Boletim Covid/ 07 de Fevereiro confirma três novos casos de coronavirus

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 07 de fevereiro, tivemos 8.326 casos registrados como suspeitos, sendo 2.405 casos confirmados, dentre estes, são 2.330 pessoas RECUPERADAS, 16 estão em isolamento social, 07 estão internadas e 40 foram a óbito. 5.872 casos foram descartados e 33 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 23 casos ativos.Obs:

Dados da testagem dos profissionais e alunos das Escolas Estaduais foram contabilizados neste boletim em 03/07.

O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .
Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Sesab autoriza vacinação para pessoas acima de 80 anos em toda a Bahia

Foto: Alberto Maraux
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) autorizou, em todo o estado, a vacinação de idosos acima de 80 anos a partir desta segunda-feira (8). A informação consta em nota sobre o boletim com dados relativos à pandemia. No sábado, o estado recebeu mais 186.200 doses, o que permite a inclusão da nova faixa.

Neste domingo, a Bhaia totalizou 286 mil doses aplicadas, de um total de 351 mil. A Bahia é o segundo estado em número de imunizados, de acordo com a secretaria.

Infectados

Nas últimas 24 horas, o estado confirmou mais 1.884 infecções pelo novo coronavírus. Na rede de saúde, 2.039 pacientes foram recuperados. Dos 607.946 casos confirmados desde o início da pandemia, 584.179 já são considerados recuperados.

A Bahia conta atualmente com 13.394 pacientes com o vírus ativos. Um total de 40.616 profissionais da saúde testaram positivo para Covid-19. Além dos 989.670 casos descartados, 140.416 suspeitas de contaminação estão em investigação.

De sábado para domingo, 39 óbitos que ocorreram em datas diversas tiveram suas causas relacionadas com a Covid-19. Durante toda a pandemia, 10.373 perderam a vida para o novo coronavírus na Bahia.
Alberto Maraux

Falta de recursos e insumos no Brasil dificultam identificação de novas variantes do coronavírus

Foto: Fernando Vivas/GOVBA
O Brasil tem aumentado a vigilância para novas variantes do coronavírus, mas a estrutura ainda está longe da ideal e sofre com falta de financiamento, recursos humanos e dificuldade de obter insumos.

Para especialistas, o fato de ter havido identificação da variante que circula no Amazonas, conhecida como P.1., em vários outros países antes de estados brasileiros evidencia essas dificuldades.

A variante foi identificada pela primeira vez em amostras de turistas do estado que visitavam o Japão, e só depois confirmada no Brasil.

Atualmente, a chamada vigilância genômica, modelo que permite a identificação de novas linhagens e variantes do vírus por meio de sequenciamento genético, é feita principalmente por uma rede vinculada ao Ministério da Saúde e por outra ligada à Ciência e Tecnologia, além de projetos em universidades e em alguns laboratórios privados.

O número de amostras sequenciadas no Brasil, porém, ainda é baixo em comparação a outros países.

Aqui, cerca de 0,03% dos casos da Covid tiveram amostras enviadas para sequenciamento, segundo levantamento a partir de dados do Gisaid, plataforma que reúne dados de genomas do coronavírus. Em outros países, como o Reino Unido, esse índice chega a 5%. Na Dinamarca, é de 1,9% e na Irlanda, de 1,4%.

Atualmente, a análise desses dados na rotina na Saúde é concentrada em três laboratórios, que recebem amostras de todos os estados: Fiocruz, Adolfo Lutz, e Instituto Evandro Chagas.

Para essa vigilância, não há necessidade ou possibilidade de sequenciar todas as amostras coletadas em testes –daí a seleção de apenas algumas delas a partir de critérios específicos, separando aquelas mais importantes e que permitem esse trabalho.

Pesquisadores ouvidos pela Folha, porém, apontam que o rastreio poderia ser maior, sobretudo em casos de surtos que exigem uma verificação rápida e número maior de análises. Segundo o grupo, a detecção de novas variantes é normal e esperada, e a maioria delas não deve preocupar.

O trabalho, porém, é importante para detectar mudanças na circulação do vírus e alertas para algumas potencialmente mais transmissíveis –caso da variante do Amazonas, por exemplo.

Entre os entraves para aumentar a análise, estão a falta de equipes e dificuldade em importar insumos, além do alto custo do processo.

“Temos equipamentos, mas falta pessoal e reagentes para intensificar a vigilância genômica”, afirma José Eduardo Levi, pesquisador do Laboratório de Virologia do Instituto de Medicina Tropical, da Faculdade de Medicina da USP.

Para ele, o ideal é que haja uma organização para sequenciamento sistemático de casos com representação estatística.

“A metodologia é cara, os insumos são caros, e essa é uma barreira para que possa ser difundida de forma mais ampla”, afirma Mirleide Cordeiro, coordenadora do laboratório de vírus respiratórios do Instituto Evandro Chagas.

Ela avalia, contudo, que o problema não é exclusivo no Brasil. “No Brasil, temos pessoal qualificado, o que nos falta é uma estrutura de parque tecnológico para que façamos isso de forma mais efetiva. É necessário mais investimento em ciência e saúde pública”.

Os problemas se refletem nos dados disponíveis. Na prática, o Brasil ainda não sabe precisar a extensão da circulação da nova variante identificada em Manaus, por exemplo. Questionado, o Ministério da Saúde diz que análises são conduzidas para avaliar a circulação.

Pesquisadores apontam que 90% dos casos do Amazonas já estão associados a ela. Dizem ainda que a variante já se espalhou para outros estados além de Amazonas, Pará e São Paulo, onde já foi identificada.

A baixa testagem associada à demora maior para o sequenciamento em algumas regiões agravam o problema. No Maranhão, por exemplo, são em média 21 dias desde a coleta do material até o resultado. Em outros, chega a 25 dias ou uma semana –tempo que geralmente leva para a análise, que é demorada.

“Dentre os critérios para sequenciamento estão as amostras positivas com maiores cargas virais, o monitoramento de paciente provenientes de áreas que possuem circulação de novas variantes, como Reino Unido e África do Sul, através da equipe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde”, disse em nota a secretaria de Saúde do governo do Maranhão.

No Mato Grosso, só a remessa das amostras demora de 5 a 10 dias, já que é necessário pedir voo para transporte, segundo a secretaria de saúde.

Fátima Marinho, médica epidemiologista e especialista sênior da Vital Strategies, aponta que o baixo índice de sequenciamento do vírus tem impacto no controle da pandemia.

“Quando surge uma cepa mais eficiente, é importante identificar para controlar e reduzir impacto, trabalhar para a variante não se tornar predominante. E ficar atento a outras variantes. Muitas delas são insignificantes, mas outras são melhores, mais infectantes e letais”.

Em geral, especialistas consideram a possibilidade de haver novas variantes comum e que a maioria não deve gerar preocupação. O monitoramento, porém, é necessário.

Além da variante do Amazonas, outras duas têm chamado atenção devido a uma possível maior transmissibilidade: é o caso de uma identificada no Reino Unido (VOC 202012/01), outra na África do Sul (501Y.V2, derivada linhagem B.1.351 do vírus), e a P.1., do Amazonas (que derivou da linhagem B.1.1.28). Essa última é a que gera maior alerta por aqui.

“Tendo em vista o aumento rápido e expressivo do número de casos e óbitos pela doença em Manaus, a partir de dezembro de 2020, há uma hipótese de que isso esteja relacionado com uma maior infectividade dessa variante”, diz o Ministério da Saúde em nota técnica divulgada nesta semana, ressaltando que trata-se de hipótese, não fato.

Questionado sobre os gargalos da vigilância genômica, o ministério diz que está iniciando um projeto-piloto para análise, em quatro meses, de até 1.200 amostras de diferentes estados. O objetivo é verificar a circulação da nova variante do Amazonas e identificar outras possíveis.

A estratégia deve ser conduzida em quatro laboratórios —o Adolfo Lutz, em São Paulo, o Instituto Evandro Chagas, no Pará, e os laboratórios centrais de saúde pública da Bahia e de Minas Gerais— que podem chegar a dez nos próximos meses. A pasta não informou a previsão de recursos.

Segundo Cordeiro, do IEC, as primeiras amostras começaram a chegar nesta semana. A previsão é que o trabalho se some ao monitoramento de rotina na rede, feito por meio de envio de um volume específico de amostras de cada estado –no IEC, a média é de 100 a 200 sequenciamentos por mês.

O número é semelhante ao total analisado como rotina na Fiocruz, também referência na rede.

“Quanto menor a circulação, menos chance de ter uma nova variante. Os riscos no caso de novas cepas é encontrar alguma que a vacina pode não oferecer imunidade, o que ainda não foi identificado”, afirma Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz e da Fiocruz.

Já no Adolfo Lutz, são 40 por semana, segundo Adriano Abbud, diretor de respostas rápidas do instituto. Para ele, a rede de vigilância é estruturada, e a dificuldade em aumentar o sequenciamento está no custo.

Abbud afirma que não se pode atribuir um aumento de casos penas a novas variante, mas recomenda o reforço de medidas de distanciamento. “Sequenciar é necessário para conhecer a doença, mas para pará-la, precisamos de distanciamento social, uso de máscara e vacinação”, diz. “É assim que temos que proceder, não importa a variante.”

Além dos laboratórios vinculados ao Ministério da Saúde, a vigilância genômica tem apoio de outros centros, como os da Rede Coronaômica, ligada ao MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações), e voltada ao acompanhamento de pesquisas em universidades.

O grupo foi formado durante a pandemia, mas enfrentou atrasos para iniciar as atividades.

Fernando Spilki, o coordenador, diz ver avanços nos últimos meses: “A Inglaterra estava fazendo mais de 7.000 sequenciamentos num dia e estava sequenciando de 3% a 5% das amostras, mas não foi isso que ela fez o tempo todo. Se olharmos um gráfico, também teve um momento em que não estava sequenciando tanto”.

Natália Cancian e Raquel Lopes, Folhapress

Salvador já vacinou 80% dos idosos a partir de 90 anos

Foto: Vitor Santos/Sempre

A capital baiana já imunizou 80% dos idosos acima de 90 anos contra a Covid-19 até a manhã deste domingo (7). De acordo com os dados da Secretaria Municipal da Saúde, já foram vacinadas 6.236 pessoas pertencentes a esta faixa etária – desse total, 1.396 receberam a dose do imunobiológico em casa, através do serviço Vacina Express. Apenas neste domingo, foram mais de 1 mil cidadãos imunizados.

A estimativa municipal é de que sejam vacinados, no total, 7,8 mil idosos desta faixa etária, cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS) e residentes em Salvador. Nas redes sociais, o prefeito Bruno Reis comemorou o fato: “Hoje vamos ampliar para 250 o número de vagas diárias para o Vacina Express. Salvador é uma das cidades que mais vacinaram em todo o país”, declarou.

Homem é preso pela Polícia Militar em Dário Meira por posse e cultivo de entorpecentes

Foto: Divulgação/PM
Nesse sábado (06/02/2021), por volta das 10h20min, a guarnição da 55ª CIPM/Dário Meira recebeu uma denuncia anônima, através de telefone de serviço, sobre uma plantação de maconha  em uma residência localizada na rua Presidente Dutra, no bairro Alto do Gavião, e que havia grande movimentação de pessoas usando drogas no local.

A guarnição foi até o local e la chegando, com o apoio da guarda municipal, manteve contato com o proprietário do imóvel que estava fumando um cigarro de maconha. 

Foto: Divulgação/PM

Dessa forma foi dado a voz de prisão e feita a busca na residência, sendo encontrados quatro caqueiros com 4 pés de uma planta análoga a maconha, 1 frasco com sementes, 1 frasco com um pedaço de substâncias prensada análoga a maconha.

Conduzido: M. S. DA S., Nasc: 15/05/1982.

Materiais apreendidos: 04 Caqueiros com 04 Pés de plantas análoga a maconha. 01 Frasco com várias sementes análoga a de maconha. 01 Frasco com um pedaço pequeno de substância prensada análoga a maconha. R$ 650,00( seiscentos e cinquenta reais), 01 Carteira com Documentos pessoais. 02 Chave de Residência.

 O infrator  e todo material aprendido foram apresentados no plantão central na Delegacia de Ipiaú.

 (Informações: Ascom/55ª CIPM) “PMBA, uma força a serviço do cidadão”

Fábrica brasileira de ivermectina defende droga contra Covid após posicionamento da criadora do remédio

Foto: Reprodução
A Merck (MSD no Brasil), farmacêutica que desenvolveu a ivermectina, veio a público afirmar que não há dados que sustentem o uso da droga contra a Covid-19 e se mostrar preocupada com a falta de informações de segurança nos estudos sobre ela. Agora, uma empresa brasileira que fabrica o medicamento disse que há “companhas contra” o remédio geradas por interesse econômico de empresas.

“O crescimento do mercado da ivermectina, um produto de baixo custo e terapeuticamente de baixo risco, naturalmente, incomoda e pode ser o motivador de campanhas contra na mídia, especialmente provocadas por empresas que têm interesse em lançar produtos patenteados de alto custo para a mesma doença”, diz, sem citar o nome Merck, a nota no site da Vitamedic Indústria Farmacêutica. O texto é assinado por Jailton Batista, diretor-superintendente da empresa.

A fábrica brasileira diz ainda que a droga, desde o início da pandemia, foi “uma das alternativas para tratamento precoce da doença” e que, por ter “baixo impacto em termos de efeitos colaterais, grande parte da comunidade médica aderiu aos protocolos de tratamento baseados em ivermectina, azitromicina, além de complexos vitamínicos, corticoides etc”.

O texto afirma que estudos pelo mundo deram “mais segurança e argumentos à comunidade médica, instituições de saúde pública e privada para incluir a ivermectina nos protocolos de combate à doença”.

O trecho se refere ao chamado “kit Covid”, constituído por drogas que não influenciam o curso da Covid-19, segundo dados dos melhores estudos disponíveis e guias de práticas médicas nacionais e internacionais.

Para citar alguns exemplos, no Brasil, a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e a AMB (Associação Médica Brasileira) são claras ao afirmar que não existe tratamento precoce, segundo as melhores evidências científicas disponíveis.

O próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, recuou no assunto recentemente e passou a afirmar que o seu ministério não indicou medicamentos para tratamento precoce —afirmação que é falsa—, mas somente a procura precoce por auxílio médico.

Também recentemente, o Ministério da Saúde apagou de seu site um texto em que afirmava que a eficácia do tratamento precoce estava confirmada.

Somente os corticoides citados conseguem ter impacto clínico positivo na doença, mas apenas deve ser usados em casos graves, com indicação médica.

Além disso, o fato de uma droga ser conhecida para tratamento de outras doenças não a isenta de riscos, ainda mais em caso de usos off label (ou seja, para os quais ela não é indicada, como é a situação da Covid).

Reportagem da Folha recente mostrou que há inúmeros relatos de efeitos adversos ligados à drogas sem eficácia comprovada contra a Covid que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Ministério da Saúde vêm indicando.

Nesta semana, a Merck publicou um comunicado em que afirma que os cientistas da farmacêutica examinam os dados de todas as pesquisas disponíveis sobre a ivermectina contra o coronavírus, mas que as análises apontam que os estudos pré-clínicos não mostram “base científica para potencial efeito terapêutico contra a Covid-19” e não há “evidência significativa de eficácia clínica em pacientes com Covid-19”.

A desenvolvedora da droga conclui que os dados disponíveis não dão suporte para segurança e eficácia da ivermectina além da dose e populações indicadas. O medicamento é indicado para uso contra parasitas.

A Merck também é conhecida por um amplo programa de doação de ivermectina para o combate a uma doença conhecida como cegueira do rio (ou oncocercose), comum em áreas tropicais e em algumas regiões na África. A doença é causada pelo nematoide Onchocerca volvulus.

Phillippe Watanabe, Folhapress

Vacinas contra covid-19 são transportadas para 30 cidades

Foto: SSP-BA
Nova remessa de vacinas contra a covid-19 estão sendo transportadas, na manhã deste domingo (7), para 30 cidades baianas. Aviões e helicópteros da Polícia Militar e da Casa Militar do Governador (CMG) decolaram às 5h30.
Campos de futebol e unidades policiais serão usados por equipes do Grupamento Aéreo (Graer) da PM e da CMG como locais de pouso.
Destes pontos, viaturas escoltarão os imunizantes até estruturas definidas pelos órgãos de saúde.

Fonte: Ascom | Alberto Maraux

Governo deixou de cobrar R$ 242,6 bilhões em dívidas tributárias na pandemia

     

                                                   Foto: Eduardo Knapp/Folhapress/
Ministério retomou cobranças, mas empresários dizem que cenário segue negativo e pedem reedição das medidas

Como parte do pacote anticrise implementado em 2020, o governo deixou de cobrar R$ 242,6 bilhões em débitos tributários inscritos na dívida ativa da União. O objetivo foi dar fôlego a empresas e pessoas impactadas pela pandemia do novo coronavírus.

Assim como em outras medidas emergenciais, o Ministério da Economia não deu continuidade a essas suspensões em 2021 e iniciou a retomada das cobranças.

No entanto, com setores ainda impactados pela crise sanitária e a retomada de parte das políticas restritivas em capitais, empresários cobram a reedição das medidas.

Documento produzido pala PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) analisou os valores que deixaram de ser cobrados entre março e setembro do ano passado, por tipo de mecanismo.

“A gente suspendeu protestos, ajuizamentos de execução fiscal, encaminhamentos para órgãos de restrição a crédito. […] O rito normal de cobrança foi afetado”, disse o procurador-geral-adjunto de Gestão da Dívida Ativa da União, Cristiano Neuenschwander.

O maior impacto vem da suspensão dos chamados procedimentos de responsabilização de terceiros —quando alguém passa a ser cobrado por dívidas de uma empresa que foi dissolvida de forma irregular. Nesse caso, débitos de R$ 159,9 bilhões deixaram de ser atribuídos.

No período, também não foram feitos 781 mil protestos de dívidas em cartório. Essa conta somou R$ 45,5 bilhões.

O governo ainda suspendeu a regra que determinava a rescisão de acordos de parcelamentos tributários em casos de atraso no pagamento. Foram poupados 271 mil devedores, com débito total de R$ 20,5 bilhões.

Por fim, a PGFN deixou de pedir na Justiça a execução fiscal de 2.745 dívidas, que totalizam R$ 16,8 bilhões.

Com as medidas, o governo abriu mão de parte da arrecadação que poderia conseguir com a recuperação de débitos da dívida ativa.

Porém, isso não significa que todos esses valores retornariam aos cofres públicos se a cobrança fosse feita normalmente. Muitos dos débitos cobrados pelo governo acabam não sendo pagos, engordando a dívida ativa da União.

O presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci, afirma que o setor vive agora o momento mais delicado desde o início da pandemia. Segundo ele, os empresários ainda enfrentam dificuldades e tiveram que voltar a pagar os tributos ordinários e aqueles que haviam sido suspensos.

“Veio uma segunda onda de restrições nas cidades, as contas agora estão dobradas, o aluguel voltou a ser o que era, com reajustes pelo IGP-M. A sobrevivência está mais ameaçada agora do que já esteve antes”, disse.

Solmucci vem negociando pessoalmente com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a equipe econômica a retomada de medidas emergenciais. Segundo ele, as suspensões de cobrança foram essenciais para a manutenção das atividades em 2020 e deveriam ser reeditadas.

“Um número enorme de empresas não está conseguindo pagar essa folha salarial de janeiro. A retomada de medidas como essas, além de aumentar a carência para pagar impostos, vai ser fundamental para manter a solvência do setor”, disse.

Em relação ao retorno dos procedimentos de cobrança, a PGFN informou que vem adotando uma abordagem gradativa, priorizando casos com constatada capacidade de pagamento do devedor ou prática de fraudes.

O órgão afirma ainda que está atento ao cenário e adotará medidas sempre que necessário, com o objetivo de assegurar receitas públicas e dar assistência a contribuintes em situação de crise econômica.

No caso da indústria, o gerente de política econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Mário Sérgio Carraro Telles, afirma que o setor vem em trajetória de recuperação expressiva depois de queda acentuada no primeiro semestre de 2020. Segundo ele, as medidas do governo deram fôlego às empresas no ano passado.

“Essas ações da PGFN e da Receita Federal foram no sentido de deixar o máximo possível de recursos nas empresas, dar a maior liquidez possível”, disse.

Telles afirma que a indústria conseguiu voltar à atividade e que grande parte das empresas já não precisa mais das medidas emergenciais, e sim de reformas estruturantes. Para ele, a retomada dessas ações pontuais pode ser mais necessária para o setor de serviços, que ainda sofre para se recuperar.

Por conta da adoção das medidas emergenciais no ano passado, a PGFN espera que um volume relevante de tributos não pagos durante a pandemia ainda sejam incorporados à dívida ativa. Como a Receita também suspendeu prazos de cobranças, os trâmites internos se alongaram.

Dos impostos adiados por alguns meses em 2020, quase R$ 21 bilhões encerraram o ano sem pagamento. Parte desse montante ainda deve chegar à dívida ativa.

“Foi um ano muito difícil, é natural que a inadimplência aumente, aumentou para todo mundo. O reflexo seria a dívida ativa também ter um aumento substancial, mas para a dívida chegar aqui na PGFN, ela passa ainda por uma cobrança na Receita que leva até 120 dias. Existe um passivo que vai chegar, principalmente esse formado na pandemia”, disse o procurador.

Entre 2019 e 2020, o montante da dívida ativa foi de R$ 2,44 trilhões para R$ 2,57 trilhões, um crescimento de R$ 130 bilhões. Ainda assim, Neuenschwander afirma que houve uma melhora de perfil, com crescimento dos débitos em situação regular porque 268 mil dívidas foram renegociadas pelos devedores e inseridas no programa de parcelamento.

Bernardo Caram, Folhapress

Pazuello diz que chegada de IFA ao país cumpre “etapa fantástica”

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil/
Lote é suficiente para a produção de 2,8 milhões de doses
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que, com a chegada hoje (6) do primeiro lote com cerca de 90 litros do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção da vacina Oxford-AstraZeneca/Fiocruz contra a covid-19, foi cumprida “uma etapa fantástica” de um projeto iniciado há sete meses com a escolha do laboratório AstraZeneca e da Universidade de Oxford, que o ministério escolheu como parceiros.

“Nesses sete meses de trabalho estruturamos a BioManguinhos, estruturamos toda a cadeia de produção. Com a chegada hoje do IFA que veio da China, ele nos permite o início da fabricação que vai marcar a mudança na nossa gestão em vacinar”, disse.

O lote saiu de Xangai, na China, na manhã de ontem (5). Depois de uma escala em Luxemburgo, o avião com o material chegou às 18h17 ao terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim-RIO Galeão, na zona norte da cidade.

Pazuello fez a declaração após receber a remessa na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na zona norte do Rio. O material chegou ao local às 20h02 em um caminhão frigorífico escoltado pela Polícia Federal. Junto com o ministro da Saúde, estavam o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.

Agora o IFA está guardado na câmara frigorífica da Fiocruz, porque precisa ser mantido em temperatura baixa. Segundo a fundação, o lote do IFA armazenado a 55ºC negativos, é suficiente para a produção de 2,8 milhões de doses. Além desse, até o fim deste mês a Fiocruz receberá mais dois lotes para ao todo poder fabricar 15 milhões de doses.
Agência Brasil

Brasil ultrapassa 231 mil mortes pela Covid-19, mostra consórcio de imprensa

Foto: Yan Boechat/Folhapress/
País registrou 942 óbitos e mais de 43 mil casos, neste sábado (6)
O Brasil registrou 942 mortes por Covid-19 e 43.637 casos da doença, neste sábado (6). Com isso, o país chegou a 231.069 óbitos e a 9.492.725 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 1.014. O valor da média representa uma queda de 1% em relação ao dado de 14 dias atrás e, com isso, uma situação de estabilidade na média.

​A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​
Folhapress

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