Prefeitura de Ipiaú acolhe idosos testados negatio para COVID 19d Abrigo Casa Deraldina.
A Prefeitura de Ipiaú, através da Secretaria de Saúde e Assistência Social disponibiliza o deslocamento e o acolhimento de todos os idosos testados negativo para Covid 19, no abrigo, Casa de Amparo a Velhice Dona Deraldina, na tarde desta sexta-feira (08).
Visando a proteção da população idosa, e em atendimento a recomendação do Ministério Público da Bahia, a gestão do governo participativo conduziu os dez idosos que testaram negativo para o Covid 19 para a Fundação Hospitalar de Ipiaú. O local foi totalmente desinfectado para recebê-los e terá acompanhamento e assistência diária durante o período de 15 dias.
No abrigo, um total de 55 idosos (representa 83%) e 11 profissionais da instituição, (representa 45%) foram positivados para com novo coronavírus na análise de swab feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia(LACEN-BA).
Em tempo, a Prefeitura de Ipiaú continua adotando todas as medidas cabíveis para o combate à pandemia. Faça sua parte!
Se puder #FiqueEmCasa e se precisar sair #UseMascara
Funcionários do Hospital Costa do Cacau recebem treinamento para tratar pacientes infectados pelo coronavírus
Fotos: Divulgação/HRCC |
Com a abertura nesta semana da unidade Covid-19, exclusiva para tratamento da doença, no Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, funcionários da ala receberam treinamento e instruções específicas para a atuação profissional dentro do ambiente hospitalar de cuidados com os enfermos infectados pelo novo coronavírus.
Fotos: Divulgação/HRCC |
Apesar de a maioria desses profissionais contratados para atuar na ala Covid-19 ter vivência em UTIs e conhecer seu funcionamento, a equipe especializada de Enfermagem do HRCC realizou treinamento sobre uso de equipamentos e repassou orientações de fluxo interno de assistência ao paciente.
Outras orientações técnicas específicas também foram repassadas, como a utilização da cápsula para transportar pacientes Covid-19, que protege o colaborador de aerossóis gerados. Para a equipe de técnicos de enfermagem foi orientado o funcionamento da bomba de infusão utilizada para drogas vasoativas, administração de medicações e uso contínuo como as sedações.
Instrutores do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), do HRCC, orientaram sobre higienização das mãos, retirada de adornos, utilização de avental descartável, roupa privativa, óculos de segurança, protetor facial, luva de procedimento, máscara PFF2/N95 e respirador facial com filtro químico.
Fotos: Divulgação/HRCC |
Como parte do treinamento teórico-prático, também foram abordados: distância segura, cuidados com a retirada de vestimenta, máscara cirúrgica, colocação de retirada de equipamentos de proteção individual – EPIs (paramentação e desparamentação) e manual preventivo de propagação.
De acordo com o diretor assistencial do HRCC, Almir Gonçalves, a unidade Covid-19 do hospital segue um planejamento já adotado pela administração, com treinamentos que capacitam profissionais. “Sempre esteve em nossa rotina a aplicação de treinamentos. Nós buscamos qualificar e melhorar os serviços em saúde para os pacientes; também, em especial, devemos resguardar a saúde dos nossos colaboradores”, explicou.
Avaliação
Funcionários do HRCC avaliaram de forma positiva a abertura da unidade Covid-19, sua estrutura e seus cuidados para prevenção, como o túnel de desinfecção. Para a auxiliar administrativa Iza Reis, a iniciativa é essencial e eficaz para conter a disseminação do vírus, em um momento como este. “Nosso agradecimento ao Governo do Estado, assim como à direção do Hospital Regional Costa do Cacau por estarem juntos e trabalhando alinhados visando nossa prevenção e de todos os pacientes. Temos o Costa do Cacau como exemplo”, disse.
O enfermeiro Ronaldo Pereira sinalizou que, com a chegada do novo coronavírus, o cenário em todos os estados e municípios mudou. “Essa nova estrutura dentro do HRCC foi uma resposta eficiente frente ao problema que enfrentamos. Os investimentos vieram para agregar aos cuidados que ofertamos aos usuários do SUS. Nosso agradecimento ao governador Rui Costa e à direção do IBDAH, que faz a gestão do Hospital Costa do Cacau” .
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
Produção de máscaras por pequenos empreendimentos movimenta economia na Bahia
Fotos: Divulgação |
O edital, que resultou em um catálogo eletrônico, foi lançado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em parceria com as secretarias do Planejamento (Seplan) e de Desenvolvimento Econômico (SDE).
O secretário da SDR, Josias Gomes, considera a ação resultado da preocupação permanente do Governo da Bahia em promover alternativas que protejam a população: “É preciso que cada um faça seu papel nesta luta contra a Covid-19. Nós, da SDR, estamos unindo esforços para enfrentarmos essa pandemia. E é uma das nossas ações para gerar renda para os pequenos empreendimentos, promovendo a produção de uma proteção tão necessária neste momento, as máscaras”.
Fotos: Divulgação |
A Cooperativa Rede de Produtoras da Bahia (Cooperede), com sede no município de Feira de Santana, é um dos empreendimentos habilitados pelo edital. A Cooperede está produzindo 2 milhões de máscaras, por meio de contrato com a CAR/SDR. Para atender a essa demanda, a cooperativa está envolvendo 500 mulheres dos territórios do Portão do Sertão, Sisal, Bacia do Jacuípe, Recôncavo, Nordeste II e Região Metropolitana.
A coordenadora geral da Cooperede, Maria Nilza da Conceição, destaca que o contrato foi muito importante para o fortalecimento do empreendimento neste momento de crise. “Essa foi uma grande oportunidade para as mulheres que estavam paradas e sem perspectiva, e, agora, contam com uma renda. O benefício disso vai além da questão econômica, pois traz a essas mulheres ocupação para a mente, que também é importante neste momento em que precisamos estar isolados”.
Outro empreendimento que está a todo vapor com a produção é o Costura Solidária Sustentável, da Península de Itapagipe, em Salvador, vinculado à Cooperativa Central de Agricultura Familiar, Reforma Agrária, de Trabalho e de Economia Solidária Urbana e Rural (Coopercentral). A encomenda inicial foi de 3 mil máscaras.
Segundo a representante do grupo de costureiras, Carine Nascimento, essa foi a única alternativa de renda para muitas mulheres. “Os empreendimentos de economia solidária estavam em grande aperto neste período, pois não temos consumidores para os nossos produtos. Com a produção de máscaras, mulheres negras, de periferias, e chefes de família voltaram a levar o sustento para suas casas”.
De acordo com o secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, o Governo do Estado está preparando novos insumos para a produção de outros 5 milhões de máscaras, entre os dias 20 e 25 deste mês, o que totalizará 10 milhões de unidades. “Com a produção das máscaras, o Governo da Bahia gera renda para milhares de famílias, ao tempo em que a distribuição em massa amplia a proteção das pessoas contra o Coronavírus”, afirma Pinheiro.
Catálogo eletrônico
O catálogo com os 603 empreendimentos habilitados no edital público está disponível para toda a população nos sites da CAR (www.car.ba.gov.br) e da SDR (www.sdr.ba.gov.br). Como forma de otimizar a divulgação dos empreendimentos habilitados, o catálogo foi enviado para prefeituras municipais, secretarias e órgãos do estado da Bahia, empresas e organizadores de campanhas de uso de máscaras.
No catálogo constam nome, localização, formas de contato, tudo o que é necessário para encomendar as máscaras. E está dividido por Território de Identidade, para facilitar a encomenda.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
Ipiaú: Secretaria de Ação Social inicia entrega de mais de 3 mil cestas básicas emergenciais e máscaras
A Prefeitura Municipal de Ipiaú, por meio da Secretaria de Ação Social e Desporto, iniciou a entrega de cestas básicas às famílias de baixa renda que se encontram cadastradas para receber o item emergencial. O alimento que chega às vésperas do Dia das Mães reforça as ações do Governo Participativo para o enfrentamento à pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19).
Para evitar aglomerações, a Secretária Nena Costa, optou por realizar a distribuição nos domicílios de cada beneficiário. Serão atendidas as famílias residentes dos bairros Euclides Neto, Santa Rita, Irmã Dulce, São José Operário, Ubirajara Costa (Sítio do Pica-Pau), Constância, Bairro Santana, Pau D’Arco, Nossa Senhora Aparecida, Dois de Dezembro, ACM, Vila Esperança, Horta Comunitária, Cantinho do Céu e ruas centrais da cidade.
A dona de casa Lucélia Souza, moradora do Cantinho do Céu, no Complexo do Bairro Euclides Neto, assegura que o alimento recebido da prefeitura tem sido muito importante para a sua família. “Nesta situação de pandemia, a gente que tem baixa renda, tem que se virar como pode e ficamos satisfeitas com a ajuda da prefeitura e da Prefeita Maria das Graças que está fazendo muitas coisas boas na cidade”.
Nena avalia a distribuição como essencial. Segundo a titular da pasta, além dos kits alimentícios, também foram distribuídas máscaras de tecido para os moradores.
“O nosso foco é nas pessoas que realmente precisam de apoio, as que estão na maior situação de vulnerabilidade social. O objetivo é proteger a todos”, comentou.
As equipes continuam trabalhando nos domicílios até o próximo dia 09, para atendimento dos beneficiários. (José Américo Castro/Dircom Prefeitura)
Municípios começam a receber recursos destinados à assistência socia
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil |
Recursos da ordem de R$ 600 milhões serão transferidos para a assistência social de todos os municípios, a partir desta sexta-feira (8). A transferência do dinheiro é referente aos meses de abril, maio e junho e será feita pelo Ministério da Cidadania, por meio do Fundo Nacional de Assistência Social, e tem por objetivo proteger a população vulnerável, que mais tem sofrido as consequências da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
“Vamos fazer o pagamento de uma parcela que vai englobar três meses, exatamente para dar condições para o Sistema Único de Assistência Social (Suas). É um exército que chamo ‘do bem’, próximo de 200 mil pessoas que estão em cada canto do Brasil, levando não apenas alimento e prevenção, mas carinho, conforto e estímulo para a população enfrentar este momento”, disse o ministro Onyx Lorenzoni.
Um segundo repasse será feito em 8 de junho, serão mais R$ 600 milhões, referentes aos meses de julho, agosto e setembro. Com isso, o total destinado para o fortalecimento da assistência social, via cofinanciamento do Suas, chegará a R$ 1,2 bilhão. Os recursos foram garantidos na Medida Provisória nº 953, publicada em 16 de abril, que abriu crédito extraordinário de R$ 2,5 bilhões.
De acordo com o ministério, outra parte dos recursos será destinada para os municípios atuarem em três frentes: aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para as equipes de assistência social; compra de alimentos para as instituições que cuidam de idosos, além de orfanatos; e ações de acolhimento e abrigamento de moradores de rua. O anúncio da aplicação desses recursos foi feito no dia 30 de abril.
“É um volume de R$ 1,03 bilhão para a aquisição. Nós temos hoje 1.686 municípios brasileiros habilitados a receber os recursos. São R$ 159 milhões que estão sendo transferidos a partir de hoje para esses municípios, também no sistema de duas parcelas. Recebe um primeiro volume que permite o atendimento por três meses e, depois, uma segunda parcela em junho, para atender outros três meses”, disse Lorenzoni.
Inscrições para o Enem 2020 começam na próxima segunda-feira
foto: Wilson Dias/Agência Brasil |
As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 começam na próxima segunda-feira (11) e vão até o dia 22 de maio. Elas poderão ser feitas por meio da página do Enem na internet.
Enem digital
A partir deste ano o Enem terá duas modalidades de provas, as impressas, com aplicação prevista para os dias 1º e 8 de novembro, e as digitais, para os dias 22 e 29 de novembro. O participante que optar por fazer o Enem impresso não poderá se inscrever na edição digital e, após concluir o processo, não poderá alterar sua opção.
A estrutura dos dois exames será a mesma. Serão aplicadas quatro provas objetivas, constituídas por 45 questões cada, e uma redação em língua portuguesa. Durante o processo de inscrição, o participante deverá selecionar uma opção de língua estrangeira - inglês ou espanhol.
Neste ano, será obrigatória a inclusão de uma foto atual do participante no sistema de inscrição, que deverá ser utilizada para procedimento de identificação no momento da prova. O valor da taxa de inscrição é de R$ 85 e deverá ser pago até 28 de maio.
Isenção de taxa
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), todos os participantes que se enquadrarem nos perfis especificados nos editais, mesmo sem o pedido formal, terão isenção da taxa. A regra vale tanto para os participantes que optarem pelo Enem impresso quanto para os que escolherem o Enem digital e se aplica, inclusive, aos isentos em 2019 que faltaram aos dois dias de prova e não tenham justificado ausência.
Portanto, no ato da inscrição para o Enem 2020, terão isenção de taxa os candidatos que estejam cursando a última série do ensino médio este ano, em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública declarada ao Censo da Educação Básica; tenham feito todo o ensino médio em escolas da rede pública ou como bolsistas integrais na rede privada e tenham renda per capita familiar igual ou inferior a um salário mínimo e meio; ou declarem estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por serem membros de família de baixa renda e que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), que requer renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos.
Acessibilidade
A Política de Acessibilidade e Inclusão do Inep visa dar atendimento especializado aos participantes que necessitarem. Para facilitar a compreensão no momento da inscrição, os atendimentos específicos (gestantes, lactantes, idosos e estudantes em classe hospitalar) foram incluídos na denominação "especializado". As solicitações para esses atendimentos também deverão ser feitas entre 11 e 22 de maio. Os resultados serão divulgados em 29 de maio. Para os pedidos que forem negados, está prevista uma fase para apresentação de recursos. O resultado final estará disponível no dia 10 de junho.
Os pedidos de tratamento por nome social serão feitos entre 25 e 29 de maio, com previsão de divulgação dos resultados em 5 de junho. O período para apresentação de recursos será entre 8 e 12 de junho e a disponibilização dos resultados finais em 18 de junho.
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - BrasíliaFoto: Divlgação/Facebook |
Um grupo de Salvador reclamou de ACM Neto (DEM) e Rui Costa (PT), que estão ampliando as medidas de isolamento social no estado devido ao crescimento de casos de Covid-19 na Bahia.
“O prefeito e o governador querem fechar tudo lá na Bahia. A cidade de Salvador já começou a fechar até os bairros agora”, disse um rapaz. "O senhor tem que intervir lá na Bahia da forma que o senhor puder”, acrescentou, ressaltando que “dentro da constituição e dentro da lei”.
Bolsonaro evitou comentar o fechamento de bairros citado pelo apoiador e anunciado por Neto e Rui nesta quinta (leia aqui), mas sinalizou que está ampliando a lista de atividades essenciais – somente ontem ele incluiu duas categorias que podem funcionar na pandemia: a construção civil e atividade industrial.
“Eu não ‘tô’ fechando nada, mas eu estou fazendo o possível para o comércio voltar a realidade”, respondeu o presidente, destacando que não era uma crítica a governador.
No início da semana, um microempresário soteropolitano já havia feito queixas de ACM Neto e Rui Costa para o presidente, também na porta do Alvorada. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele alegou queda na receita de sua empresa e, filiado ao PSL, ex-partido de Bolsonaro, sinalizou que pode ser candidato a vereador neste ano (veja aqui)
Por; Bahia noticias
ONU triplica apelo e pede US$ 6,7 bi para ajudar países pobres
Foto: Cesar Itiberê/PR |
A Organização das Nações Unidas (ONU) mais que triplicou seu apelo para auxiliar os países vulneráveis a combater a propagação e os efeitos desestabilizadores da pandemia do coronavírus. A organização solicitou, nessa quinta-feira (7), US$ 6,7 bilhões para ajudar 63 países, principalmente na África e na América Latina.
Embora os Estados Unidos e a Europa estejam sendo afetados agora pelo surto, o subsecretário-geral da ONU, Mark Lowcock, alertou que não era esperado que o vírus atinja o pico nos países mais pobres do mundo entre os próximos três e seis meses.
“Nos países mais pobres, já podemos ver as economias se contraindo à medida que as receitas de exportação, as remessas e o turismo desaparecem. A menos que tomemos medidas agora, devemos estar preparados para um aumento significativo no conflito, fome e pobreza”, afirmou. “O espectro de várias carências aparece”, acrescentou Lowcock.
O novo coronavírus, que causa a doença respiratória Covid-19, já infectou cerca de 3,7 milhões de pessoas em todo o mundo e mais de 263 mil morreram, de acordo com contagem da Reuters. O vírus surgiu pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, no fim do ano passado.
Agência Brasil
Especialista alerta para sintomas do câncer de ovário
@Rovena Rosa/Agência Brasil |
O câncer de ovário é o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum entre as mulheres, atrás apenas do de colo do útero e a sétima maior causa de morte por câncer em mulheres. Além disso, oito entre dez casos de câncer de ovário são descobertos em fase avançada.
Sintomas como dificuldade para se alimentar, dor pélvica e/ou abdominal, sangramento vaginal anormal, mudança no hábito intestinal, fadiga extrema e perda de peso, embora associados também a outras doenças, são alertas importantes para um diagnóstico mais precoce.
Por não haver um método eficaz de rastreamento, o câncer de ovário é diagnosticado, na maioria dos casos, quando as mulheres apresentam sintomas que refletem a doença em estágio mais avançado. Em 80% dos casos, esse tipo de câncer é diagnosticado quando não está mais restrito ao ovário, tendo se disseminado para linfonodos, outros órgãos da região pélvica e abdominal ou até mesmo para órgãos como pulmão, osso e sistema nervoso central, mais raramente.
A alta taxa de diagnóstico tardio causa impacto no resultado do tratamento. Menos da metade das pacientes (48,6%) vive por mais de cinco anos após o diagnóstico. Comparativamente, quando a doença é identificada ainda restrita ao ovário, a chance de viver por mais de cinco anos sobe para 92,6%.
“Quando a doença é descoberta mais precocemente, pode-se oferecer um tratamento curativo, com melhores resultados, que será guiado com base na classificação realizada pelo médico patologista quanto ao tipo e à agressividade do tumor. É a avaliação anatomopatológica, entre outros fatores, que aponta a extensão da doença, assim como indica se a resposta à quimioterapia foi completa, alterando o destino das pacientes no que diz respeito a tratamento”, explica o médico patologista da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Leonardo Lordello.
Com o objetivo de identificar e difundir para o público as melhores estratégias para que a doença seja descoberta rapidamente, a SBP se une à World Ovarian Cancer Coalition - movimento global de conscientização sobre a doença - nesta sexta-feira (8), Dia Mundial do Câncer de Ovário. Criada em 2013, a organização reúne atualmente mais de 140 integrantes.
Alertas do corpo
Diferentemente do que ocorre com os exames de Papanicolau, mamografia e colonoscopia, que funcionam como métodos de rastreamento, respectivamente, do câncer de colo do útero, mama e colorretal, com o câncer de ovário não há uma metodologia eficaz. “Houve tentativas com o marcador CA125 ou exames de imagem, mas os estudos mostraram que oferecer essas avaliações para população assintomática não resultou em redução de mortalidade”, explica Lordello.
Outro complicador é o fato de que os sintomas que podem alertar para o surgimento de tumores de ovário também são comumente associados a outras doenças. Embora esses sinais de alerta sejam inespecíficos, a atenção a eles pode ser um caminho para o diagnóstico mais precoce. Os principais são aumento do abdômen, dificuldade para se alimentar, dor na região pélvica e/ou abdominal, sangramento vaginal anormal (principalmente pós-menopausa), mudança no hábito intestinal, fadiga extrema e perda de peso.
Classificação correta
Em um cenário no qual predomina uma doença com alta taxa de mortalidade, a correta definição do tipo de lesão, apontando se ela é benigna ou maligna (câncer), torna-se ainda mais importante, assim como a indicação de seu tamanho, grau de agressividade, perfil biológico, capacidade de se espalhar e potencial resposta aos tratamentos disponíveis no caso de malignidade.
Assim como a maior parte dos diagnósticos de câncer, apesar da anamnese e de exames de imagem poderem identificar a presença de um tumor ovariano, a natureza desse tumor quanto à malignidade só será definida a partir da avaliação feita por um médico patologista. No contexto do câncer de ovário, essa avaliação pode ocorrer antes da cirurgia, geralmente em casos avançados, para determinação de quimioterapia neoadjuvante; durante a cirurgia, por meio do exame intraoperatório por biópsia de congelação; ou após a cirurgia, para avaliação da extensão da doença e/ou resposta ao tratamento.
Em cerca de 90% dos casos, os tumores malignos do ovário são derivados de células epiteliais que revestem o ovário e/ou a trompa. O restante provém de células germinativas (que formam os óvulos) e células estromais (que produzem a maior parte dos hormônios femininos), sendo esses casos mais frequentes em adolescentes e mulheres mais jovens.
Entre os tumores malignos epiteliais de ovário, cerca de 70% são carcinomas serosos, que podem ser de baixo ou alto grau. “Embora agressivos, tumores serosos de alto grau, com disseminação mais rápida e comprometimento maior do ovário e órgãos adjacentes, são, geralmente, mais responsivos à quimioterapia”, comenta o patologista.
De maneira geral, o câncer tem início em um dos ovários. Embora em parte dos casos possa haver a doença em ambos os ovários (envolvimento bilateral), acredita-se que isso ocorra de maneira metastática de um ovário para o outro. Além dessa disseminação, as células malignas frequentemente podem acometer a cavidade pélvica e/ou abdominal, podendo formar tumores que causam compressão do reto ou da bexiga, além de comprometer útero e/ou vagina. Em casos mais avançados, a doença pode ainda disseminar para outros órgãos como o fígado, pulmão e osso, mais tardiamente.
Fatores de risco
Similarmente ao que ocorre com a maioria dos casos de câncer de mama, os tumores malignos de ovário surgem, em cerca de 80% dos casos, por influência direta dos hormônios. Infertilidade e questões associadas com maior frequência aos ciclos menstruais mensais, como menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade (nunca ter tido filhos), entre outras, assim como obesidade e tabagismo, são os principais fatores de risco.
Entre os efeitos protetores estão o controle do peso, alimentação equilibrada e prática de atividade física, assim como o uso de contraceptivos orais por pelo menos cinco anos. Gestação, assim como a amamentação, colaboram na diminuição do risco de desenvolver câncer de ovário.
Hereditariedade
Estima-se que cerca de 20% dos casos de câncer de ovário estão relacionados a mutações de origem hereditária, estando ligados principalmente à síndrome de câncer de mama e ovário, cuja principal mutação é no gene BRCA1. Em caso de história pessoal ou familiar de primeiro grau de câncer de mama e/ou ovário é válido procurar um oncologista, que poderá indicar uma avaliação com um médico geneticista, indica a SBP.
Faixa etária
O câncer de ovário é mais prevalente a partir dos 60 anos, quando a mulher não se encontra mais em fase reprodutiva. No entanto, a doença pode ser diagnosticada também em mulheres mais jovens, principalmente nos casos de hereditariedade. As mulheres mais jovens, em fase reprodutiva, que têm predisposição hereditária para desenvolver câncer de mama, podem optar por acompanhamento clínico mais precoce e frequente.
A paciente é orientada ainda sobre a possibilidade de fazer a cirurgia profilática (retirada preventiva dos ovários e trompas, para reduzir o risco de desenvolver a doença). É importante a paciente ser orientada por seu oncologista e ter acesso a um serviço de aconselhamento genético, coordenado por um geneticista, sugere a SBP.22
Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Municípios começam a receber recursos destinados à assistência social
@Marcelo Casal Jr/Agência Brasil |
Recursos da ordem de R$ 600 milhões serão transferidos para a assistência social de todos os municípios, a partir desta sexta-feira (8). A transferência do dinheiro é referente aos meses de abril, maio e junho e será feita pelo Ministério da Cidadania, por meio do Fundo Nacional de Assistência Social, e tem por objetivo proteger a população vulnerável, que mais tem sofrido as consequências da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
"Vamos fazer o pagamento de uma parcela que vai englobar três meses, exatamente para dar condições para o Sistema Único de Assistência Social (Suas). É um exército que chamo ‘do bem’, próximo de 200 mil pessoas que estão em cada canto do Brasil, levando não apenas alimento e prevenção, mas carinho, conforto e estímulo para a população enfrentar este momento", disse o ministro Onyx Lorenzoni,
Um segundo repasse será feito em 8 de junho, serão mais R$ 600 milhões, referentes aos meses de julho, agosto e setembro. Com isso, o total destinado para o fortalecimento da assistência social, via cofinanciamento do Suas, chegará a R$ 1,2 bilhão. Os recursos foram garantidos na Medida Provisória nº 953, publicada em 16 de abril, que abriu crédito extraordinário de R$ 2,5 bilhões.
De acordo com o ministério, outra parte dos recursos será destinada para os municípios atuarem em três frentes: aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para as equipes de assistência social; compra de alimentos para as instituições que cuidam de idosos, além de orfanatos; e ações de acolhimento e abrigamento de moradores de rua. O anúncio da aplicação desses recursos foi feito no dia 30 de abril.
"É um volume de R$ 1,03 bilhão para a aquisição. Nós temos hoje 1.686 municípios brasileiros habilitados a receber os recursos. São R$ 159 milhões que estão sendo transferidos a partir de hoje para esses municípios, também no sistema de duas parcelas. Recebe um primeiro volume que permite o atendimento por três meses e, depois, uma segunda parcela em junho, para atender outros três meses", disse Lorenzoni.
*Com informações do Ministério da Cidadania
Ministros criticam ida de Bolsonaro ao STF
© Reuters |
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) ficaram incomodados com a ida do presidente Jair Bolsonaro à corte nesta quinta-feira (7) com um grupo de empresários para pressionar pela reabertura da economia.
Integrantes do Supremo viram o gesto como interferência indevida do Palácio do Planalto no Poder Judiciário.
Em outra frente, nos últimos dias, a proximidade do presidente da corte, Dias Toffoli, com Bolsonaro passou a ser alvo de críticas no tribunal.
Nos bastidores, a principal irritação dos magistrados foi com a tentativa de Toffoli de buscar entendimentos com o governo enquanto um membro da corte, Alexandre de Moraes, era alvo de ataques do presidente por ter barrado a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal.
Na visão de alas distintas da corte, o gesto de Toffoli deixou o STF fragilizado num momento em que era necessário demonstrar força e teria aberto espaço, por exemplo, para atitudes de Bolsonaro, como a visita desta quinta.
Diante da insatisfação com os acenos ao Planalto em meio ao fogo cruzado entre os Poderes, Toffoli recuou e procurou endurecer o discurso contra o chefe do Executivo.
Mais de uma semana depois de Bolsonaro atacar Moraes, o presidente do STF resolveu dar uma resposta nesta quarta-feira. Além disso, três dias depois de militantes bolsonaristas agredirem jornalistas, no último dia 3, Toffoli saiu em defesa da imprensa e criticou o comportamento dos manifestantes.
A avaliação de integrantes do STF é de que a ida de Bolsonaro soou como uma tentativa de dividir responsabilidades com o Judiciário num cenário de piora na economia.
Para ministros, o Supremo não pode ser culpado por eventual recessão, uma vez que o papel do Judiciário não é de avaliar de antemão os gestos do presidente, mas julgar atos dele caso provocado.
De surpresa e fora da agenda das autoridades, Bolsonaro levou um grupo de empresários ao Supremo para relatar a Toffoli os impactos do isolamento social na iniciativa privada. O ministro da Economia, Paulo Guedes, estava na comitiva.
Segundo relatos, o presidente do STF não estava na corte quando foi avisado de que Bolsonaro gostaria de fazer uma visita acompanhado de empresários.
Assessores do tribunal foram contatados pelo advogado-geral da União, José Levi do Amaral, que falou sobre o interesse do chefe do Executivo de ir até lá.
A forma como Bolsonaro organizou a ida de sua comitiva, a pé, e pela praça dos Três Poderes, também surpreendeu Toffoli e outros ministros.
O presidente do STF não teria se irritado com a visita, mas disse nos bastidores ter lido o gesto como um sinal de que o presidente não tem uma resposta a dar aos empresários que o cobram e, por isso, busca o Judiciário para que solucione a questão.
No início da noite, na porta do Palácio do Alvorada, Bolsonaro ressaltou a apoiadores que "parte da responsabilidade" com relação às restrições de circulação é dele. Ele afirmou que o encontro ocorreu para que o ministro ouvisse não apenas ele, mas os empresários que o acompanhavam.
"A gente não pode ficar do outro lado da rua esperando decisões do Supremo, que às vezes são boas e outras vezes a gente não concorda, mas faz parte da democracia", disse. "Ele [Toffoli] concorda que a responsabilidade é de todos nós, não apenas dos três Poderes, mas também de governadores para chegar num bom senso."
Um dos integrantes do grupo de empresários chegou a comparar a situação da indústria com os efeitos da Covid-19 na saúde ao dizer que haverá mortes de CNPJs (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, criticou a frase. "A população não pode mais cair em provocações que opõem dois valores e colocam o brasileiro para brigar", escreveu nas redes sociais.
"Raciocínios pobres, argumentos rasos, metáforas incabíveis. CNPJ na UTI? Já são mais de 8.000 CPFs perdidos, sem chance de recuperação! Não validemos este debate lunático", afirmou.
Diante da visita, Toffoli adotou tom duro. O presidente do Supremo disse que cobrou coordenação do governo com os Poderes e os entes da federação. Ele disse que é necessário fazer um planejamento para a volta do funcionamento das indústrias.
"Talvez [seja necessário] um comitê de crise para, envolvendo a federação e os poderes, exatamente com o empresariado e trabalhadores, [tratar da] necessidade que temos de traduzir em realidade esse anseio, que é o anseio de trabalhar, produzir, manter a sociedade estruturada."
Os discursos de Toffoli nos últimos dias, quando ressaltou que divergências não podem levar a "agressões ou ameaças ao STF", foram lidas no Supremo como uma reação ao isolamento a que ele estava sendo submetido por se manter próximo de Bolsonaro.
Em conversas reservadas, ministros chegaram a dizer que Toffoli estava perdendo as condições de liderar o tribunal e que a relação com Bolsonaro havia passado do limite.
Na semana passada, Bolsonaro disse que Alexandre de Moraes só entrou na corte por ser amigo do ex-presidente Michel Temer.
Publicamente, ministros do STF e até mesmo Toffoli saíram em defesa do colega depois que Bolsonaro subiu o tom.
Mas incomodou uma ala da corte as informações de que o presidente do STF tentava costurar um meio-termo com Bolsonaro que pudesse derrubar a decisão de Moraes e eventualmente liberar a nomeação de Ramagem para o comando da PF.
Bolsonaro vê 10 milhões de desempregados
© Reuters / Paulo Whitaker |
O presidente Jair Bolsonaro disse na quinta-feira, 7, que o Brasil "se aproxima de 10 milhões de pessoas que perderam emprego de carteira assinada", mas não apresentou os levantamentos estatísticos que comprovam o encolhimento no mercado de trabalho formal no País nessa magnitude. Segundo ele, dos 38 milhões de autônomos, 80% perderam poder aquisitivo.
Uma demissão de 10 milhões, como citou o presidente, mostraria que a pandemia do novo coronavírus foi capaz de, sozinha, dizimar praticamente um terço do mercado de trabalho formal no Brasil. O País tem hoje cerca de 33 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
Ao ser confrontado pelos jornalistas sobre a origem do número, Bolsonaro disse que ele foi repassado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e que ele mesmo, o presidente, tinha se surpreendido. Mas afirmou que tem visto que num pequeno comércio de cinco empregados, a prática mostra que três têm sido demitidos. Sobre o dado dos autônomos, Bolsonaro afirmou que era da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sem entrar em detalhes.
Questionado sobre a origem do dado e sobre como a equipe econômica avalia tamanho impacto no mercado de trabalho apesar das medidas adotadas, com recursos públicos, para manter os empregos, o Ministério da Economia informou que "não irá se manifestar".
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que reúne essas informações e é mantido pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, está com a divulgação suspensa porque as empresas estão com dificuldades para enviar os dados em meio à pandemia e uma mudança nos sistemas da pasta. O último número, divulgado em janeiro, foi referente ao fechamento do ano de 2019.
O termômetro mais próximo seria o número de pedidos de seguro-desemprego, que somaram 804.538 entre o começo de março e a primeira quinzena de abril de 2020. Outros 200 mil pedidos devem estar represados devido ao fechamento de agências do Sine, segundo os próprios técnicos da área econômica anunciaram na semana passada. Ou seja, pelos números oficiais do Ministério da Economia, o desemprego como consequência da pandemia teria atingido 1 milhão de pessoas, aumento de 150 mil em relação ao mesmo período do ano passado.
Já a Pnad Contínua, pesquisa sobre o mercado de trabalho do IBGE, mostra uma melhora no mercado de trabalho formal no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2019 - o dado mais recente divulgado pelo órgão. O número de trabalhadores do setor privado com carteira aumentou em 178 mil nessa comparação.
Contrário
O discurso da equipe econômica tem ido na direção contrária. Na quinta mesmo, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, divulgou vídeo nas redes sociais comemorando a manutenção de 6 milhões de empregos formais a partir das negociações para reduzir jornada e salário ou suspender contratos.
O governo prevê gastar R$ 51,2 bilhões para pagar benefícios aos trabalhadores, numa compensação pela perda temporária no salário. Com isso, espera que a crise resulte num número bem menor de demissões, por volta de 3,2 milhões.
A declaração do presidente foi dada no mesmo dia em que Bolsonaro foi pressionado por setores da indústria a adotar medidas de retomada da atividade econômica. Ele recebeu os empresários acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes. O grupo seguiu depois a pé para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde se reuniu com o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.
O presidente assinou e publicou na quinta-feira um decreto que inclui o setor de construção civil e as atividades industriais no rol de atividades essenciais, que podem funcionar durante a pandemia da covid-19, desde que "obedecidas as determinações do Ministério da Saúde". A norma vem num momento em que um número cada vez maior de municípios tem adotado ou falado em adotar medidas de "lockdown" (confinamento obrigatório) na tentativa de conter o avanço da doença.
"Vamos colocar novas categorias com responsabilidade e observando as normas do Ministério da Saúde. Porque senão, depois da UTI, é o cemitério, e não queremos isso para o Brasil", disse Bolsonaro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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