catarina, 17; e quatro nos estados do Paraná (Curitiba), São Paulo (Capital) e Rio de Janeiro (Capital), e no Distrito Federal (Brasília).

Os correntistas do Banrisul também podem regularizar os débitos pelo Portal de Solução de Dívidas localizado no site do banco e por meio do aplicativo Banrisul Digital, na função Resolva Dívidas em Atraso. No site do Banrisul, o cliente tem acesso ainda a orientações financeiras na área Crédito Consciente.

Itaú Unibanco e Bradesco ainda não divulgaram as condições de renegociação.
Dívidas com bancos

Segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a maior parte das dívidas (53%) em aberto no país está ligada a instituições financeiras. Já o comércio responde por uma fatia de 17% do total de dívidas. O setor de comunicação foi responsável por 12% das pendências e as contas de água e luz, por 10%.

Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Brasília
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Confirmada a morte de Gugu Liberato

Morte cerebral do apresentador aconteceu após acidente doméstico. (Crédito: reprodução)
Há poucos instantes, a Rede Record confirmou a morte do apresentador Gugu Liberato, aos 60 anos de idade. A emissora divulgou a informação em boletim especial, confirmando os rumores que circulavam durante toda a quinta-feira, 21, após Gugu ser internado às pressas em um hospital em Orlando, nos Estados Unidos, em razão de um acidente doméstico.

O apresentador já respirava com ajuda de aparelhos e a decisão de desligar os equipamentos seria do próprio filho, pois ele não era casado no papel com Rose Miriam, sua atual companheira. João Augusto, seu primogênito, por já ter 18 anos, pôde tomar a delicada decisão. Os familiares tinham até 48 horas para decidir, e após o período, o desligamento dos aparelhos poderia ser feito pelo hospital após dois laudos médicos.

Confira a nota oficial

NOTA DE FALECIMENTO

Este é um momento que jamais imaginamos viver. Com profunda tristeza, familiares comunicam o falecimento do pai, irmão, filho, amigo, empresário, jornalista e apresentador Antônio Augusto Moraes Liberato (Gugu Liberato), aos 60 anos, em Orlando, Florida, Estados Unidos.

Nosso Gugu sempre viveu de maneira simples e alegre, cercado por seus familiares e extremamente dedicado aos filhos. E assim foi até o final da vida, ocorrida após um acidente caseiro.

Ele sofreu uma queda acidental de uma altura de cerca de quatro metros quando fazia um reparo no ar condicionado instalado no sótão. Foi prontamente socorrido pela equipe de resgate e admitido no Orlando Health Medical Center, onde permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva, acompanhado pela equipe médica local.

Na admissão deu entrada em escala de *Glasgow de 3 e os exames iniciais constataram sangramento intracraniano. Em virtude da gravidade neurológica, não foi indicado qualquer procedimento cirúrgico. Durante o período de observação foi constatada a ausência de atividade cerebral. A morte encefálica foi confirmada pelo Prof. Dr. Guilherme Lepski, neurocirurgião brasileiro chamado pela família, que após ver as imagens dos exames em detalhes, confirmou a irreversibilidade do quadro clínico diante de sua mãe Maria do Céu, dos irmãos Amandio Augusto e Aparecida Liberato, e da mãe de seus filhos, Rose Miriam Di Matteo.

Ainda não temos detalhes sobre o traslado para o Brasil. Informações sobre velório e sepultamento serão passadas assim que tudo estiver definido.
Ele deixa três filhos, João Augusto de 18 anos e as gêmeas Marina e Sophia de 15 anos.
Atendendo a uma vontade dele, a família autorizou a doação de todos os órgãos.
Gugu sempre refletiu sobre os verdadeiros valores da vida e o quão frágil ela se revela. Sua partida nos deixa sem chão, mas reforça nossa certeza de que ele viveu plenamente. Fica a saudade, ficam as lembranças – que são muitas – e a certeza que Deus recebe agora um filho querido, e o céu ganha uma estrela que emana luz e paz.

Familiares e funcionários
São Paulo, 22 de novembro de 2019
* Escala Glasgow de 3 – usada para medir a consciência e a evolução das lesões cerebrais em um paciente.
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Com agendas em ministérios da Alemanha, governadores encerram missão na Europa

Fotos: Elisa Elsie
A primeira missão internacional dos governadores do Nordeste foi encerrada nesta sexta-feira (22), em Berlim. Como último compromisso na Europa, eles estiveram nas sedes dos Ministérios da Economia, Educação e Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha, onde explicaram o funcionamento do Consórcio Nordeste. ​Ampliar o fluxo de negócios com investidores europeus e fortalecer as relações de cooperação foram os principais objetivos da viagem. 

Na passagem por Paris, Roma e Berlim, o consórcio destacou o potencial de consumo e de desenvolvimento do Nordeste, que reúne 57,1 milhões de habitantes e tem um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 898,1 bilhões, equivalente a 14% do PIB brasileiro. "A viagem foi um sucesso absoluto. Todos elogiaram muito a iniciativa da formação do consórcio, simbolizando a otimização de recursos e de tempo, o que possibilita o estabelecimento de metas comuns para a região brasileira que cresce mais do que a média do Brasil nos últimos anos, mas que ainda tem fortes e grandes desafios a superar", afirmou o governador da Bahia, Rui Costa. 

Tanto no Ministério da Economia como no da Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em Berlim, nesta sexta-feira (22), a questão ambiental foi destacada pelos gestores alemães. “Temos muitas empresas com experiências nos setores de saneamento e energias limpas que podem se interessar por projetos no Nordeste. Queremos fazer uma parceria nessas áreas. Para nós, é importante a preservação da Floresta Amazônica para aceitação desses projetos com o Brasil”, explicou o secretário de Estado do Ministério da Economia, Ulrich Nussbaum. 

O diretor para a América Latina do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento, Volker Oel, ouviu dos governadores os projetos que gostariam de contar com apoio e também ressaltou questões ambientais. “Sabemos que a proteção do clima e das florestas tropicais é uma das temáticas mais importantes. Temos muito interesse em cooperar com o consórcio, em ações como a proteção ambiental. Sabemos do grande potencial que seus estados têm na área de energia renovável”. 

Educação

Finalizando a agenda da viagem, os governadores se encontraram com o diretor para Cooperação Internacional em Educação e Pesquisa, Frithjof Maennel. Os membros do Consórcio solicitaram apoio em especial para área de Educação Profissional e para promover com a Alemanha intercâmbio de alunos do ensino médio dos nove estados nordestinos. A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, disse que, durante a viagem do Consórcio, "além da apresentação do nosso mapa de oportunidades, foi muito importante ter pautado o tema da educação com o foco no ensino na educação profissional".

De acordo com o diretor alemão, o Ministério poderá fomentar o segmento de pesquisa no Nordeste com liberação de financiamento. “Esses pontos de apoio solicitados pelos senhores são muito importantes para nós. Vamos desenvolver nos próximos meses propostas de cooperação”. Para o governador de Alagoas, Renan Filho, "são iniciativas como essas que aproximam mais o Nordeste deste continente tão importante para o nosso continente". 

Além dos gestores da Bahia, Rio Grande do Norte e Alagoas, participaram da missão os governadores Camilo Santana (Ceará), João Azevêdo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco) e Wellington Dias (Piauí), assim como o vice-governador Carlos Brandão (Maranhão). O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, foi representado pelo superintendente de PPPs, Oliveira Junior.

Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Dia da Baiana do Acarajé tem programação comemorativa neste sábado

Foto: Ascom/Setur
Comemorado normalmente no dia 25 de novembro, o Dia Nacional da Baiana do Acarajé terá sua programação festiva antecipada para este sábado (23). Missa, feira, desfile de moda, almoço e apresentações culturais marcarão as celebrações promovidas pela Associação das Baianas do Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam) no Centro Histórico de Salvador.

Às 9 horas, será celebrada Missa em Ação de Graças na Igreja do Rosário dos Pretos, no Pelourinho. Às 10 horas, será aberta a Feira de Empreendedoras Negras, na Praça da Cruz Caída. A programação prossegue no mesmo local com o Desfile de Moda Plus Size, promovido pelo coletivo Rumo ao Sucesso, a partir das 11 horas.

Ao meio-dia tem almoço comemorativo, com feijoada. Já a partir das 14 horas começam as apresentações culturais, com as bandas D’Papo Esquivel, Os Caras e Farol Light. Está prevista também concentração das baianas no Largo do Pelourinho e ato ecumênico com ialorixá, padre e pastor.

A baiana do acarajé é considerada um símbolo histórico da Bahia e seu ofício é registrado como Patrimônio Nacional pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Para turistas que visitam o estado, dirigir-se a um tabuleiro de baiana para degustar suas iguarias é praticamente uma parte obrigatória do roteiro.

Bolsonaro nega troca de ministros da Educação, Casa Civil e Turismo

© REUTERS / Adriano Machado (Foto de arquivo) 
O presidente Jair Bolsonaro negou nesta sexta-feira, 22, troca de três ministros de seu governo: da Educação, Abraham Weintraub; do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM). "Imprensa, vamos desmentir que troquei três ministros, daí a gente conversa, tá ok?", disse o presidente.

Bolsonaro ainda ironizou: "tenho a intenção de trocar 24 ministros. Está bom ou não?". A notícia de que o presidente faria uma minirreforma eleitoral foi divulgada na quinta-feira, 21, pelo site Vortex.

O presidente disse que a intenção de rumores sobre a troca de ministros é "dizer que governo bate cabeça, vai mal". "Os números dizem o contrário. A gente está bem na economia, bem na educação, bem na defesa. Tudo foi descontingenciado. Qual a intenção disso? Se eu afundar, afunda o Brasil todo. Vocês vão 'pro beleléu' também junto comigo", declarou Bolsonaro.

As declarações do presidente foram feitas em frente ao Palácio da Alvorada. A conta no Twitter do mandatário também trouxe a mesma afirmação. "Não existe qualquer reforma ministerial a caminho, até porque o governo está indo muito bem, apesar dessa banda podre da imprensa", diz tuíte das 8h32 desta sexta-feira.

Bolsonaro viaja na manhã desta sexta ao Rio de Janeiro, onde participa de palestra na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e de almoço do XI Encontro dos Calções Pretos.
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Traficante foragido da Justiça é preso em Barra da Estiva

Foto: Divulgação SSP-No momento da prisão, Robson Benites, 32 anos, estava com 38 quilos de maconha, duas armas e grande quantia em dinheiro e cheques em uma residência.
Robson Benites, 32 anos, foi preso nesta quarta-feira (20), em uma ação conjunta entre a Companhia Independente de Policiamento Especializado Sudoeste (Cipe/Sudoeste), Polícia Federal e Delegacia Territorial de Iraquara. O criminoso tinha mandado de prisão por tráfico de drogas e as unidades policiais receberam a informação que ele se escondia em uma residência no município de Barra da Estiva. Quando chegaram no local, as equipes encontraram Robson com armas e drogas.
Foto: Divulgação SSP

Com ele foram encontrados um revólver calibre 38, uma pistola calibre 22, 38 quilos de maconha, a quantia de R$ 7.140, seis folhas de cheque no valor de mil reais cada, três tablets, dois Ipads, três notebooks, duas balanças, oito pedras de haxixe, um relógio, duas máquinas fotográficas, sete celulares, e 16 munições para calibre 38 e 22.
Foto: Divulgação SSP
“Para despistar a polícia ele até mudou o corte do cabelo, mas populares, após a guarnição mostrar fotos dele e da esposa, reconheceram e indicaram a casa que ele estava escondido”, contou o comandante da Cipe Chapada, major Edson Mascarenhas.

Além de ter o mandado cumprido Robson também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo na Delegacia Territorial de Barra da Estiva.

Fonte: Ascom/Natália Verena

Da economia à segurança: o que o Brasil perde ao rivalizar com a Argentina

Entenda os riscos criados a partir das agressões de Jair Bolsonaro ao presidente eleito na Argentina, Alberto Fernández
O PRESIDENTE JAIR BOLSONARO VISITOU A ARGENTINA EM JUNHO DESTE ANO. FOTO: MARCOS CORRÊA/PR
Começavam a soprar, em agosto, os ventos favoráveis à vitória de Alberto Fernández nas eleições argentinas e o presidente Jair Bolsonaro já disparava sua munição contra o peronista. “Bandidos de esquerda voltam ao poder”, disse, em discurso na cidade de Parnaíba, no Piauí; “se essa esquerdalha voltar na Argentina, poderemos ter no Sul um novo estado de Roraima”, comentou em Pelotas, no Rio Grande do Sul. O fato: Fernández venceu em 27 de outubro e passa a comandar um país que integra o rol dos principais parceiros econômicos brasileiros. O que o Brasil perde com esta inimizade alimentada pelo Palácio do Planalto?

Segundo dados do Ministério da Economia, a Argentina foi o quarto país mais expressivo nos negócios externos do Brasil entre os meses de janeiro e outubro de 2019. Os hermanos ficaram atrás apenas de China, em primeiro lugar, Estados Unidos, em segundo, e Holanda, em terceiro, no ranking dos países que mais importaram do Brasil.

A Argentina foi destino de 4,4% das exportações brasileiras no período. Embora o valor movimentado tenha caído 38,43% em comparação com os mesmos meses de 2018, a cifra chegou a 8,17 bilhões de reais. Os principais produtos comprados pela Argentina são automóveis de passageiros (20% das exportações brasileiras ao país), partes e peças para veículos automóveis e tratores (8%), veículos de carga (4,1%), entre demais produtos como calçados, máquinas e aparelhos para uso agrícola e medicamentos.

Para a economista e integrante da coordenação do Instituto Jubileu Sul, Sandra Quintela, a questão econômica é o primeiro destaque da lista de riscos que o Brasil assume ao criar, voluntariamente, rivalidade com o presidente vizinho. Em sua análise, a Argentina pode redirecionar suas importações para outro país, como a China, que está de “sobreaviso” e é exportadora dos mesmos produtos que o Brasil comercializa. O impacto, à primeira vista, seria, portanto, a perda do protagonismo brasileiro em uma tradicional relação comercial com os argentinos.

Sandra avalia também que a desavença compromete o destino do Mercosul, bloco econômico integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Na visão dela, havia uma afinidade ideológica entre os presidentes Bolsonaro, Maurício Macri (Argentina) e Mario Abdo Benítez (Paraguai), enquanto Tabaré Vázquez (Uruguai) representava o único campo progressista no bloco.

Com a substituição de Macri por Fernández, a correlação de forças fica dividida pela metade. Está em processo, também, a entrada da Bolívia no bloco, um impacto imprevisível devido ao quadro recente de instabilidade no país. Além disso, é preciso notar, na visão da economista, que o tratamento dado por Bolsonaro à relação com a Argentina é reflexo do projeto que o presidente brasileiro tem para a América do Sul: a desestabilização política da região.

“O Mercosul já está muito fragilizado, não tem a mesma dinâmica, nem a mesma potência de posicionamento”, examina. “Essa relação entre os presidentes pode influenciar nas políticas de exportação, na priorização do mercado regional, nos acordos comerciais que facilitam a importação e exportação desses produtos na sub-região. Afinal, o Mercosul é o mercado comum do Sul.”

Para o doutor em Ciências Sociais e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Jaime César Coelho, a postura provocativa de Bolsonaro com a Argentina é inédita na história da integração comercial entre os países sulamericanos e a conduta agressiva constrange parceiros. O próprio candidato de centro-direita à presidência do Uruguai, Lacalle Pou, recusou o apoio que o presidente brasileiro manifestou a ele, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

“América Latina entrou nesse turbilhão entre EUA, China e Rússia. De maneira irresponsável, o atual ocupante do Palácio do Planalto nos coloca em situação de aumento de fragilidade”, avalia pesquisador
chapA DE ALBERTO FERNÁNDEZ E CRISTINA KIRCHNER DERROTOU O PRESIDENTE MAURICIO MACRI. FOTO: FRENTE DE TODOS MEDIA
Um segundo item, portanto, que o Brasil sacrifica com este comportamento diplomático transcende a esfera econômica da integração regional. Para o professor, a posicionamento coloca obstáculos em avanços de um projeto de cooperação construído a duras penas ao longo dos anos na região.

Ele considera que o acirramento da disputa geopolítica entre Estados Unidos, China e Rússia eleva as tensões políticas em diferentes localidades do mundo e especialmente na América Latina. Adotar, portanto, um conflito artificial com parceiros estratégicos alimenta um clima “perigoso” para uma região já instável por estes conflitos. Os impactos desta conduta ainda é imprevisível, mas preocupante, para o pesquisador.

“Estamos vivendo em um mundo perigoso, não é um mundo de dez anos atrás. As grandes potências acirraram o processo competitivo e é evidente que a América Latina entrou nesse turbilhão entre Estados Unidos, China e Rússia. Este jogo está sendo jogado aqui e, de maneira irresponsável, o atual ocupante do Palácio do Planalto nos coloca em situação de aumento de fragilidade diante de nossos parceiros”, avalia.

Um terceiro ponto elencado pelo professor diz respeito à segurança nacional. Ele lembra que, quando o Brasil e a Argentina passaram por regimes militares, apesar de haver convergência dos dois países em relação à Guerra Fria, não houve um desenvolvimento em conjunto de um projeto em termos de segurança. Segundo o pesquisador, nesta época, os militares argentinos e brasileiros desenvolviam projetos próprios, sem perspectiva de alinhamento, o que gerava um clima de competição permanente.

Com o processo de abertura e de integração incorporado pelas nações sul-americanas, potencializado nos anos de 1990, com o governo de José Sarney no Brasil, houve uma busca em reduzir as tensões nessas relações. Coelho considera, portanto, que a postura de Bolsonaro em acirrar a disputa política na região pode, eventualmente, levar a lógicas de segurança, mais uma vez, individualistas e competitivas, o que representaria um retrocesso.

“Se há uma perspectiva de cooperação, mesmo preservando os seus respectivos exércitos e levando em consideração que eles terão estratégias de complexo industrial-militar próprias, existe uma dimensão política da integração que contém essas estratégias dentro de um determinado âmbito de convergência. Se a dimensão política é acirrada, essas estratégias, que existem e nunca deixaram de existir, podem se transformar em estratégias efetivas de competição de um contra o outro”, examina.

Alberto Fernández tomará posse em 10 de dezembro como presidente na Argentina. O presidente Jair Bolsonaro já anunciou que quebrará a tradição diplomática do Brasil e não se fará presente na cerimônia. O ministro da Cidadania, Osmar Terra, estará encarregado em representar o Palácio do Planalto no evento.
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