‘A vontade é encher tua boca com porrada’, diz Bolsonaro após repórter perguntar sobre Queiroz

                                          Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou neste domingo (23) ter vontade de agredir um repórter do jornal O Globo após ser questionado sobre os depósitos feitos pelo ex-policial militar Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Durante uma visita de cinco minutos a ambulantes da Catedral de Brasília, o jornalista questionou o presidente sobre os motivos para o ex-assessor do seu filho Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e sua mulher terem repassado R$ 89 mil para a conta de Michele.
Inicialmente, o presidente rebateu perguntando sobre os supostos repasses mensais feitos pelo doleiro Dario Messer à família Marinho, proprietária da Rede Globo.

Segundo a revista Veja, em depoimento no dia 24 de junho, Messer disse que realizou repasses de dólares em espécie aos Marinhos em várias ocasiões a partir dos anos 1990. A família nega qualquer irregularidade.

Após a insistência do repórter sobre os pagamentos à primeira-dama, Bolsonaro, sem olhar diretamente para o repórter, afirmou: “A vontade é encher tua boca com uma porrada, tá?”.

A Folha presenciou o episódio. A imprensa questionou o presidente sobre a fala, mas Bolsonaro não respondeu.

A quebra do sigilo bancário de Fabrício Queiroz revelou novos repasses à primeira-dama Michelle Bolsonaro.

De acordo com a revista Crusoé, os extratos colocam em dúvida a justificativa sobre empréstimos apresentada até aqui pelo presidente. Entre as transações de Queiroz, até o momento se sabia de repasses que somavam R$ 24 mil para a mulher do presidente.

Desde então, Bolsonaro não havia se manifestado sobre o assunto.

Em 2018, em entrevistas após a divulgação do caso Queiroz, Bolsonaro disse que o ex-assessor repassou a Michelle dez cheques de R$ 4.000 para quitar uma dívida de R$ 40 mil que tinha com ele (essa dívida não foi declarada no Imposto de Renda).

Também afirmou que os recursos foram para a conta de sua mulher porque ele “não tem tempo de sair”.

A Folha confirmou as informações obtidas pela revista Crusoé e apurou que o repasse foi ainda maior. Queiroz depositou 21 cheques na conta de Michelle de 2011 a 2016, no total de R$ 72 mil.

De outubro de 2011 a abril de 2013, o ex-assessor repassou R$ 36 mil à primeira-dama, em 12 cheques de R$ 3.000. Depois, de abril a dezembro de 2016, Queiroz depositou mais R$ 36 mil em nove cheques de R$ 4.000.

A reportagem também apurou que a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, repassou para Michelle R$ 17 mil de janeiro a junho de 2011. Foram cinco cheques de R$ 3.000 e um de R$ 2.000. Assim, no total, Queiroz e Márcia depositaram R$ 89 mil para primeira-dama de 2011 a 2016, em um total de 27 movimentações.

Até o momento, o presidente não se manifestou sobre os depósitos à primeira-dama.

Bolsonaro parou na Catedral após almoçar no apartamento de um amigo em Brasília.

Após trechos da delação de Messer serem revelados, em nota, a família Marinho negou as acusações do doleiro e ressaltou que ele não apresentou provas.

“A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades brasileiras”, afirma a nota dos Marinho.

Folha

MPT fecha acordo de R$3,2 milhões na Bahia com a Mineração Caraíba

Foto: Repprodução
Mais R$3,2 milhões decorrentes de processo trabalhista estão sendo destinados para ações de combate à pandemia e seus efeitos sociais na Bahia. O processo judicial que o Ministério Público do Trabalho movia desde 2015 contra a Mineração Caraíba por falhas na garantia de um ambiente de trabalho seguro foi encerrado esta semana com um acordo, já homologado pela Vara do Trabalho de Senhor do Bonfim-BA. A empresa se comprometeu a adotar uma série de medidas para a garantia da saúde e da segurança dos trabalhadores, além de indenizar a sociedade por danos morais coletivos em R$3,2 milhões.

Os recursos serão depositados em 24 parcelas mensais e terão o seu destino definido pelo MPT. As primeiras duas parcelas, que totalizam R$600 mil, já têm destino definido. Elas vão custear a aquisição de equipamentos para o Laboratório de Virologia da Universidade Federal da Bahia, para a Gerência Regional do Trabalho de Juazeiro e para a Superintendência Regional do Trabalho da Bahia (SRT-BA). A lista inclui equipamentos de proteção individual, itens de informática e peças automotivas para a fiscalização do trabalho, além de uma máquina qPCR Quantum 6 e de uma Estufa Incubadora de CO2 que serão usadas nas pesquisas desenvolvidas pelo laboratório.

“No acordo, está garantido o cumprimento de todas as obrigações pedidas pelo Ministério Público do Trabalho na petição inicial, assim como o pagamento de uma indenização por dano moral coletivo no valor de 3,2 milhões de reais. Esse valor ostenta uma enorme relevância social no atual contexto de enfrentamento aos efeitos nocivos da pandemia de covid-19”, afirmou o procurador Hélio Cardoso, que atuou no processo juntamente com os procuradores Maurício Brito, Vanessa Griz, e Christiane Alli e Silvia Valença, além do próprio procurador-chefe do MPT na Bahia, Luís Carneiro.

O acordo, costurado em negociações diretas com a empresa, já foi encaminhado à Justiça e homologado pela juíza Maria de Fátima Caribé Seixas, da Vara do Trabalho de Senhor do Bonfim. O documento estabelece a obrigação de adoção de procedimentos de saúde e segurança do trabalho, que incluem capacitação e fiscalização do uso de EPIs e atendimento de empregados e terceirizados em relação a normas de segurança, oferta de equipamentos de proteção e promoção de ajustes físicos e logísticos nos processos produtivos para eliminar riscos de acidentes e adoecimentos. Em caso de descumprimento de qualquer dos itens, a empresa poderá ter de pagar muta de R$10 mil por cada irregularidade identificada.

A primeira parcela, no valor de R$300 mil, deverá ser depositada até dia 3 de setembro. Trinta dias depois, serão mais R$300 mil, que totalizam as aquisições para a Ufba e a partir daí, por mais 22 meses, a empresa depositará R$118.181,80. Esses valores, inicialmente disponíveis em conta judicial, terão seu destino indicado pelo MPT, mediante o compromisso dos órgãos e entidades beneficiados de prestação de contas do uso dos recursos.

A destinação de valores decorrentes de indenizações por danos morais coletivos pagas por empregadores em ações judiciais ou em termos de ajuste de conduta tem sido uma marca do MPT nesta pandemia. Somente na Bahia, esses valores superam R$23 milhões. Em todo o país, em levantamento fechado até a primeira quinzena de agosta, já somava R$284,9 milhões. Em todos os casos, o MPT acompanha e fiscaliza o uso dos recursos, que estão custeando equipamentos para setores essenciais e projetos de apoio a populações vulneráveis socialmente.Por: Politica Livre

Capital baiana tem um dos maiores índices de hotéis fechados, aponta pesquisa

Foto: Reprodução/Facebook
Pesquisa realizada pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) aponta que três em cada quatro hotéis no Brasil já reabriram. No entanto, Salvador, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são as cidades com os maiores percentuais de locais fora de operação.

Na capital baiana, o levantamento mostrou que 52,67% dos hotéis estão fechados. Ainda conforme o levantamento, dos hotéis que permanecem fechados, quase metade pretende reabrir nos meses de setembro e outubro deste ano.

No cenário entre as regiões, Nordeste e o Norte apresentam os maiores índices de unidades fechadas, com 38% e 22%, respectivamente. A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 16 de agosto com 886 hotéis, que representam mais de 143 mil quartos.

A pesquisa mostra também que em São Paulo, Recife, Manaus, Vitória, Brasília e Campinas, 80% das unidades estão em funcionamento.

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS)/IBGE, mostram que o estado acumula queda de receita de R$ 7,35 bilhões durante a pandemia. O tombo foi o maior do Nordeste, seguido de Pernambuco (R$ 4,4 bilhões) e do Ceará (R$ 3,36 bilhões).

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 23 de agosto foi confirmado 09 novos casos de coronairus.

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 23 de agosto, temos 5.500 casos registrados como suspeitos, sendo 1.680 casos confirmados, dentre estes, são 1.626 pessoas RECUPERADAS, 26 estão em isolamento social, 05 estão internadas e 23 foram a óbito. 3.795 casos foram descartados e 25 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 31 casos ativos. 
Obs: Dados da testagem dos profissionais e alunos das Escolas Estaduais foram contabilizados neste boletim em 03/07.
Use máscara, evite aglomeração e higienize as mãos com água e sabão sempre que puder . 

Prefeitura de Ipiaú

Após ação policial, festa clandestina no Peru termina com 13 mortos por asfixia

 Em meio à pandemia, mais de 100 pessoas estavam aglomeradas em casa noturna; vizinhos denunciaram

Foto: REprodução/Facebook

Pelo menos onze homens e duas mulheres morreram vítimas de uma tragédia em Lima, capital do Peru, durante uma operação policial realizada na noite de sábado (22).

Eles se reuniam no Thomas Restobar, no distrito de Los Olivos, após marcar uma festa clandestina por meio de convocação na redes sociais.

Incomodados com o evento em meio à pandemia do novo coronavírus, que provoca a Covid-19, vizinhos do espaço denunciaram a aglomeração de cerca de 100 jovens. A polícia então foi ao local para encerrar a festa.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, a tragédia ocorreu após as 22h (meia-noite de domingo pelo horário de Brasília), quando começa o toque de recolher imposto pelo governo peruano para barrar o avanço do vírus no país. A medida vale para todo o Peru das 22h de sábado até as 4h de segunda-feira.

De acordo com o jornal “Expreso”, ao perceber a chegada dos policiais, houve correria entre os participantes do evento, que correram na direção da única porta. Na confusão, alguns morreram sufocados.

Testemunhas afirmam que os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo no local. O general Orlando Velasco Mujica, no entanto, negou a informação em entrevista à rádio local RPP. Ele disse que não foram usadas armas ou artefatos de efeito moral. A ação, segundo contou, foi resultado da denúncia de vizinhos da casa noturna.

O Ministério do Interior peruano informou em comunicado que, além dos 13 mortos, 6 pessoas ficaram feridas (3 civis e 3 policiais). Houve ainda 23 prisões. As idades das vítimas são compreendidas entre 20 e 30 anos.

O governo peruano proibiu reuniões sociais para frear a propagação do coronavírus. Bares e casas noturnas estão fechados desde março. No país, há mais de 585 mil casos confirmados de Covid-19 e 27.453 mortos pela doença desde o começo da pandemia.

Com 33 milhões de habitantes, o país é o terceiro país com mais mortes pela doença na América Latina, atrás do Brasil e do México.

Descumprindo promessa, Doria não paga dívida e trabalhadores de monotrilho serão demitidos

 Governo de SP não paga o consórcio liderado pela construtora Queiroz Galvão desde abril e a dívida já chegou a R$ 10 milhões

Foto: Ravena Rosa/Agência Brasil

Com o governo de João Doria (PSDB) descumprindo promessa feita na semana passada de pagar as parcelas que deve ao Consórcio Expresso Monotrilho Leste referentes às obras da linha 15-prata do metrô de SP, o grupo disse que pretende demitir cerca de 12 funcionários na segunda-feira (24).
O governo de SP não paga o consórcio liderado pela construtora Queiroz Galvão desde abril e a dívida já chegou a R$ 10 milhões, segundo informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Depois de terem sido interrompidas por 10 dias, as obras do monotrilho só foram retomadas na última segunda (17) por causa da promessa, que não se concretizou.

Em prisão domiciliar, Eduardo Cunha se inscreve em cursos online para tentar reduzir pena

 

Segundo cálculos dos advogados, com leitura de livros, aulas e trabalho, emedebista já reduziu em dois anos e meio sua punição
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Cumprindo prisão domiciliar desde março deste ano, após ser liberado devido à pandemia do novo coronavírus, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), tem feito cursos a distância na sua casa na Barra, no Rio de Janeiro.

A estratégia visa tentar reduzir, com as aulas virtuais, o tempo de prisão angariado em duas condenações na Operação Lava Jato (uma no Distrito Federal e outra no Paraná) de modo a alcançar mais rapidamente a liberdade condicional.

De acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o emedebista já concluiu três cursos: um sobre direito público, outro de direito privado e um para desempenhar a função de auxiliar em escritórios de advocacia.

Agora está estudando crimes contra a pessoa. Segundo cálculos dos advogados, com leitura de livros, aulas e trabalho, Cunha já reduziu em dois anos e meio sua punição.

O doleiro Dario Messer, que assinou delação premiada, também deve tentar benefícios do tipo. O acordo prevê 18 anos e 9 meses de prisão. Se conseguir a remição, ele poderá deixar o regime fechado antes de 2022.

Nas Batidas do Carimbó é tema do Caminhos da Reportagem deste domingo

@Gustavo Serrate/Ministerio da Cultura
A data de 26 de agosto foi escolhida para comemorar o Dia Municipal do Carimbó na cidade de Belém. Para marcar a semana, o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil vai apresentar hoje (23) um programa inédito sobre o ritmo do carimbó, que também é o nome da dança típica do Pará, considerada Patrimônio Cultural do Brasil em 2014 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O programa foi gravado antes da pandemia do novo coronavírus e vai ao ar às 20h.

A equipe de reportagem seguiu as batidas e os passos do carimbó atrás dos grandes mestres dessa arte. Foi da capital paraense até a Ilha de Marajó, a maior do estado, para conhecer um pouco mais sobre o ritmo. A origem do nome vem da palavra curimbó, o tambor utilizado nas rodas de carimbó.

“Sobre a origem do carimbó, temos um grande pesquisador, Vicente Salles (1931-2013), que fala o quanto o racismo influenciou as pessoas a dizerem que a origem é indígena, mas que na realidade, sigam os tambores, sigam de onde vêm os tambores e vocês vão entender”, disse a musicóloga Laurenir Peniche. “A origem do carimbó vem dos negros, que se mestiçaram com os indígenas e com os portugueses, e depois se disseminou por todo o estado do Pará”.

A equipe da TV Brasil atravessou a Baía do Guajará e desembarcou na Ilha de Marajó, mais precisamente na cidade Salvaterra. Lá existem 16 comunidades quilombolas, de onde saíram grandes mestres do carimbó. Um deles é o mestre Damasceno, que nasceu na comunidade quilombola de Salvar. Ele foi o criador do chamado búfalo-bumbá e é um dos mais importantes para o carimbó marajoara.

Do ambiente pastoril das fazendas de Soure, também do Marajó, vem um carimbó mais melódico, que tem na figura do Mestre Diquinho um dos maiores representantes. “Tu imaginas aquelas vastas terras, pasto que não acaba mais, e tu ali sozinho, tocando gado, naquele silêncio oco. Então, claro que isso marca a estética (musical) do caboclo”, explica o pesquisador musical Marcello Gabbay.

Na cidade de Soure também fica o Grupo de Tradições Marajoaras Cruzeirinho, um dos grandes responsáveis pelo difusão do carimbó marajoara. “O resgate das nossas danças, das nossas músicas, a gente conseguiu nas fazendas, porque foi lá que o carimbó chegou primeiro, por meio dos escravos africanos”, contou a coordenadora do grupo, Maria Amélia Ribeiro.

Em Belém, os repórteres conheceram a família do Mestre Verequete, que morreu em 2009. Ele foi um dos maiores representantes de um carimbó mais tradicional, chamado Pau e Corda e que não utiliza instrumentos eletrônicos. A influência dele é tão importante para esse ritmo, que a data do aniversário de Mestre Verequete foi escolhida para comemorar o Dia Municipal do Carimbó.

Ainda na capital paraense, a equipe seguiu até a Passagem Álvaro Adolfo, no bairro da Pedreira, conhecida como a Rua do Carimbó. Lá acompanhou um ensaio do Grupo Sancari, que mantém a tradição do chamado Pau e Corda. E na passagem também mora a Diva do Carimbó Chamegado, a cantora Onete, com quem foi gravada uma entrevista especial, mas na cidade do Rio de Janeiro.

Por TV Brasil - Brasília

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