Banco Central revela que US$ 44,7 bilhões saíram do Brasil em 2019

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Num ano marcado pela forte volatilidade do câmbio, a saída de dólares da economia brasileira superou o ingresso em US$ 44,77 bilhões em 2019, divulgou hoje (8), o Banco Central (BC). Essa é a maior retirada líquida de divisas desde o início da série histórica, em 1982.

O recorde anterior de retiradas líquidas tinha sido registrado em 1999, quando o fluxo cambial – diferença entre as entradas e saídas de dólares – tinha ficado negativo em US$ 16,18 bilhões. Naquele ano, o Brasil tinha abandonado a política de bandas cambiais e permitido a livre flutuação do dólar, quando a cotação passou pela primeira vez a barreira dos R$ 2.

As relações monetárias e financeiras entre residentes e não residentes são medidas pelo balanço de pagamentos, divulgado no fim de cada mês pelo Banco Central. O fluxo cambial, no entanto, funciona como uma prévia dos números, ao contabilizar adiantamentos de contratos de câmbio e pagamentos antecipados.

O fluxo cambial é composto de duas partes: o fluxo comercial, que mede o fechamento de câmbio para exportações e importações, e o fluxo financeiro, que mede investimentos em empresas, empréstimos e transações no mercado financeiro. Os dados do Banco Central mostram que, no ano passado, a fuga de dólares ocorreu no canal financeiro.

Em 2019, o fluxo comercial ficou positivo em US$ 17,47 bilhões. O fluxo financeiro, no entanto, registrou saída líquida de US$ 62,24 bilhões. Apenas na bolsa de valores, a retirada por investidores estrangeiros chegou a US$ 44,5 bilhões no ano passado, a maior desde o início da série história da B3, em 2004.

Cotação – Ao longo do segundo semestre do ano passado, o dólar subiu e chegou a encostar em R$ 4,26 no fim de novembro. A cotação, no entanto, reduziu a alta em dezembro até fechar 2019 com alta de 3,6%. Apesar da fuga de investidores estrangeiros, a bolsa atraiu mais investidores brasileiros, encerrando 2019 com alta de 31,5%.

Diversos fatores contribuíram para a turbulência cambial no ano passado. No plano internacional, as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China; a instabilidade política em diversos países da América do Sul e os aumentos de juros do Federal Reserve (Banco Central norte-americano) estimularam a alta do dólar.

No Brasil, a queda da taxa Selic (juros básicos da economia) para 4,5% ao ano reduziu a entrada de dólares no país, mas a aprovação da reforma da Previdência, no fim do ano passado, provocou alívio temporário no câmbio.

Chuva “limpa” fumaça da Austrália no sul do Brasil

Reuters/Divulgação
As chuvas que caíram em Santa Catarina, parte do Paraná e do Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (8) impediram o avanço das partículas de fumaça que foram observadas na terça-feira (7) no Rio Grande do Sul, após aparecerem no Chile e na Argentina. 

O fenômeno é chamado por especialistas como “deposição úmida”. Para os leigos, é como se a chuva lavasse a atmosfera. O banho impediu que a fumaça australiana, vista pelos gaúchos, atingisse outros estados brasileiros.

“A tendência desse material era continuar avançando sobre o continente sul-americano, mas, em função das chuvas, as partículas suspensas no ar foram carregadas e depositadas na superfície”, detalha pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ariane Frassoni dos Santos de Mattos.

Segundo ela, a fumaça veio parar no continente por causa da circulação atmosférica a 12 quilômetros da superfície da Terra. “Lá em cima o vento sopra de oeste para leste. A Terra gira também de oeste para leste”. Além desse movimento, foi observado na atmosfera “correntes de jatos ou canais que funcionam como tubo de ventos mais intensos”. Esses fenômenos trouxeram a fumaça australiana até o Rio Grande do Sul. 

Para a especialista, a circulação da fumaça demonstra que a atmosfera é fluida e dinâmica. “Uma perturbação em alguma região do globo terrestre vai responder em forma de ondas e vai alterar a circulação atmosférica”, acrescenta. 
Noite no meio da tarde 

A circulação da atmosfera entre regiões é conhecida dos brasileiros. Os ventos que entram no continente sul-americano pela Guiana Francesa ou pelo Estado do Pará percorrem a Amazônia e chegam à Cordilheira dos Andes, onde são rebatidos e descem até as regiões Sul e Sudeste, conforme a época do ano, além de passar pelo Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e norte da Argentina. 

Um exemplo disso, foi o episódio ocorrido em 26 de agosto do ano passado, registrado no canal do professor Gustavo Baptista, do Departamento de Geociências da UnB, quando o céu escureceu em São Paulo no meio da tarde por causa da fumaça vinda da Amazônia Legal. 

O especialista refuta comparações entre os incêndios ocorridos na Amazônia brasileira e na Austrália, que tem grande parte da área central desértica. “Os incêndios lá têm sido naturais, e no nosso caso são provocados pelo homem, porque são utilizados como forma de limpar os terrenos que foram desmatados. É uma consequência do desmatamento da Amazônia”, assinala o acadêmico preocupado com “desprestígio do monitoramento e controle ambiental”. 

A floresta que queimou na Austrália é do tipo savana, como é o cerrado brasileiro. A floresta australiana existe meio a um clima quente e seco, enquanto a Floresta Amazônica é quente e úmida. 

Desde julho passado, os incêndios consumiram cerca de 6,3 milhões de hectares na Austrália, mais de seis vezes o volume total dos incêndios ocorridos na Amazônia. Em dezembro, a temperatura média da Austrália foi de 40,9 graus Celsius (°C), recorde histórico, e chegou a marcar 46°C em alguns estados. A alta da temperatura foi afetada por causa da estiagem prolongada. Não foi registrado grande mudança no ciclo de chuvas da Amazônia no ano passado.

Por Gilberto Costa – Repórter da Agência Brasil Brasília

Dólar e petróleo caem após discurso de Trump

Marcello Casal JrAgência BrasIL
O dólar e o petróleo caíram com indicações de que o conflito entre os Estados Unidos e o Irã pode diminuir nos próximos dias. O dólar comercial fechou esta quarta-feira (8) vendido a R$ 4,052, com queda de R$ 0,013 (-0,32%). A cotação do barril de petróleo do tipo Brent caiu para US$ 65,87 no fim da tarde, com recuo de 3,52%. 

A moeda norte-americana oscilou durante a manhã e operou em alta. A cotação, no entanto, passou a cair após o discurso do presidente norte-americano, Donald Trump. Em pronunciamento no início da tarde, Trump disse que pretende reforçar as sanções econômicas ao Irã, mas não pretende retaliar os ataques a bases aéreas dos Estados Unidos no Iraque, ocorridos ontem (7) à noite no horário. 

Apesar de ter operado em alta durante toda a madrugada, a cotação do barril do petróleo tipo Brent caiu para abaixo de US$ 66 pela primeira vez no ano. O barril abriu a manhã em queda, permanecendo em baixa durante todo o dia. 

O alívio não se repetiu no mercado de ações. O Ibovespa, índice da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou esta quarta aos 116.232 pontos, com queda de 0,37%. Nas bolsas internacionais, no entanto, o dia foi marcado pela calma. As principais bolsas europeias fecharam em alta: 0,71% em Frankfurt, 0,31% em Paris e 0,01% em Londres. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones, de Nova York, operava em alta de 0,28% perto do fim das negociações.

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Brasília
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Quinta Feira Verde no Varejão Supermercado

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Parque dos Ventos tem previsão de entrega na próxima semana

Foto: Divulgação
O Parque dos Ventos, localizado na Avenida Octávio Mangabeira, no bairro da Boca do Rio, tem previsão para ser entregue à população no dia 17 de Janeiro, na próxima sexta-feira, conforme apurou o Política Livre.

O espaço, que começou a ser construído no início do ano passado, será destinado para a prática de esportes e, também, será uma área de lazer para as famílias, bem à beira-mar e ao lado da Arena Daniela Mercury e do novo Centro de Convenções da cidade de Salvador.

Vizinho do Parque, o novo Centro de Convenções construído pela prefeitura de Salvador será inaugurado já no próximo dia 26 deste mês, em um domingo.

Mateus Soares

Trump promete novas sanções ao Irã e pede mais envolvimento da Otan

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um pronunciamento nesta quarta-feira, 8, ameaçou o Irã com novas sanções e disse que o país precisa “mudar seu comportamento”. “Enquanto eu for presidente dos EUA, o Irã não terá uma bomba atômica”, disse Trump no começo do discurso.

Ao mesmo tempo em que prometeu novas medidas econômicas contra os iranianos, Trump também afirmou que o Irã parecia estar “recuando” de suas ameças contra os americanos para colocar fim à escalada de tensão iniciada depois dos ataques à bases americanas em retaliação ao bombardeio americano que levou à morte do general Qassim Suleimani.

Trump também justificou o ataque que matou Suleimani. “Ele foi responsável por grandes atrocidades, o treinamento de terroristas, a morte de pessoas, o uso de bombas que dizimaram centenas de vítimas”, disse Trump. “A campanha de terrorismo de vocês (Irã) não será mais tolerada”.

O presidente americano também afirmou que “graças aos esforços das Forças Armadas e às medidas de precaução tomadas”, os ataques a míssel feitos a duas bases militares que abrigam tropas americanas, no Iraque não deixaram vítimas. “Não sofremos nenhuma perda, todo nosso pessoal está salvo e houve poucos danos a nossas bases militares, o que mostra que estamos prontos para qualquer situação”.

Estadão

Ordem de serviço garante mais Ruas calçadas em Ipiaú

O ano novo apenas começou e a Prefeitura de Ipiaú continua em ritmo acelerado.

Nesta quinta-feira 09, na Rua Bom Jardim, às 17H, a prefeita Maria das Graças vai assinar a ordem de serviço para a pavimentação e drenagem de ruas no Bairro Euclides Neto.

O anúncio das obras é parte de uma etapa de 11 vias, a serem iniciadas nos Bairros Euclides Neto e Constança.

Serão mais de 5 mil metros quadrados de pavimentação e drenagem de águas pluviais que irão beneficiar centenas de famílias em Ipiaú.

É o Governo Participativo dando sequência a ação ”Rua Calçada Povo Feliz” que está levando mais dignidade e qualidade de vida para família ipiauense.

Carne e gasolina pressionam inflação ao consumidor no IGP-DICarne e gasolina pressionam inflação ao consumidor no IGP-DI

© Paulo Whitaker/Reuters
A alta nos preços das carnes e gasolina pressionou a inflação ao consumidor dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em dezembro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) subiu 0,77% em dezembro, após uma elevação de 0,49% em novembro.

Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Alimentação (de 0,42% em novembro para 2,56% em dezembro), Transportes (de 0,33% para 1,17%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,26% para 0,36%), Vestuário (de 0,26% para 0,36%) e Comunicação (de 0,14% para 0,16%). Houve pressão dos itens carnes bovinas (de 8,00% para 16,56%), gasolina (de 0,99% para 3,28%), perfume (de 0,28% para 0,70%), roupas (de 0,38% para 0,50%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,56% para 0,92%).

Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Habitação (de 0,50% para -0,76%), Despesas Diversas (de 3,14% para 1,64%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,59% para 0,09%). Os itens de destaque foram tarifa de eletricidade residencial (de 2,52% para -5,32%), jogo lotérico (de 26,16% para 10,21%) e passagem aérea (de 12,35% para -1,93%).

O núcleo do IPC-DI registrou alta de 0,36% em dezembro, ante um avanço de 0,23% em novembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 46 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 57,99% em novembro para 70,71% em dezembro. por Estadao Conteudo

Carlos Ghosn: Fui vítima de uma ação hostil e fugi para limpar meu nome

© Reuters /Regis Duvignau
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pela primeira vez após fugir do Japão para o Líbano, Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan e da Renault, se defendeu publicamente das acusações. Em entrevista coletiva em Beirute, ele afirmou que as acusações feitas pela Justiça japonesa são fantasiosas.

Ghosn disse que a fuga foi a decisão mais difícil de sua vida, mas que estava sofrendo com as leis japonesas. "Eu não fugi da Justiça. Eu não tinha escolha, eu tinha que me proteger e proteger a minha família", afirmou.

ENTENDA

Carlos Ghosn destacou-se por ter criado um império no segmento, com a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Em 2016, ele era um dos executivos mais bem pagos entre as companhias japonesas, tendo recebido só da Nissan R$ 33,4 milhões.

Tudo caminhava bem para ele até que em 19 de novembro de 2018, o executivo, que nasceu no Brasil e tem também nacionalidades libanesa e francesa, foi preso no Japão por supostas violações financeiras -que envolveriam sonegação fiscal e uso de ativos da companhia japonesa para fins pessoais.

Ghosn, então presidente do conselho da Nissan, e outro diretor da montadora, Greg Kelly, foram alvos de uma investigação interna por meses, segundo nota divulgada pela companhia à época das prisões.

O ex-chefe das montadoras, no entanto, sempre negou as acusações movidas contra ele pelos promotores da Justiça japonesa.

OS ABUSOS FINANCEIROS

Após sua detenção, começaram a pipocar na imprensa possíveis abusos do chefe da Nissan. Uma delas foi publicada pelo jornal Nikkei, já um dia após a prisão de Ghosn. Ele teria gasto US$ 18 milhões de uma subsidiária da Nissan em imóveis de luxo no Rio de Janeiro e em Beirute.

De acordo com a publicação japonesa, as transações teriam sido feitas a partir de uma companhia estabelecida na Holanda, criada em 2010 com objetivo oficial de financiamento a startups.

O jornal americano The Wall Street Journal também abordou o tema, acrescentando que a empresa na Holanda teria sido utilizada ainda para realizar múltiplos pagamentos à irmã mais velha de Ghosn, por trabalhos de consultoria.

Em um caso, ela teria recebido uma comissão de US$ 60 mil por assessoria sobre habitação no Rio de Janeiro, mas a Nissan não encontrou provas de que a irmã dele tivesse de fato executado o trabalho, segundo o jornal.

Já a publicação japonesa Asahi Shimbun informou à época que o ex-presidente do conselho da Nissan teria transferido perdas sofridas em investimentos particulares durante a crise financeira de 2008 para a montadora, evitando prejuízo pessoal de milhões de dólares.

Citando múltiplas fontes não identificadas, o jornal disse que o executivo repassou prejuízo de US$ 15 milhões para a empresa japonesa por meio de uma operação financeira quando foi cobrado por um banco.

O jornal britânico Financial Times chegou a publicar um texto em que relatava que a Nissan suspeitava das relações de Ghosn com políticos e empresários brasileiros acusados de receber propinas, como Eike Batista. Para a marca japonesa, isso poderia ser um indicativo de condutas inapropriadas de seu ex-comandante.
 
A Nissan afirmou também que Ghosn declarou remuneração pessoal inferior à real, e dois relatórios financeiros identificam que ele deixou de declarar mais de US$ 80 milhões em remuneração postergada.

No fim de dezembro, uma acusação da promotoria japonesa afirmava que o executivo teria transferido um total de US$ 14,7 milhões da conta de uma empresa afiliada da Nissan para a conta de um conhecido residente na Arábia Saudita. As supostas transferências ilícitas teriam acontecido entre junho de 2009 e marco de 2012.

Não bastasse essas denúncias, a Renault informou em fevereiro de 2019 que a Procuradoria de Nanterre, na França, havia iniciado uma investigação sobre o financiamento do casamento de Carlos Ghosn no castelo de Versalhes, em outubro de 2016.

Carlos Ghosn teria usado um acordo da montadora francesa com os gestores do castelo de Versalhes para financiar em parte seu casamento, celebrado no local.

Segundo a Renault, um pacto firmado em junho de 2016 previa um patrocínio de EUR 2,3 milhões (R$ 10,3 milhões) para a restauração de um dos salões do castelo do século 17. A contrapartida para a firma poderia se elevar a até 25% desse montante.

Em outubro daquele ano, a Renault reservou o Grande Trianon, uma das construções do complexo de Versalhes, para um jantar, que, sabe-se agora, comemorava o segundo casamento de Ghosn. O valor do aluguel do espaço é de EUR 50 mil (R$ 225 mil).
 
Também em auditoria feita pela companhia francesa e divulgada em junho do ano passado foi concluído que o ex-diretor-geral da aliança Renault-Nissan deixou de justificar EUR 11 milhões (R$ 49,5 milhões) em gastos à frente da joint venture entre as montadoras francesa e japonesa.

O levantamento elenca despesas ligadas a viagens pessoais do executivo (em aviões da companhia), a compra de um relógio de marca de luxo, idas ao Festival de Cannes, realizado em um dos balneários mais sofisticados (e caros) da Côte d'Azur. Há ainda doações a entidades sem fim lucrativo cujo propósito não está claro.

Esse estilo de vida luxuoso levado por Ghosn teria sido o estopim para a frustração e descontentamento que vinham se acumulando há muito tempo na Nissan em relação ao executivo, segundo o jornal The Wall Street Journal.

DESTITUIÇÃO

No período em que esteve preso e em que surgiram as denúncias, Carlos Ghosn perdeu o comando do conselho de administração da Nissan, foi demitido do colegiado da Mitsubishi e renunciou voluntariamente à direção da Renault.

Ghosn sempre negou as acusações movidas contra ele, alegando perseguição por parte da Justiça japonesa.

A família do ex-chefe das montadoras chegou a pleitear ao governo brasileiro uma defesa mais veemente junto ao governo do Japão em prol da sua libertação, uma vez que Ghosn nasceu em Rondônia e tem cidadania brasileira.

Ghosn pagou uma fiança de R$ 33 milhões em março do ano passado, após 100 dias de detenção em Tóquio, mas voltou a ser preso semanas depois. Após pagar uma nova fiança, dessa vez de R$ 18 milhões, o ex-chefe das montadoras foi solto em abril, mas em condições estritas.

Ele teria que permanecer em prisão domiciliar, proibido de deixar o Japão e também só poderia ver sua esposa se o tribunal aprovasse uma solicitação.


Tais restrições levaram sua mulher, Carole Ghosn, a escrever um artigo no jornal The Washington Post questionando as leis japoneses. Ela também entrou em contato com líderes mundiais que se reuniram no Japão para a cúpula do G20, em junho.

Carole recorreu ao presidente americano, Donald Trump, e o presidente francês, Emmanuel Macron, a cobrarem o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pelo que ela várias vezes chamou de "sistema judiciário sequestrador" do país.

No fim de 2019, a justiça japonesa teria dado a Ghosn o que ele considerou um insulto duplo no Natal.

Primeiro, negou seu pedido de ter contato com a esposa durante as festas de final de ano. E em uma audiência no dia de Natal, ele presumiu que o tribunal estava propositadamente atrasando o julgamento, levando-o a temer que este não ocorreria antes de 2021.

FUGA

Ao fugir para o Líbano, Carlos Ghosn disse ter se libertado do que chamou de injustiça e perseguição política no Japão.

"Não sou mais refém de um sistema judicial japonês tendencioso, onde prevalece a presunção de culpa, a discriminação é generalizada e os direitos humanos são violados, em total desrespeito às leis e tratados internacionais", disse.

Para escapar do monitoramento japonês, o executivo realizou uma fuga muito bem arquitetada. Um rede de TV libanesa chegou a dizer que Ghosn escapou após se esconder em uma caixa de instrumentos musicais. A versão, porém, foi negada por pessoas próximas a ele.

Segundo o jornal Financial Times, uma explicação é que ele tenha contratado uma empresa de segurança privada para ajudá-lo a passar pela vigilância policial.

Junichiro Hironaka, que lidera a equipe de advogados de Ghosn no Japão, disse que o voo para o Líbano "apareceu do nada". "Uma grande organização deve ter agido para colocar isso em ação", afirmou.
 
De acordo com o jornal Wall Street Journal, a fuga de Ghosn ocorreu depois de semanas de planejamento por parte de colaboradores que pretendiam levar o ex-executivo do setor automotivo para um país que acreditassem oferecer um ambiente jurídico mais favorável para julgar as alegações de irregularidades financeiras contra ele.

Ghosn foi levado de sua residência monitorada pela Justiça em Tóquio para um jato particular, com destino à Turquia. Ele continuou de avião para o Líbano, aterrissando no país na manhã de segunda-feira (30).

Segundo a agência Reuters, o executivo teria se encontrado com o presidente do Líbano, Michel Aoun. O governo libanês, porém, nega o encontro.

Uma nota do governo do Líbano à imprensa confirma a entrada de Ghosn no país com o passaporte francês. A Direção Geral de Segurança do Líbano disse que, por ter documentação legal, não havia razão para tomar qualquer medida contra ele, segundo a agência de notícias estatal NNA.

Ghosn está no Líbano com sua esposa em uma casa da família, que possui um sistema de monitoramento. O executivo nega que eles tenham participado da fuga do Japão.

"Houve especulações na mídia de que minha esposa Carole e outros membros da minha família tiveram um papel importante na minha saída do Japão. Todas essas especulações são imprecisas e falsas", disse Carlos Ghosn em comunicado.

O ministro libanês da Justiça, Albert Sarhane, anunciou nesta quinta-feira (2) que o país recebeu um pedido de prisão da Interpol contra o executivo.

Avião ucraniano cai no Irã e deixa ao menos 170 mortos

© Reuters
Na madrugada desta quarta-feira (8), um Boeing 737 da companhia Ukraine International Airlines caiu no Teerã devido a problemas técnicos após decolar do aeroporto internacional Imam Khomeini. A TV estatal iraniana veiculou que todos os passageiros a bordo da aeronave morreram no acidente.

Segundo informações iniciais, o avião levava 180 pessoas, entre passageiros e tripulantes. No entanto, o porta-voz da Organização de Aviação Civil do Irã, Reza Jafarzadeh, informou que o número total de pessoas a bordo eram 170.

Equipes de resgate foram enviadas para uma área próxima ao aeroporto e ainda não há confirmação sobre identidade das possíveis vítimas até o momento.

"O avião está pegando fogo, mas nós enviamos equipes... e podemos salvar alguns passageiros", disse a princípio o chefe dos serviços de emergência do Irã, Pirhossein Koulivand.Mais tarde, acrescentou: "O fogo é tão forte que não podemos fazer nenhum resgate... temos 22 ambulâncias, quatro ônibus-ambulâncias e um helicóptero no local".

De acordo com informações do serviço de rastreamento aéreo FlightRadar24, o avião operava o voo PS 752. Consultada, a Boeing disse que a empresa está ciente dos relatos da mídia sobre um acidente de avião no Irã e coleta mais informações. por Notícias Ao Minuto Brasil

Aumentam reações internacionais ao clima de tensão entre EUA e Irã

A China e países da Europa pedem a resolução do conflito pelo diálogo



São cada vez maiores as reações internacionais ao lançamento de mísseis iranianos contra duas bases aéreas que abrigam tropas norte-americanas no Iraque. Na Europa pede-se moderação e algumas nações decidiram retirar parte das tropas que tinham destacadas nesse país do Médio Oriente. A China pede a resolução do conflito pelo diálogo e, no Iraque, os líderes curdos pedem para não serem envolvidos nas rivalidades.
 
O Reino Unido apressou-se a condenar o ataque iraniano e classificou-o de “imprudente e perigoso”. “Condenamos o ataque às bases militares iraquianas que abrigam as forças da coligação, entre as quais britânicas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab.Também a Alemanha condenou “firmemente” a agressão do Irã. “Agora é decisivo não deixarmos essa espiral crescer ainda mais”, disse Annegret Kram-Karrenbauer, ministra alemã da Defesa. “Antes de mais nada, é preciso que os iranianos não provoquem nova escalada”.Nessa terça-feira (7), o governo alemão decidiu transferir temporariamente parte das tropas que mantém no Iraque para bases na Jordânia e no Kuwait, por motivos de segurança.As forças alemãs integram a coligação internacional comandada pelos Estados Unidos, que se encontra no Iraque e que tem como missão combater o grupo radical Estado Islâmico. A Alemanha participa da coligação com 415 soldados e transferiu agora 32.Na França, uma fonte do governo adiantou que o país não pretende transferir nenhum dos 160 soldados que tem destacados no Iraque. Paris reiterou a importância de continuar o combate ao autoproclamado Estado Islâmico, mantendo simultaneamente o respeito pela soberania do Iraque."A França condena os ataques feitos, na noite de ontem, pelo Irã no Iraque contra forças da Coligação contra o Daesh [Estado Islâmico]. A prioridade é mais do que nunca a redução das tensões. O ciclo de violência deve ser interrompido", disse o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian.O governo italiano também condenou os ataques e pediu, em comunicado, o alívio das tensões e o trabalho dos aliados europeus pelo diálogo.

A Espanha anunciou nesta quarta-feira a transferência de uma parte dos seus militares destacados no Iraque para o Kuwait, por razões de segurança.“Aqueles que estavam em posições mais arriscadas foram para o Kuwait”, explicou a vice-primeira-ministra espanhola, Carmen Calvo. No Iraque ficou “um número reduzido” de soldados espanhóis.O Ministério da Defesa da Espanha assegurou que o contingente espanhol destacado no Iraque, que integra os militares portugueses no país, não sofreu qualquer ataque e que a situação está “calma e sem grandes alterações”.O ministro português da Defesa, João Gomes Cravinho, assegurou que os 34 militares portugueses que se encontram na base de Besmayah, a 50 quilômetros de Bagdá, “estão bem” e que foram adotadas “medidas de proteção reforçadas no perímetro da base”.

A China também reagiu ao mais recente ataque, pedindo aos Estados Unidos e ao Irã que exerçam a moderação e resolvam a disputa por meio do diálogo. Pequim tem criticado os EUA pela escalada na tensão com o Irã.“Não é do interesse de nenhuma das partes que a situação no Médio Oriente piore”, declarou o Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, acrescentando que o país está em contato com Conselho de Segurança das Nações Unidas para tentar ajudar a solucionar o conflito.

Com informações da Agência Brasil
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Projeto Mão Amiga realizou hoje seu 1° varal solidário na Praça Amâncio Felix,

Projeto Mão Amiga realizou seu 1° varal solidário na Praça Amâncio Félix, cujo tema do Projeto foi "Quem puder doa, quem precisa pega" com ajuda de toda comunidade de Ipiaú.
O Projeto já vem realizando doações de roupas semanalmente a mais de 6 anos, porém hoje realizou pela primeira vez o Varal, a ideia foi copiada de algumas entidades filantrópicas de outros Estados.

O Varal foi um sucesso, várias pessoas de diversas comunidades participou hoje do evento, doando ou recebendo roupas.

Agradecemos a toda comunidade de Ipiaú e toda diretoria, salientando que estamos sonhando que essa ideia seja copiada por mais entidades, o próximo Varal será realizado No inverno junto a campanha do agasalho, com a finalidade de amenizar o frio dos mais necessitados.


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