Câmara dos EUA pode votar impeachment de Trump nesta semana; Republicanos pedem renúncia

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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos planeja votar nesta semana um novo pedido de impeachment contra o presidente Donald Trump por causa da invasão do Capitólio, afirmou um dos principais líderes democratas neste domingo, 10. Legisladores democratas e republicanos têm condenado a retórica do presidente e pedido sua saída do cargo.

O líder da maioria democrata na Câmara, James Clyburn, afirmou que um ou mais processos de impeachment chegarão ao plenário da Casa nesta semana, provavelmente na terça ou na quarta-feira. A programas de televisão neste domingo, o deputado disse que as denúncias podem incluir alegações relacionadas à conduta de Trump sobre os protestos da última semana, além das alegadas tentativas de mudar os resultados da eleição presidencial na Geórgia.

Caso se confirme o novo processo de impeachment, Trump será mais uma vez submetido ao julgamento dos parlamentares. O presidente foi alvo de um pedido de impedimento antes das eleições, motivado pela suspeita de relações escusas com o governo da Ucrânia. Na época, Trump se livrou por ter maioria no Senado. Desta vez, porém, a base republicana está rachada, com parlamentares do partido pedindo a renúncia do presidente.

Neste domingo, o senador republicano Pat Toomey defendeu a renúncia de Trump em entrevista à rede americana CNN. “Acho que neste momento, restando poucos dias (para o fim do mandato), este é o melhor caminho”, opinou Toomey.

O senador pela Pensilvânia se une, assim, à senadora Lisa Murkowski, do Alasca, na defesa pela saída antecipada de Trump. Contudo, Toomey também questionou se um impeachment seria viável a poucos dias do fim do governo, já que o processo levaria mais tempo do que o prazo restante de mandato, acrescentando que não está claro se a constituição permite o impeachment de um presidente após o término de seu governo.

Ainda de acordo com o senador, Trump deve enfrentar as consequências por incitar a mobilização na quarta-feira, incluindo a possibilidade de processos na esfera criminal. “O comportamento foi ultrajante, e deveria haver uma prestação de contas”, afirmou o senador. “O que testemunhamos foi mais marcante do que tudo o que já tínhamos visto de Trump antes.”

Estratégia para o processo
Clyburn reconheceu que um processo de impeachment contra Trump poderia interferir na agenda do presidente eleito, Joe Biden, que toma posse no próximo dia 20. Ele sugeriu que a Casa poderia adiar o envio das denúncias ao Senado até que o mandato de Biden acumule algum tempo transcorrido.

“Vamos dar ao presidente Biden os 100 dias de que ele necessita para mostrar sua agenda e colocá-la em funcionamento, e talvez enviemos os processos em algum momento depois disso”, afirmou Clyburn em entrevista à CNN.

De acordo com outro democrata, David Cicilline, um dos autores do pedido de impeachment de Trump que toma por base a suposta incitação do presidente à invasão do Capitólio na última semana, a denúncia tem o apoio de 185 democratas da Câmara.

Neste domingo, o deputado democrata Hakeem Jeffries afirmou que o presidente deve ser imediatamente removido do cargo por ser “um claro perigo para a saúde e segurança do povo americano”. Segundo o parlamentar, o Congresso tem a “responsabilidade constitucional” de resolver a questão, seja através do impeachment ou pressionando para que o gabinete do presidente invoque a 25ª Emenda, declarando que Trump é inapto para o governo.

Jeffries, representante do Estado de Nova York, declarou ainda que apesar de a conta de Trump no Twitter ter sido suspensa, o atual presidente ainda possui acesso aos códigos nucleares americanos e a outros instrumentos de poder. “Donald Trump está completamente fora de controle e até mesmo seus apoiadores de longa data chegaram a essa conclusão”, afirmou o parlamentar em entrevista ao programa “Meet the Press”, da rede de televisão americana NBC./ AP e Dow Jones Newswire

Estadão

Bahia registra 1.649 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas

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 Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.649 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,3%) e 1.570 recuperados (+0,3%). Dos 512.841 casos confirmados desde o início da pandemia, 496.542 já são considerados recuperados e 6.875 encontram-se ativos .
Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,37%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (10.514,63), Muniz Ferreira (8.636,49), Conceição do Coité (8.533,00), Jucuruçu (8.163,49) e Pintadas (8.096,20).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 902.102 casos descartados e 121.681 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo (10).

Na Bahia, 37.642 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 32 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo.
A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.424, representando uma letalidade de 1,84%. Dentre os óbitos, 56,48% ocorreram no sexo masculino e 43,52% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,03% corresponderam a parda, seguidos por branca com 19,26%, preta com 14,71%, amarela com 0,66%, indígena com 0,13% e não há informação em 10,22% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 70,85%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,61%).

Ação conjunta apreende submetralhadoras e prende quatro criminosos

Fotos: Ascom | Alberto Maraux

Ação conjunta das polícias Militar e Civil apreendeu duas submetralhadoras, uma pistola e munições, no bairro de Sete de Abril, em Salvador. Quatro criminosos acabaram presos em flagrante, na tarde deste domingo (10), após perseguição. 
Fotos: Ascom | Alberto Maraux

Às 10h, o Centro Integrado de Comunicações (Cicom) recebeu denúncia anônima de homens armados, no bairro de Castelo Branco, na Rua Adriana Farias. Equipes da 47a CIPM, 50a CIPM, Gêmeos, COE e Graer encontraram quatro criminosos e, na tentativa de prisão, houve confronto. 
Fotos: Ascom | Alberto Maraux

O quarteto conseguiu escapar do cerco e entrou em uma casa, na Rua Agnaldo Santos, no bairro de Sete de Abril. Com apoio do Águia, Cipe Polo Industrial, Gerrc e Bope, a negociação foi iniciada. Cerca de 2h depois, os criminosos se renderam. Não houve refém. 

Com eles foram apreendidos duas submetralhadoras calibre 9mm, uma pistola calibre 380, carregadores e munições. Um dos indivíduos estava ferido e foi socorrido. Os outros três criminosos foram encaminhados para o DHPP.

Fonte: Ascom | Alberto Maraux

Suspeitos de praticarem arrastões vendiam celulares no débito

Foto: Divulgação/SSP-BA

Quatro criminosos suspeitos de praticarem arrastões, no Subúrbio Ferroviário, foram capturados na manhã deste domingo (10), pela 16a Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Comércio). Máquina para comércio de celulares roubados, com pagamento no débito, foi apreendida. 

Guarnições do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) realizavam ações ostensivas, na Avenida Afrânio Peixoto, quando decidiram abordar quatro homens, que estavam em um carro modelo Gol, na região do bairro de Lobato. 

Durante revista, os PMs encontraram uma arma de brinquedo, 13 celulares, uma máquina de cartão, cédulas de real e de pesos argentinos, além de joias. Após consulta, os militares constataram que o carro utilizado também era roubado. O quarteto e os materiais apreendidos foram apresentados na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV). 

"Estamos com guarnições, na região do Lobato, ampliando o patrulhamento ostensivo. Além do trabalho policial, importante destacar para a população, que comprar celular roubado se configura como crime de receptação e estimula os assaltos. Todos precisam ajudar", enfatizou o comandante da 16a CIPM, major César Santiago.

Fonte: Ascom Alberto Maraux

Nova variante do coronavírus achada no Japão tem 12 mutações

Governo japonês informou Ministério da Saúde brasileiro porque turistas haviam passado uma temporada na Amazônia

Ministério quer saber por onde viajantes passaram antes de embarcar para o Japão

REPRODUÇÃO/NIAI

O Ministério da Saúde brasileiro divulgou neste domingo (10) mais informações sobre a nova variante do coronavírus identificada no Japão em turistas que haviam chegado do Brasil.

Segundo a pasta, a nova cepa do SARS-CoV-2, vírus causador da covid-19, possui 12 mutações, incluindo a encontrada no Reino Unido e na África do Sul, que o torna mais transmissível.

Segundo o ministério, os quatro viajantes desembarcaram em Tóquio no dia 2 de janeiro. A infecção foi detectada no próprio aeroporto, onde eles ainda cumprem quarentena. Todos desenvolveram apenas sintomas leves da covid-19.

Autoridades sanitárias brasileiras buscam agora saber a nacionalidade dos viajantes e por onde eles passaram antes de ir ao Japão. Já se sabe que o grupo passou uma temporada na Amazônia. 

Porém, o chefe do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão, Takaji Wakita, afirmou que eles são brasileiros. 

Ainda de acordo com o comunicado, não há evidências científicas até o momento de que apontem que a nova variante não possa ser identificada em exames laboratoriais ou que seja resistente às vacinas desenvolvidas.

"O Ministério da Saúde reforça que já tomou as devidas medidas de precaução, tais como comunicação de alerta para toda a rede Cievs [Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde] do país; solicitação ao Ministério da Saúde do Japão de informação sobre a nacionalidade dos viajantes e locais de deslocamento no Brasil para rastreamento de potenciais contatos; e orientação, por meio de nota técnica, do diagnóstico molecular de variantes do SARS-CoV-2 à rede de saúde", diz a nota.

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Fim do auxílio emergencial tira R$ 32 bi mensais da baixa renda

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O fim do auxílio emergencial vai mexer, de uma só vez, com a vida das pessoas e com a economia do país. O último crédito foi pago no dia 29 de dezembro e os saques derradeiros ainda serão feitos ao longo de janeiro.

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou claro que não tem dinheiro em caixa para estender o benefício. Entre economistas, não há consenso em relação à prorrogação e seus critérios. Uns se preocupam com a questão social e outros com as contas públicas, já deterioradas.

Quem dependeu do benefício para se sustentar ou viu a vida melhorar com o suporte na renda diz que o ano começa com insegurança —e não é pouca gente. Foram 67,9 milhões de beneficiários, 4 em cada 10 brasileiros em idade de trabalhar.
No decorrer de nove meses, foram pagos R$ 292,9 bilhões. Na prática, segundo dados da Caixa, deixam de ser injetados na economia dos estados R$ 32,4 bilhões por mês.

Os efeitos no dia a dia de famílias e negócios, principalmente comércio e serviços, levarão um tempo para aparecer nas estatísticas, mas, para quem acompanha indicadores sociais, a perspectiva não é boa.
Como ainda não há garantia de uma retomada consistente na oferta de trabalho, a economista Diana Gonzaga, professora da UFBA (Universidade Federal da Bahia), afirma que, sem um programa social, via transferência de renda, ou um plano econômico, que incentive a geração de empregos, as desigualdades regionais devem crescer.

O pagamento do auxílio emergencial foi especialmente relevante nos estados das regiões Norte e Nordeste.

“Essas regiões já vinham numa situação econômica mais frágil antes da pandemia, com desemprego alto e muita informalidade”, afirma. “Sem um plano de transição para o fim do auxílio, é muito provável que as crises sociais também se agravem.”

Quase 43% de todos os recursos do auxílio, cerca de R$ 125 bilhões, foram para o Norte e o Nordeste. De acordo com Roberta de Moraes Machado, economista da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), a distribuição do auxílio teve enorme impacto nessas regiões.

“São economias menos desenvolvidas, com maior taxa de desalento ou desocupados, atividades baseadas essencialmente na informalidade e na baixa complexidade”, diz.

As cinco primeiras parcelas do auxílio tiveram forte impacto sobre a geração de riqueza dessa parte do país. Contribuíram, em média, com uma alta de 6,5% do PIB (Produto Interno Bruto) dos estados do Norte e Nordeste, de acordo com estudo dos economistas Écio Costa, da UFPE, e Marcelo Freire, da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

No município de Santarém Novo, no Pará, os R$ 13 milhões pagos nos cinco primeiros meses responderam por 27,2% do PIB municipal pelas projeções dos pesquisadores.

Ficou famoso o caso do comerciante Marinaldo dos Santos Cunha, 47 anos, dono de um açougue no centro do município paraense. Cunha mediu o efeito do auxílio emergencial na economia local em quilos de carne. Seu açougue chegou a vender o equivalente a um boi por dia durante a pandemia. Antes, era um boi por semana, contou à Folha.

O dinheiro inesperado levou ele e a esposa, Renata, a investir na abertura de uma farmácia. Agora, o município de pouco mais de 6.000 habitantes tem três drogarias. O casal também trocou de carro e comprou um terreno.

Marinaldo estima que nos próximos meses a vida vá voltar à rotina de antes, movida apenas pelo pagamento do Bolsa Família: quando o dinheiro é liberado, o comércio vende mais; passados uns dias, vende menos.

O economista da UFPE diz que, já se antecipando ao fim do benefício, as famílias se prepararam e pouparam, mas a tendência, se o emprego não reagir mais depressa, é que o consumo já caia em toda esta parte do país já a partir de fevereiro.

“Estamos falando de queda na transferência de renda aos mais pobres, o que consequentemente reduz consumo, afetando o comércio e o setor de serviços”, diz. “Só se tiver retomada da empregabilidade isso pode ser amenizado.”

Na região Norte, das 6,9 milhões de pessoas que receberam o benefício, 2,6 milhões já eram do Bolsa Família. No Nordeste, de 21,9 milhões de beneficiários do auxílio emergencial, 10 milhões estavam no programa que atende famílias em extrema pobreza.

A economista Diana Gonzaga defende a necessidade de o governo agir para criar uma transição entre o auxílio e outro benefício, com um valor menor, com critérios de concessão mais seletivos, mas que dê um suporte enquanto a pandemia não arrefece.

Ela afirma que os pequenos sinais de melhora de índices econômicos, como o da criação de vagas formais ou o aumento da população ocupada, praticamente não chegaram ao Norte-Nordeste. Quase 70% dos empregos com carteira criados até novembro estão no Sul e no Sudeste.

Nos estados do Sudeste, porém, a situação ainda é incerta para muita gente. Cerca de 38,44% do total pago via auxílio emergencial, R$ 112,6 bilhões, vão deixar de entrar no bolso de 26,4 milhões de brasileiros de baixa renda.

A reportagem da Folha foi conversar com pessoas que estavam, na quarta-feira (6), na fila do restaurante popular Bom Prato, em Santana, na zona norte de São Paulo, que vende refeições a R$ 1, subsidiadas pelo governo do estado.

Muita gente disse que recebia o auxílio emergencial. Maria das Graças, 52 anos, moradora
na Vila Albertina, na zona norte de São Paulo, era uma delas.

Há anos, trabalha como cuidadora de idosos, um dos principais grupos de risco da Covid-19. Justamente por isso, diz, não tem conseguido clientes ao longo da pandemia. Conta que muitas pessoas nessa faixa etária estão evitando contato com quem é de fora do circulo familiar.

Ela tem tentado trabalho em outras áreas, mas nada aparece. Mora sozinha, e o auxílio emergencial era a sua única fonte de renda. “Deveria continuar”, disse à reportagem. “Como a pessoa vai ficar sem auxílio e sem emprego?”

Stephanie Camargo, 24 anos, também aguardava na mesma fila. Contou que está no último semestre do curso de administração. Mora de aluguel no mesmo bairro, com a mãe e uma irmã. A jovem e a mãe são autônomas —fazem terapia holística e mapa astral—, e a irmã está desempregada.

Durante a pandemia, o auxílio complementava a renda, já que perderam muitos clientes. Não sabe nem como vai pagar a faculdade. “No meio de uma pandemia, com tanta gente desempregada, quem vai fazer mapa astral, terapia alternativa? É a primeira coisa que as pessoas cortam”, diz.

“O auxílio é uma contingência, mas o governo poderia ter encontrado outra forma de ajudar. A sensação é que a gente está completamente perdida.”

Mesmo as atividades mais tradicionais para os profissionais de baixa renda ainda não voltaram ao ritmo pré-pandemia. Diarista é uma delas.

Jaqueline Eustachio, 30 anos, foi uma das profissionais da área que sentiram a queda no volume de trabalho.

“Antes da pandemia eu fazia diária quase todo dia. Quando teve o surto, perdi várias clientes. Todo o mundo ficou com medo de que eu pudesse ser uma ‘contaminadora’”, afirmou a moradora da Brasilândia, na zona norte da capital.

Ela mora com três filhos pequenos. “Acho que não deveria ter acabado [o auxílio] pois a pandemia continua e, infelizmente, nós, que somos de baixa renda, somos os mais afetados. Se não fosse o auxílio, eu teria passado necessidade”, disse.

“Ainda não sei como vai ser daqui para a frente, porque não consegui retomar minha renda completa, minhas diárias.”

Adriana Bomfim dos Anjos, 45, que também trabalha como empregada doméstica, sofre com a mesma angústia. Conta que já vinha equilibrando as finanças mesmo com o auxílio.

A reportagem a encontrou na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), na região oeste. Ela tinha saído do Grajaú, no extremo sul da capital paulista, para receber a xepa.

No local, junto com cerca de outras cem pessoas, pegou um kit com duas sacolas de verduras, frutas e legumes, na quinta-feira (7), doados por comerciantes que trabalham no Ceagesp. A doação ocorre semanalmente, desde outubro.

“Eu recebia o auxílio, me ajudava bastante e seria melhor que ainda continuasse por um tempo”, disse Adriana.

Antes de pandemia, ela conta que trabalhava três vezes por semana. Agora, depende de uma diária a cada 15 dias.

Quem busca emprego traça um cenário mais complicado e diz que ainda está difícil conseguir uma colocação.

No posto móvel do CATe (Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo), que fica em frente ao Terminal Lapa, na zona oeste, Elena Maria dos Santos, 38 anos, aguardava na fila para verificar se existia alguma vaga.

Moradora de Itapevi, a auxiliar de limpeza recebeu o benefício desde o início da pandemia. “Eu esperava que continuassem pelo menos mais algumas parcelas. Está difícil conseguir emprego”, diz.

Sem o auxílio emergencial, a renda do marido passa a ser a única fonte para pagar as contas do casal e seus dois filhos.

Na avaliação do economista José Márcio Camargo, da Genial Investimentos, o avanço das vacinas melhora as perspectivas para o primeiro trimestre e suavizam os efeitos do fim do auxílio na vida das pessoas e na economia como um todo.

Segundo ele, além de evitar medidas de restrição para a circulação de pessoas, o início da imunização permitirá a retomada na prestação de serviços para as famílias, contribuindo para retomada do emprego, tando formal, quanto informal.

Folha

Gleisi critica Baleia Rossi por ‘fechar possibilidade’ de impeachment: ‘Perderá votos no PT’

Foto: Amanda Perobelli/Etadão/
Presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR)

 Em meio à articulação das bancadas na corrida pela presidência da Câmara dos Deputados, a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), fez críticas ao candidato ao cargo Baleia Rossi (MDB-SP) por “fechar a possibilidade” de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. “Perderá votos no PT”, publicou Gleisi no Twitter neste domingo (10).

“Dar resposta a crimes do Executivo é o item 3.6 do compromisso de Baleia Rossi com a oposição. Inclui analisar denúncias de crimes do presidente da República, mesmo que não haja acordo para aprovar impeachment. Ao negar o que tratamos e fechar essa possibilidade, Baleia perderá votos no PT”, publicou a deputada na rede social.

Com 52 deputados, o PT tem a maior bancada da Câmara e seu apoio é peça importante nos planos de Baleia Rossi de conquistar o comando da Casa. O endosso à sua candidatura, contudo, não é consenso entre petistas, que se incomodam em apoiar um nome do MDB.

O partido assumiu a presidência da República após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com o voto de Baleia Rossi. A preferência pelo deputado federal por São Paulo ante o rival Arthur Lira (PP-AL), candidato do Palácio do Planalto, foi aprovada em convenção do PT por margem apertada, de 27 a 23 votos, deixando clara a divisão na sigla.

Candidato do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Baleia Rossi já vem lidando nos últimos dias com desembarques de seu bloco, o que pode dificultar seus planos de conquistar o comando da Casa. Nesta semana, o PSL rachou e a maioria da bancada decidiu apoiar Arthur Lira. O presidente da legenda, Luciano Bivar, estuda expulsar os infiéis.

Dez anos após tragédia, região serrana sedia governo do Rio por 3 dias

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A sede do governo do estado do Rio de Janeiro será transferida por três dias para a região serrana para marcar os dez anos das chuvas torrenciais que causaram enchentes e deslizamentos de terra em janeiro de 2011. Segundo dados oficiais, na época 918 pessoas morreram. Além disso, 30 mil moradores ficaram desalojados. O episódio é considerado um dos maiores desastres socioambientais do país.

Os três municípios mais atingidos na tragédia serão capitais do estado por um dia no início da próxima semana. Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis sediarão o governo, respectivamente, neste domingo (10), na segunda-feira (11) e na terça-feira (12). A transferência da sede do executivo estadual consta em decreto assinado na última terça-feira (5) pelo governador em exercício, Cláudio Castro. Também foi instituído luto oficial nos três dias.

Na agenda de atividades da comitiva liderada pelo governador, constam um sobrevoo pelos municípios mais atingidos, visitas a locais simbólicos, reunião com vítimas da tragédia, encontro com prefeitos e vistoria de obras de unidades habitacionais. 

De acordo com o governo, será um momento para ouvir demandas dos municípios e de suas populações e discutir ações para prevenção de novas tragédias. Também estão previstos atos ecumênicos em memória às vítimas, homenagem aos bombeiros que trabalharam nas operações de resgate e anúncio de melhorias para a região.
Tragédia que também atingiu Nova Friburgo completa 10 anos em janeiro - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Temporal
O temporal de 11 de janeiro de 2011 foi previsto pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Um aviso meteorológico especial foi emitido para o governo estadual por volta de 16h20. Frei Marcelo Toyansk, que se incorporou por cinco anos à coordenação da Associação de Vítimas da Tragédia de Teresópolis (AVIT), conta que os sinais de devastação perduraram no tempo. 

"Campo Grande foi o bairro mais afetado. Fui muitas vezes lá. O bairro parecia ter passado por uma guerra. Pedras enormes rolaram lá de cima sobre as casas. No bairro viviam centenas de famílias", lembra.

Toyansk acredita que, diante do tamanho da tragédia, nem todos as mortes estão oficialmente registradas e avalia que o sofrimento foi agravado com os desdobramentos do episódio, que incluíram morosidade no reassentamento, dificuldade na liberação de recursos, o atraso nas obras e falta de atendimento psicológico adequado, entre outros problemas. 

"Não é a chuva a vilã. É um problema estrutural mais complexo. Ter toda essa população em área de risco é resultado de um caos social e político. E mesmo após a tragédia houve um descaso muito grande, que gerou mais sofrimento. Muitas vítimas continuaram vivendo em área de risco por muito tempo", disse.
Vista do Morro do Bumba, em Niterói, onde deslizamentos atingiram várias casas - Arquivo/Vladimir Platonow/Agência Brasil

Reassentamento

Segundo relata Toyansk, muitos dos atingidos de Teresópolis foram reassentados em unidades populares entregues em 2016. Essa era considerada a demanda principal da AVIT, pois inúmeras vítimas entendiam que só com um novo imóvel poderiam reconstruir suas vidas. Havia exceções, pois alguns desalojados preferiam ser indenizados. Enquanto as situações individuais não se resolviam, cada família precisou se virar com o aluguel social, um repasse financeiro do governo estadual.

"Muitas pessoas perderam tudo, literalmente. Perderam seus parentes, casa e documentos. Muitas ficaram doentes. Receber o apartamento era fundamental para pelo menos sair da situação do aluguel social, que não era suficiente, e, dessa forma, a pessoa acaba indo para outra área de risco, vivendo com medo das chuvas", acrescenta Toyansk. Ele destaca, porém, que não sabe dizer se todas as vítimas foram contempladas. De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, 819 famílias ainda recebem o aluguel social atualmente.

Após a tragédia, o governo estadual e federal prometeram conjuntamente 4.707 mil unidades habitacionais para socorrer as vítimas de toda a região serrana. Segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras (Seinfra), foram entregues até hoje 4.219, das quais 2.337 em Nova Friburgo, 1.600 em Teresópolis, 222 em Bom Jardim, 50 em Petrópolis e 10 em São José do Vale do Rio Preto. 

Ao todo, já teriam sido investidos R$ 521,5 milhões, sendo R$ 302 milhões liberados pelo governo federal e outros R$ 291,5 milhões vieram dos cofres estaduais.

"Estamos finalizando a infraestrutura para a entrega de 153 unidades em Areal. A Seinfra está buscando com o governo federal recursos para a construção de mais 330 unidades em Petrópolis, 120 em São José do Rio Preto e 128 em Sumidouro", acrescenta a secretaria. Para prevenir novas tragédias a Seinfra afirma ter concluído 93 contenções de encostas.

Edição: Kleber Sampaio
Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Feira de Santana recebe franquia experimental de chocolates finos produzidos pela agricultura familiar

Foto: SDR

Os chocolates finos da agricultura familiar, produzidos na Bahia Cacau, marca da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (Coopfesba), localizada em Ibicaraí, agora podem ser encontrados na nova loja da cooperativa, no município de Feira de Santana.

O projeto faz parte do planejamento da organização para expandir os negócios por meio do modelo de franquia. Na loja, situada no Shopping Viva Artemia Mall, podem ser encontradas barras de chocolate de 80g e 20g com percentuais de 35%, 50%, 60% e 70% de teor de cacau, bombons de chocolates com frutas e geleia de cacau, nibs, amêndoas caramelizadas, licores e o tradicional mel de cacau.

Tem ainda a linha ‘Sua Receita’, especial para chefs de cozinha e confeiteiros, com o chocolate em gotas e em barras de 1 kilo, nas opções de 35%, 50%, 60% e 70% de teor de cacau. A loja dispõe também de produtos diversos de outras cooperativas e associações de diferentes regiões da Bahia, como derivados de umbu, castanha e licuri.
Foto: SDR

O diretor-presidente da Coopfesba, Osaná Crisóstomo do Nascimento, projeta novos investimentos da fábrica para os próximos anos. “Apostamos no potencial de Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia para instalar a segunda loja de chocolate na Bahia Cacau. Nossa meta para 2021 e abrir mais unidades da Bahia Cacau no estado e no restante no Brasil, com preço em conta para os fraqueados, levando sabor especial aos nossos clientes”, destacou Osana Crisóstomo.
Investimentos

O Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva, destinou mais de R$ 2,5 milhões para a cooperativa, aplicados em assistência técnica e extensão rural (Ater), melhoramento no manejo da planta e a aquisição de equipamentos. Para a base produtiva, foi destinado R$ 1 milhão, com insumos e capacitações, além de apoiar a definição de estratégias e o levantamento de consultoria de franquias.
Foto: SDR

O projeto Bahia Produtiva é executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial.

Fonte: Ascom/SDR

Autor de morte de menina de 2 anos é encontrado na BA

Foto: Divulgação/SSP-BA

O líder de uma facção envolvida com tráfico de drogas, no Espírito Santo, e autor da morte de uma menina de 2 anos, na cidade capixaba de Linhares, foi localizado, na noite de sexta-feira (8), na Bahia. Equipes da Cipe Mata Atlântica e da Rondesp Sul encontraram o criminoso, na cidade de Teixeira de Freitas.

Os militares receberam uma denúncia anônima sobre onde estaria o foragido e foram até o bairro de Colina Verde. Sabendo das características do traficante, guarnições fizeram varreduras e localizaram o homem próximo de um imóvel.

Na tentativa de abordagem, o criminoso efetuou disparos com arma de fogo e acabou ferido, no confronto. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Uma submetralhadora calibre 9mm, carregador e munições foram apreendidos.

O traficante estava foragido desde o dia 2 de dezembro do ano passado, quando ele e comparsas mataram Sandra dos Santos Calixto, 45 anos, e Heloísa Dias Nascimento, 2 anos. Uma adolescente de 15 anos também foi atingida por disparos de arma de fogo, mas sobreviveu. 

O criminoso liderava um grupo que atua em três bairros da cidade de Linhares.

Fonte: Ascom | Alberto Maraux

Ubatã não registra novos casos de covid-19 nas últimas 24h; curados somam 1.154

Centro de Triagem do Covid-19, em Ubatã (Foto: Ubatã Notícias)


Ubatã não registrou novos casos de covid-19 nas últimas 24h conforme boletim divulgado na tarde deste sábado (09) pela Secretaria Municipal de Saúde. Com isso, o município chega à marca de 1.187 casos confirmados de covid-19. Desses, há 06 casos ativos, 1.154 pessoas estão curadas; há 25 óbitos; não há pessoas hospitalizadas em leito clínico; não há pessoas hospitalizadas em UTI; 13 exames aguardam divulgação de resultado; 13 aguardam coleta; e há 60 pessoas em monitoramento. Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Ubatã já realizou, até o momento, mais de 6,7 mil testes para diagnóstico do covid-19,o que representa quase 25% da população ubatense. (Ubatã Notícias)

Veículo incendiado é encontrado às margens da BR-330

Veículo Ônix foi encontrado incendiado na BR-330 (Foto: Ubatã Notícias)

Um Ônix incendiado foi encontrado nas primeiras horas da manhã deste sábado (09)às margens da BR-330, na altura do lixão do município de Ubaitaba. Segundo informações da Polícia Militar, o veículo possui cor branca, mas não foi possível identificar placa e, consequentemente, o proprietário do veículo. A suspeita é que o Ônix seja roubado e tenha sido incendiado para atrapalhar as investigações. Em tempo, a Polícia Civil investiga o caso. (Ubatã Notícias)

Ipiau: Mais quatro (04) pessoas testaram positivo para o coronavirus neste sábado 09 de janeiro


A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 09 de janeiro, tivemos 7.977 casos registrados como suspeitos, sendo 2.265 casos confirmados, dentre estes, são 2.204 pessoas RECUPERADAS, 15 estão em isolamento social, 04 estão internadas e 39 foram a óbito. 5.719 casos foram descartados e 52 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 19 casos ativos.

Obs: Dados da testagem dos profissionais e alunos das Escolas Estaduais foram contabilizados neste boletim em 03/07.

Nesse período de celebração não se esqueça: o uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, deixe disponível no local álcool 70% e higienize as mãos com água e sabão sempre que puder . 

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

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