Idosa de 108 anos morre na UPA de Ipiaú

UPA é usada para atender pacientes com suspeita de covid-19.
Uma idosa de 108 anos morreu na Unidade de Pronto Atendimento de Ipiaú, utilizada como Centro de Atendimento ao Covid-19. Conforme as informações apuradas pelo GIRO, a paciente é de Ipiaú. O corpo dela foi retirado na UPA na manhã desse domingo por um carro funerário por volta das 08h e encaminhado para o Cemitério Jardim da Saudade 2.

Nas redes sociais, pessoas que afirmam serem próximas da família da idosa, comentam que ela passou por um teste rápido de covid-19 e que o resultado teria sido negativo. No sábado, após familiares encaminharem a paciente para o HGI, o hospital teria indicado a UPA para o atendimento da anciã.

A secretária de saúde de Ipiaú, Laryssa Dias informou que foi realizada a coleta de swab da idosa e o material será analisado no Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) para verificar se a paciente tinha sido infectada pelo novo coronavírus. O resultado da análise laboratorial deve ser divulgada nessa semana. Até o momento, o município de Ipiaú tem dois óbitos confirmados. (Giro Ipiaú)

Brasil registra 496 novas mortes por coronavírus em 24 h e total de óbitos vai a 11.123

Foto: Divulgação
O Ministério da Saúde confirmou neste domingo (10) 496 novas mortes causadas pelo novo coronavírus no país. Com os números acrescentados nas últimas 24 horas o total de óbitos chega a 11.123. O total de pessoas que se infectaram com a doença aumentou para 162.699 —foram adicionados 6.760 novos casos de Covid-19 aos dados oficiais.

Os novos números chegam um dia após o país ultrapassar a marca de 10 mil mortos. No sábado (9), o ministério havia confirmado 730 óbitos. Na sexta (8), o último recorde de confirmações em um único dia havia sido alcançado, com 751 registros de mortes em um único dia.

O Brasil é o sexto país com o maior número de mortes causadas pela doença. Neste domingo, estava atrás de Estados Unidos (79 mil), Reino Unido (32 mil), Itália (30 mil), Espanha (26 mil) e França (26 mil), segundo a plataforma da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, que monitora a evolução da pandemia. O total de mortes no mundo é de mais de 280 mil. Os casos confirmados passam de 4 milhões.

Os novos óbitos anunciados pelo ministério, porém, não necessariamente ocorreram nas últimas 24 horas —há um intervalo de tempo entre o registro dos óbitos e a confirmação da infecção por coronavírus.

Segundo especialistas, os números reais no Brasil devem ser maiores, já que há baixa oferta de testes no país e subnotificação.

Até o dia 7 de maio, pelo menos 4 estados registravam ocupação dos leitos de UTI maior do que 90%: Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e Roraima. São Luís e Belém também registram uso da capacidade das UTIs superior a 90%.

Governadores vêm sendo pressionados por empresários e prefeitos pela reabertura devido ao impacto das restrições de atividades na economia. O presidente Bolsonaro tem minimizado os efeitos da doença e também defende a retomada dos negócios.

Em São Paulo, estado com os piores números da doença, o governador João Doria prorrogou a quarentena obrigatória até o dia 31 de maio. Prefeitos do interior do estado se opuseram à decisão. O prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth (PSDB), foi à Justiça para tentar reabrir o comércio nas últimas semanas e classificou a decisão como decepcionante.

Em Santa Catarina, onde o comércio é reaberto progressivamente em algumas cidades desde o começo de abril, o número de infectados cresceu 173% no primeiro mês de flexibilização.

Em São Luís, a Justiça decretou o “lockdown”, que começou na terça-feira (5).

Folhapress

Médico de 43 anos do Prado Valadares, em Jequié, morre vítima da Covid-19 e secretário lamenta

Foto: Divulgação/O secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas
O médico Ramon Barbosa, de 43 anos, que trabalhava na Sala de Emergência do Hospital Prado Valadares, em Jequié, faleceu hoje, vítima da Covid-19. Pelas redes sociais, o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, lamentou a morte do colega que trabalhava na linha de frente contra a doença na cidade.

“É com grande pesar que recebi a notícia do falecimento do colega Ramon Barbosa, de 43 anos, que trabalhava na linha de frente da sala de emergência do Hospital Prado Valadares, em Jequié, vítima da COVID-19. Seu sacrifício não será esquecido”, disse Fábio.
Por: Politica Livre.

Bahia ultrapassa 200 mortes pelo coronavírus e registra 5.558 casos confirmados da doença

Foto: Divulgação
A Bahia registra 5.558 casos confirmados de Covid-19, o que representa 27,66% do total de casos notificados no estado. Considerando o número de 1.391 pacientes recuperados e 202 mortes, 3.965 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e com sintomas da Covid-19, o que são chamados de casos ativos.

Os casos confirmados ocorreram em 171 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (66,05%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 1.000.000 habitantes foram Ipiaú (2.441,52), Uruçuca (2.095,62), Ilhéus (1.792,68), Itabuna (1.538,30) e Salvador (1.277,70).

O boletim epidemiológico registra 10.864 casos descartados e 20.097 notificações em toda a Bahia. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais.
Por: Politica Livre

Ipiaú é o município baiano com maior taxa de contaminação pela Covid-19

Foto: Giro Ipiaú
O município de Ipiaú passou Ilhéus e assume o posto de cidade com a maior taxa de contaminação pela COVID-19 no Estado da Bahia. De acordo com os dados da Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB), baseados no boletim divulgado na noite de sábado (09), são 113 casos registrados e coeficiente de incidência em 2.463,32 para o município ipiauense. Ilhéus segue em segundo lugar com 289 casos e taxa de 1.780,36. Até a tarde desse domingo (10), conforme dados da secretaria de Saúde do Município, Ipiaú apresenta 435 casos notificados, 136 confirmados, 147 descartados, 18 curados e 02 óbitos. 40 pessoas aguardam resultado de coletas e 709 estão em quarentena.Por: Giro Ipiaú
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Foto: Divulgação/PM
A guarnição da 55ª CIPM/PETO foi direcionada ao local, a fim de verificar a situação. Chegando no local, os policiais militares se depararam com uma grande aglomeração de pessoas, inclusive ,adolescentes, fazendo uso de bebida alcoólica e com som automotivo. 
Foto: Divulgação/PM
Foi feita a abordagem e em seguida solicitada o apoio de mais duas guarnições, a do 1° Pelotão/Ipiaú e a do 3°Pelotão/Ibirataia, para a condução de todos os participantes à delegacia de Ipiaú, aonde funciona o Plantão Central.


Fonte: ”55ª CIPM, braço forte da lei e da ordem no Médio Rio das Contas!”

Guedes afirma que ‘200 milhões de trouxas’ são explorados por bancos brasileiros

O ministro da economia defendia as reformas estruturantes no país, afirmando que elas vão ajudar a criar uma classe média empreendedora
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou a concentração do sistema bancário do Brasil durante uma videoconferência promovida pelo Itaú BBA, no último sábado (9).

Para o ministro, as reformas e ampliação de investimentos deixa a economia mais competitiva, fazendo dos cidadãos “trouxas”.

“Em vez de termos 200 milhões de trouxas sendo explorados por seis bancos, seis empreiteiras, seis empresas de cabotagem, seis distribuidoras de combustíveis; em vez de sermos isso, vai ser o contrário. Teremos centenas, milhares de empresa”, afirmou.

Em sua crítica, Guedes frisou que não significa que os bancos tenham feito algo de errado, mas sim que a economia brasileira é hostil.

Segundo o ministro, as reformas estruturantes no país vão ajudar a criar uma classe média empreendedora e estimular investimentos. Por: Bahia,ba
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3,5 milhões de pessoas ainda não conseguiram movimentar auxílio emergencial, diz Caixa

                                                             Balanço foi divulgado neste domingo (10)
José Cruz/Agência Brasil
Um balanço da Caixa Econômica Federal divulgado neste domingo (10) mostra que cerca de 3,5 milhões de pessoas ainda não movimentaram os recursos disponíveis pelo Auxílio Emergencial.

Desde o dia 9 de abril, quando começou o pagamento, R$ 35,5 bilhões foram creditados para 50 milhões de pessoas. Segundo a Caixa, 93% dos beneficiários já fizeram algum tipo de movimentação.

O número de transações alcançou 20,3 milhões. A maior parte delas foi feita em transferências na Caixa (8,2 milhões), seguida por transações em DOC ou TED (4,1 milhões).

Cebri se diz preocupado com rumos da política externa do Brasil

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) afirmou por meio de uma nota neste domingo (10) que manifesta sua “grave e urgente preocupação” com os rumos da política externa do Brasil, à qual atribui um acumulado de erros recentes e que atingiram agora “um patamar de disfuncionalidade e de prejuízo” para o país, ao seguir “o caminho oposto” do que seria “natural” durante a crise provocada pelo novo coronavírus: a busca por consenso e fortalecimento de “alianças com vizinhos, amigos e parceiros”.

“Em datas recentes o Governo brasileiro, através do Itamaraty, mas também por outros canais, tem feito declarações gratuitas e inconsequentes, proferido votos e adotado posições que nos enfraquecem e isolam sem com isso, de forma alguma, fortalecer a defesa de nossos interesses”, diz a nota.

27 membros do Cebri assim o texto, entre eles o diplomata Rubens Ricupero, que na última sexta-feira publicou, juntamente com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e outros sete ex-ministros, um artigo em O Globo e outros jornais do país condenando a política externa do governo de Jair Bolsonaro, afirmando que esta contraria a Constituição “em letra e espírito”.

“Se acumulam as queixas e ressentimentos com posições nossas que se desviam de nossa longa tradição de cooperação construtiva com a sociedade internacional. Tudo isso tem um preço que pode vir a nos ser cobrado quando mais precisamos de uma coisa que já tínhamos merecidamente conquistado e que era o mais amplo respeito da sociedade internacional que via no Brasil um parceiro amistoso, confiável e, acima de tudo, generoso”, ressalta a nota.
Por: Bahia.ba

Lazer, hotéis e escritórios são os setores mais afetados por pandemia

@ImagemDivulgação/CNT
Dependentes de aglomerações, as atividades ligadas ao lazer são as mais afetadas pela pandemia provocada pelo novo coronavírus. A constatação é de um levantamento feito pela startup [empresa emergente] de logística Cobli, que analisou a movimentação de veículos de pequenas e de médias empresas de todo o país.

O estudo considera o total de quilômetros rodados pelas frotas das empresas entre 23 de março – quando as medidas de restrição social entraram em vigor na maior parte dos estados e no Distrito Federal – e 19 de abril. A distância percorrida somou 13,88 milhões de quilômetros, queda de 25% em relação à semana anterior.

A comparação por setores, no entanto, mostra que alguns segmentos são bem mais afetados que outros. A área de arte, cultura, esporte e recreação teve o maior impacto, com queda de 77% na movimentação dos empregados. 

Em segundo lugar, está o segmento de alojamento e de alimentação, com recuo de 41%, reflexo da queda nas hospedagens em hotéis e do fechamento de restaurantes e bares.

O setor de atividades administrativas e de serviços complementares vem em terceiro lugar, com retração de 40%. Esse dado está relacionado ao fechamento de escritórios e a possibilidade do trabalho remoto na maioria das empresas do tipo. Em quarto lugar, com redução de 39%, está a educação.

Segundo a startup responsável pelo levantamento, a digitalização das atividades é o caminho para alguns setores, permitindo a redução de custos no longo prazo. 

No caso da arte e da cultura, o diretor-executivo da Cobli, Rodrigo Mourad, acredita que a tecnologia pode ser uma aliada para ampliar o público dos espetáculos, à medida em que eles são transmitidos para mais pessoas.

Setores essenciais
O impacto da pandemia sobre setores essenciais varia conforme a atividade. Os setores de saúde humana e serviços sociais e de água e esgoto tiveram queda de 10% na movimentação das equipes. Segundo Mourad, existe a preocupação de que a falta de manutenção em equipamentos ou instalações ligadas a essas atividades eleve os custos no médio prazo e dificultem o retorno ao equilíbrio.

Os setores menos atingidos pela pandemia foram informação e comunicação, com queda de 6% na movimentação das equipes; administração pública, defesa e seguridade social (-4%) e atividades imobiliárias (-1%). O segmento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o único a registrar aumento, com a movimentação de veículos das empresas subindo 3%.

Subcategorias
A startup dividiu cada setor por subcategorias. A desagregação dos dados revelou que alguns segmentos de setores bastante afetados registraram quedas menores ou até aumento na atividade. Na área da saúde, a assistência a idosos e pessoas com deficiência teve aumento de 32% na atividade. Em contrapartida, o atendimento hospitalar acusou queda de 14%. Mesmo com o aumento no fluxo de pacientes com a covid-19, outros setores das unidades de atendimentos podem estar atendendo menos.

Os subsetores mais atingidos pela pandemia foram o aluguel de equipamentos recreativos e esportivos e as agências de viagens, cuja movimentação de frotas caiu 86%, e a fabricação de móveis de madeira, com retração de 70%. 

Apesar de a doença estar se alastrando, o comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário vem em terceiro lugar, com recuo de 55%. Uma explicação pode ser o estoque de medicamentos que parte da população fez antes de a pandemia agravar-se.

Em contrapartida, a demanda por alimentos apresentou leve redução. As empresas ligadas à produção de carne tiveram redução de 7%. Os supermercados, hipermercados e as demais empresas de comércio varejista de alimentos tiveram queda de 5%. Na outra ponta, serviços ligados ao entretenimento doméstico aumentaram. O comércio varejista de livros, jornais, revistas e de papelarias subiu 6%. As atividades ligadas aos correios (em todas as etapas da logística) saltaram 7%.

Regiões
Em relação aos estados, o levantamento revela que Tocantins liderou a retração, com queda de 60% na circulação de frotas. Em segundo lugar, Mato Grosso do Sul, com redução de 54%, seguido pela Bahia (-40%) e pelo Ceará e pelo Distrito Federal, empatados com diminuição de 33%. Quatro estados, no entanto, tiveram aumento na movimentação de veículos de empresas durante a pandemia: Rondônia (+2%), Rio Grande do Norte (+5%), Piauí (+15%) e Pará (+18%).

Para o diretor-executivo da Cobli, os efeitos da crise em cada estado dependem da matriz industrial. Estados agrícolas e exportadores sentiram impacto menor que as regiões mais dependentes de serviços. No caso do Pará, a alta pode estar relacionada à indústria de base, puxada pela mineração. 
Por Welton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília
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Boletim Informativo Coronavírus Secretaria Municipal de Saúde - Ipiau/BA 10/05/2020


Mesmo frustrados, ex-bolsonaristas dizem que votariam de novo no presidente contra o PT

Foto: Sérgio Lima/AFP
“Bom dia, comunistas”, brinca o empresário Ruy Giné, 34, que apertou 17 na última eleição e agora se diz arrependido de ter ajudado a eleger Jair Bolsonaro. A saudação irônica era destinada a outras pessoas que participavam com ele de uma conversa na última quarta-feira (6), por chamada de vídeo.

Todos ali romperam com o presidente. Sentem-se frustrados com a estagnação econômica, os incontáveis arroubos autoritários e, mais recentemente, o comportamento de Bolsonaro na crise do coronavírus e na demissão do ex-ministro Sergio Moro (Justiça).

O jornal Folha de S.Paulo conversou com seis bolsonaristas frustrados. A gota d’água, dizem, foi tratar a Covid-19 como uma gripezinha. “Ele [Bolsonaro] não tem compaixão com as famílias [das vítimas]”, diz a fisioterapeuta Flávia Romani, 41.

A advogada carioca Mirella Souza, 35, viu o marido adoecer com o novo vírus, chegando a ficar internado com pneumonia. “Ele teve 50% dos pulmões atingido e o presidente fazendo pouco caso. É só uma gripezinha porque não teve ninguém da família dele doente. Quantos mortos vamos somar? A vida deveria vir em primeiro lugar.”

A autônoma Simone Leal, 23, de Duque de Caxias (RJ), também diz que seu juízo sobre Bolsonaro é afetado por uma experiência familiar, embora anterior à Covid-19. “Perdi minha avó por doença respiratória há um ano. Ele está agindo como se uma vida valesse menos que a outra, dizendo que uma pessoa de idade pode morrer, que não tem problema”, diz.

Os motivos dados pelo grupo para o voto em Bolsonaro há dois anos se repetem: antipatia pelo PT e os escândalos de corrupção.

“Votei pra ter uma outra solução, porque estávamos cansados da corrupção do PT. Era pra ver se essa alternativa daria certo”, diz Mirella. “Votei nele pela esperança de ter uma coisa diferente”, ecoa a musicista Talita Freitas, 32, de São Paulo.

Até o ano passado, diz ela, ainda havia a justificativa de que os erros se deviam pelo fato de ser início de governo. Agora, sua paciência acabou.

“Esse ano perdeu-se muito tempo por fofoquinhas. Ele está agindo como uma criança birrenta. Você não pode discordar de nada do que ele fala”, afirma Talita.

Já Simone afirma que foi atraída pelo discurso duro de Bolsonaro na área da segurança. “Ele dizia que bandido bom é bandido morto. Mas hoje em dia eu não penso mais assim”, ressalva.

Desempregado, Jonathan José, 25, morador do extremo sul de São Paulo, diz que sua maior crítica ao governo é na gestão da economia, que já vinha patinando mesmo antes da crise do coronavírus.

“Sou engenheiro mecânico e preciso que a indústria esteja a todo vapor. A gente esperava um crescimento da economia muito diferente do que teve em 2019 [quando o PIB subiu 1,1%]. A gente esperava um dólar muito menor”, afirma.

Para outros integrantes do grupo, a postura beligerante do presidente incomoda mais.

Mirella diz que Bolsonaro está “indo contra a democracia”. O presidente também teria cometido crime de responsabilidade quando “tentou tirar proveito próprio da Polícia Federal”.

Ruy incomoda-se com o que vê como “assassinato de reputações em massa”. “Se o governo trabalhasse no ritmo que assassina reputações, o Brasil já tinha sido 100% consertado”, diz.

Flávia diz que se sente incomodada com a interferência da família no governo. “É muito show na mídia social em vez de governar”.

Sintomaticamente, no entanto, dos 6 ex-bolsonaristas que conversaram com a Folha, 5 disseram que se veriam obrigados a votar novamente em Bolsonaro caso haja novo embate com o PT em 2022. E agregam o advérbio “infelizmente” ao dizer que fariam essa opção.

“Eu era 100% contrário ao Haddad e 99% contrário ao Bolsonaro. Hoje numa situação igual continuaria votando no Bolsonaro, infelizmente”, afirma Ruy.

Jonathan pensa de forma parecida. “Por mais que eu me arrependa de ter votado no Bolsonaro, eu nunca votaria em nenhum candidato da esquerda”.

Apenas Simone votaria nulo.

SUPER MORO

Na briga entre Moro e Bolsonaro, o grupo fica ao lado do ex-superministro.

O ex-juiz “sempre foi muito sério e nunca teve postura de infantilidade”, diz Talita. Mas isso, complementa, acabou se voltando contra o presidente. “Bolsonaro não imaginou que o Moro fosse uma pessoa tão séria a ponto de investigar os erros dele e dos filhos dele”, afirma.

Durante a Operação Lava Jato, que pôs atrás das grades empresários e políticos, Moro não foi partidário, defende Ruy. “Ele pediu demissão por ser correto”.

Jonathan é o único que faz ressalvas. “Quero todas as cartas em cima da mesa. Ainda não está tudo esclarecido”.

Mas o apoio não se traduz automaticamente em promessa de voto caso ele se candidate a presidente. “Não sei se votaria em Moro. Depois do Bolsonaro, eu preciso analisar muito melhor as minhas escolhas políticas”, afirma Simone.

Mirella afirma que votaria no ex-juiz a depender de quem sejam os demais candidatos. Talita é mais firme ao indicar apoio a Moro, mas está cética de que ele concorrerá. “Acho que ele não se candidata”, diz.

CRÍTICAS

Bolsonaro não sabe lidar com críticas, diz o grupo. Eles discordam que Legislativo, Judiciário ou a imprensa estejam em uma cruzada para esvaziar o governo federal.

“É mania de perseguição. Ele perde tempo de governar com fofoquinha. Parece uma criança birrenta. Até meu filho de 3 anos é mais maduro”, diz Talita.

Flávia diz que os aliados do presidente querem que ele acumule todos os Poderes. “Eles querem tirar todo mundo e só ficar o Bolsonaro governando. Isso aí não é democracia, está indo contra a Constituição”.

Jonathan nota uma certa má vontade do Judiciário contra Bolsonaro e dá como exemplo a proibição de retirada de radares de estradas federais anunciada pelo presidente.

Ele também acha injusto culpar o presidente por manifestações que defendem pautas antidemocráticas. “Quando tem uma manifestação, vão milhares de pessoas. Aí algumas dessas pessoas levam placas para pedir intervenção militar. Querendo ou não, é a manifestação do povo”, afirma.

IMPEACHMENT

O grupo concorda que não é o melhor momento para começar um processo de impeachment, ainda mais durante uma pandemia.

Isso porque, diz Ruy, o processo levaria meses e travaria o Congresso. “É desumano. Os parlamentares precisam votar pautas relacionadas ao coronavírus”.

Jonathan tem dúvidas se o presidente cometeu crime de responsabilidade e fica ressabiado com a origem dos pedidos para tirar Bolsonaro da cadeira. “Olha quem está falando isso, Joice [Hasselmann] e Kim [Kataguiri].” Os dois eram bolsonaristas de primeira hora, mas migraram para a oposição.

Mirella se diz preocupada com o impacto internacional de um segundo impeachment. “Meu medo é nossa imagem, imagina, mais um presidente sofrendo impeachment. Acho que vai ser bem pesado isso pro Brasil”, diz.

Eles não descartam, porém, que um afastamento possa ocorrer após a pandemia, especialmente se a crise política se agravar.

A CORRIDA DE 2022

Antiesquerdistas, os eleitores descartam votar no PT ou aliados na eleição de 2022. Eles também não se entusiasmam com nomes colocados como possíveis candidaturas de centro, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o apresentador Luciano Huck.

Mirella é taxativa: “Não vejo nenhum dos dois como presidente”.

Jonathan votou no tucano para o governo do estado, mas agora “não votaria para nada”.

A decepção com Doria é pela falta de equilíbrio entre a quarentena e a volta da economia. “Uma loja de móveis, por exemplo, não gera aglomeração como um mercado, então poderia estar funcionando”, diz.

Para Talita, o tucano tem fingido ser bom moço. “Ele é um hipócrita. O próprio meme da Joelma, sabe? Não tem como confiar”, diz ela, em referência uma imagem nas redes sociais mostrando a cantora ao mesmo tempo triste e feliz.

Já Huck não é levado a sério pelo grupo. “O Huck eu não vou nem comentar”, diz ela. “Votar nele é loucura, loucura, loucura”, brinca Ruy com o bordão do programa.

Para Flávia, a candidatura do apresentador não é para valer. “Não gosto dele nem como apresentador. Para mim ele não tem a pegada de político. Acho até uma piada”, diz.

LISTA VERMELHA

Para os eleitores já virou rotina serem chamados de petista, inclusive por amigos, pelo fato de terem passado a criticar Bolsonaro.

“Tenho muitos amigos evangélicos que ainda apoiam o Bolsonaro. Temos algumas discussões até agressivas no Facebook, porque as pessoas não aceitam opiniões contrárias. Para eles, o Bolsonaro está certo e acabou”, diz Simone.

Flávia diz que “não adianta explicar em letras de forma, em colorido” que criticar Bolsonaro não transforma alguém em fã de Lula. “O eleitorado do Bolsonaro acha que quem não é favor dele é petista”, diz.

Ruy, que militou pelo impeachment de Dilma Rousseff e chegou a acampar em Brasília, diz que o jeito é encarar com bom humor. “Se eu critico o Bolsonaro eu sou comunista, se eu elogiar eles falam que eu sou comunista infiltrado”, diz.
Folhapress

Brasil registra 145 mil casos de coronavírus e 10.627 mortes

O número de óbitos registrados é de 730 a mais do que as 9.897 registradas na sexta
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O Brasil registrou mais 10.611 casos confirmados de Covid-19, passando dos 145.328 divulgados na sexta (8) para 155.939, segundo atualização divulgada no sábado (9) pelo Ministério da Saúde. O número de óbitos está em 10.627. São 730 a mais do que as 9.897 registradas na sexta. Já a taxa de letalidade se manteve em 6,8%.

Ainda segundo o levantamento, há 61.685 pessoas recuperadas (39,6%) e 83.627 pessoas sob acompanhamento (53,6% do total).

Do total de óbitos acrescidos ao levantamento apresentado neste sábado, 234 foram datados dos últimos três dias. Há ainda um total de 1.880 óbitos sendo investigados, podendo ter ou não relação com a Covid-19.

A região que apresenta maior número de casos é a Sudeste (68.875 casos), seguida da Região Nordeste (49.356); Norte (25.565); Sul (7.650); e Centro-Oeste (4.493 casos).

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (3.608). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.653), Ceará (1.062), Pernambuco (972) e Amazonas (962).

Além disso, foram registradas mortes no Pará (578), Maranhão (355), Bahia (196), Espírito Santo (172), Minas Gerais (118), Paraíba (124), Alagoas (114), Paraná (107), Rio Grande do Sul (95), Rio Grande do Norte (87), Santa Catarina (64), Amapá (69), Goiás (47), Rondônia (41), Acre (39), Piauí (38), Distrito Federal (39), Sergipe (33), Roraima (18), Mato Grosso (16), Mato Grosso do Sul (11), e Tocantins (9).
Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília

STF autoriza Moro e PGR a verem vídeo de reunião ministerial

Marcela Casa Jr/Agência Brasil
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou ao ex-ministro Sergio Moro e ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o acesso à cópia da gravação em vídeo de uma reunião, realizada no dia 22 de abril, entre o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão, ministros e presidentes de bancos públicos.

A reunião foi citada por Moro em depoimento realizado no dia 2 de maio, no âmbito do inquérito que apura as declarações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública sobre suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF). Segundo a versão de Moro, em seu depoimento, o presidente Jair Bolsonaro teria pressionado, durante a reunião ministerial, pela demissão do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. A demissão do delegado, formalizada dia 24 de abril, acabou levando o ex-ministro a também sair do governo. 

No despacho de Celso de Mello, que é o relator do inquérito no STF, o acesso ao vídeo também foi autorizado à delegada Christiane Corrêa Machado, responsável pelo inquérito na PF, e ao advogado-geral União, José Levi, ou seu representante. O acesso ao vídeo foi concedido ainda a advogados do ex-ministro Sergio Moro e a representantes que podem ser indicados pelo procurador-geral da República. Pela decisão, o acesso à gravação se dará apenas na sede da Polícia Federal, em Brasília. Caberá à delegada Christiane Corrêa Machado agendar para que as partes possam ir até a PF assistir ao vídeo, que será exibido apenas uma vez, na data marcada. O HD contendo o arquivo de vídeo será entregue à delegada, em envelope lacrado, pelo chefe de gabinete de Celso de Mello, Miguel Piazzi. 
Justificativa

O ministro do STF justificou o acesso aos registros audiovisuais pelas partes indicadas "para que, tendo conhecimento pleno do que se passou na reunião ministerial de 22/04/2020, no Palácio do Planalto, possam orientar a formulação de perguntas (ou reperguntas) quando da realização dos depoimentos testemunhais já agendados a partir da próxima segunda-feira [11]".

Estão previstos os depoimentos dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Walter Braga Netto, (Casa Civil) e Augusto Heleno (Gabinete da Segurança Institucional). Celso de Mello também destacou, na decisão, que, caso se faça necessário reinquirir as testemunhas já ouvidas no inquérito, a Polícia Federal poderá designar nova audiência. 

O ministro do STF ainda informou, no despacho, que vai decidir, em breve, sobre a divulgação pública, "total ou parcial", do vídeo da reunião ministerial.

Desde a exoneração de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o presidente Jair Bolsonaro nega que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília
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Governo da Bahia abre inscrições para os médicos interessados em atuar nas UTIs das unidades Covid-19

Foto: Divulgação/GOVBA
Os médicos de todo o Brasil interessados em atuar nas UTIs das unidades de referência e retaguarda para o coronavÍrus (Covid-19) em território baiano, devem se inscrever até 31 de maio, por meio do site da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (www.saude.ba.gov.br/medicocovid19 ). São 400 vagas distribuídas entre diaristas, plantonistas e coordenação, com início imediato.

A convocação visa médicos com experiência, sendo especialistas nas áreas de medicina intensiva, anestesiologia, cirurgia, pneumologia, clínica médica, cardiologia, nefrologia, infectologia e áreas afins. As vagas abrangem todo o território do estado da Bahia.

As contratações se farão através das Organizações Sociais gestoras das unidades hospitalares ou por empresas.

Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

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