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Tribuna 91 FM (21/03/2020) - IPIAÚ FM [AO VIVO]

PM desmonta fábrica clandestina de álcool em gel com 60 mil rótulos falsificados

Foto: Divulgação/SSP
Uma operação conjunta deflagrada pela Polícia Militar, Ministério Público da Bahia e Vigilância Sanitária de Cruz das Almas desmontou na sexta-feira (21) uma fábrica clandestina para a produção e venda de álcool em gel na cidade do recôncavo baiano, distante 142 km de Salvador.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, no local, uma espécie de galpão, foram aprendidos 60 mil rótulos do produto falsificado, além de equipamentos como envazador, misturador, 11 tonéis com insumos e sete galões de propileno glicol.
Dentre as centenas de caixas destinadas a embalar os produtos, 15 delas já estavam prontas para venda, com adesivos em que se liam a inscrição “Álcool em gel 70%”.
Havia ao menos 16 pessoas no galpão no momento da ação. O dono do estabelecimento fugiu pouco antes da chegada de agentes da 27ª Companhia Independente de Policia Militar (CIPM-Cruz das Almas). Ele está sendo procurado.
“Quando chegamos no local informado pela denúncia, constatamos a veracidade do fato. O criminoso é dono de uma distribuidora de cosméticos e estava produzindo o álcool com perfumes e gel de cabelo. No momento do flagrante, 16 pessoas estavam produzindo os itens de maneira precária e sem nenhuma autorização dos órgãos competentes”, informou o comandante da 27ª CIPM, major Marcos David.
O delegado Cristóvão Eder Maia de Oliveira, titular da Delegacia Territorial de Cruz das Almas informou que o espaço onde funcionava a fábrica clandestina será periciado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para periciar o local.
“Não tinha nenhum equipamento para determinar o percentual de álcool no produto. Ele misturava com gel de cabelo, embalava e distribuía para os comerciantes da região.” disse.
“Cerca de 60 mil rótulos foram encontrados no local. Muitos devem ter sido vendidos para comerciantes. Então alertamos a população para que não compre o produto. Quem adquiriu procure a Delegacia para prestar queixa. O dono da fábrica clandestina vai responder por crimes contra a saúde pública e o consumidor”, afirmou o delegado.

Número de casos de covid-19 confirmados no Brasil sobe para 1.128

@IzacNobrega/PR
O número de casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, subiu de 904 para 1.128 nas últimas 24 horas, divulgou há pouco o Ministério da Saúde. O número de mortes aumentou de 11 para 18. Os dados consideram informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde até às 16h.
O Maranhão registrou hoje a primeira ocorrência da doença, detectada em um viajante que chegou de outro estado. No momento, apenas Roraima não registra nenhum caso.
De acordo com a contagem do ministério da Saúde, a região Sudeste registra o maior número de casos, com 642 confirmações. Em seguida, a região Nordeste, que soma 168 casos, a região Sul  com 154 casos, o Centro-Oeste com 138 e a região Norte, com 26. Do total de mortes, 15 ocorreram no estado de São Paulo; e as três restantes, no estado do Rio de Janeiro.
Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Estradas e aeroportos reabrem no Brasil por decreto de Bolsonaro

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, decretou hoje sem efeito o encerramento dos aeroportos e estradas decidido por vários governos regionais do país para combater a pandemia do novo coronavírus
@DR
Bolsonaro publicou um decreto que atribui ao Governo a exclusividade para regular os transportes nacionais e internacionais e deixa sem efeito o encerramento dos aeroportos e estradas decretados em vários estados. 

Segundo o diploma, os governos regionais e municipais só podem ordenar o encerramento de terminais ou vias de transporte com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador vinculado ao executivo.

No mesmo decreto, Bolsonaro garante o normal funcionamento dos serviços públicos e atividade essenciais, bem como a circulação de alimentos e produtos básicos para a população, incluindo material médico e equipas de saúde, necessárias para combater a pandemia pela covid-19.

Para o presidente brasileiro, a economia não pode parar e é necessário garantir o transporte de material de ajuda no combate ao novo coronavírus.

Entre os serviços e atividades consideradas essenciais estão os serviços médicos e hospitalares e o transporte entre municípios e estados brasileiros e as viagens internacionais de passageiros.

A medida de Bolsonaro vai permitir a milhares de argentinos e chilenos que estão há vários dias dormem nos aeroportos dos Brasil, impedidos de sair devido às restrições impostas pelo novo coronavírus, de poderem viajar para os seus países.

O Brasil contabiliza 11 mortos e 904 infectados pelo novo coronavírus.

Do total de mortes, nove ocorreram em São Paulo, que tem ainda 396 casos confirmados. O estado do Rio de Janeiro tem dois mortos e 109 infectados. Os estados de Roraima e Maranhão continuam os únicos sem casos registrados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 11.401 morreram.

POR NOTÍCIAS AO MINUTO

Ficar em casa é “oportunidade de reaprendermos a conviver”

@Thomaz Silva/Agência Brasil
A pandemia do novo coronavírus, responsável pela Covid-19, está impondo uma realidade inédita para as atuais gerações: ter de ficar compulsoriamente em casa. O confinamento obrigatório pode causar desconforto emocional, mas também é um momento em que é possível reavaliar a vida, melhorar o autoconhecimento, instruir-se, divertir-se, reforçar laços sociais e, especialmente, familiares.
Para entender melhor os riscos à saúde mental e as oportunidades para novas descobertas de felicidade, a reportagem da Agência Brasil entrevistou (por escrito) a psicóloga Karoline Paiva e o psicanalista Marcos Wagner, ambos de São Paulo.
Juntos, os dois escreveram a cartilha “Desconforto emocional em tempos de confinamento”, que circula pelas redes sociais e pode ser localizada por meio dos sistemas de busca na internet.
Agência Brasil: Ficar em casa, para algumas pessoas, é extremamente agradável. Para outras, entretanto, é insuportável não sair. Esses traços poderão ajudar ou agravar no período de isolamento?
Karoline Paiva e Marcos Wagner: Pessoas introvertidas tendem a se sentir confortáveis com baixa interação social, enquanto as extrovertidas têm maior necessidade de contatos sociais. Desta forma, pessoas mais “sociáveis” podem sofrer maior angústia na privação do contato. Porém, independentemente do traço pessoal, nesse contexto de pandemia, ambos têm condições internas de enfrentamento, desde que priorizem e se motivem em direção ao bem comum.
Agência Brasil: Que desconfortos emocionais os períodos de isolamento podem causar?
Paiva e Wagner: Os principais desconfortos que percebemos são: sensação de desamparo e abandono, sensação de cerceamento da liberdade. Podem ser acentuadas inclinações já existentes para hipocondrias, depressão, processos ansiosos e manias. É importante também destacar alteração no comportamento alimentar, já que tendemos a ingerir maior quantidade de calorias, aliada ao sedentarismo acentuado neste momento. Além disso, há a luta por sobrevivência, expressa no comportamento de estocar alimentos, produtos de limpeza, etc. As compras em excesso podem ser compreendidas como uma luta pela própria preservação, por parte da população que dispõe de recursos financeiros para este tipo de consumo. Aquela parcela privada de condições se abstém do acúmulo, mas tende também a controlar seu consumo habitual de alimentos.
Agência Brasil: Vocês temem que as pessoas possam desenvolver algum tipo de neurose?
Paiva e Wagner: O contexto social de pandemia pode ser um potencializador de quadros depressivos, ansiosos e compulsivos uma vez que nossa fantasia infantil de onipotência é rompida e nos deparamos com a real vulnerabilidade humana. Há ainda questões relacionadas com [o que os psicólogos chamam de] a ferida narcísica, uma reedição das nossas angústias mais primitivas, uma vez que estamos sob ameaça de impedimento da realização daquilo que nos dá prazer e segurança. Esta desestabilização sublinha negação da realidade ou a exacerbação do medo, a depender da constituição de cada sujeito. Na luta pela sobrevivência, algumas normas e regras sociais que normalmente nos direcionavam podem ser quebradas em virtude do mal estar social generalizado. Por isso, sugerimos que as interações sociais sejam mantidas ainda que virtualmente, respeitando as novas regras como a limitação ao toque físico e proximidade. Busque manter uma rotina saudável e sociável com amigos, parentes, etc. Utilize a tecnologia a seu favor nestes contatos.
Agência Brasil: Podem surgir conflitos familiares?
Paiva e Wagner: Sim. Na proposta da quarentena, a rotina cotidiana é alterada e faz com que os papeis que normalmente desenvolvemos fiquem restritos. Um exemplo: a mãe que trabalha em home office [trabalho em casa] necessita dar atenção ao filho, arcar com as tarefas do trabalho e de casa, além do papel de esposa e, muitas vezes, de filha. Ela, certamente, estará sobrecarregada. Isso pode acentuar conflitos geracionais, uma vez que são diversas demandas em cada um dos integrantes do grupo familiar. Por outro lado, é uma oportunidade de reaprendermos a conviver de forma simples e mais caseira, respeitando as limitações e perspectivas de cada integrante do grupo social chamado família.
Agência Brasil: Como passar longo tempo com a família com prazer?
Paiva e Wagner: Uma das possibilidades é que pensem juntos numa rotina para o novo, o momento de confinamento. Em vez de impor regras de acordo com a hierarquia de cada família, sugerimos resgatar o lúdico por meio de jogos compatíveis com todas as gerações (jogos de tabuleiro são boas opções); a redistribuição de tarefas domésticas. Vale transformar o momento do preparo das refeições em um momento familiar onde cada um pode contribuir, sugerir, executar de acordo com suas possibilidades etárias e físicas.
Agência Brasil: Que rotinas devemos incorporar dentro de casa para que esses dias não sejam tão difíceis?
Paiva e Wagner: Toda e qualquer atividade cultural como tour virtuais a museus, lives musicais e culturais de outras fontes que levem entretenimento e diversidade de assuntos podem aliviar a carga imposta pelo isolamento.
Agência Brasil: E o que devemos evitar?
Paiva e Wagner: Evite a ansiedade da hiper-informação e as fake news. Mantenha uma rotina e não se entregue ao total ócio. Faça contatos sociais e evite o desequilíbrio nas relações. Enfim, busque aquecer sua alma com as coisas que te fazem bem e te trazem esperança.
Agência Brasil: As redes sociais, os jogos eletrônicos e a programação da TV, algumas vezes vistas como tóxicas quando em excesso, serão bastante úteis ou podem ser problemáticas?
Paiva e Wagner: Todo excesso é prejudicial, uma vez que desvia o foco e pode desencadear quadros ansiosos. O ideal é buscarmos a medida do suficiente. Isso quer dizer buscar o suficiente para o consumo nas compras, nas horas de internet e jogos, nas redes sociais, etc. Há oportunidade de revisitar os vínculos e ressignificar relações. Aproveite o momento para focar nisso!!!
Agência Brasil: Vocês indicam ler?
Paiva e Wagner: Consumir boas leituras pode trazer serenidade, proporcionar novos horizontes e aprendizados, além de uma sensação de liberdade, uma vez que você pode mergulhar na história e, nesse mergulho, aliviar a tensão própria da realidade do confinamento.
Por Gilberto Costa – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Promotoria entra com ação para que SP impeça cultos de Malafaia e Macedo

@Divulgação/Silas Malafaia
O Ministério de São Paulo entrou com ação pedindo liminar para obrigar o governo João Doria (PSDB) e a gestão Bruno Covas (PSDB) a impedirem cultos, citando nominalmente pastores como Silas Malafaia e Edir Macedo, e usar medidas administrativas contra estabelecimentos que insistirem em abrir.
A ação civil pública, contra estado e município, é assinada pelos promotores Dora Martin Strilicherk, Anna Trotta Yaryd e Arthur Pinto Filho. Eles pedem uma série de dados, como publicação de informações sobre número de contagiados, o número de suspeitos, e o número de mortes, entre outros. Também cobram reforço na fiscalização.
A ação leva em consideração que Doria emitiu apenas recomendação para que os cultos não sejam realizados e para que shoppings e academias fiquem fechados.
“Tendo em vista a proximidade do final de semana quando se realizam a maioria dos cultos religiosos, determinar medidas administrativas urgentes para garantir a suspensão imediata dos cultos/serviços religiosos em geral, bem tomar as providências cabíveis no âmbito administrativo, sanitário e penal para que líderes religiosos, dentre os quais Silas Malafaia e Edir Macedo, não convoquem seus fiéis e seguidores para a celebração de cultos”, afirma a peça.
Edir Macedo, da Igreja Universal, afirmou que o coronavírus é uma tática de Satanás. “Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de Satanás. Satanás trabalha com o medo, o pavor. Trabalha com a dúvida. E quando as pessoas ficam apavoradas, com medo, em dúvida, as pessoas ficam fracas, débeis e suscetíveis. Qualquer ventinho que tiver é uma pneumonia para elas”, afirma Macedo
Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, por exemplo, tem dito que não diminuirá cultos nem fechará igrejas, e que só mudará de posição mediante decisão da Justiça.
Ao contrário de Bruno Covas (PSDB) em São Paulo, Doria emitiu apenas recomendações, enquanto o prefeito paulistano proibiu estabelecimentos. Por isso, a Promotoria também cobra endurecimento da fiscalização estadual.
Promotores pedem “a imediata fiscalização e aplicação das sanções administrativas/sanitárias, inclusive com a interdição administrativa dos estabelecimentos, caso necessário, e comunicação dos fatos à autoridade policial competente”.
Ação pede multas de R$ 10 mil para descumprimento dos itens requeridos à Justiça.
O governo estadual enviou nota à Folha afirmando que “que recomendou a suspensão de cerimônias, celebrações, missas ou cultos a partir de segunda-feira (23) e não o fechamento de templos e igrejas, que podem continuar a receber fiéis para orações e orientação religiosa individual, mas segundo regras específicas para mitigar a circulação do vírus”. “Contudo, se houver necessidade, poderá adotar medidas mais restritivas”, acrescentou.
Folhapress

Governador decreta redução de despesas e pede calamidade pública à AL

Foto: Secom/GOVBA
O governador Rui Costa encaminhou mensagem à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), nesta sexta-feira (20), solicitando declaração do estado de calamidade pública, com efeitos até 31 de dezembro de 2020, com a consequente dispensa do atingimento dos resultados fiscais e limitação de empenho prevista, bem como suspensão da contagem de prazos. 

No documento, que deverá ser publicado no Diário Oficial da Alba deste sábado (21), o governador justifica o pedido levando em consideração o cenário atual em que se encontra o estado devido à pandemia do novo coronavírus. "Diante do quadro de pandemia do novo coronavírus, dos reflexos sociais, econômicos e de saúde pública, e ainda da necessidade de atuação dos Poderes do Estado da Bahia para proteção de todos os baianos, venho solicitar a Vossas Excelências o reconhecimento e declaração do estado de calamidade pública". 

Ainda na mensagem, o governador da Bahia destaca que "mostra-se evidente que os impactos a serem observados na sociedade vão muito além da questão de saúde pública, afetando, diretamente, a economia como um todo, com redução das atividades de produção, transporte, consumo e serviço. A expectativa é que haja uma redução de até 2% no Produto Interno Bruto - PIB mundial em 2020".

Também de acordo com o documento, no caso da Bahia, cuja principal fonte de receita é o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviço de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, estima-se que a queda geral na receita será de aproximadamente R$ 1,5 bilhão até dezembro de 2020.

Contenção de despesas

Já no Diário Oficial do Estado deste sábado (21) será publicado novo decreto do governador Rui Costa que estabelece diretrizes para contenção de despesas e pessoal no estado da Bahia. De acordo com o documento, ficam suspensas as despesas públicas decorrentes das atividades de aquisição de imóveis e veículos; contratação de cursos, seminários, congressos, simpósios e outras formas de capacitação e treinamento de servidores públicos. As disposições não se aplicam às compras e contratações relacionadas às ações de prevenção, controle e tratamento do COVID-19.

O decreto nº 19. 551 orienta, ainda, que os contratos administrativos em vigor nos órgãos da Administração direta, autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Estado poderão ter excepcionalmente seu objeto executado. Para tanto, a Secretaria da Administração do Estado (Saeb) deverá apoiar e orientar a viabilização dos serviços. As secretarias da Fazenda (Sefaz) e do Planejamento (Seplan) adotarão medidas necessárias para adequações orçamentárias e financeiras.

Cada órgão e entidade deverá encaminhar à Coordenação de Qualidade do Gasto Público da Sefaz, até o dia 31 de março de 2020, o plano de redução de gastos relacionados às despesas para controle e acompanhamento.

Secom  - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

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