Jornalista José Carlos Cataldi morre vítima de covid-19
Foto: Reprodução/TV Setoriall |
O jornalista e advogado José Carlos Cataldi morreu na tarde de ontem (26) vítima de complicações da covid-19. Ele estava internado em um pronto-socorro de Pindamonhangaba, em São Paulo, esperando vaga na UTI da Santa Casa do município, segundo informações da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB/RJ).
Cataldi foi um dos fundadores da emissora de rádio CBN e trabalhou por vários anos na Rádio Nacional. Também teve passagens pelas TVs Record, Manchete e Educativa.
“Cataldi foi um grande jornalista. Todos estamos chocados com a perda de mais um companheiro de maneira prematura. Cataldi era um gênio para escrever e desenvolver uma matéria. E tinha muito talento para ser âncora”, lamentou o jornalista esportivo Waldir Luiz, que trabalhou com Cataldi.
Agência Brasil
Aos 73 anos, morre jornalista Paulo Tavares, vítima da Covid-19
Foto: Reprodução/Em Cima do Lance |
A cerimônia de cremação, segundo informações do site Em Cimaa do Lance, foi realizada na manhã deste sábado (27) no Cemitério Bosque da Paz, em cerimônia íntima da família.
A carreira profissional de Paulo Tavares começou na década de 1970 na Tribuna da Bahia, onde alternou vários períodos de trabalho, mas também trabalhou no Diário de Notícias, Prefeitura de Salvador, Bahiatursa e Desenbanco.
Nascido na Cidade Baixa, território de Salvador dotado de identidade própria e singular, Paulo morava há mais de vinte anos em Itapuã, localidade que o abrigou com generosidade e cujos recantos e prazeres conhecia como poucos.
Paulo deixa mulher, três filhos e quatro netos.
Pastor Malafaia está com Covid-19 e não irá mais orar com Bolsonaro
Foto: Isac Nóbrega/PR/Ele e a esposa contraíram o vírus e, por isso, não encontrará o presidente |
O pastor Silas Mafalaia está com Covid-19. Com o diagnóstico para a doença, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo não irá mais encontrar Jair Bolsonaro nesta segunda (29).
Ele esteve com o presidente há duas semanas, no dia 15 de março. Na ocasião, Malafaia, Bolsonaro e outros pastores gravaram um vídeo para convocar “todo o povo de Deus” a fazer um “jejum em favor da nação brasileira”.
Será um jejum de meia-noite a meio-dia com abstinência de qualquer alimento e água —com lastro bíblico, o hábito é praxe entre evangélicos. Malafaia voltaria com a comitiva pastoral na segunda para orar com Bolsonaro.
A pastora Elizete Malafaia também contraiu o coronavírus, mas já se recuperou. “Minha esposa já saiu da Covid-19. Eu que ainda estou, devo estar nos últimos dias com esta tralha”, diz à Folha. Ele fez um teste que ainda deu positivo para a presença do vírus em seu organismo.
“Tem que pegar, né? A gente lida com pessoas, com seres humanos”, afirma Elizete. “Fui assintomática, graças a Deus. ‘Vambora’ pra frente que a vida continua, e Deus tem muito a fazer. Cremos no milagre.”
Segundo Malafaia, o casal está bem. Ele conta que desde setembro toma ivermectina, medicação sem eficácia comprovada para o tratamento da enfermidade, além das vitaminas D e K12. “Esses troços que amenizam o impacto da Covid. Como o pessoal fala, é um preventivo para aliviar o impacto dessa tralha.”
“Nunca neguei remédio, pelo contrário”, afirma o pastor. “Se for buscar vídeos meus lá de trás, digo o que Jesus falou: que os sãos não precisam de médicos, mas os doentes. Eu não sou pastor que negue o poder da medicina. A minha grande questão é o que estamos vendo aí, o que o lockdown contribui. Não existe saúde com economia destruída, essa que é a minha questão.”
Endossando o discurso bolsonarista, Malafaia critica a quarentena rígida por achar que as sequelas econômicas não compensam. “Quer dizer que comerciante que mantém um número limitado [de clientes no estabelecimento] não pode abrir? Não vou entender isso nunca. Continuo com as mesmas posições.”
Defensor de templos abertos na pandemia por considerá-los um necessário socorro espiritual, o pastor diz que não saber onde pode ter pego o vírus.
Malafaia conta que, assim que descobriu estar contaminado, manteve o isolamento social. “Sempre falo na igreja: ‘Meu irmão, se você estiver tossindo, com febre, espirrando, espere para fazer o exame. Na minha igreja, na porta, minha filha, tem medidor de temperatura. Só entra com máscara e álcool em gel, não dou moleza para isso, não.”
Só se fosse “um inconsequente tolo de passar para as pessoas” teria saído de casa no período da contaminação, diz. Ele e a esposa moram um condomínio no Recreio, zona oeste do Rio.
Malafaia continuou gravando de casa, com Elizete de cinegrafista, os vídeos que solta nas redes sociais com pílulas de seu pensamento. Um dos últimos: “Por que a imprensar quer destruir Bolsonaro? Aqui estão as provas”.
Até a manhã de sábado (27), não havia compartilhado estar com Covid com seus quase 8 milhões de seguidores nas redes sociais.
Anna Virginia Balloussier / Folha de São Paulo
Menino de 9 anos é morto em confronto da PM com suspeitos no Vale das Pedrinhas
Foto: Ilustrativa/Elói Corrêa/GOVABA |
A vítima foi identificada como Ryan Andrew. Ao G1, familiares da criança relataram que ele estava brincando na porta de casa, na Rua Teodoro Sampaio, quando PMs chegaram ao local atirando. Um tiro atingiu o braço e alcançou o pulmão de Ryan. Ele foi levado ao Hospital Geral do Estado pelos policiais, mas não resistiu.
Em nota, a Polícia Militar informou que, por volta das 22h, guarnições da 40ª CIPM realizavam policiamento ostensivo no Vale das Pedrinhas, com o objetivo de fiscalizar possíveis aglomerações.
Ao chegarem na Rua do Gás, os policiais militares foram recebidos a tiros por homens armados. A guarnição revidou e a troca de tiros foi iniciada, traz a reportagem.
A PM informou que o fato será apurado pela Corregedoria Geral da Polícia Militar
Fiocruz recebe hoje insumos para produzir mais 12 milhões de vacinas
Foto: Reuters/Amanda Perobelli/Direitos Reservados |
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebe hoje (27), no Rio de Janeiro, mais duas remessas de insumo farmacêutico ativo (IFA) suficientes para produzir 12 milhões de doses de vacina Oxford/AstraZeneca, usada na imunização da covid-19.
A previsão é que o produto, procedente da China, chegue ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Tom Jobim/Galeão) às 18h deste sábado.
Na última quinta-feira (25), a Fiocruz já havia recebido uma remessa para produzir 6 milhões de doses. Na próxima semana, está prevista a chegada de uma nova carga suficiente para fabricar 5 milhões de vacinas.
As 23 milhões de doses serão produzidas pela própria Fiocruz e, uma vez prontas, serão entregues ao Ministério da Saúde, entre abril e maio.
Vacinas prontas
Este mês, a Fiocruz já produziu e entregou 1,8 milhão de doses de vacinas produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).
Ainda está prevista a entrega de mais 2,1 milhões de doses na próxima semana.
Edição: Kleber Sampaio/Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
Frente Parlamentar apresenta a João Leão medidas emergenciais e prioritárias para socorrer setor de bares e restaurantes, hotelaria e eventos
O presidente da Frente Parlamentar do Setor Produtivo, deputado estadual Eduardo Salles, representando o vice-presidente, deputado Tiago Correia, e os demais membros, e o presidente-executivo da ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Luiz Henrique Amaral, entregaram nesta sexta-feira (26) ao vice-governador e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, João Leão, documento com reivindicações prioritárias do setor de bares e restaurantes, anexado aos dos segmentos da hotelaria e de eventos, ajustados pelas respectivas instituições representativas desses segmentos.
Os documentos foram elaborados a pedido do vice-governador, que solicitou uma pauta com itens prioritários dos setores após participar de reuniões anteriores com Eduardo Salles, Tiago Correia e membros das entidades ligadas às áreas de bares e restaurantes, hotelaria, turismo e eventos.
Os três documentos têm como item comum a suspensão do corte de fornecimento de água e energia elétrica das contas em débito e seu parcelamento; a criação de linhas de crédito específicas para capital de giro com taxas de juros subsidiados no DESENBAHIA com pagamento em 60 meses com carência de 12 meses; REFIS e redução da alíquota de ICMS.
João Leão, por videoconferência, explicou ao secretário estadual em exercício da Casa Civil, Carlos Mello, as prioridades apresentadas. Eduardo Salles entregou com o chefe de gabinete da SDE, Luiz Gujé, presencialmente com as medidas na Casa Civil. O próximo passo é pautar as solicitações com o governador Rui Costa.
“Precisamos oferecer neste momento ajuda aos setores de bares e restaurantes, hotelaria e eventos que foram impactados diretamente pelas medidas restritivas, além de trabalhar por ações que garantam os milhares de empregos e sobrevivência desses negócios”, pontuou Eduardo Salles.
"Saímos satisfeitos da reunião e esperançosos para que o retorno positivo chegue até o início da próxima semana. Precisamos reverter a situação imediatamente para dar fôlego ao setor", disse Luiz Henrique do Amaral.
Ceará, Piauí, Pernambuco e outros estados já adotaram medidas semelhantes para ajudar os setores ligados ao turismo.
“Reconheço todas as dificuldades do governo estadual em função da pandemia. Sei que não tem sido fácil para o governador Rui Costa combater a pandemia e manter o equilíbrio fiscal. Mas não dá mais para esperar. Precisamos apresentar o mais rápido possível uma solução porque esses setores são responsáveis por milhares de empregos no Estado”, concluiu Eduardo Salles.
HOTELARIA E EVENTOS
Em audiências anteriores de Eduardo Salles e Tiago Correia, a diretoria da ABIH (Associação Baiana da Indústria de Hotéis) e João Leão, foi apresentada a necessidade da criação do subsegmento “Indústria Hoteleira da Bahia” na Tabela Tarifária da BAHIAGÁS, para diminuir a taxa do insumo, fundamental para o setor.
O presidente do Salvador Destination e vice-presidente do Conselho Baiano de Turismo, Roberto Duran, disse que “o cenário é caótico neste mais de um ano paralisado”. De acordo com o executivo, a cadeia do turismo engloba hoje 52 seguimentos que representam 20% da mão de obra formal da Bahia e 7,5% do PIB estadual. Em Salvador o setor tem 20% da força de trabalho e 25% do PIB do município.
A movimentação das entidades e da Frente Parlamentar foi fundamental para a BAHIATURSA iniciar o cadastramento, que segue até 29 de março, no site do órgão, de profissionais para em breve apresentar propostas de auxílios aos trabalhadores da área.
ASCOM – Deputado Estadual Eduardo Salles
Ipiaú: Trabalhador autônomo se revolta ao ser obrigado a cumprir decreto
Trabalhador foi conduzido à delegacia por descumprir decreto./Foto/Giro |
O Toque de Recolher e as medidas restritivas impostas pelo Governador Rui Costa, por meio de decretos no período da pandemia da covid-19, vem sendo questionada e criticada por grande parte da sociedade baiana, principalmente aqueles que sobrevivem de algum tipo de comércio.
Na noite de sexta-feira (26), o trabalhador autônomo, conhecido em Ipiaú como “Cascata do Lanche”, se revoltou ao ser abordado por policiais militares que na sua função cumpriam as ordens determinadas pelo Estado. Nesse caso, de impedir o funcionamento do comércio no horário do toque de recolher, que atualmente vigora das 18h às 05h do dia seguinte. ‘Cascata’ estava comercializando lanches em um veículo adaptado, no bairro Residencial ACM.
Ao ser abordado pela PM, o comerciante, inicialmente resistiu a ordem de fechar o trailler e gravou um vídeo expondo a sua revolta com as medidas restritivas estabelecidas pelo Governo. Em um trecho do vídeo ele apresenta várias contas vencidas e com aviso de corte. Após ser convencido pelos policiais, “Cascata” foi conduzido até a delegacia, onde foi ouvido e liberado, mas deve responder criminalmente pela desobediência ao decreto.
Novo auxílio emergencial prevê depósito de parcelas atrasadas
Foto: Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress |
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou nesta sexta-feira (26) um decreto regulamentando o pagamento da nova rodada do auxílio emergencial.
A publicação ocorreu em edição extraordinária do “Diário Oficial da União” e é uma etapa legal necessária para que a medida provisória que criou a versão 2021 do auxílio seja executada.
O decreto detalha pontos importantes da medida, como a confirmação de que mesmo cidadãos que não forem incluídos nos primeiros lotes de pagamentos receberão valores atrasados, caso o direito seja confirmado posteriormente.
A exemplo do ocorrido no ano passado, portanto, valores retroativos podem ser recebidos de forma acumulada.
O valor básico de cada uma das quatro parcelas do benefício será de R$ 250 por família, mas cai para R$ 150, se o beneficiário mora sozinho, e sobe para R$ 375, caso a beneficiária seja uma mãe que é única responsável pelo sustento de um filho menor.
Uma mãe chefe de família que só tiver o direito reconhecido ao final do calendário de pagamentos, portanto, poderá receber de uma vez R$ 1.500 —o equivalente a quatro parcelas de R$ 375.
Nos demais casos, os atrasados serão de R$ 1.000 (parcelas de R$ 250) e de R$ 600 (parcelas de R$ 150).
Também nesta sexta-feira, o Ministério da Cidadania confirmou que os pagamentos do auxílio emergencial de 2021 começarão no início de abril para o público inscrito em 2020 pelas plataformas digitais da Caixa e para os integrantes do Cadastro Único. A nova etapa do programa não reabriu inscrições.
A informação do ministério reforça o comentário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta quinta-feira (25) sobre o início dos depósitos.
Em sua apresentação semanal pelas redes sociais, Bolsonaro disse que o pagamento do auxílio emergencial começaria no dia 4 ou 5 de abril.
Se o governo concretizar essa previsão, trabalhadores informais que entraram no auxílio porque perderam renda devido à pandemia de Covid-19 começarão a receber o benefício antes dos integrantes do Bolsa Família, que somente deverão ter a primeira parcela a partir de 16 de abril, conforme o calendário de pagamentos do programa.
Apesar de indicar as datas para o início dos pagamentos, o governo ainda não divulgou o calendário de depósitos, que está sendo finalizado e deverá ser apresentado na semana que vem, segundo o Ministério da Cidadania.
Clayton Castelani e Cristiane Gercina / Folha de São Paulo
Saúde contrata seguro internacional para eventos adversos de vacinas da Pfizer e Janssen
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil |
O Ministério da Saúde contratou seguro privado internacional para cobrir eventos adversos das vacinas contra a covid-19 da Pfizer e da Janssen. Os avisos das contratações pelo Departamento de Logística da Pasta estão publicados em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta noite.
Segundo o texto, a empresa Newline Underwriting Management Limited está sendo contratada por meio do Lloyds Broker the Underwriting Exchange Limited para o seguro das duas vacinas. No caso da Janssen, o valor a ser pago pelo governo brasileiro é de R$ 4,305 milhões. Para a vacina da Pfizer, o seguro contratado tem o valor de R$ 5,991 milhões.
Na semana passada, o governo federal assinou dois contratos para a compra de 100 milhões de doses que serão fornecidas pela Pfizer/BioNTech e outros 38 milhões pela Janssen, do grupo Johnson & Johnson. As duas empresas tinham como exigência para a venda dos imunizantes ao Brasil que o governo assumisse a responsabilidade por eventuais efeitos adversos da vacinação.
Projeto de lei aprovado pelo Congresso no início de março para autorizar a compra de vacinas diretamente por Estados, municípios e pelo setor privado, superou esse obstáculo, autorizando todos os entes da federação, incluindo a União, a assumir, em contratos com fabricantes de imunizantes contra a covid-19, a responsabilidade civil por possíveis eventos adversos pós-vacinação
Estadão
Câmara aprova projeto que concede anistia de multas e juros para dívidas municipais
Prefeitura de Ipiaú: Foto/Divulgação |
Conforme a proposta, pessoas físicas e jurídicas poderão quitar seus débitos fiscais com 100 % (cem por cento) de desconto de juros e multas, quando o pagamento for efetuado em até três parcelas; 80%( oitenta por cento) entre quatro e seis parcelas; 60 % (sessenta por cento) entre sete e nove parcelas. Para fazer jus aos benefícios deste artigo, o contribuinte deverá recolher o tributo lançado no exercício em curso e pagar a dívida remanescente ou a primeira parcela desta, até 30 de abril de 2021.
Nos parcelamentos em prazo superior a quatro meses, haverá a incidência de juros de financiamento sobre o valor de cada parcela, calculados à razão de 1%(um por cento) ao mês. O valor mínimo de cada parcela não poderá ser inferior a R$50,00 para pessoa física. O devedor que atrasar, por 03 (três) meses, qualquer das parcelas pactuadas, terá o seu processo cancelado, restabelecendo-se os valores e as condições anteriores do crédito, considerando-se os pagamentos efetuados até a data do cancelamento. ( José Américo Castro).
Grupo de trabalho sobre legislação eleitoral receberá sugestões de conselheiros de tribunais de contas
Roberto Jayme/Ascom/TSE/ O grupo pretende elaborar um novo Código Eleitoral e criar um Código de Processo Eleitoral |
O grupo de trabalho criado pela Câmara dos Deputados para propor mudanças na legislação eleitoral realiza reunião virtual na segunda-feira (29) para receber sugestões da Associação dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon).
A reunião está marcada para as 13 horas e terá a participação do presidente da Atricon, Fábio Túlio Filgueiras Nogueira; e de conselheiros dos tribunais de contas de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, do Pará, do Piauí e de Goiás.
Grupo de trabalho
Formado por 15 deputados, o grupo de trabalho pretende elaborar um novo Código Eleitoral e um Código de Processo Eleitoral antes das eleições de 2022.
O Código Eleitoral Brasileiro atual é de 1965, e não existe hoje uma lei específica sobre o processo eleitoral, que é tratado pelo próprio Código Eleitoral, além da Lei das Eleições, Lei dos Partidos Políticos e Lei das Inelegibilidades, e pelas normas gerais dos processos cíveis.
O GT foi criado por sugestão da deputada Soraya Santos (PL-RJ). A relatora é a deputada Margarete Coelho (PP-PI).
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Congresso aprova Orçamento com despesas obrigatórias baseadas em salário mínimo inferior ao atual
Foto: Agência Câmara |
O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (25) a proposta orçamentária deste ano (PLN 28/20). Gastos vinculados ao salário mínimo foram calculados com valor inferior ao atual, e caberá ao Poder Executivo propor os ajustes. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados, por 346 votos a 110; e pelo Senado, por 60 votos a 12.
A proposta segue para sanção. Pela Constituição, o projeto deveria ter sido aprovado em dezembro. Um impasse político na instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e a pandemia de Covid-19 afetaram os trabalhos.
O relator-geral, senador Marcio Bittar (MDB-AC), fez vários ajustes no projeto de lei enviado pelo Poder Executivo. Definiu como meta fiscal um déficit de R$ 247,1 bilhões para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência).
As receitas foram estimadas em R$ 4,324 trilhões, com acréscimo de R$ 32,2 bilhões em relação ao original do Executivo. As despesas foram fixadas em mais de R$ 2,576 trilhões, fora o refinanciamento da dívida e as empresas estatais.
O teto dos gastos é de R$ 1,486 trilhão, conforme a Emenda Constitucional 95. De forma mais prática, R$ 1,480 trilhão, porque há dispêndios do ano passado a serem quitados agora, e outros previstos para 2021 que ficarão para 2022.
Dentro do teto de gastos estão benefícios da Previdência Social e da Assistência Social (BPC), seguro-desemprego e abono salarial. O texto aprovado considera um valor de R$ 1.067 para o salário mínimo, que desde janeiro vale R$ 1.100.
Obras e saúde
Para assegurar a aprovação do parecer final pelo Congresso – e, mais cedo, pela CMO, já que as regras exigem aval do colegiado –, Marcio Bittar remanejou R$ 26,5 bilhões em despesas para o atendimento de pleitos dos parlamentares.
O Ministério do Desenvolvimento Regional (administração direta e órgãos vinculados), com R$ 10,2 bilhões, e o Fundo Nacional de Saúde, com R$ 8,3 bilhões, foram os mais favorecidos pelas mudanças de última hora.
Foram canceladas, entre outras, dotações reservadas inicialmente pelo Executivo para quitar benefícios previdenciários urbanos e rurais (R$ 13,5 bilhões), abono salarial (R$ 7,4 bilhões) e seguro-desemprego (R$ 2,6 bilhões).
“Na árdua tarefa para conciliar o cenário de pandemia, a retração econômica, os poucos recursos discricionários [de livre uso pelo Executivo] e os pleitos legítimos, tive tomar decisões difíceis, mas necessárias”, explicou Marcio Bittar.
Segundo ele, os gastos com a Previdência Social devem cair devido à recente reforma e pelo combate a fraudes. No entanto, relatório da equipe econômica informa que a previsão é faltar R$ 8,5 bilhões para essas despesas neste ano.
A medida foi criticada por parlamentares de oposição. “Sabe o que isso significa? Calote na previdência dos brasileiros”, comentou a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). “Está tirando dos pobres para dar para as Forças Armadas”, reclamou, ao atacar o corte efetivado no abono salarial.
“O governo editará medida provisória com crédito extraordinário para retomar o benefício emergencial”, informou o deputado Claudio Cajado (PP-BA), citando programa para redução de salário e jornada como alternativa no setor privado.
Críticas e acordo
Vários parlamentares criticaram as mudanças e as dotações abaixo do esperado para combate à pandemia, universidades e meio ambiente. “O governo não tem interesse no Orçamento”, disse o deputado Afonso Florence (PT-BA).
Um corte de R$ 1,75 bilhão inviabilizou o Censo Demográfico, argumentaram parlamentares. Numa complementação de voto, Marcio Bittar retirou outros R$ 169,7 milhões dessa ação, adiada desde 2020, agora sem nada para gastar.
O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), assumiu compromisso de que haverá dinheiro para a saúde e a educação. Informou ainda que a contagem populacional será viabilizada oportunamente.
“Regra de ouro”
No parecer final, o relator-geral baixou para R$ 451,1 bilhões o montante de despesas condicionadas a um crédito suplementar para contornar a chamada “regra de ouro”. São R$ 2,6 bilhões a menos do que havia previsto o Executivo.
O valor desse crédito poderá cair se o governo usar outras fontes para cobrir os gastos. De qualquer forma, pelo terceiro ano consecutivo haverá despesas condicionadas. Em 2019, R$ 249,9 bilhões; em 2020, R$ 343,6 bilhões.
A Constituição proíbe que as operações de crédito (emissão de títulos) excedam as despesas de capital (investimentos e amortizações). Para superar a “regra de ouro”, é necessária a aprovação de, pelo menos, 257 deputados e 41 senadores.
De maneira simplificada, é como alguém pegar dinheiro no banco para pagar o aluguel, já que o artifício pressupõe contrair endividamento para quitar despesa do dia a dia. Como nos anos anteriores, a maior parte das despesas condicionadas em 2021 refere-se a aposentadorias, pensões e pessoal.
Emendas impositivas
O relator-geral da proposta orçamentária incorporou quase R$ 19,8 bilhões oriundos de 7.133 emendas parlamentares à despesa. A maior parte das sugestões (86%) são emendas impositivas, de execução obrigatória pelo Executivo.
Das emendas individuais impositivas, mais de R$ 8,3 bilhões são de deputados e mais de R$ 1,3 bilhão de senadores. Somadas, as 26 bancadas estaduais e a do Distrito Federal terão R$ 7,3 bilhões em emendas impositivas – o valor foi corrigido para cima após decisão do Tribunal de Contas da União (TCU).
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Real tem pior semana desde junho de 2020 e dólar vai a R$ 5,74
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil |
O real termina a sexta-feira (26) com a maior desvalorização semanal ante o dólar desde a semana iniciada em 15 de junho de 2020.
O dólar fechou a R$ 5,74, maior valor desde 9 de março, quando estava a R$ 5,79.O turismo está a R$ 5,90.
Com a alta de 1,23% nesta sexta, a moeda terminou a semana com alta acumulada de 4,65% nesta semana, contra 5,39% há nove meses.
Segundo analistas, o aumento reflete principalmente a piora na pandemia de Covid-19 no Brasil e na Europa e a consequente deterioração das expectativas para a economia brasileira e para as contas públicas.
O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou na quinta (25) que governo e parlamentares devem trabalhar juntos em maneiras de aumentar a transferência de recursos aos mais pobres, quando questionado sobre o valor do auxílio emergencial. Ele defendeu, no entanto, que a elevação dos recursos seja acompanhada de contrapartidas nas contas públicas.
Nesta semana, governadores e congressistas pressionaram o governo por quantias mais elevadas na nova rodada do auxílio.
Com o aumento do risco fiscal, o real foi a segunda que mais se depreciou no período dentre todas as divisas globais, atrás apenas da lira turca, que perdeu 10,85% do seu valor ante o dólar.
A moeda da Turquia sofreu forte depreciação depois que o presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, substituiu, no sábado (20), o presidente do banco central local por um crítico da alta de juros.
Foi a terceira vez desde 2019 que Erdogan —que pediu por taxas baixas diversas vezes— trocou o presidente do banco central turco.
O presidente demitido, Naci Agbal, nomeado há menos de cinco meses, havia conquistado elogios do mercado por aumentar agressivamente a taxa básica de juros local em mais de 875 pontos, para 19%, a mais alta entre as grandes economias.
A depreciação da lira desestabilizou demais moedas emergentes, como o real. Aos olhos dos grandes investidores estrangeiros, o real e a lira turca estão em uma mesma categoria.
A Argentina também impactou a moeda brasileira. Nesta semana, a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, disse que o país não tem dinheiro para pagar a dívida de US$ 44 bilhões que tem com o FMI (Fundo Monetário Internacional). A delcaração elevou o risco da América Latina aos olhos dos investidores.
No front doméstico, a aprovação do projeto de Orçamento de 2021 na quinta (25) tampouco agradou o mercado. Para destravar a votação, interlocutores do governo e o relator negociaram a ampliação da verba para obras e projetos a serem executados nas bases eleitorais de congressistas.
Assim, o Congresso ampliou de aproximadamente R$ 20 bilhões para quase R$ 49 bilhões a fatia do Orçamento aplicada com base em critérios de parlamentares. Trata-se de um volume de um recorde caso seja efetivamente aplicado.
Segundo círticos, o Orçamento de 2021seria ficção, pois estaria subestimando ou adiando despesas obrigatórias, como aposentadorias e abono salarial, para acomodar gastos com emendas parlamentares. Também veem na proposta risco de fuga das restrições do teto de gastos, o que acende um sinal de alerta no mercado.
“O Congresso aprovou um Orçamento irreal para 2021”, disse a XP em nota, avaliando ainda que uma manobra fiscal relacionada ao abono salarial de 2022, a emendas parlamentares e o programa BEm aumentou a percepção de risco nos mercados.
Há também aumento do ruído político, com o Congresso mostrando mais descontentamento com a gestão da pandemia pelo Executivo. Relatórios de instituições financeiras voltaram a lembrar nos últimos dias que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é o único que pode aceitar abertura de processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Estamos em um nível de incerteza quanto a Brasil muito grande e, com a terceira onda [de Covid-19] na Europa, a expectativa de crescimento global é cada vez mais incerta. Números ainda são confusos e investidor segue apreensivo com América do Sul”, diz Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora.
Segundo ele, investidores estrangeiros têm uma visão turva da economia brasileira, o que faz com que dólares deixem o país.
O Credit Suisse rebaixou nesta sexta a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2021 de 3,7% para 3,2%. Para 2022, o prognóstico foi reduzido de 2,9% para 2,4%. Ao mesmo tempo, o banco privado passou a esperar mais inflação e Selic de 6,5% ao fim deste ano.
A extensão da fase emergencial em São Paulo também contribuiu para o viés negativo nesta sexta.
Além do aumento da percepção de risco em relação ao Brasil, o dólar ganhou força internacionalmente.
Em março, o dólar sobe 2,46%, elevando os ganhos em 2021 para 10,58%.
Pressionada pelo avanço do coronavírus —e novas restrições na Europa—, a Bolsa brasileira caiu 1,24% na semana.
Nesta sexta, o Ibovespa, porém, subiu 0,9%, a 114.780,62 pontos. Em março, há alta de 4,31%. No ano, a queda é de 3,56%.
No pregão desta sexta, as ações do GPA (Grupo Pão de Açúcar) tiveram a maior alta do índice, subindo 5,9%, na esteira da cisão do Assaí e da possibilidade de uma oferta de ações da Cnova, braço de comércio eletrônico do controlador francês Casino. Em março, a ação sobe 89%.
As preocupações com o quadro fiscal, combinadas com números elevados de inflação, fizeram a curva de juros futuros aumentar a inclinação nesta semana, o que afeta o custo de capital das empresas.
Juros futuros são taxas de juros esperadas pelo mercado nos próximos meses e anos. São a principal referência para o custo de empréstimos que são liberados atualmente, mas cuja quitação ocorrerá no futuro.
Em um sinal de aversão a risco do mercado e de alta da Selic no curto prazo, os juros futuros têm ficado mais altos. O juro para janeiro de 2028 foi de 8,235% na sexta passada (19) para 8,89% nesta sexta. A taxa para julho de 2023 foi de 6,74% para 7,145%.
Tal movimento ocorreu mesmo após o Banco Central elevar na semana passada a Selic para 2,75% ao ano, acima do esperado no mercado, e adotar um discurso mais favorável a aumento de juros a fim de controlar a inflação.
Declarações do presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, na quinta, que agentes no mercado entenderam como sinal de que o BC buscará o controle da inflação, mas sem necessariamente acelerar o ritmo de aperto nas próximas reuniões ou que subirá a Selic a ponto de deixar de estimular a economia, trouxeram algum alívio.
Ele também disse ser equivocada a visão de que intervenções no câmbio feitas pela autoridade monetária em dias em que o real está apreciando estariam ligadas ao cenário inflacionário e reforçou que o câmbio é flutuante.
De acordo com analistas, o BC se comunicou mal sobre o dólar, passando a sensação de que vai deixar o câmbio depreciar.
Nessa linha, circularam nesta sexta nas mesas de operação rumores de que a equipe econômica teria debatido a relação custo/benefício de intervenções mais agressivas no câmbio e que, no fim, teria convencido a diretoria do BC a se afastar de maior ativismo.
A impressão gerada no mercado pela recente postura do BC é oposta à percebida apenas duas semanas atrás, quando a autarquia chegou a fazer oferta de moeda à vista mesmo com o dólar em queda, surpreendendo o mercado.
“O Brasil, com dívida próxima a 93% do PIB, tem juros reais negativo de 2,5%. Já o México, com o fiscal bem melhor, não tem esses juros negativos. Isso demonstra o quanto estamos errados”, disse Alfredo Menezes, sócio-gestor na Armor Capital.
A semana também foi marcada pelo bloqueio do Canal de Suez, que contribuiu para a recuperação no preço do petróleo. A matéria-prima vinha em queda pela demanda decrescente conforme a pandemia se agrava na Europa.
Nesta sexta, o barril de Brent (referência iternacional) fechou em alta de 4,2%, a US$ 64,57, após ceder 3,8% na quinta. Já o petróleo dos Estados Unidos (WTI) avançou 4,1%, para US$ 60,97, depois de apurar queda de 4,3% na véspera.
O Brent acumulou ganho de 0,1% na semana, enquanto o WTI recuou 0,7% no período, engatando sua terceira queda semanal consecutiva.
Júlia Moura / Folha de São Paulo
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