Foragido por homicídios é capturado com 591 porções de drogas

Foto: Divulgação SSP
Rondesp Atlântico encontrou o homicida, que possuía mandado de prisão, no bairro de São Cristóvão, em Salvador.

Um traficante autor de três homicídios, em Salvador, foi capturado, na madrugada deste sábado (23), pela Rondesp Atlântico. Com o criminoso, que possuía mandado de prisão, foram apreendidas 591 porções de entorpecentes.

As guarnições faziam incursões na localidade conhecida como Lessa Ribeiro, no bairro de São Cristóvão, quando avistaram o traficante. Ele tentou fugir, mas acabou cercado e preso.

Com ele, intitulado gerente de uma facção, os PMs apreenderam 383 pinos de cocaína, 208 porções de maconha, um celular e 300 reais. O homicida foi apresentado na Central de Flagrantes, onde o mandado foi cumprido. Ele acabou também autuado por tráfico de drogas. 

Fonte: Acom/Alberto Maraux

Prefeitura de Ipiaú divulga Processo Seletivo para contratação de professor

A Prefeitura de Ipiaú realiza Processo Seletivo Simplificado para contratação temporária e formação de cadastro reserva para os cargos de professor de ensino fundamental – professor de series iniciais, professor de artes e professor de música para as escolas da zona rural e urbana do município. 

São 7 vagas imediatas com carga horária de 20h semanal para nível médio e superior e salário de R$ 1.443,12 e R$ 1.731,74. A seleção será realizada por meio de análise curricular que será classificatória

Os interessados deverão realizar sua inscrição, que é gratuita, nos dias 25 e 26 de janeiro, exclusivamente através do e-mail: processoseletivo.educacaoipiau@gmail.com  mediante envio do formulário de inscrição, disponibilizado no anexo V do edital, e de cópias legíveis da documentação exigida. Mais informações no edital publicado no Diário Oficial do município da última sexta-feira, (22) no seguinte endereço https://doem.org.br/ba/ipiau .

Prefeitura Ipiaú/Dircom

Meia tonelada de cocaína encontrada em laboratório de refino em Feira

Foto: Divulgação SSP
Equipes da DTE/FSA e da Cipe Litoral Norte localizaram a casa usada para a atividade ilegal, na sexta-feira (22).
Meia tonelada de cocaína foi encontrada durante ação conjunta da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) de Feira de Santana com a Cipe Litoral Norte. A casa usada como laboratório de refino foi encontrada, na tarde de sexta-feira (22).
Foto: Divulgação SSP
Equipes da DTE/FSA e da Cipe Litoral Norte localizaram a casa usada para a atividade ilegal, na sexta-feira (22).
Os policiais seguiram os indícios apontados em uma denúncia anônima e chegaram até um imóvel, no distrito de São José, zona rural do município de Feira de Santana. Na casa, as equipes localizaram 500 kg de cocaína, tanques, balanças, liquidificadores industriais, ventiladores, prensas hidráulicas e embalagens plásticas.
Foto: Divulgação SSP
Equipes da DTE/FSA e da Cipe Litoral Norte localizaram a casa usada para a atividade ilegal, na sexta-feira (22).
Nenhum criminoso foi encontrado, no imóvel. Os materiais apreendidos foram apresentados na DTE de Feira de Santana.
Fonte: Acom/Alberto Maraux

PM destrói plantação que renderia 148 toneladas de maconha

Foto: Divulgação SSP
Cerca de 450 mil pés da erva foram descobertos, após ação conjunta da 45ª CIPM com a Cipe Caatinga, em Curaçá.
Oito plantações ilegais que renderiam aproximadamente 148 toneladas de maconha foram destruídas pela Polícia Militar da Bahia, na sexta-feira (22). Cerca de 450 mil pés da erva foram localizados, na zona rural da cidade de Curaçá
Foto: Divulgação SSP
Cerca de 450 mil pés da erva foram descobertos, após ação conjunta da 45ª CIPM com a Cipe Caatinga, em Curaçá.

Durante três dias, equipes da 45ª CIPM (Curaçá) e da Cipe Caatinga realizaram varreduras em uma região denominada Ilha das Araras. Denúncias anônimas e recursos tecnológicos (drones) auxiliaram os policiais militares. Além das viaturas quatro rodas, barcos também foram empregados na missão.

Após localizações das oito roças, os 450 mil pés de maconha foram erradicados e destruídos. "Nossa prioridade é combater o tráfico de drogas e isso será feito de forma incessante", enfatizou o comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho. 
Fonte: Acom/Alberto Maraux

Doses de vacina contra a Covid-19 são furtadas de UBS em Diadema BRASIL

Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress/
Ausência de duas doses foi percebida na sexta-feira (22); segundo a prefeitura da cidade, não há indícios de invasão

Duas doses de vacina contra a Covid-19 foram furtadas da UBS Parque Reid, em Diadema. Segundo a prefeitura da cidade, a ausência do imunizante foi percebida na sexta-feira (22) pela gerente da unidade.

Em nota publicada no site da prefeitura de Diadema, gestão José de Filippi (PT), a SMS (Secretaria Municipal da Saúde) afirma que a unidade não registrou nenhum tipo de invasão externa. “O local onde as vacinas estavam tem chave e o acesso é restrito a funcionários.” A UBS tem 70 funcionários.

“A SMS repudia a atitude que prejudica aqueles que estão na linha de frente do enfrentamento a pandemia e se coloca à disposição das autoridades para os devidos esclarecimentos necessários”, afirma a nota.

O furto foi registrado em Boletim de Ocorrência, e a SMS abriu processo administrativo para investigar o sumiço. No texto, a pasta afirma também que solicitou reforço do monitoramento da unidade pela GCM (Guarda Civil Municipal).

A distribuição das vacinas na cidade, segundo a prefeitura, foi feita de acordo com a elaboração de listas nominais que indicavam, com dados como CPF, os profissionais da saúde que atendiam os critérios para o recebimento da vacina.

De acordo com o boletim da SES (Secretaria de Estado da Saúde), Diadema já registrou 12.473 casos de Covid-19 e 512 mortes.

Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirma que o 1º DP de Diadema investiga o caso.

Segundo o Consórcio ABC, Diadema recebeu 4.480 doses da Coronavac para imunizar profissionais da saúde que atuam na linha de frente do atendimento a pacientes com Covid-19.
Mariana Freire / Folha de São Paulo

Fiocruz libera as duas milhões de doses da vacina de Oxford para distribuição

Foto: Dado Ruvic/Reuters

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começou na tarde de hoje a liberar para distribuição as duas milhões de doses da vacina de Oxford que chegaram ao Rio de Janeiro na noite de ontem, importadas da Índia, conforme publicou o site UOL.

Hoje (23) as vacinas serão entregues ao Ministério da Saúde, que fará a distribuição aos estados. Os primeiros voos devem decolar hoje por volta das 19h e a previsão do governo federal é que a distribuição seja concluída amanhã.

Ontem, após chegarem ao Brasil, as vacinas foram levadas para a Fiocruz, onde técnicos do instituto fizeram a checagem de qualidade e segurança dos produtos e a rotulagem das caixas com informações em português. A inspeção foi feita em Bio-Manguinhos, a unidade de produção de vacinas da Fiocruz no Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com o UOL, as vacinas foram levadas hoje por caminhões de Bio-Manguinhos a um depósito onde serão separadas em lotes pelo Ministério da Saúde e de lá seguem para a Base Aérea do Galeão, para serem enviadas aos estados.

Diretora da Vigilância em Saúde do Amazonas morre em decorrência da covid-19

Foto: Reprodução/O Globo

A diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) morreu nesta sexta-feira, 22, por complicações decorrentes da covid-19. Ela deixa o marido, três filhos, uma neta e o pai.De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, a profissional testou positivo para o coronavírus em 5 de janeiro. Ela iniciou o tratamento em casa, mas no dia 11 a situação piorou e ela precisou ser internada. Rose, como era conhecida, morreu no hospital.

A farmacêutica bioquímica atuava no monitoramento da pandemia no Amazonas e ajudava a estabelecer medidas para conter o avanço do coronavírus. “Ela era uma fortaleza e um farol que guiava as ações da FVS na guerra contra o novo coronavírus no Amazonas”, diz a nota emitida pela Secretaria.

Rose atuou como gerente de epidemiologia e como diretora de vigilância em saúde da Secretaria de Saúde do Amazonas. Também foi assessora técnica de vigilância em saúde da FVS-AM, instituição que ajudou a fundar.

No fim do ano passado, em 11 de dezembro, ela recebeu a medalha da Ordem do Mérito do Governo do Amazonas, em reconhecimento ao trabalho desenvolvido no combate à pandemia. Em outubro, havia recebido o Diploma de Honra ao Mérito do Tribunal de Contas do Amazonas pelos serviços prestados no mesmo período.

Estadão

Secretários de Fazenda apelam ao Congresso pela prorrogação do auxílio emergencial

Foto: Pilar Olivares/Reuters

Em carta dirigida ao Congresso nesta sexta-feira (22), secretários de Fazenda, Finanças ou Tributação de 18 estados pediram a ajuda dos parlamentares para que o governo federal estenda o auxílio emergencial pago em 2020 em virtude da pandemia da Covid-19.

Eles pedem ainda ao Legislativo a prorrogação do estado de calamidade pública por mais seis meses e, como consequência, a continuidade da emenda à Constituição Federal que permitiu a suspensão temporária de bloqueios fiscais como o teto de gastos.

O fim do auxílio, mostrou a Folha, mexe, de uma só vez, com a vida das pessoas e com a economia do país ao tirar R$ 32 bilhões da população de baixa renda. O último crédito foi pago no dia 29 de dezembro.

Foram 67,9 milhões de beneficiários, 4 em cada 10 brasileiros em idade de trabalhar. No decorrer de nove meses, foram pagos R$ 292,9 bilhões.

De acordo com o grupo de secretários, a ajuda foi fundamental para “preservar a vida, o emprego e a renda” e contribuiu para a continuidade e aumento da oferta de serviços públicos em áreas prioritárias, principalmente saúde e assistência social.

“A continuidade de tal medida é essencial para não colocar milhares de famílias em situação de fome e desamparo social”, afirmaram.

“[O auxílio emergencial] garantiu renda à população mais necessitada e foi fundamental para, além de garantir o sustento básico das famílias, impulsionar o consumo e a atividade econômica.”

O auxílio foi fundamental para a arrecadação dos tributos, principalmente do ICMS, principal imposto estadual, disseram ainda os autores da carta ao Congresso.

Ao lamentar que a pandemia “ainda não chegou ao fim”, os secretários disseram no documento que a situação se apresenta ainda mais preocupante porque o país não tem um calendário nacional de vacinação e os dados de evolução de mortes e da taxa de contágio estão em níveis alarmantes.

Além das vítimas fatais e dos impactos causados tanto na saúde pública quanto na saúde física e mental dos infectados e de seus círculos de relacionamentos, argumentaram os secretários, milhões de famílias estão sofrendo com os outros efeitos socioeconômicos da pandemia como o desemprego e a recessão.

O documento reforça que o distanciamento social é a principal forma de reduzir a taxa de contágio da doença e salvar vidas, segundo os principais expoentes da área de infectologia, microbiologia, medicina preventiva e cuidados sanitários.

Como consequência dessa nova dinâmica social, a atividade econômica foi significativamente impactada.

“Em nosso país, vimos o aumento explosivo do desemprego e da pobreza, de modo que o auxílio renda emergencial foi essencial para garantir que milhões de brasileiros não passassem fome e tivessem condições básicas de sobrevivência”, afirmaram.

A transferência direta de renda às famílias mais pobres, com maior propensão a consumir, segundo eles, impulsionou o comércio, possibilitando uma gradual retomada da atividade econômica e mitigando os impactos na arrecadação de impostos.

Os secretários propõem ainda a suspensão, por 12 meses a contar de 1º de janeiro, do pagamento de precatórios e de amortização e juros de dívidas com União, bancos públicos e instituições financeiras internacionais, assim como das operações de crédito com aval da União.

Para eles, medidas como essas são fundamentais para garantir os recursos necessários ao atendimento aos infectados pela Covid-19, com ampliação de leitos, construção de hospitais de campanha e contratação de profissionais de saúde.

Marcelo Rocha / Folha de São Paulo

Fiocruz libera neste sábado distribuição de vacina aos estados

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os 2 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), começarão a seguir para os estados na tarde deste sábado (23). Depois de chegar em voo da Emirates ao Aeroporto de Guarulhos, às 17h20 dessa sexta-feira (22), a carga foi transportada em um avião da Azul até a Base Aérea do Galeão, aonde chegou às 22h.

O avião foi recebido na pista por um batismo simbólico, com jatos de água lançados em forma de arco pelos bombeiros do Aeroporto Rio-Galeão.

As vacinas prontas foram fabricadas pelo Instituto Serum, na Índia, e eram aguardadas desde sábado (16), mas tiverem atraso no envio por questões internas da Índia.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, recebeu o lote em solo brasileiro, ao lado dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e das Comunicações, Fábio Faria. Também estavam presentes o embaixador da Índia, Suresh Reddy, e a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade. Esta última se juntou ao grupo no Rio de Janeiro.

“A encomenda tecnológica prevê 100 milhões de doses para o primeiro semestre. Essas 2 milhões de doses são apenas o início. É o começo do processo. O objetivo do Ministério da Saúde é a vacinação em massa do povo brasileiro. E isso vai nos colocar, rapidamente, no topo da lista do número de vacinados. Com 8 milhões de doses, nós passaremos a ser o segundo país do ocidente que mais vacinou”, disse Pazuello, em pronunciamento à imprensa na Base Aérea.

O ministro Ernesto Araújo ressaltou a cooperação e a relação diplomática com a Índia. “Isto aqui é o começo de uma parceria tanto na área farmacêutica quanto em muitas outras áreas com a Índia. País pelo qual temos uma admiração imensa, uma amizade imensa, que agora se consolida ainda mais”, disse Araújo.

O embaixador indiano classificou o momento como um dia histórico entre os dois países. “Este dia traz sorrisos e otimismo a muitas pessoas. O Brasil é o primeiro país a receber esta carga e nós estamos muito orgulhosos de fazer parte deste processo. A Índia assegurará vacinas para todos os países e todos os povos”, disse Suresh Reddy.

Para a presidente da Fiocruz, a chegada da vacina é uma vitória da ciência. “Neste momento de perdas, ter a vacina é uma esperança que vem da ciência, que vem do Sistema Único de Saúde. É uma vacina com 70% de eficácia e que poderá ser administrada no intervalo de 12 semanas. Isto será muito importante para o nosso sistema de saúde”, ressaltou Nísia Trindade.

Fiocruz

Da Base Aérea, as vacinas seguiram em caminhões refrigerados para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), para checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem, com etiquetagem das caixas com informações em português.

Esse processo será feito ao longo da madrugada e da manhã de sábado e será realizado por equipes treinadas em boas práticas de produção. A previsão é de que as vacinas estejam prontas para distribuição para todos os estados brasileiros no período da tarde.

Toda a logística de distribuição ficará sob a responsabilidade do Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

Bolsonaro

Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a chegada dos 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford ao Brasil. Ele disse que foram “negociadas pelo Ministério da Saúde e [a vacina já foi] adquirida também por um grande número de países”.

Agência Brasil

Vacina da Covid-19 segue sendo aplicada no grupo prioritário em Ipiaú


Além da vacinação da Covid-19 ter continuado no HGI, hoje, também foi a vez dos profissionais de saúde que trabalham no SAMU e na clínica São Roque receberem a vacina.

A secretária de Saúde Laryssa Dias foi a responsável por aplicar o imunizante nos 12 profissionais que integram o SAMU da cidade. Na clínica São Roque foram vacinados 25 profissionais pela equipe da Secretaria de Saúde do município, e no HGI, 40, só nesta sexta-feira, 22. Ontem (21), também foram vacinadas 75 pessoas entre profissionais e idosos no Abrigo Casa Deraldina. 

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Ex-assessora de Baleia Rossi é investigada por suspeita de caixa dois no interior de SP

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 Uma ex-assessora do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), candidato à presidência da Câmara, é investigada por suspeita de participar de uma operação de caixa dois em campanha do MDB no interior de São Paulo, em 2016.

Baleia Rossi, que era presidente do diretório estadual do partido na ocasião, foi citado na denúncia anônima que deu origem à investigação, o que levou a Promotoria a enviar ofício para a Polícia Federal também apurar o caso.

A jornalista Gislaine Faria Spagnollo, que trabalhou para o gabinete de Baleia Rossi tanto na Assembleia Legislativa de São Paulo como na Câmara dos Deputados, foi alvo de uma denúncia anônima enviada para o Ministério Público de Pederneiras.

Entre as acusações está a de que sua empresa, a SG.COM Comunicação Organizacional e Eventos, omitiu da Justiça Eleitoral pagamentos que recebeu de um contrato assinado com a campanha de Vicente Juliano Minguili Canelada (MDB), eleito prefeito naquele ano na cidade do interior paulista.

A denúncia inclui um contrato assinado entre a SG.COM e Vicente Canelada no valor de R$ 22,5 mil para assessoria da campanha do emedebista. O registro deste gasto na Justiça Eleitoral, porém, foi de apenas R$ 5.000.

O dossiê, entregue ao Ministério Público em setembro de 2018, também cita uma pesquisa eleitoral encomendada para Vicente Canelada e não registrada pela campanha. Estão anexos ainda recibos da hospedagem de Gislaine em hotel da cidade, também não descritos nas contas eleitorais, e a acusação de que material impresso da campanha foi registrado oficialmente em quantidade inferior ao que na realidade teria sido feito e distribuído pelo candidato.

A Promotoria avaliou que há indícios de irregularidades e também comunicou a PF, por haver menção ao deputado. A denúncia anônima cita Baleia Rossi, mas sem apresentar provas do suposto envolvimento.

A acusação é de que dinheiro do gabinete do parlamentar teria custeado a atuação de Gislaine, que, além de trabalhar para o mandato do emedebista, também trabalhou na Candoca filmes, produtora de Paulo Luciano Tenuto Rossi, conhecido como Palu, irmão do deputado.

Na Candoca, Gislaine fez campanhas eleitorais de candidatos do MDB, como Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que disputou o governo, e Gabriel Chalita, que tentou a prefeitura da capital paulista.

Paulo Luciano Tenuto Rossi é réu desde o ano passado em ação penal eleitoral em São Paulo acusado de receber da Odebrecht R$ 1 milhão em dinheiro vivo pago durante a campanha de 2014 por trabalhos em sua outra empresa, a Ilha Produção Ltda, que pertencia também a Vanessa da Cunha Rossi, esposa de Baleia.

Palu está com parte de seus bens bloqueados em decorrência desse processo, juntamente com Paulo Skaf. Eles são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e caixa dois.

Gislaine Spagnollo era da confiança de Baleia Rossi e não deixou a assessoria do deputado nem mesmo quando foi para a campanha em Pederneiras. Ela trabalhou simultaneamente para o gabinete do deputado e para campanha de Vicente Canelada. Do parlamentar ela recebia cerca de R$ 7.000 mensais.

Em janeiro, quando Vicente Canelada assumiu a prefeitura, ela foi nomeada para cargo na comunicação do município e durante três meses acumulou ganhos do gabinete de Baleia Rossi e do Executivo de Pederneiras.

Gislaine diz que foi contratada por Vicente Canelada após encontro dele com Baleia Rossi, que era o presidente estadual do partido. “Ele [Vicente Canelada] já tinha encontrado comigo em outras ocasiões por conta do deputado e me convidou para trabalhar para ele”, disse Gislaine. Ela nega que Rossi tenha intermediado a contratação.

A jornalista disse à reportagem que ainda não foi intimida pela Polícia Federal. A investigação começou no início de 2019. Ela nega ter feito caixa dois de campanha e diz que o documento de R$ 22,5 mil assinado entre a SG.COM e Vicente Canelada apresentado na denúncia anônima era, na verdade, um pré-contrato e que durante as negociações o valor caiu para R$ 5.000.

A assessoria do deputado Baleia Rossi disse que Gislaine Spagnollo prestou serviços de assessoria em comunicação e divulgação do mandato do deputado até abril de 2017.

“Ao que consta, o caso em questão não envolve nenhuma irregularidade sobre esses serviços prestados ao deputado”, diz a nota. “Como prestadora de serviços, Gislaine soube dividir suas tarefas até abril de 2017. Ela nunca teve vínculo funcional com o gabinete.”

A promotora do caso, Roseny Zanetta Barbosa, diz que a PF ainda está verificando se houve a prática de caixa dois na campanha de Vicente Canelada. “[A investigação é para saber] quem participou dela, quem foi beneficiado com ela, esses são responsabilizados criminalmente”, disse a promotora.

“E é nisso que pode haver o envolvimento do Baleia Rossi. Se eles [policiais federais] conseguirem averiguar a origem desse dinheiro, se saiu mesmo do Baleia e veio camuflado para a campanha do Vicente sem ser declarado na Justiça Eleitoral”, diz Roseny Barbosa.

A promotora diz que, caso sejam encontradas provas de envolvimento do deputado federal em esquema de caixa dois de campanha, a investigação será remetida ao STF (Supremo Tribunal Federal), já que o parlamentar tem foro especial.

Gislaine Spagnollo pediu que a reportagem citasse que seu ex-marido e ex-sócio na SG.COM, Paulo Garefa, também é investigado no mesmo caso. Ela suspeita que Garefa tenha sido o autor da denúncia anônima.

“Vou pedir uma gentileza para você que cite, além do meu nome, o nome do meu sócio na época, que hoje não é mais. Vou te dar o nome completo dele, Paulo Sérgio Garefa. Porque se ele era meu sócio, ele também estava sendo investigado”, diz a jornalista.

“Estou pedindo, por favor, para acrescentar o nome dele. A empresa era nossa. Eu era detentora de 50% e ele também. SG, inclusive, significa Spagnollo e Garefa”, diz Gislaine.
Paulo Garefa, o ex-marido, diz não ter conhecimento sobre a investigação. “Desconheço qualquer inquérito que envolva meu nome e repudio todo tipo de ação ou prática ilegal ou criminosa. Por motivos de foro íntimo, não mantenho relações ou contatos, pessoais ou profissionais, com minha ex-sócia e seus clientes.”

O ex-prefeito Vicente Canelada, que não se reelegeu em 2020, não atendeu o telefonema da reportagem e nem respondeu as mensagens enviadas no seu celular.

Walter Nunes / Folhapress

Saúde inclui trabalhadores da construção civil e indústria nas prioridades de vacinação

Foto: Fernando Vivas/GOVBA/
Pasta retira grávidas do grupo de contraindicações, mas recomenda precauções e decisão conjunta com médico para aquelas do grupo prioritário

Em nova mudança no plano de vacinação contra a Covid-19, o Ministério da Saúde passou a incluir trabalhadores da indústria e construção civil na lista de grupos prioritários para receber as vacinas. Ao todo, esse grupo representa 5,3 milhões de pessoas.

A pasta também oficializou a inclusão de trabalhadores de transporte aéreo e aquaviário–como funcionários de empresas aéreas e de navegação– e trabalhadores portuários entre os grupos previstos para também receber as doses com prioridade.

A inclusão já era divulgada pelo setor de infraestrutura do governo, mas ainda não constava de plano da Saúde.

Com as mudanças, o total de pessoas previstas para receber as vacinas entre os grupos prioritários passa a ser de 77,2 milhões. Até então, o total era estimado em torno de 65 milhões.

O ministério, porém, não divulgou os cronogramas de aplicação das doses entre esses grupos. O plano prevê que, no momento previsto da vacinação–o qual não foi informado– trabalhadores apresentem um comprovante do vínculo de emprego na área.

Até o momento, informes técnicos da pasta orientam que a vacinação inicie com trabalhadores de saúde da linha de frente contra a Covid, idosos em asilos, pessoas com deficiência em instituições e indígenas em terras aldeadas. Novos calendários ainda não foram divulgados.

As alterações nos grupos prioritários constam no novo plano finalizado pelo ministério nesta sexta (22).

Em nota, a pasta informa que “os cronogramas de distribuição das doses com os grupos prioritários correspondentes serão divulgados por meio de informes técnicos.”

“Cabe esclarecer que todos os trabalhadores da saúde serão contemplados com a vacinação, entretanto a ampliação da cobertura desse público será gradativa, assim como os demais públicos prioritários elencados na segunda edição do plano, conforme disponibilidade de vacinas.”

​Essas não foram as únicas alterações.

A pasta também fez mudanças no trecho de contraindicações à vacina, que até então indicava pessoas menores de 18 anos, gestantes e pessoas com histórico de reações anafiláticas.

Na prática, a pasta manteve o último trecho (com alerta a pessoas com hipersensibilidade e histórico de reações), mas incluiu gestantes em uma lista diferente, tida como de precauções, em conjunto com outros grupos que exigem atenção. As mudanças são voltadas principalmente às mulheres grávidas, mas que fazem parte de grupos prioritários.

O documento lembra que a segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas em gestantes, mas que estudos iniciais em animais não apontaram risco. “Para as mulheres, pertencentes a um dos grupos prioritários, que se apresentem nestas condições (gestantes, lactantes ou puérperas), a vacinação poderá ser realizada após avaliação cautelosa dos riscos e benefícios e com decisão compartilhada, entre a mulher e seu médico prescritor”, diz o documento.

A avaliação, aponta, deve considerar o nível de potencial contaminação do vírus na comunidade, a potencial eficácia e potenciais riscos. Aquelas que não quiserem receber as doses devem ser apoiadas e instruídas a “manter medidas de proteção como higiene das mãos, uso de máscaras e distanciamento social”, recomenda o plano.

No documento, o ministério aponta ainda ter mais 354 milhões de doses contratadas para vacinação –das quais 212 milhões seriam da AstraZeneca/Fiocruz, 100 milhões do Butantan/Sinovac e 42,5 milhões do consórcio Covax Facility.

Assim como nas versões anteriores, no entanto, a pasta não divulgou os cronogramas previstos de entrega das doses, cuja produção passa por impasses devido à dificuldade para obtenção de insumos da China.

Natália Cancian / Folha de São Paulo

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