Base Aérea de Anápolis está pronta para receber repatriados
REUTERS / Adriano Machado/Direitos Reservados |
A Base Aérea de Anápolis, em Goiás, está pronta para receber os brasileiros repatriados da China. Uma comitiva formada pelos ministros da Defesa, Fernando Azevedo, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, além do governador do estado, Ronaldo Caiado, e o prefeito da cidade, Roberto Naves, visitou, na tarde hoje (7), as instalações que vão receber os 34 brasileiros e familiares resgatados de Wuhan, na China, cidade que é o epicentro do surto mundial do coronavirus. Os repatriados deverão permanecer em quarentena por 18 dias, no hotel de trânsito da Força Aérea, que foi especialmente preparado para essa operação.
"[A previsão é que] na madrugada de sábado para domingo, em torno de meia-noite, 1 hora, eles estejam pousando em Anápolis. As providências foram todas tomadas – eu acho que nós presenciamos isso aqui hoje, vimos que o pessoal andou muito rápido e a impressão é ótima, altamente positiva", afirmou o ministro Fernando Azevedo, ao destacar vistoria na base aérea.
No início da noite desta sexta-feira, as duas aeronaves decolaram de Wuhan, na China, com os 34 resgatados a bordo. Haverá quatro escalas técnicas de reabastecimento: em Ürumqi, na China, Varsóvia, na Polônia, Las Palmas, na Espanha, e já no Brasil, em Fortaleza. Em Varsóvia, devem desembarcar quatro cidadãos poloneses, um indiano e uma chinesa. Ontem (6), o presidente Jair Bolsonaro autorizou a carona para cidadãos de outros países amigos que a solicitassem.
Instalações onde ficarão brasileiros vindos de Wuhan, na China - Reuters/Adriano Machado/Direitos Reservados |
Todo o perímetro da área reservada aos repatriados tem 900 metros quadrados. Eles terão atendimento médico e odontológico gratuito e vão receber seis refeições diárias. O esquema será semelhante ao de um hotel, com serviço de quarto 24 horas e monitoramento permanente. Também foi instalada brinquedoteca para o entretenimento das crianças que fazem parte do grupo. Até mesmo uma sala de cinema foi montada e servirá ainda como auditório coletivo, na área externa do hotel. O uso de internet também está liberado, por meio de um rede wifi. Fora dos apartamentos, o uso de máscara de proteção será obrigatório, para evitar contaminação.
O prefeito de Anápolis procurou tranquilizar a população da cidade afastando qualquer risco de contaminação. "A população anapolina pode ficar tranquila. Tudo que nós falamos naquela coletiva de imprensa, de que essas pessoas ficarão isoladas, ficarão em quarentena, as pessoas que tiverem contato também estarão em quarentena. Existe toda uma estrutura montada, preocupação no que diz respeito até com as roupas que essas pessoas trarão", disse Roberto Naves.
Além dos 34 repatriados, 24 pessoas que participaram da operação, entre médicos, militares e equipe de comunicação, incluindo um cinegrafista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ficarão em quarentena.
Laboratório em Goiás
Também foi anunciado, durante a visita, que o estado de Goiás terá o quarto laboratório do país com capacidade para fazer exames de detecção do coronavírus. A estruturação e os equipamentos já começaram a ser instalados no laboratório central de Goiás, segundo informou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
"Foi determinado e iniciou-se hoje a estruturação. O quarto laboratório será o laboratório central aqui de Goiás, com equipamentos completos, que fica já como um primeiro legado, que é aumentar capacidade laboratorial para um nível de excelência do laboratório central aqui do estado de Goiás", afirmou.
Com as adequações, o Laboratório Central de Goiás se somará ao nível de excelência da Fundação Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro, do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e do Instituto Evandro Chagas, no Pará.
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil Anápolis (GO)
Em reunião com a diretoria do Sindicato Rural de Ipiaú o Dep. Sandro Regis reafirmou seu compromisso
Em reunião com a diretoria do Sindicato Rural de Ipiaú o Dep. Sandro Regis reafirmou seu compromisso em buscar recursos para contribuir com o fechamento das contas da Exposição Agropecuária de 2019. No encontro, que aconteceu na última quarta-feira (05), Sandro se comprometeu em auxiliar na procura por investimentos destinados a Feira do Chocolate de 2020.
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Ameaça de ataque a Brasília explica envio das Forças Armadas à Papuda
Ameaça de ataque a Brasília explica envio das Forças Armadas à Papuda |
A prisão, pela Polícia Civil do Distrito Federal, de um bandido identificado como líder da organização criminosa “PCC”, pode ter deflagrado o processo que resultou no envio de militares das Forças Armadas para fazer a segurança externa do presídio federal da Papuda.
Em poder do criminoso, policiais civis do DF apreenderam um bilhete enviado da Papuda tratando de iminente ataque a Brasília, por meio de incêndio de ônibus e destruição de prédios públicos. Alexandro Dionato dos Santos, 25, o bandido preso esta semana, era procurado pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado desde março do ano passado.
Nesta sexta-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto autorizando o emprego das Forças Armadas na segurança externa do presídio federal da Papuda até o dia 6 de maio, no âmbito da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
O governo federal não explicou ao governo do DF as razões do decreto, mas o fato é que já pelas 10h da manhã, horas depois da publicação do decreto, houve intenso deslocamento de tropas federais para a Papuda, indicando ataque iminente dos bandidos.
Ataque em SP mataram 567
A facção criminosa chefiada por Marcelo, que o próprio Moro classifica como a mais poderosa do Brasil, promoveu no ano de 2006 rebeliões em presídios e ataques nas ruas que provocaram um total de 567 mortes.
Segundo a Polícia Civil, o bandido preso tinha a função de auxiliar e organizar crimes e mantinha contato com integrantes do “PCC” no DF, atraídos pela presença do líder principal, Marcos Camacho (“Marcola”), transferido para a Papuda por ordem do ministro Sérgio Moro (Justiça).
Diário do Poder
Homens são presos em Ipiaú e Itagibá por descumprir medidas protetivas da Lei Maria da Penha
A Polícia Militar prendeu em Ipiaú e Itagibá dois homens acusados de descumprir medidas protetivas na Lei Maria da Penha. O primeiro caso foi registrado pela PM, por volta das 15h, desta quinta-feira (06/02/2020), a guarnição da 55ª CIPM/Ronda Maria da Penha ao realizar visita de fiscalização de Medida Protetiva a uma assistida pela Ronda, na Travessa Bahia, no bairro Emburrado, verificou que o seu agressor, seu filho, encontrava-se na residência, descumprindo a medida de afastamento do lar, domicílio ou local de conivência com a ofendida, fixada o limite mínimo de distância de 200 metros, MPU (Medida Protetiva de Urgência). A vítima e agressor foram conduzidos a delegacia de Ipiaú para registro de ocorrência. O agressor já havia sido preso em 18 de dezembro do ano passado por ter agredido a sua mãe, fato que levou a Justiça e expedir a Medida Protetiva.
Já em Itagibá, o caso foi registrado por volta das 22h, da última quarta-feira (05/02/2020), quando a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá recebeu uma chamada de populares, via telefone funcional, que relataram que estava acontecendo uma discussão de casal na rua Atalaia, Centro de Itagibá, aonde o marido estava sendo agredido. Ao chegar ao local, a guarnição manteve contato com os envolvidos, sendo que a ex-companheira informou que o motivo da confusão, era o fato de seu ex-companheiro que iria caçar e queria levar toda a carne da casa. A mulher apresentou à guarnição uma Medida Protetiva de Urgência, expedida pela Justiça de Ipiaú, na qual limita a aproximação do ex-companheiro a uma distância de 300 metros da vítima. O acusado foi apresentado na delegacia de Itagibá para as providências cabíveis. *As informações são da 55ª CIPM
Elite militar brasileira vê França como ameaça nos próximos 20 anos
Foto: Fábio Motta/Estadão |
A França, com sua renovada defesa da internacionalização da Amazônia, tomou o centro das preocupações da elite militar brasileira como principal fonte de ameaça estratégica para o país nos próximos 20 anos.
A visão foi colhida pelo Ministério da Defesa com 500 entrevistados em 11 reuniões no segundo semestre de 2019.
Trata-se da minuta sigilosa “Cenários de Defesa 2040”, à qual a Folha teve acesso. Ela ajuda a embasar a revisão em curso da Estratégia Nacional de Defesa, a ser enviada ao Congresso até junho.
Suas visões poderão ou não ser acatadas pela pasta, mas traduzem um sentimento médio entre o oficialato —as reuniões ocorreram em comandos militares, organizadas pela Escola Superior de Guerra.
A pasta diz que falou com pessoas do “âmbito interno e externo”. Segundo envolvidos no processo, militares são a maioria absoluta dos ouvidos.
O texto de 45 páginas traz considerações geopolíticas realistas e hipóteses algo delirantes. Ali, há a previsão da instalação de bases americanas no Brasil, guerras e até o ataque com um coronavírus contra o Rock in Rio de 2039.
Os cenários gerais são quatro: alinhamento automático do Brasil aos Estados Unidos com ou sem restrições orçamentárias para defesa, e relacionamento global do país, também em versões verbas fartas ou exíguas.
A única ameaça constante em todas as hipóteses é a França, reflexo do embate entre Bolsonaro e o presidente Emmanuel Macron no segundo semestre de 2019, quando o francês sugeriu a internacionalização da Amazônia ante a crise dos incêndios na região.
A floresta está no coração do pensamento militar local. O livro “Aspectos Geográficos Sul-Americanos” (1931), do capitão do Exército Mário Travassos (1891-1973), consolidou a geopolítica do “integrar para não entregar” dos quartéis.
Segundo um dos cenários descritos, em 2035 Paris “formalizou pedido de intervenção das Nações Unidas na Região Ianomâmi, anunciando o seu irrestrito apoio ao movimento de emancipação daquele povo indígena” e, dois anos depois, “mobilizou um grande efetivo suas forças armadas, posicionando-os na Guiana Francesa”.
O texto se furta a dizer o que aconteceria se os países fossem às vias de fato, contudo. Nos anos 1960, os países se estranharam numa questão pesqueira, a chamada Guerra da Lagosta.
A minuta ignora que a França é a principal parceira militar do Brasil, com quem tem um amplo acordo para produção de submarinos e helicópteros.
O atual espectro da região, a ditadura chavista da Venezuela, recebe tratamento diverso. Em uma simulação realista, o país aproveita os mísseis balísticos que recebeu da Rússia e da China e invade a vizinha República da Guiana (antiga Guiana Britânica) atrás de territórios que disputa.
A briga desanda para Roraima, o que obriga a entrada do Brasil no conflito —o desfecho não é dado, mas aparentemente somos salvos pelo “escudo antimíssil, sistema desenvolvido pelo Brasil, com apoio israelense e material norte-americano”.
Já em outros cenários, há uma pacificação da crise venezuelana, com ou sem os brasileiros na equação. A índole pacífica do Brasil, que não se envolve em conflitos na região desde a Guerra do Paraguai (1865-70), só é mantida em um dos quatro cenários, aquele no qual falta orçamento e o país busca equidistância dos EUA e da China.
Nos demais, além dos embates com franceses e venezuelanos, é antevista uma intervenção militar brasileira em Santa Cruz de la Sierra após o governo da Bolívia expulsar fazendeiros brasileiros.
A continuada crise da Argentina é vista como superada no documento, mas o antigo adversário geopolítico do Brasil não é visto como ameaça exceto quando tenta instalar uma base militar chinesa em seu território em 2034. Brasília demove Buenos Aires da ideia diplomaticamente.
Por outro lado, o Itamaraty é visto como mediador de guerras entre Bolívia e Chile e entre Colômbia e Venezuela.
Num registro mais concreto, a questão dos crimes transnacionais ligados ao tráfico de drogas está presente nas preocupações, assim como a militarização do Atlântico Sul.
Aqui, avanço chinês na área com a ampliação de sua instalação na Namíbia e a previsão do estabelecimento da maior força do Hemisfério Sul na forma de uma base da Otan (aliança militar ocidental) em São Tomé e Príncipe não são hipóteses irrealistas.
A dicotomia de um mundo em que a China ascendente desafia os EUA é onipresente. Pequim já tem forte presença econômica no Brasil e vizinhos. Mas o fato de estarmos próximos da maior potência militar do mundo leva à sua preponderância natural.
Mas o texto deixa claro que isso foi reforçado pelo “alinhamento iniciado em 2019” pelo governo de Jair Bolsonaro.
Isso é descrito como uma vantagem competitiva para os militares no caso de haver orçamento farto. Aí, é vista a compra de um porta-aviões com sete navios de escolta para a sonhada 2ª Esquadra, baseada no Maranhão.
Curiosamente, o texto diz que será possível “modernizar a frota de aviões de patrulha” com a aquisição de oito modelos P-3 Orion em 2029 —o avião já é ultrapassado hoje.
Já o submarino nuclear brasileiro poderia estar operacional em 2035, e um segundo talvez fosse lançado ao mar, nessa visão muito otimista.
Ao mesmo tempo, no caso de os brasileiros estarem sob estiagem econômica, a instalação de bases americanas no país e em vizinhos é prevista, assim como o “fortalecimento da Quarta Frota” da Marinha dos EUA, que cobre a região.
A questão econômica permeia o texto e reflete demandas usuais dos militares. O orçamento de 2020, na casa dos R$ 80 bilhões, é o menor em 15 anos, e aproximadamente 80% do valor vai para pessoal.
Bolsonaro, capitão do Exército reformado, preservou contudo programas específicos, encaminhou uma reforma de carreira há muito desejada pelos militares e faz gestos à categoria. Nesta sexta (7), será recriada a 6ª Divisão do Exército, seis anos após ser fechada.
Folha de S.Paulo
Bolsonaro sanciona lei para enfrentamento do novo coronavírus
Wilson Dias/Agência Brasil |
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que trata das medidas de enfrentamento emergencial, no âmbito da saúde pública, do novo coronavirus. A íntegra da Lei 13.979 foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (7).
A nova lei prevê a adoção de medidas como isolamento, que é a separação de pessoas doentes ou contaminadas, bem como de diversos tipos objetos, bagagens, mercadorias e encomendas postais, entre outros; e quarentena, que é a restrição de atividades ou separação de pessoas e objetos suspeitos de estarem contaminadas pelo vírus.
Seguindo o mesmo objetivo, de proteção da coletividade, a lei prevê também a realização compulsória de exames e tratamentos médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e outras medidas profiláticas que se considerarem necessárias; exumações, necropsias, cremações e manejo de cadáveres; restrições para a entrada e saída de pessoas do país; e requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas.
Também está prevista a autorização excepcional e temporária para a importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o texto, todas as medidas precisam ter por base “evidências científicas e em análises sobre as informações estratégicas em saúde”.
Para as pessoas afetadas pelas medidas descritas na nova lei estão previstos direitos como o de gratuidade no tratamento e de serem informadas permanentemente sobre o seu estado de saúde.
Toda ausência decorrente das medidas previstas na lei sancionada será considerada falta justificada, tanto para o serviço público como para o privado.
Dispensa de licitações
A lei que trata do enfrentamento ao novo coronavírus possibilita a dispensa de licitação para a aquisição de bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento da doença, e torna obrigatório, para órgãos e entidades, o compartilhamento de dados essenciais à identificação de pessoas infectadas ou com suspeita de infecção.
Ainda segundo a lei, que vai vigorar enquanto perdurar o estado de emergência internacional pelo coronavírus, toda pessoa colaborará com as autoridades sanitárias na comunicação imediata de possíveis contatos com agentes infecciosos do coronavírus, e sobre a circulação em áreas consideradas como regiões de contaminação pelo coronavírus.
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil Brasília
Regina Duarte se desentende com reverenda Jane Silva, sua adjunta na secretaria
Foto: Sergio Carvalho/Estadão |
Regina Duarte e a reverenda Jane Silva, que foi convidada pela atriz para ser a secretária-adjunta da Cultura, estão se desentendendo. Além de Jane não dar descanso para Regina, seguindo-a em diversos compromissos, nos bastidores o comentário é que Jane está tentando passar por cima da chefe nas atribuições da pasta.
Segundo relatos, a reverenda quis exonerar funcionários e tomar decisões sem falar com a atriz, o que teria aborrecido Regina.
Mônica Bergamo/Folha de S.Paulo
Rodovias concedidas terão a mais alta tecnologia, diz ministro
Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse hoje (6) que as novas concessões de rodovias estão sendo desenhadas com o que há de mais avançado no mundo. Segundo ele, as rodovias Presidente Dutra e Rio-Teresópolis e o trecho da BR-040 que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora serão as estradas mais modernas do Brasil.
"Às vezes as pessoas pensam que é simplesmente obra rodoviária, que é simplesmente duplicação, terceira faixa, passagem inferior, mas tem uma quantidade grande de serviços sendo agregadas. O que tem de tecnologia de informação, o que tem de monitoramento, de câmera de última geração a cada 500 metros. Vai estar tudo conectado a um centro de controle e estaremos monitorando de Brasília", disse.
Tarcísio participou nesta tarde do 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável da Costa Verde, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), na cidade de Seropédica (RJ). O evento teve como tema “Sem infraestrutura não há desenvolvimento”.
Via Dutra
O ministro fez uma longa apresentação de detalhes da concessão da Rodovia Presidente Dutra, conhecida coloquialmente como Via Dutra. Trata-se do trecho da BR-116 que liga a cidade de São Paulo à cidade do Rio de Janeiro. Desde 1996, a administração da rodovia é de responsabilidade da concessionária CCR Nova Dutra. O contrato de concessão de 25 anos está próximo de encerrar.
A nova concessão deverá durar 20 anos. O Ministério de Infraestrutura prevê R$ 32 bilhões de investimentos em melhorias na rodovia. A expectativa é de que as obras gerem 10 mil postos de trabalho e garantam uma arrecadação de R$ 2 bilhões em Imposto sobre Serviços (ISS), beneficiando os municípios por onde a rodovia passa. A pasta também estima que o pedágio será 20% menor.
Em áreas metropolitanas do Rio e de São Paulo está prevista a implantação do free flow, modalidade de cobrança de pedágio operado por meio de sistemas de livre passagem e sem necessidade de praças de pedágio. O valor cobrado será calculado por quilômetro rodado. Além disso, está sendo planejado um desconto para o usuário frequente. Outro elemento que deve ser incluído nas concessões são as obras das marginais, para que moradores de municípios onde há praças de pedágio tenham uma alternativa para não serem cobrados por trajetos curtos diários.
"As concessões serão transformadoras para a questão da segurança pública. Teremos a Nova Dutra toda iluminada com led, de cabo a rabo. Hoje morre muita gente na Dutra sabe por que? Atropelamento. E as pessoas são atropeladas porque está escuro. Então, iluminação é vida. Vamos combater o roubo de carga com monitoramento. Teremos rodovias extremamente inteligentes. Não é só mobilidade, é mais do que isso. É segurança também. E nós fomos nos socorrer no Banco Mundial para trazer o que há de mais moderno no mundo. É um modelo de primeiro mundo", disse.
Tarcísio disse que uma rodovia moderna produz também uma queda nos gastos com saúde pública. Segundo o ministro, nas rodovias que foram concedidas entre 2011 a 2018 houve queda de acidentes de 28%. O maior desafio, de acordo com ele, é prever o que vai acontecer nos próximos 30 anos. Tarcísio avalia que a concessão da Via Dutra, uma das primeiras do Brasil, foi muito celebrada após sua implantação, mas exauriu com o tempo porque as melhoras não foram planejadas de forma adequada.
"Não tínhamos conhecimento. Não tínhamos Lei de Concessões. Não tínhamos agência reguladora. De lá para cá, nós aprendemos muito. Tiramos muitos ensinamentos: o que o contrato tem que ter, como ele deve ser modelado", disse. Segundo ele, muitas pesquisas estão sendo realizadas para que sejam levadas em conta as preferências do condutor, as tendências de tráfego e outros fatores.
Recursos privados
Tarcísio disse ser preciso separar a questão técnica do populismo. "É muito fácil bater em pedágio. Mas as coisas não são de graça. O governo federal não tem dinheiro para investir. Isso é um fato. Estamos comprimidos pelo teto dos gastos. Ao mesmo tempo há uma necessidade de investir, que não dá pra esperar. E aí temos que nos socorrer da iniciativa privada. E a conta tem que fechar".
O ministro confirmou que o pacote de concessão da Via Dutra incluirá a Rodovia Rio-Santos. Trata-se do trecho da BR-101 que interliga os municípios do Rio de Janeiro a Santos, dando acesso a diversas cidades dos litorais fluminense e paulista.
"A Dutra é a única que tem pulmão financeiro para suportar a Rio-Santos, que não tem capacidade de suportar uma concessão sozinha. Aí podem dizer que é injusto o usuário da Dutra pagar pela Rio-Santos, mas não é. Isso é política pública. Eu vou pegar a rodovia que é mais carregada e vou levar investimento e segurança para aquele segmento onde isso não é possível”, disse Tarcísio. Ele considera que a melhora do rodovia pode gerar aumento do turismo em Parati e em Angra dos Reis.
De forma similar, a Rodovia Raphael de Almeida Magalhães, popularmente conhecido como Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, deverá ser abarcado pela nova concessão da Rio-Teresópolis, atualmente administrada pela concessionária CRT. Para Tarcísio, essa foi a solução encontrada para enfrentar o que ele considera o maior desafio de infraestrutura do Rio: modernizar o Arco Metropolitano. "Aí vai vir recurso privado com fôlego. Vai substituir toda a iluminação pública, vai colocar monitoramento".
Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
Governo prevê investimento de R$30 bi em ferrovias nos próximos 5 anos
Foto: Divulgação |
O Ministério de Infraestrutura prevê investimentos de R$ 30 bilhões para ampliar a malha ferroviária do país. Os recursos seriam obtidos por meio de concessões. Informações foram detalhadas pelo ministro Tarcísio Gomes de Freitas, que participou hoje do 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável da Costa Verde, realizado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), na cidade de Seropédica (RJ).
"Vamos investir R$ 30 bilhões em ferrovias nos próximos 5 ou 6 anos", disse. O primeiro contrato de concessão foi assinado no ano passado e envolve a Ferrovia Norte-Sul, no trecho entre Porto Nacional (TO) e Estrela D'Oeste (SP). Para este ano, são previsas as concessões da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que ligará Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO), e a Ferrogrão, projeto com origem em Cuiabá (MT) e término em Santarém (PA).
O governo planeja ainda trabalhar por uma mudança legislativa que permita o regime de autorização. Trata-se de um modelo em que o investidor tem mais liberdade do que no regime de concessão. "Hoje não é possível nós operarmos com autorização nas ferrovias. No setor portuário, nós já fazemos isso. As autorizações abrem uma nova porta. Vale para aquele investidor que quer tomar o risco de engenharia, para que possa empreender e ter a propriedade da ferrovia, ter o benefício da perpetuidade, a liberdade para definir sua tarifa. Isso é importante para quem assume risco de longo prazo e proporciona novos investimentos ferroviários no Brasil", disse Tarcísio.
Segundo um estudo de 2018 da Fundação Dom Cabral, a malha rodoviária é utilizada para o escoamento de 75% da produção no país. As ferrovias respondem por 5,4%. Os impactos causados pela greve dos caminhoneiros de 2018 expôs a dependência do país do transporte rodoviário e gerou um debate público sobre a necessidade de se ampliar a malha ferroviária .
Tarcísio disse que o Ministério da Infraestrutura tem conversado com todos os setores em busca de melhorias coletivas. No caso dos caminhoneiros, ele destacou ter abarcado algumas demandas nos projetos de concessões de novas rodovias como a Rodovia Presidente Dutra, conhecida popularmente como Via Dutra, que liga o Rio de Janeiro à São Paulo.
"Eu tenho 70 grupos de Whatsapp de caminhoneiros para vocês terem uma ideia. E eu costumo responder todas as questões. Dá um trabalho danado, mas é importante porque isso muda um ponto de vista, às vezes segura uma greve", disse.
Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
Bretas libera mais de R$ 660 milhões apreendidos na Lava Jato
Tomaz Silva/Agência Brasil |
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, responsável pela Operação Lava Jato no Rio, autorizou a liberação de R$ 668,5 milhões, pagos por delatores na Lava Jato, para o governo do Rio e a União, como forma de restituir os valores saqueados dos cofres públicos em esquema de corrupção investigado pela força-tarefa do Ministério Público Federal. O pedido de liberação partiu da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ).
Pela decisão de Bretas, o governo do Rio ficará com R$ 208.983.575,27 e a União com R$ 459.593.650,27. A parcela a ser recebida desta vez pelo governo federal é maior porque o estado do Rio já havia recebido, entre outras restituições, R$ 250 milhões para pagar o décimo terceiro salário dos servidores públicos estaduais, em 2017. A Lava Jato já havia repassado também R$ 15 milhões para a recuperação de escolas no Rio. Esta será a primeira vez que a União vai receber recursos da Lava Jato como forma de restituição.
De acordo com a PGE-RJ, a liberação ocorre depois que a própria Procuradoria fez um requerimento solicitando a transferência dos valores depositados por colaboradores em contas à disposição do Juízo. O estado alegou que os valores que vêm sendo depositados pelos delatores não eram alvo de nenhuma disputa ou questionamento sobre sua destinação. Sendo assim, poderiam ser destinados aos entes lesados. Bretas concordou com o argumento e acrescentou que, de fato, estava havendo uma diminuição gradual dos recursos, uma vez que eles sofrem os efeitos danosos da inflação.
Na decisão, o magistrado escreveu que “não se pode olvidar que a organização criminosa, desbaratada no âmbito da chamada Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, causou prejuízos milionários, se não bilionários, ao estado em diversas áreas relevantes, como saúde e transporte, diretamente, e indiretamente a tantas outras, como segurança e educação, além do dano inquantificável dos muitos investimentos que não foram feitos pela falta de verba provocada pelos desvios criminosos”.
Bretas disse ainda que “a restituição imediata, nos termos acordados pelas partes, é medida que se impõe, por estar em consonância com o interesse público e a fim de mitigar os danos sofridos pela população fluminense ao longo de tantos anos de má gestão e corrupção”.
Por Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
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