Bahia registra 2.956 novos casos de Covid-19 e mais 74 óbitos pela doença

Foto: Paula Fróes/GOVBA

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 2.956 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) e 2.993 recuperados (+0,4%). O boletim epidemiológico deste domingo (28) também registra 74 mortes. Apesar de terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro das mortes foram realizadas hoje. Dos 794.437 casos confirmados desde o início da pandemia, 763.504 já são considerados recuperados, 15.973 encontram-se ativos e 14.960 tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.116.464 casos descartados e 182.310 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo. Na Bahia, 45.299 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 14.960, representando uma letalidade de 1,88%. Dentre os óbitos, 55,76% ocorreram no sexo masculino e 44,24% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,87% corresponderam a parda, seguidos por branca com 21,38%, preta com 15,20%, amarela com 0,50%, indígena com 0,13% e não há informação em 7,91% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 67,98%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,00%).

A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Situação da regulação de Covid-19

Às 15h deste domingo, 201 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 122 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Vacinação

Com 1.372.529 vacinados contra o coronavírus (Covid-19), dos quais 307.581 receberam também a segunda dose, até as 15 horas deste domingo, a Bahia é um dos estados do país com o maior número de imunizados. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas no painel https://bi.saude.ba.gov.br/vacinacao/.

Tem se observado volume excedente de doses nos frascos das vacinas contra a Covid-19, o que possibilita a utilização de 11 e até 12 doses em apenas um frasco, assim como acontece com outras vacinas multidoses. O Ministério da Saúde emitiu uma nota que autoriza a utilização do volume excedente, desde que seja possível aspirar uma dose completa de 0,5 ml de um único frasco-ampola. Desta forma, poderá ser observado que alguns municípios possuem taxa de vacinação superior a 100%.

Prefeitura de Ipiaú realiza desinfecçãodevias públicas para combate ao coronavírus

Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Centros comerciais, praças e vias de grande circulação como o Estádio Pedro Caetano, ponto de vacinação contra a covid-19, e o Centro de Abastecimento do município de Ipiaú passaram por processo de limpeza e desinfecção no último sábado (27), com o objetivo de combater o novo coronavírus. A cidade tem 24 casos ativos, de acordo com o Boletim divulgado ontem (27), pela Secretaria de Saúde do município.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom 
O trabalho foi desenvolvido pela Secretaria de Saúde do município através da vigilância sanitária, com o apoio da empresa Atlantic Nickel que cedeu o caminhão pipa.
Foto: Divulgação/Prefeitura/Dircom
Os espaços estratégicos receberam uma limpeza especial onde é utilizado hipoclorito de sódio aplicado com jato pulverizador para higienização e desinfecção desses locais. As equipes que realizam a limpeza e desinfecção trabalham com todos os materiais de segurança individual, como máscaras e roupas protetoras.
Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Prefeitura de Ipiaú realizou vacinação contra a covid-19 em Córrego de Pedras e na Fazenda do Povo

Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
A Prefeitura de Ipiaú, através da Secretaria Municipal de Saúde, vacinou durante a manhã sexta-feira (26), membros da comunidade de Córrego de Pedras. A vacinação ocorreu em duas localidades: Sapucaia e Retiro. No sábado (27), foi a vez dos moradores da Fazenda do Povo tomarem a vacina nas localidades de Guloso, Braço Pequeno e Bom Sem Farinha. A vacinação foi realizada em domicílio pela equipe de enfermagem contemplando os idosos com idade igual ou superior a 67 anos. Aqueles que não foram vacinados pode comparecer na Unidade Básica de Saúde dos respectivos locais para receber a primeira dose do imunizante.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
A Prefeitura de Ipiaú também iniciou na última semana a vacinação dos pacientes crônicos renais que fazem hemodiálise, e segue realizando a vacinação de uma nova faixa etária nesta-segunda-feira (29).

Os idosos com idade a partir de 65 anos devem se dirigir, para tomar a primeira dose, ao Estádio Pedro Caetano que funciona de segunda a sexta-feira, também em sistema drive thru, das 8 às 12 horas. As pessoas aptas a se vacinar devem apresentar o Cartão do SUS, CPF, cartão de vacinação e comprovante de residência ou cartão família. O Colégio Professora Celestina Bittencourt é, da mesma forma, ponto de vacinação, destinado para os que já podem tomar a segunda dose da vacina.

A Secretaria de Saúde do município recebeu 5240 doses. Até este sábado (27), 5170 doses já foram aplicadas em Ipiaú, 23 pacientes renais crônicos que fazem hemodiálise e 3199 pessoas com idade igual ou superior a 67 anos receberam a primeira dose, e 443 já estão imunizados com a segunda dose. Os profissionais de saúde, primeiro grupo prioritário, 1086 receberam o imunizante e 442 tomaram a segunda dose.

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Prefeitura de Ipiaú inicia nesta segunda-feira vacinação de idosos com idade acima de 65 anos

Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Ipiaú segue avançando no Plano de Vacinação, e nesta segunda-feira (29), a Secretaria de Saúde de Ipiaú inicia a vacinação de idosos com idade igual ou superior a 65 anos. Na última semana a cidade avançou cinco anos na faixa etária apta a se vacinar.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
A aplicação da primeira dose do imunizante está sendo realizada em sistema drive thru, no Estádio Pedro Caetano, das 08h às 12h, de segunda-feira a sexta-feira.

Ao Colégio Professora Celestina Bittencourt devem se dirigir aqueles que já podem tomar a segunda dose da vacina. Para se vacinar a pessoa deve apresentar os seguintes documentos: cartão do SUS, CPF, cartão de vacinação, comprovante de residência ou cartão família. Os idosos acamados ou com alguma dificuldade de locomoção recebem a vacina em casa. A solicitação deve ser realizada por um responsável, no Posto de Saúde mais próximo do seu domicílio.

Ipiaú superou na última sexta-feira a marca de 5 mil doses aplicadas e atingiu 5.170 no final de semana. Nos idosos com idade acima de 67 anos foram 3642 doses aplicadas, dessas 3199 são referentes a primeira dose. No grupo dos profissionais de saúde, 1086 receberam a vacina e quase metade deles já finalizaram a imunização, um total de 442 pessoas. Na última semana a Bahia inseriu como grupo prioritário os pacientes renais crônicos. Na cidade 23 já receberam e primeira dose da vacina.

A prefeita de Ipiaú, Maria das Graças, salientou a importância da vacinação para que o vírus seja vencido. “Você que já faz parte da faixa etária acima de 65 anos compareça no ponto de vacinação no Estádio Pedro Caetano. A vacina é uma proteção individual e coletiva”, ressaltou a prefeita.

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

China investirá no Irã US$ 400 bi em troca de petróleo

Foto: Iranian President Office via EFE/EPA

A China concordou em investir US$ 400 bilhões (R$ 2,3 trilhões) no Irã durante 25 anos em troca de suprimento constante de petróleo a preço baixo para abastecer sua economia, em um amplo acordo econômico e de segurança. A negociação aprofunda a influência da China no Oriente Médio e mina esforços americanos para manter o Irã isolado.

Não está claro o ritmo de implementação do pacto assinado neste sábado, 27, uma vez que a disputa dos EUA com o Teerã sobre o programa nuclear iraniano permanece sem solução.

O presidente Joe Biden ofereceu retomar com o Irã negociações sobre o acordo nuclear de 2015, que seu antecessor, Donald Trump, desfez três anos depois de ter sido assinado. Autoridades americanas dizem que ambos os países podem tomar medidas para fazer com que o Irã cumpra aqueles termos enquanto os EUA suspendem gradualmente as sanções.

O Irã se recusa a fazê-lo, e a China o apoia, exigindo que os EUA ajam primeiro para reativar o acordo e suspender as sanções unilaterais que sufocaram a economia iraniana. A China foi uma das cinco potências que, junto aos EUA, assinaram o pacto de 2015 com o Irã.

Os chanceleres dos dois países, Javad Zarif e Wang Yi, assinaram o acordo durante cerimônia no Ministério das Relações Exteriores em Teerã no sábado. O acerto encerrou visita de dois dias de Wang, reflexo da crescente ambição da China numa região estratégica para os EUA há décadas.

“Para a região emergir do caos e desfrutar de estabilidade, ela deve se libertar das sombras da rivalidade geopolítica das grandes potências, permanecer imune à pressão e interferência externa e explorar caminhos de desenvolvimento adequados a suas realidades regionais”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.

Especialistas dizem que o acordo prevê investimento dos US$ 400 bilhões (R$ 2,3 trilhões) em dezenas de campos, incluindo bancos, telecomunicações, portos, ferrovias, saúde e tecnologia da informação. Em troca, a China receberá fornecimento regular petróleo iraniano a preços baixos.

Também está previsto aprofundamento da cooperação militar, incluindo treinamento e exercícios conjuntos, pesquisa em parceria e desenvolvimento de armas e compartilhamento de inteligência.

Avanço chinês

Wang já visitou o arquirrival do Irã, a Arábia Saudita, bem como a Turquia, e deve ir ainda aos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Omã nos próximos dias. Ele disse que a região está em uma encruzilhada e ofereceu a ajuda da China para resolver disputas persistentes, incluindo o programa nuclear do Irã. A China também se diz pronta para promover conversas diretas entre israelenses e palestinos.

No Irã, as opiniões sobre a expansão da influência da China são mistas. Depois que o presidente Xi Jinping propôs pela primeira vez o acordo estratégico durante sua visita de 2016, as negociações para concluí-lo foram lentas. O Irã havia acabado de fechar um acordo com os EUA e outras nações para aliviar as sanções econômicas em troca de severas restrições a suas atividades de pesquisa nuclear, e as empresas europeias começaram a migrar para o Irã com investimentos e ofertas de parcerias para desenvolver campos de gás e petróleo.

Essas oportunidades evaporaram depois que Trump retirou os EUA do acordo e impôs novas sanções que os europeus temiam que pudessem envolvê-los. Isso levou o Irã a olhar para o leste. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, ordenou o renascimento das negociações com a China, nomeando um político conservador de confiança e ex-presidente do Parlamento, Ali Larijani, como encarregado especial.

Críticos reclamam que faltou transparência na negociação com os chineses. Consideram o pacto uma venda dos recursos do Irã e o comparam a pactos unilaterais da China com países como o Sri Lanka. Apoiadores dizem que o Irã deve ser pragmático e reconhecer o crescente peso econômico da China. “Por muito tempo em nossas alianças estratégicas colocamos todos os nossos ovos na cesta do Ocidente e isso não deu resultados”, disse Ali Shariati, analista econômico. “Se mudarmos a política e olharmos para o Leste, não será tão ruim.”

Se a retomada do acordo nuclear fracassar totalmente, as empresas chinesas poderão enfrentar sanções secundárias de Washington. O processo americano contra a gigante chinesa de telecomunicações Huawei inclui acusações de que a empresa negociava furtivamente com o Irã, violando essas sanções. Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Pequim, enfatizou que os dois países precisam tomar medidas para resolver a disputa nuclear. “A tarefa urgente é que os EUA tomem medidas para suspender suas sanções unilaterais ao Irã e jurisdições sobre terceiros. E que o Irã retome o cumprimento recíproco de seus compromissos.”

Estadão

Secretário cobra artistas por ações durante pandemia e recebe resposta de Ivete Sangalo: ‘Me respeite’

Foto: Reprodução/YouTube Metrópole

O secretário da Saúde da Bahia (Sesab), Fábio Vilas-Boas, utilizou as redes sociais neste domingo (28) para cobrar ações de artistas e personalidades brasileiras no combate à pandemia da Covid-19. Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Danilo Gentili, Whindersson Nunes, Paulo Coelho, Luciano Huck e Neymar estiveram na lista.
O apresentador Danilo Gentili respondeu e escreveu que paga impostos para sustentar “vagabundos” que deveriam ser cobrados pelo titular da Sesab. A cantora Ivete Sangalo também não curtiu nada o tuíte feito pelo secretário. “Não o conheço. Me respeite! O senhor definitivamente desconhece os meus feitos”, disse a baiana.

“Aplique as suas impressões nas ações que são da sua responsabilidade. Pratique isso com os seus, em busca de resultados para aqueles que o colocaram nessa posição. Trabalhe para o povo”, acrescentou Ivete.
Na sequência, Vilas-Boas excluiu as mensagens e, logo depois, declarou ter sido “mal interpretado”. “Quero deixar claro meu total respeito e admiração pelo mundo artístico e cultural. São pessoas que muito contribuíram e contribuem com a sociedade”, afirmou.

“Neste momento, entendo que passam por um momento extremamente delicado em virtude da pandemia. Se fui mal interpretado, peço desculpas. Nessa luta diária contra esse inimigo invisível, trabalhamos incansavelmente para salvar vidas, porém, infelizmente, cerca de 15 mil baianos morreram”.

“Nesta batalha diária em prol da vida, busco a união e solidariedade de toda a sociedade. Juntos somos mais fortes. Desculpa mesmo, galera. Foi mal”, concluiu.
uito contribuíram e contribuem com a sociedade e, neste momento, entendo que passam por um momento extremamente delicado em virtude da pandemia.

— Fábio Vilas-Boas (@fabiovboas) March 28, 2021
Mateus Soares

Fiocruz recebe insumos para produção de vacina da Oxford/AstraZeneca

Foto: Marcos Gouvea

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu no início da manhã de hoje (28), no Rio de Janeiro, mais duas remessas de insumo farmacêutico ativo (IFA) suficientes para produzir 12 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, usada na imunização contra a covid-19.
O produto, procedente da China, chegou ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Tom Jobim/Galeão) às 6h22 deste domingo. Inicialmente, o voo estava previsto para chegar às 18h de ontem (27). O motivo da mudança da data se deveu a um atraso na conexão do voo.

Na última quinta-feira (25), a Fiocruz já havia recebido uma remessa para produzir 6 milhões de doses. Esta semana, está prevista a chegada de uma nova carga suficiente para fabricar 5 milhões de vacinas.
As 23 milhões de doses serão produzidas pela própria Fiocruz e, uma vez prontas, serão entregues ao Ministério da Saúde, entre abril e maio.
Este mês, a Fiocruz já produziu e entregou 1,8 milhão de doses de vacinas produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

Ainda está prevista a entrega de mais 2,1 milhões de doses nesta semana, que irão completar os 3,9 milhões de vacinas previstas até o fim desta semana.

Agência Brasil

Centrão e mercado dão ultimato a Bolsonaro BRASIL

Foto: Pedro Ladeira/Folhapre

Uma série de nove encontros da cúpula do Congresso com grandes empresários, representantes de bancos e do mercado financeiro resultou num movimento político pela intervenção nos rumos do governo de Jair Bolsonaro. Os mais de 300 mil mortos na pandemia de covid-19 e a situação cada vez mais insustentável da economia levaram os presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a afinar o discurso com o mercado. Os dois têm colocado o impeachment como possibilidade se as conversas com o governo fracassarem.

As cobranças mais urgentes do setor econômico são a demissão dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A avaliação recorrente nas reuniões é de que Araújo atrapalha as negociações por vacinas e insumos da Índia e da China. Já Salles, que comanda a criticada política ambiental brasileira, é visto como obstáculo na relação com Washington, especialmente agora que o País mira as vacinas excedentes dos Estados Unidos.

Interlocutores de Lira e Pacheco argumentam que, no caso específico, é errada a leitura de que a pressão pela troca dos dois ministros – verbalizada por eles – tenha como objetivo lotear o governo, uma demanda constante do Centrão. O intuito é atender à principal reivindicação do setor econômico e, de quebra, garantir um “ganho de imagem” perante seus novos interlocutores.

Na noite da última segunda-feira, Washington Cinel, empresário do ramo de segurança privada, recebeu os presidentes da Câmara e do Senado em sua casa na Rua Costa Rica, no Jardim Europa, em São Paulo. Participaram do encontro presencial e remoto Luiz Carlos Trabuco Cappi (Bradesco), Carlos Sanchez (SEM) e André Esteves (BTG Pactual). As conversas à mesa de jantar foram precedidas por discursos breves de Lira e Pacheco, do anfitrião Cinel e dos também empresários Abílio Diniz e Flávio Rocha, que falaram por videoconferência. Uma das manifestações mais duras foi a de Pacheco. Mas, segundo presentes, não houve “tom panfletário” em público.

Os empresários relataram que a crise sanitária bloqueia investimentos externos e atinge diretamente os planos de abertura de capital de empresas, o IPO. “Quem quer fazer IPO não consegue ter grandes resultados, porque ninguém tem segurança de botar dinheiro no Brasil, principalmente pela condição sanitária”, disse o deputado Dr. Luizinho (Progressistas-RJ), presente ao encontro.

Jantares como este ocorrem com regularidade. Os encontros são promovidos uma vez por mês por nomes como Cinel e João Camargo, filho do ex-deputado José Camargo. Segundo um parlamentar que já esteve no convescote, eles se reúnem para tomar vinho e convidam um político para “cantar”. Lira era o convidado principal desta vez. Pacheco já estava em São Paulo e acabou sendo incluído.

Antes, Lira e Pacheco haviam passado na casa de Claudio Lottenberg, homem forte do Hospital Israelita Albert Einstein. Lá havia um grupo menor de empresários do setor de saúde. A conversa foi sobre a escassez de sedativos e analgésicos, medicamentos usados para intubação de pacientes com quadro grave de covid-19, em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A falta atinge o SUS e hospitais da rede privada.

Os dirigentes do Congresso também têm frequentado a Febraban, a Fiesp e participado de agendas fechadas em São Paulo com nomes de peso. No último dia 2, Pacheco esteve com Milton Maluhy Filho (Itaú), Octavio de Lazari Jr. (Bradesco) e Roberto Sallouti (BTG). Um dia antes, os dois políticos falaram na Fiesp para Abílio Diniz e Rubens Menin. Em 25 de fevereiro Lira já havia estado com Sergio Rial (Santander), entre outros.

Demitir ministros pode ser traumático para Bolsonaro. A substituição de Salles, por exemplo, implica uma ruptura com a faixa média dos ruralistas, justamente o setor que desde o início apoiou a campanha do presidente, em 2018. Os líderes do Centrão têm deixado claro, porém, que a sobrevivência do governo depende das mudanças.

Vacina

Um outro encontro de Pacheco por videoconferência foi organizado no último dia 11 pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Luiz Antônio França, presidente da entidade que reúne grandes construtoras, afirmou que o objetivo da conversa foi buscar o melhor para a economia. “O que a gente percebe é um alinhamento entre as duas Casas (do Congresso)”, disse França. “E o que é o melhor para a economia? Primeiro, resolver a pandemia. Depois, um país com capacidade de investimento e crescimento”, completou. “A prioridade é vacinar.”

Uma queixa, em especial, marcou as reuniões com as presenças de Lira e Pacheco. Os empresários destacaram que as medidas para conter o avanço da pandemia dependem do Executivo, razão pela qual, desta vez, não há como tratar Bolsonaro como “café com leite”. Trata-se de uma situação diferente do processo de votação da reforma da Previdência, por exemplo. Na época, o presidente era contra a proposta, mas o Legislativo deu de ombros e aprovou a medida.

Em sintonia com empresários e mercado, líderes do Centrão dizem que, diante do fracasso no controle da pandemia, o presidente não terá mais a tolerância do Congresso. “Bolsonaro está no fio da navalha. Se a coisa fugir do controle, se ele quiser fazer tudo do jeito dele, fora da ciência, não tenha dúvida de que nós vamos atropelar”, disse o deputado Fausto Pinato (Progressistas-SP).

Pinato advertiu que “ninguém” quer afrontar o presidente, mas ele precisa assumir a liderança dentro de uma “racionalidade mundial”, e não na “destemperança” da ala ideológica. “O impeachment está descartado, desde que ele mantenha esse diálogo construtivo. Se tiver ameaça de choque institucional ou sair da racionalidade no combate à pandemia, ninguém vai pular no buraco com ele, não”, resumiu o parlamentar.

Estadão

Arthur Lira chegou a incluir impeachment no discurso na Câmara em que falou em ‘sinal amarelo’

Foto: Marcos Corrêa/PR

Foi na condição de porta-vozes do mercado que os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), participaram, na manhã da última quarta-feira, de um encontro com o presidente Jair Bolsonaro para discutir a pandemia, no Palácio do Planalto. Na ponta da língua eles tinham as queixas e avisos do empresariado, de banqueiros e do mercado financeiro. Coube a Pacheco sugerir a criação do comitê para coordenar o enfrentamento da covid-19. Ao fim do evento, a iniciativa foi anunciada por Bolsonaro – os participantes quiseram evitar a impressão de que ele teria sido “atropelado”.

Os parlamentares saíram do Planalto, porém, certos de que Bolsonaro não tinha interesse em mudar a postura. Lira ficou furioso ao avaliar que ele debochou do grupo – o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, foi um dos presentes.

Ainda na quarta, Lira decidiu fazer um discurso no plenário para alertar Bolsonaro de que o Congresso dispõe de “remédios políticos amargos”, alguns “fatais”, com o objetivo de impedir “a espiral de erros de avaliação”. A primeira versão do texto continha a palavra “impeachment”.

Tanto Lira quanto Pacheco ouviram dos empresários a expectativa de que o presidente “troque de roupa”. Há consenso também de que um impeachment exige tempo e, neste momento, prejudicaria ainda mais o controle da pandemia. A proposta, no entanto, não está mais tão distante. Ao Estadão, Lira descartou a abertura de uma CPI da Saúde para pressionar o governo. “CPI resolve zero”, disse ele. “Assustar quem já morreu?”, questionou, numa referência ao general Eduardo Pazuello, demitido do Ministério da Saúde. “Vamos para outras medidas”.

Um interlocutor do Congresso observou que não dá para o presidente continuar governando por instinto, com a gasolina a R$ 6, “Lula livre” e, sobretudo, mais de 300 mil vidas perdidas para a covid-19. A avaliação é que Bolsonaro precisa entender que não vive mais no auge da popularidade.

Estadão

Com 3.368 novos óbitos em 24h, Brasil passa de 310 mil mortos por Covid

Foto: Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press/Folhapress

Após semana de recordes trágicos, o Brasil registrou 3.368 mortes por Covid neste sábado (27), além de 81.909 novas infecções. O país chegou a 310.694 óbitos e a 12.489.232 casos da doença desde o início da pandemia.

Os dados são os aferidos pelo consórcio de veículos de imprensa integrado por Folha, UOL, G1, O Estado de S. Paulo, Extra e O Globo e coletados até as 20h com as secretarias de saúde dos estados. ​

Nesta sexta-feira (26), o país bateu o recorde de mortes em um único dia, com 3.600 óbitos. Mas, apesar de a situação ser gravíssima, ao menos parte desse elevado número de mortes registradas se deve a um represamento de dados que ocorreu durante a semana.

O estado de São Paulo, por exemplo, registrou mais de 1.000 mortes pelo segundo dia seguido: foram 1.051 nas últimas 24h.

A média móvel de mortes no país voltou a bater recorde e chegou a 2.548 mortes por dia. Esse é um instrumento estatístico para amenizar grandes variações de dados, como as que ocorrem aos finais de semana e feriados. Ela é calculada pela soma das mortes dos últimos sete dias e divisão por sete.

A média recorde anterior era de 2.400 mortes por dia e ocorreu nesta sexta.

Até terça-feira (23), o país completava 25 dias seguidos de valores máximos da média. A sequência foi quebrada justamente no dia em que o Ministério da Saúde mudou a forma de registro das mortes, o que provocou dificuldade na documentação por alguns estados e fez o número de óbitos cair artificialmente. A medida gerou críticas, que levaram a pasta a suspender a mudança.

Ainda assim, o país completa 66 dias com média móvel de mortes acima de 1.000.

Vacina

O consórcio de imprensa também atualizou as informações repassadas sobre a vacinação contra a Covid por 22 estados.

Já foram aplicadas no total 19.927.298 doses de vacina (15.248.847 da primeira dose e 4.678.451 da segunda dose), de acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias de Saúde.

Isso significa que somente 7,20% dos brasileiros maiores de 18 anos tomaram a primeira dose e só 2,21%, a segunda.

Nas últimas 24 horas, 365.627 pessoas tomaram a primeira dose da vacina e 41.191, a segunda.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​

Folha de S. Paulo

Colapso faz cidades debaterem critérios para escolher quais pacientes de Covid-19 terão acesso a leitos e remédios escassos

Foto: Paula Fróes/GOVBA
No pior momento da pandemia de Covid-19, o conselho de secretarias municipais de Saúde debateu na sexta (26) um modelo de triagem para definir quais pacientes terão tratamento convencional e quais receberão atendimento paliativo em casos de colapso hospitalar.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo. A médica Lara Kretzer afirmou na reunião que o ideal seria não precisar fazer uma escolha que, ao extremo, pode significar decidir quem vive e quem morre, mas que é obrigação ética estar preparado para isso.

“Idealmente, a gente não gostaria de usar triagem. O que a gente gostaria é que tivesse dado conta de fazer o atendimento de cada brasileiro que precisa de um serviço de saúde”, disse a médica no encontro.

Conforme a coluna, na apresentação, ela afirmou que os hospitais devem criar comissões de triagem com três profissionais experientes e, de preferência, um representante da área da bioética e da comunidade local.

O conselho de secretarias elaborou um modelo do tipo no pico da pandemia em 2020, que recebeu críticas por incluir como critério a idade do paciente. A médica explicou que esse parâmetro foi excluído. A pontuação agora se dá, entre outros fatores, pela gravidade e pela existência de doenças crônicas.

O paciente que não passa na triagem para um recurso escasso, como um leito de UTI, deve receber “o melhor cuidado disponível para alívio dos seus sintomas e, na eventualidade da morte, que ele possa receber os cuidados de final de vida e sedação paliativa”, disse Lara.

Em São Paulo, desde o início da pandemia, o Hospital Municipal do M’Boi Mirim, na zona sul da capital, segue o protocolo criado pela equipe do Hospital Albert Einstein para o contexto de escassez de recursos durante a pandemia, que estabelece uma espécie de pontuação pelas vagas de UTI.

Como mostrou a Folha, o local virou referência para casos da doença na região. A UTI saiu de 20 para 220 vagas, e um novo setor foi erguido em menos de um mês com dinheiro da iniciativa privada.

O hospital tem uma ala para pacientes com cuidados paliativos. O estabelecimento adotou práticas de visitas de despedida para ajudar o processo de luto das famílias e para tentar trazer conforto aos pacientes em seus últimos momentos de vida.

Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde de Ipiaú confirma neste sábado (27) dois novos casos e vinte equatro ativos para ocovid-19

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 27 de março, tivemos 9081 casos registrados como suspeitos, sendo 2.663 casos confirmados, dentre estes, são 2.592 pessoas RECUPERADAS, 16 estão em isolamento social, 08 estão internadas e 54 foram a óbito. 6287 casos foram descartados e 39 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 24 casos ativos.

Vacinômetro: Doses recebidas: 5240; Doses aplicadas: 5170, Sendo que 1086 profissionais de saúde receberam a primeira dose e 442 a segunda dose.3199 idosos asilados e idosos acima de 67 anos receberam a primeira dose e 443 a segunda dose. Além disso, 23 pacientes renais crônicos também tomaram a primeira dose do imunizante.

O uso da máscara é indispensável…

Prefeitura de Ipiaú Dircom

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