Longe dos holofotes, Lula passa temporada em condomínio do litoral norte baiano
Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação |
Longe dos holofotes há pelo menos um mês, o ex-presidente Lula está passando uma temporada em terras baianas.
O bahia.ba apurou que Lula está há algumas semanas no Condomínio Busca Vida, que fica na divisa entre Lauro de Freitas e Camaçari.
Moradores do local já avistaram em algumas oportunidades o líder petista fazendo sua tradicional caminhada pela manhã, de boné, para não ser reconhecido.
Alguns membros da cúpula petista baiana têm residência no condomínio. Lula estaria hospedado em uma propriedade do senador Jaques Wagner, de quem é amigo de longas datas.
Vale lembrar que no ano passado surgiu a informação, na imprensa nacional, de que o ex-presidente estaria planejando uma mudança para Salvador. Na época, as publicações apontavam para a compra de um apartamento no Corredor da Vitória, onde Wagner reside.
Detran-BA regulamenta empresas estampadoras da placa Mercosul
Foto: Itailuan dos Anjos/Detran-BA |
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA) regulamentou, em uma portaria publicada na edição no último sábado (18) do Diário Oficial do Estado, o credenciamento de empresas estampadoras da placa Mercosul. Os estabelecimentos precisam, para atuar na Bahia, estarem credenciados ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e ao Detran-BA, além de cumprir uma série de requisitos de controle e segurança.
A regulamentação entrou em vigor nesta segunda-feira (20) e, a partir disso, as empresas só serão aceitas caso garantam como única atividade a estampagem de placas, sendo proibida a transferência ou intermediação do serviço, com exceção dos despachantes credenciados ao departamento de trânsito.
Os estampadores terão a responsabilidade de fazer a instalação da identificação veicular nas próprias lojas ou nas unidades do Detran-BA, pátios de guarda de veículos removidos das vias, concessionárias e locadoras.
Além disso, as lojas credenciadas não poderão exercer a função de despachante nem ter vínculo empregatício com autoescolas, clínicas, empresas de vistoria e pátios credenciados ao órgão de trânsito, sujeito a risco de advertência, suspensão das atividades e cassação do credenciamento da estampadora.
Começa hoje pagamento do Bolsa Família
Começa hoje (20) o pagamento de janeiro do Bolsa Família para os beneficiários cujo Número de Identificação Social (NIS) termina em 1. O número vem impresso no cartão do programa. Quem tem cartão com final 2 pode sacar o benefício no segundo dia de pagamento, e assim por diante, até o dia 31.
Em fevereiro, os primeiros pagamentos serão feitos no dia 12 e seguem até 28. De acordo com o Ministério da Cidadania, serão repassados R$ 2,5 bilhões para mais de 13 milhões de famílias em todo o país. O valor médio do benefício é de R$ 191.
Criado em 2003 como programa de distribuição de renda, o Bolsa Família atende a famílias em situação de extrema pobreza, com renda mensal de até R$ 85 por pessoa, e de pobreza, com renda mensal entre R$ 85,01 e R$ 170.
No caso das famílias pobres, têm acesso ao benefício aquelas com gestantes, crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos. Os beneficiários recebem o dinheiro mensalmente e, em contrapartida, cumprem compromissos nas áreas de saúde e educação.
Para fazer parte do programa, o responsável pela família deve procurar um Centro de Referência de Assistência Social (Cras) ou um posto de atendimento do Bolsa Família no município. É necessário levar documentos de identificação pessoal, como carteira de identidade ou carteira de motorista e certidão de nascimento de todas as pessoas que vivem na residência.
Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil Brasília
Gleisi articula para colocar mulheres em cargos estratégicos da direção do PT
Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado |
Reeleita presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann atuou para colocar mulheres na maiorias dos cargos estratégicos da direção do partido, segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.
Gleide Andrade ficou na secretaria de finanças, Sônia Braga na de organização, e Maria do Rosário na formação política.
Ainda de acordo com a publicação, Gleisi negociou com as correntes do PT a execução do que chama de gestão colegiada. A implantação de um compliance e de um projeto digital serão as primeiras medidas tomadas.
Maia classifica como ‘absurdo’ pensão para filhas de ex-parlamentares, e cobra STF
Foto: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados/ Entre as beneficiárias está a pesquisadora Helena Hirata, que mora há 49 anos em Paris e recebe R$ 16.881,50 mensais |
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou neste domingo (19), em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, que continua cobrando do Supremo Tribunal Federal (STF) uma mudança na interpretação da lei que garante pensão a 194 filhas solteiras de ex-parlamentares (deputados federais e senadores) e ex-servidores, a um custo anual de R$ 30 milhões.
O democrata classifica como “absurdos” os casos revelados pelo jornal, como o da pesquisadora Helena Hirata, que mora há 49 anos em Paris e recebe R$ 16.881,50 por mês apenas por ser solteira e filha de ex-deputado.
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União, feita em 2016, apontou suspeitas de fraudes em 19 mil pensões para filhas solteiras pagas em diversos órgãos da administração pública federal, não apenas do Legislativo. O tribunal alterou a interpretação da lei, e obrigou que as pensionistas comprovassem a dependência do benefício para manterem o privilégio.
“Depois da interpretação do Tribunal de Contas da União, o STF deu, infelizmente, decisão garantindo o direito adquirido. Todos os casos como esses mostrados são absurdos. Vamos continuar investigando, tomando as decisões e trabalhando para que o STF mude sua interpretação e tenha interpretação real daquilo que é o correto, para que não tenhamos privilégios e desperdícios desnecessários”, afirmou Rodrigo Maia.
As solteiras passaram a reivindicar ao STF a manutenção das remunerações. O ministro do Supremo Edson Fachin suspendeu o acórdão do TCU e determinou a aplicação do entendimento original à lei, o que foi respaldado pela Segunda Turma da Corte. Um integrante do STF classificou os pagamentos como “absurdo”, de acordo com o Estado.
“Ele é condenado, mas está pagando o que deve”, diz Reis sobre apoio de Lúcio Vieira
Foto: Rodrigo Daniel Silva/ bahia.ba |
Pré-candidato a prefeitura de Salvador, o vice-prefeito Bruno Reis desconversou sobre o apoio que recebeu do líder do MDB, Lúcio Vieira Lima, em entrevista ao programa Direto ao Ponto, apresentado pelo jornalista do bahia.ba, Breno Cunha e pela jornalista Cintia Kelly, nesta segunda-feira (20).
“Ele é condenado mas já está pagando o que deve”, sintetizou. Questionado se acredita que o apoio do bloco SD-MDB-PSC-PTB pode prejudicar a sua imagem perante os eleitores, Reis alegou que sua história de vida está acima dos acordos políticos.
“Fui em uma reunião pra acertar o apoio com os quatro partidos (o bloco SD-MDB-PSC-PTB ) e reconheceram que meu nome era o nome que poderia dar continuidade ao projeto do prefeito ACM Neto. Minha imagem está atrelada a minha história de vida. Não é foto que vai atrelar ou implicar, todos sabem a minha história de vida”, afirmou.
Bruno Reis era correligionário dos irmãos Vieira Lima e foi indicado de Geddel para o posto de vice-prefeito. Geddel está preso após ter sido atrelado ao bunker de R$ 51 milhões, encontrado em um apartamento no bairro da Graça, em Salvador. Já Lúcio, que também foi vinculado ao montante, foi condenado por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Partido de Morales escolhe ex-ministro da Economia para disputar presidência
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil |
O partido de Evo Morales escolheu neste domingo (19) o ex-ministro da Economia da Bolívia, Luis Arce como candidato à presidência do país pelo Movimento ao Socialismo (MAS). O pleito está previsto para acontecer no dia 3 de maio.
De acordo com o portal G1, o companheiro de chapa de Arce é o ex-chanceler David Choquehuanca. O anúncio foi feito pelo próprio Evo Morales, durante entrevista coletiva em Buenos Aires. O ex-presidente está refugiado na capital argentina desde que renunciou ao cargo, em novembro do ano passado.
Bahia.ba
Parteiras renascem com mais segurança e técnicas tradicionais
Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Os sonhos frequentes com nascimento de bebês conduziram Naoli Vinaver, de 54 anos, para os caminhos da chamada parteira tradicional. A profissão milenar comemorada nesta segunda-feira (20) tem atraído o interesse de mulheres em todo o país.
Embora seja a única alternativa em diversos municípios, o parto normal e domiciliar auxiliado por parteiras ainda é cercado de mitos e desinformação. Para reverter esse cenário, mulheres que atuam na área buscam regulamentação e visibilidade para se consolidar como alternativa segura e natural.
A parteira Naoli cresceu na área rural de San Andres Tlalnelhuayocan, estado de Veracruz, no México, e alia o conhecimento biomédico às práticas tradicionais, como aplicação de massagens para aliviar as dores do parto e o uso de chás com plantas medicinais. Ao longo de 40 anos de atividade, mais de 1,6 mil crianças já nasceram por meio de suas mãos.
“Durante três meses fiquei sonhando com partos e todos eles eram mulheres parindo, os bebês nascendo e eu ajudando. Os partos vinham com muitos detalhes, como se eu estivesse assistindo uma televisão e eu tinha que ajudar a essa mãe e esse bebê a um nascimento bem-sucedido. Depois dos sonhos, eu tinha que correr para biblioteca e começar a ler para entender o que eu tinha sonhado em um nível de fisiologia, anatomia, compreensão dos processos dos partos”, conta.
Naoli Vinaver segura bebês gêmeos após parto - Arquivo pessoal |
Segundo Naoli, nos casos em que atua, a taxa de transferência de mães e bebês para o hospital está abaixo de 2% – semelhante ao registrado pelas parteiras japonesas, consideradas referência no assunto. “Não conto com nenhuma morte materna, nenhuma morte de recém-nascido que não fosse por malformação incompatível com a vida, nenhum bebê morreu na minha mão. Eu me considero bem vinculada com a energia vital, de atrair a vida, de cuidar da vida”, diz.
Em geral, a gestante que opta pelo parto domiciliar com parteiras também faz o acompanhamento com a profissional. Segundo Naoli, o pré-natal inclui toda avaliação padrão, como acompanhamento de pressão sanguínea da mãe, crescimento do bebê, altura uterina, auscultação dos batimentos cardíacos do bebê. Há casos em que a gestante mantém as consultas regulares com médico obstetra.
As consultas com as parteiras, em sua maioria, são realizadas no local onde a gestante fará o parto, se estendem ao período após o nascimento do bebê e incluem o auxílio para amamentação. Quando é identificado risco para mãe ou bebê, o parto domiciliar pode ser descartado.
“É importante que a mulher entenda que biologicamente foi feita numa perfeição para engravidar, parir e maternar. Então, ela tem que reconectar, limpar preconceitos e medos culturais de que ela não é capaz, de que ela não é completa, de que o parto é perigoso. Isso é importantíssimo. A segurança vem do conhecimento, da informação e da conexão dela com o próprio bebê, com os processos do próprio corpo”, destaca.
Clarice Andreozzi atua como parteira em Brasília - Clarice Andreozzi/Arquivo pessoal/Direitos reservados
Para Clarice Andreozzi, de 44 anos, ser parteira tradicional foi um chamado divino, uma missão espiritual. Há 22 anos ela atua na área e já trouxe ao mundo 262 bebês. A decisão, segundo ela, ocorreu após sofrer violência obstétrica em sua primeira gestação. “A minha experiência de maternidade e pós-parto me colocou no apoio às mulheres. Por toda a violência que eu sofri durante o parto, no trabalho de parto. Uma gestação com pouca informação e um parto de muito desamparo e muita dificuldade me fez com que eu tivesse o desejo de acolher, pelo menos, as mulheres que estavam próximas a mim para que elas não sofressem como eu sofri”, conta.
Formada em biologia, a parteira associa conhecimentos técnicos e a espiritualidade para aliviar dores e facilitar a chegada de crianças ao mundo. “Uso muitas ervas durante os partos, banhos de assento e trabalho muito com a esfera da fé, o que a parteria tradicional acrescenta, que são os usos das ervas, das orações. Alio essa parte da parteira tradicional com o conhecimento da técnica para garantir que o trabalho de parto está desenvolvendo bem”, descreve. “Não tem nada mais gratificante, não tem preço e nem como valorar a grande dádiva de ver bebê chegando de uma maneira harmônica. Cada bebê que eu tenho prazer de receber em minhas mãos é uma benção”, acrescenta.
Segundo Clarice, a mulher que opta pelo parto natural tem que buscar informações. “É necessário ter muita consciência do seu corpo, um pré-natal muito bem feito, alimentação boa, estar consciente”, esclarece.
No Distrito Federal, o acompanhamento por uma parteira tradicional varia de R$ 5 mil a R$ 10 mil. O valor é negociado conforme as condições financeiras das gestantes e inclui tanto o período pré-natal, quanto parto e o atendimento após o nascimento do bebê. O trabalho também pode ser remunerado por meio de trocas – tanto de serviços como bens.
Cenário
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 140 milhões de nascimentos acontecem todos os anos, a maioria sem complicações para mulheres e bebês. A organização considera como “razoável” o índice de 15% dos nascimentos por meio de cesárias. No Brasil, 55,6% do total de partos realizados anualmente são cirúrgicos.
Para reverter esse cenário, a Agência Nacional de Saúde (ANS) realiza uma campanha voltada para gestantes e profissionais de saúde sobre os riscos da realização de cesáreas desnecessárias. Um dos objetivos da campanha é reduzir as altas taxas de cesarianas no país e também melhorar a experiência da maternidade para mães e bebês.
A aprendiz de parteira Mariana Almeida, de 33 anos, atua há seis anos na área para assegurar que mulheres possam escolher o parto domiciliar de forma segura e evitar aumentar as estatísticas brasileiras de partos por cesárias de forma desnecessária. Com apoio de ferramentas da medicina chinesa, como acupuntura, ervas e oráculos, Mariana afirma que “auxilia na comunicação do ventre e coração”.
“O parto não se resume apenas ao momento do nascimento, é necessária uma rede de apoio e atenção à mãe e bebê nas primeiras semanas, que são fundamentais para o desenvolvimento humano. Parto é um evento em comunidade, muitas funções estão envolvidas e ocupo hoje lugares orgânicos de acordo com a necessidade de cada família”, afirma.
Segundo Mariana, é preciso assegurar que o parto domiciliar seja realizado em segurança. “[É gratificante] ver o quão revolucionário é para a vida da mulher e para o desenvolvimento de seu bebê passar por uma gestação, parto e pós-parto, de forma respeitosa, com informação de qualidade, baseada na vida e não na doença, com seus direitos preservados, com autonomia sobre seu corpo e seu bebê. É ver a sabedoria que nos antecede tomando seu lugar de volta”, ressalta.
Possibilidade de escolhas
Segundo a ANS, o parto normal favorece o vínculo do bebê com a mãe, fortalece o sistema imunológico e melhora o ritmo cardíaco e o fluxo sanguíneo do bebê, além de favorecer o aleitamento e promover uma recuperação pós-parto mais rápida e menos dolorosa para a mãe.
A musicista e professora Valéria Lehmann Cavalcanti, de 35 anos, espera seu sexto filho e, pela sexta vez, deve realizar o parto em casa. Com gestações de baixo risco, quatro dos seus filhos vieram ao mundo com a ajuda de uma parteira tradicional.
As parteiras Mayra Calvete (esquerda) e Naoli Vinaver (direita) fazem checagem em bebês após o parto - Ana Paula Andrade/Arquivo pessoal/Direitos Reservados |
“Às vezes, as pessoas acham que é falta de conhecimento [a escolha pelo parto normal], pelo contrário. Depois de estudar muito sobre o assunto, decidi por isso. Vi que era o mais adequado, o mais correto para a minha situação, porque não era uma gravidez de risco. Avaliando todas as evidências e pesquisas médicas, vi que é melhor do que ir para um hospital”, conta.
De acordo com a OMS, geralmente, um primeiro trabalho de parto não se estende além de 12 horas. Trabalhos subsequentes geralmente não se estendem além de 10 horas.
“O meu primeiro [trabalho de parto] foi o que mais demorou. Foram oito horas de trabalho de parto e aí depois só foi diminuindo o número de horas nas outras gestações. Achei muito bom poder estar livre em casa, na posição que eu quisesse, com meu marido, em um ambiente totalmente confortável para mim. [Um dos meus filhos] nasceu no chuveiro. Cada filho nasceu em um canto da casa”, lembra. “A melhor experiência que tive foi em uma piscina comprada especificamente para o parto. A água alivia muito a dor. O quarto filho foi tão rápido que não deu nem tempo de entrar na piscina”, completa.
Assim como Valéria, a psicóloga Marília Tomé, de 33 anos, também optou pelo parto natural e teve seu filho, o pequeno Tito, de 5 meses, em uma casa de parto particular, em Brasília. A casa tem estrutura hospitalar com o acompanhamento de obstetras e doulas.
“Não queria nenhuma intervenção médica desnecessária no meu corpo ou no corpo do meu bebê, entendendo que o parto natural é um evento biológico natural da mulher, quando não há nenhum problema de saúde com a mulher ou com o bebê, pode acontecer sem nenhuma intervenção medicamentosa ou hospitalar”, explica. “Em um hospital, existe um protocolo de intervenções onde algumas são desnecessárias e agressivas para o bebê, e a mãe tem pouca participação nessas decisões, muitas vezes até sobre as posições mais confortáveis para parir e aliviar as contrações”, completa.
Regulamentação da profissão
Naoli Vinaver com mãe Renata e bebê após o parto - Arquivo pessoal |
Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei (PL) que regulamenta a profissão das parteiras tradicionais. De autoria do deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP), a proposta prevê qualificação básica de parteira tradicional, pelo Ministério da Saúde ou por secretarias estaduais de Saúde, além do pagamento de um salário mínimo.
O PL 912/19 estabelece ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS) fornecerá às parteiras tradicionais todos os equipamentos, os instrumentos cirúrgicos e os materiais de consumo necessários à adequada prestação dos serviços. Além disso, determina que a parteira deverá encaminhar a gestante ou a parturiente para avaliação médica quando for constatada gestação ou parto considerado de alto risco.
“Utilizando-se de suas mãos, de uma bacia com água e de uma tesoura ou material cortante, fazem o parto de acordo com as condições encontradas no local: à luz de vela, de lamparina ou, até mesmo, de fogueira. Dirigem-se à casa da grávida a pé, a cavalo, de bicicleta, da forma que for possível. E se não fosse pela atuação dessas mulheres resolutas, não temos dúvidas de que a mortalidade materna e perinatal apresentaria números muito maiores”, avalia o autor da proposta, deputado Camilo Capiberibe.
Segundo o parlamentar, estima-se que existam mais de 60 mil parteiras em atuação no Brasil, sendo 45 mil nas regiões Norte e Nordeste. No Estado da Bahia, conforme cálculo da Rede Nacional de Parteiras Tradicionais, haveria entre 7 mil e 8 mil. No Pará, 6 mil, no Tocantins, em Mato Grosso e em Minas Gerais, mais de 5 mil. Elas são responsáveis pela realização de 450 mil partos todos os anos.
“Mesmo diante da expressividade dos números apresentados, verificamos que as parteiras ainda trabalham em condições muito aquém das desejadas. Isso deve-se, em grande parte, ao preconceito com que a categoria é vista, sendo evidente a resistência que determinadas corporações profissionais oferecem à disseminação do parto humanizado”, argumenta Capiberibe.
Data
O Dia da Parteira Tradicional foi incluído no calendário nacional em 2015. A data tem como base a comemoração celebrada no estado do Amapá, que já homenageava a categoria em 20 de janeiro. A data é o aniversário da parteira tradicional mais antiga de Macapá, Juliana Magave de Souza. Nascida em 1908, ela teria realizado cerca de 400 partos.
Atualmente, o Ministério da Saúde define como parteira tradicional a profissional que presta assistência ao parto domiciliar baseada em práticas tradicionais e é reconhecida pela comunidade como parteira.
Segundo a pasta, o Programa Trabalhando com Parteiras Tradicionais recolocou a melhoria do parto e nascimento domiciliar assistidos por parteiras tradicionais na pauta de discussão com estados e municípios, como uma responsabilidade do SUS e uma atribuição da Atenção Primária à Saúde.
Essas profissionais não são remuneradas pelo governo federal. A pasta informou que, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realiza capacitação de parteiras tradicionais no estado do Amazonas, região onde a prática é bastante estabelecida. Até o momento, 416 parteiras tradicionais foram capacitadas.
Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil Brasília
Estudantes podem se increver no Sisu a partir desta terça-feira
Tânia Rêgo/Agência Brasil |
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) abre amanhã (21) o calendário dos processos seletivos federais que usam o Enem como critério de seleção. Neste semestre, o Sisu vai ofertar 237 mil vagas em 128 instituições de ensino superior públicas. O prazo para se inscrever vai até sexta-feira (24).
Para participar do Sisu, é preciso ter feito o Enem 2019 e ter tirado nota acima de zero na prova de redação. Na hora da inscrição no processo seletivo é preciso informar o número de inscrição do Enem e a senha atual cadastrada na Página do Participante.
A nota do Enem está disponível desde sexta-feira (17) tanto no aplicativo, quanto na própria Página do Participante. É preciso informar o CPF e a senha cadastrada na hora da inscrição. Caso o candidato tenha esquecido a senha, pelo próprio sistema é possível recuperá-la.
É essa senha que deve ser usada na hora da inscrição no Sisu. O número de inscrição, que é solicitado também para participar da seleção, está disponível para cada estudante na Página do Participante.
Cálculo da nota
Na hora da inscrição, é possível escolher até duas opções de curso, de acordo com a ordem de preferência.
Alguns cursos, no entanto, têm certas restrições. O Sisu dá liberdade para as instituições de ensino definirem como usarão o Enem. Assim, determinado curso pode exigir, por exemplo, uma média mínima no Enem - que é a soma de todas as notas obtidas nas provas do exame, dividida por cinco - ou mesmo uma nota mínima em determinada prova. Isso faz com que, dependendo da nota obtida, estudantes não sejam classificados para determinados cursos.
É possível também conferir pesos diferenciados para as provas. A nota em ciências da natureza ou em matemática pode valer mais para um curso de física ou química, por exemplo. Dessa forma, a nota do estudante pode variar dependendo do curso para o qual ele está concorrendo.
Nota de corte
Uma vez por dia, o Ministério da Educação (MEC) divulga na página do Sisu as notas de corte, que são as menores para os candidatos ficarem entre os selecionados na modalidade escolhida. A nota de corte é calculada com base no número de vagas e no total de candidatos inscritos.
A nota de corte é apenas uma referência para auxiliar o candidato no monitoramento de sua inscrição. Ela não garante que o estudante seja selecionado.
É possível alterar as opções de curso feitas até o final do período de inscrição. O Sisu considera válida a última opção registrada pelos estudantes.
Reservas de vagas
Todas as universidades federais, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e centros federais de educação tecnológica participantes do Sisu oferecem vagas reservadas para estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. Há instituições participantes do Sisu que disponibilizam ainda uma parte de suas vagas para políticas afirmativas próprias.
No momento da inscrição, o participante deve optar por uma dessas modalidades, de acordo com o seu perfil. Os estudantes concorrem apenas com os demais candidatos que fazem a mesma opção, seja pela ampla concorrência ou por alguma política afirmativa. O sistema selecionará, entre eles, os que obtiveram as melhores notas no Enem de 2019.
Cronograma
As inscrições para o Sisu podem ser feitas de 21 a 24 de janeiro. No dia 28 de janeiro será divulgado o resultado da seleção. Os estudantes que forem aprovados deverão fazer a matrícula nas instituições de ensino entre 29 de janeiro e 4 de fevereiro.
Aqueles que não forem selecionados poderão ainda participar da lista de espera. O prazo para se candidatar é de 29 de janeiro a 4 de fevereiro. Os candidatos em lista de espera serão convocados pelas próprias instituições de ensino, entre 7 de fevereiro e 30 de abril.
Próximos processos seletivos
Além de participar do Sisu, os estudantes podem usar as notas do Enem para concorrer a bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). As inscrições poderão ser feitas de 28 a 31 de janeiro. Podem também se inscrever no Programa de Financiamento Estudantil (Fies), de 5 a 12 de fevereiro.
Os estudantes podem ainda usar as notas para cursar o ensino superior em Portugal. O Inep tem convênio com mais de 40 instituições portuguesas.
Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem como forma de seleção independente dos programas de âmbito nacional. Os estudantes podem, portanto, consultar diretamente as instituições nas quais têm interesse em estudar.
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
Bahia lidera crescimento do número de passageiros em voos nacionais
Foto: Arquivo/GOVBA |
A Bahia foi o estado com o maior crescimento no número de passageiros em voos nacionais. De acordo com a Vinci Airports, a Bahia cresceu 37%, número duas vezes superior à média do Brasil (16%). O volume de assentos comercializados para os destinos turísticos baianos são resultado da política adotada pelo Governo do Estado com três importantes ações: o investimento em infraestrutura no interior e na capital; a promoção do destino Bahia; e a redução do ICMS de querosene da aviação, que resultou em mais de 200 novas frequências de voos domésticos.
“Investir na recuperação de estradas, na construção e reforma de aeroportos regionais e na execução de obras de mobilidade é investir em turismo. Reforçar a segurança pública com novos policiais, novas viaturas e um moderno sistema de reconhecimento facial é investir em turismo. Construir novos centros culturais no interior e requalificar o Centro Antigo de Salvador é investir em turismo. Essas são ações concretas que trazem resultados muito positivos”, afirma o secretário estadual do Turismo, Fausto Franco.
O gestor destaca também a política de redução de ICMS de querosene, coordenada pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), como um dos fatores para o aumento do número de turistas neste Verão. Em julho de 2019, o governador Rui Costa anunciou um pacote de incentivos à expansão das operações de transporte aéreo de passageiros na Bahia. De acordo com o decreto 19.116, a alíquota mínima de ICMS sobre o querosene de aviação (QAV) passou a ser de até 3%, para empresas que cumprirem critérios relativos à ampliação do número de assentos nos voos operados em aeroportos baianos. Já a alíquota máxima caiu de 18% para 12%.
“O resultado foi a implantação de, pelo menos, 215 novas frequências ao longo do segundo semestre do ano passado apenas em Salvador. No interior, o aeroporto de Ilhéus passou a contar com 18 novos voos e o de Vitória da Conquista com 12, desde outubro”, pontua Fausto Franco. Com a redução do imposto estadual e a política de atração de turistas, a oferta de voos para a Bahia aumentou significativamente neste Verão.
Somadas as médias previstas para os aeroportos dos grandes municípios turísticos, como Salvador, Porto Seguro e Ilhéus, o número de desembarques, entre frequências regulares e extras, vai ultrapassar os 14 mil na alta temporada, sendo 11.574 apenas em Salvador.
“Atrair turistas para um destino não depende do funcionamento de um equipamento de forma isolada. Promover um destino depende de uma série de ações integradas, e temos feito isso na Bahia sob a liderança do governador Rui Costa. O resultado está nas ruas de Salvador e de diversas cidades do interior do estado”, comemora o secretário do Turismo da Bahia.
Fluxo de turistas
Mais de 6,2 milhões visitantes são esperados na Bahia neste Verão, de acordo com estimativa da Secretaria do Turismo do Estado (Setur). O número representa um aumento de 4,5% em relação ao movimento do ano passado. Além de Salvador, que receberá pouco mais de 2 milhões de visitantes, destinos como Porto Seguro, Itacaré, Morro de São Paulo, e roteiros da Chapada Diamantina e do Rio São Francisco deverão ser beneficiados pelo aumento no número de turistas.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
Assinar:
Postagens (Atom)
Destaques
Faça seu pedido: (73) 98108-8375
Ouça aqui: Web Radio Gospel Ipiaú
Web Rádio Gospel de Ipiaú
Siga-nos
Total de visualizações de página
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade.
Publicidade
Anucie aqui: (73) 991241546-9-82007563
Postagens mais visitadas
Arquivo do blog
- ► 2024 (5607)
- ► 2023 (4688)
- ► 2022 (5535)
- ► 2021 (5869)
-
▼
2020
(4953)
-
▼
janeiro
(329)
-
▼
jan. 20
(11)
- Longe dos holofotes, Lula passa temporada em condo...
- Detran-BA regulamenta empresas estampadoras da pla...
- Começa hoje pagamento do Bolsa Família
- Promoção da Semana do Varejão Supermercados
- Gleisi articula para colocar mulheres em cargos es...
- Maia classifica como ‘absurdo’ pensão para filhas ...
- “Ele é condenado, mas está pagando o que deve”, di...
- Partido de Morales escolhe ex-ministro da Economia...
- Parteiras renascem com mais segurança e técnicas t...
- Estudantes podem se increver no Sisu a partir dest...
- Bahia lidera crescimento do número de passageiros ...
-
▼
jan. 20
(11)
-
▼
janeiro
(329)
- ► 2019 (3140)
- ► 2018 (711)
- ► 2016 (209)
- ► 2015 (162)
- ► 2014 (462)
- ► 2013 (1713)
- ► 2012 (1976)