Boletim Covid/ 03 de junho, confirma que 04 testaram positivo para o covid-19 em Ipiaú

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 03 de junho, tivemos 9820 casos registrados como suspeitos, sendo 2.841 casos confirmados, dentre estes, são 2.765 pessoas RECUPERADAS, 05 estão em isolamento social, 05 estão internadas e 66 foram a óbito. 6933 casos foram descartados e 46 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 10 casos ativos.

O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder.

 Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Cientistas querem ter remédios anticovid até 2022; Brasil inicia testes nos próximos meses

Foto: Divulgação

Com a vacinação ainda longe de imunizar a maioria da população mundial contra a Covid, laboratórios farmacêuticos já testam em seres humanos medicamentos que prometem tratamento eficaz contra a doença. As gigantes internacionais Pfizer, MSD e Roche são as mais adiantadas. Desenvolvem antivirais de uso oral. A Boehringer Ingelheim investe em um tratamento com anticorpos monoclonais. No Brasil, dois soros, um do Instituto Butantan e outro do Instituto Vital Brazil, devem começar a ser testados em pacientes nos próximos meses. Calcula-se que alguma dessas drogas já esteja disponível até o início de 2022.

Os principais objetivos das novas terapias são reduzir as internações e as mortes causadas pela doença. Diferentemente de antibióticos, que em geral podem ser usados contra vários tipos de infecções bacterianas, os medicamentos contra um tipo de vírus dificilmente funcionam no combate a outros. A dificuldade de desenvolver um antiviral de amplo espectro é que os vírus são muito mais diversos do que as bactérias. Além disso, eles têm menos proteínas próprias em comum que possam ser usadas como alvo genérico das drogas.

Para um remédio funcionar, ele precisa atingir um “alvo” – geralmente, uma proteína. Isso é particularmente difícil com os vírus. O motivo é que eles se replicam dentro das células humanas. Assim, fazem os mecanismos celulares trabalharem a favor deles. Para ser eficaz, o medicamento precisa entrar nas células infectadas e atacar o vírus. Mas deve fazê-lo sem destruir seu hospedeiro.

Alvejar o vírus antes que entre na célula é outra estratégia possível. Mas também não é muito simples. O invólucro do vírus é extremamente robusto. Dessa forma, protege o seu material genético. Mas destruir esse invólucro e expor esse material pode ser tóxico ao organismo humano. Outro problema é que enquanto as drogas demoram muito tempo para serem desenvolvidas, os vírus sofrem mutações muito rapidamente. Podem, portanto desenvolver resistência aos medicamentos.

Ainda assim, existem vários antivirais eficazes – contra o HIV, o vírus influenza e a hepatite C, por exemplo. O mesmo está sendo tentado agora contra o SARS-CoV-2.

Laboratórios testam comprimidos anticovid

Três projetos estão mais avançados, já em fase de testes em seres humanos. Um deles é o da MSD em associação com a empresa de biotecnologia Ridgeback Biotherapeutics. O composto se chama molnupiravir. Foi inicialmente desenvolvido contra a SARS e a MERS. Em estudo de fase 2, o medicamento foi bem tolerado em seres humanos. Foi tomado na forma de comprimido duas vezes ao dia durante cinco dias.

A ideia é que o medicamento atue no início da infecção, quando os primeiros sintomas surgem. O objetivo é impedir a replicação do vírus, para evitar o agravamento e a necessidade de internação. A terceira fase dos testes já está começando. Envolverá mais de mil pessoas em 18 países, entre eles o Brasil. A MSD espera já ter os primeiros resultados entre setembro e outubro.

“Os dados destes estudos fornecem evidências convincentes para a atividade antiviral do molnupiravir”, afirmou a diretora médica da MSD no Brasil, Márcia Abadi. “Um dos nossos objetivos é reduzir as internações pela doença – o que no Brasil é absolutamente importante por conta do colapso hospitalar que estamos vivenciando – e também reduzir a mortalidade dos pacientes”.

Outro projeto é da farmacêutica Roche em parceria com a Atea Pharmaceuticals. O medicamento também oral está sendo testado em 1.400 pessoas na Europa e no Japão. Os resultados também devem estar disponíveis até o fim deste ano, para aprovação dos órgãos reguladores. Como o da MSD, esse remédio deve ser tomado no início da infecção por cinco dias.

Já o medicamento oral em desenvolvimento pela Pfizer foi chamado de PF-07321322. É um inibidor de protease (espécie de enzima), como os usados contra o HIV. Foi desenvolvido especificamente contra o SARS-CoV2. Também já está sob testes em seres humanos. Os primeiros resultados são esperados até o fim deste mês. O objetivo deste medicamento também é impedir que a doença se agrave. Deve ser administrado no início da infecção.

Outra vantagem desses antivirais é que eles poderiam ser usados também na prevenção da doença. Por exemplo, por pessoas que tenham tido contato com algum infectado.

Atualmente, o remdesivir, da Gilead, é o único medicamento aprovado para uso no tratamento da Covid. É ministrado por via venosa (injetado no sistema circulatório) e somente em pacientes internados em hospitais. São doentes que estão em estado mais grave, e os resultados não muito animadores. Especialistas acreditam que a administração precoce dos novos medicamentos pode ser essencial para impedir o avanço da Covid.

Cientistas testam anticorpos artificiais e naturais

A Boehringer Ingelheim tenta outra abordagem. Trata-se da produção de anticorpos monoclonais (fabricados em laboratório, a partir de células vivas).

“Quando pensamos em tratar uma infecção viral existem duas estratégias: agir diretamente no vírus, nas proteínas que auxiliam na replicação viral, ou impedir o vírus de entrar na célula”, explicou a diretora médica da Boheringer, Thais Gomes de Melo. “Neste último caso, usamos os anticorpos monoclonais”.

Os cientistas identificaram no plasma de pacientes com Covid anticorpos específicos que atuam na proteína S do vírus, que produz a sua entrada na célula. Esses anticorpos foram replicados sinteticamente em laboratório para o desenvolvimento do tratamento. No caso do produto da Boheringer, a administração será por inalação. O processo garantiria concentrações mais altas no pulmão do paciente. Os testes de fase 3 em seres humanos começam em setembro em 40 países, inclusive no Brasil.

No Brasil, o Instituto Butantan, em São Paulo, e o Instituto Vital Brazil, no Rio, desenvolveram soros contra o novo coronavírus que podem ser aplicados também tão logo o paciente apresente os primeiros sintomas. Os soros são feitos a partir do isolamento de anticorpos desenvolvidos por pacientes contra o SARS-CoV-2 e de sua replicação em modelos animais – cavalos, por exemplo. Esses anticorpos naturais concentrados formam o soro que vai dar armas ao paciente para lutar contra a infecção. São diferentes dos anticorpos monoclonais, que são sintéticos e desenvolvidos para alcançar um alvo específico do vírus. Os dois institutos se preparam para o início dos testes em seres humanos.

“O que a virologia nos ensinou nos últimos quarenta anos é que com esses vírus de alta mortalidade, os coquetéis costumam ser mais eficientes do que apenas uma droga; é o que acontece com o HIV e com o vírus da hepatite C”, explicou o virologista Thiago Moreno, da Fiocruz, cujo laboratório estuda o reposicionamento de alguns antivirais usados nesses coquetéis para o tratamento da Covid-19. “Acho muito difícil que um único medicamento seja capaz de curar a Covid. Mas acho que uma ambição que dá para almejar é uma redução das internações e da mortalidade. Acho que esse é o grande desafio a curto prazo”.



Estadão Conteúdo

 

Bahia registra 4.620 novos casos de Covid-19 e mais 90 óbitos pela doença

Foto: Divulgação/Ao todo, Bahia tem 21.512 óbitos por coronavírus

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 4.620 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) e 4.442 recuperados (+0,5%). O boletim epidemiológico desta quinta-feira (3) também registra 90 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados hoje. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), com 1.025.987 casos confirmados desde o início da pandemia, 988.790 são considerados recuperados, 15.685 encontram-se ativos e 21.512 tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico da secretaria contabiliza ainda 1.289.491 casos descartados e 234.390 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde, até as 17 horas desta quinta-feira. Na Bahia, 49.337 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19

Ainda segundo a Sesab, às 12h desta quinta-feira, 159 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 108 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Vacinação

Com 3.528.578 vacinados contra o coronavírus, dos quais 1.557.595 receberam também a segunda dose, até as 16 horas desta quinta-feira, a Bahia é um dos estados com o maior número de imunizados.

Lista tríplice para integrantes do TSE é composta apenas de mulheres

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou, na sessão desta ontem (2), a composição da lista tríplice para vaga de ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na classe dos juristas. Esta é a primeira vez em que a escolha fica entre mulheres advogadas.
O Supremo decidiu compor a lista com as advogadas Ângela Cignachi Baeta Neves, Marilda de Paula Silveira e Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro. Ângela teve nove votos, já Marilda e Maria Claudia tiveram oito votos cada.

O TSE é composto de, pelo menos, sete juízes. Três dessas vagas são ocupadas por ministros do STF, duas por ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e duas por representantes da advocacia indicados pelo chefe do Poder Executivo. Quando há vacância entre os advogados, o presidente da República recebe uma lista tríplice elaborada pelo STF.

Edição: Claudia
Por Agência Brasil - Brasília

Com hospitais lotados, MS vai transferir pacientes para outros estados

Foto: Secrataria de Saúde do Estado Mato Grosso do Sul

Com o número de casos de pacientes infectados pelo novo coronavírus voltando a crescer dia após dia e hospitais praticamente lotados em quase todo o estado, o Mato Grosso do Sul começou a transferir pacientes da covid-19 para outras unidades da federação.

Um primeiro paciente foi removido ontem (2), da cidade de Bonito, para a capital de Rondônia, Porto Velho, invertendo o fluxo de transferências inaugurado em janeiro, quando a situação era inversa e Mato Grosso do Sul recebia pessoas remanejadas de Rondônia, então às voltas com a falta de leitos hospitalares.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, outros estados, como o Espírito Santo, também já se ofereceram para receber pacientes do Mato Grosso do Sul. “Aceitamos a oferta de Rondônia e vamos aceitar também a ajuda humanitária que nos foi oferecida pelo estado do Espírito Santo”, afirmou o secretário, ontem (2), quando revelou que o governo de Rondônia já colocou dez vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) à disposição.

Hoje (3), a secretaria estadual de Saúde confirmou a mais 2.470 novos casos da doença. Ontem (2), foram registrados 2.176 casos. Na terça-feira (1), 1.952. Na segunda-feira (31), 1.619. Com os resultados, a média móvel de casos passou de 1.747 no último dia 30, para 2.003, hoje – o pior resultado dos últimos 21 dias.

A média móvel de mortes também aumentou ao longo das últimas três semanas, saltando de 29, no último dia 14, para 49,9 nesta quinta-feira. Só hoje foram confirmados mais 59 óbitos.

Ao confirmar a transferência de pacientes para outros estados, o secretário estadual de Saúde classificou a situação sul-mato-grossense como “um quadro horrível”. De acordo com Resende, embora o governo estadual esteja instalando novos leitos clínicos e de UTI, a demanda por vagas de UTI em Campo Grande já supera a oferta. Em outras localidades, a taxa de ocupação está perto do limite.

“O número de casos é extremamente elevado […] O de internados bateu recordes, com a taxa de ocupação de 102% na capital. E no restante do estado, a taxa está perto de atingir os 100%. É um quadro dramático, muito grave, o que estamos vivendo”, disse Resende, afirmando que, infelizmente, o número de pessoas internadas pela doença só diminuiu entre terça e quarta-feira devido às mortes.

“Na terça-feira, atingimos o recorde de internações no Mato Grosso do Sul, com 1.331 pacientes. Hoje [ontem], temos um número menor, 1.307, mas isso é fruto de óbitos. Temos que ser bem claros: o número de internações diminuiu em virtude dos óbitos.”.

Hoje, no entanto, este número voltou a subir. Segundo o boletim epidemiológico que a Secretaria Estadual de Saúde divulgou esta tarde, há 1.337 pessoas internadas devido à doença. Destas, 797 ocupam leitos clínicos (581 delas em hospitais públicos e 216 em particulares) e 540 vagas de UTIs (411 públicas e 129 particulares).

“Parece que, no Mato Grosso do Sul, houve um desapego à vida”, lamentou Resende, ontem. “Só vamos frear este quadro se tivermos a colaboração da nossa gente. E não estamos tendo. Apesar de há um ano e três meses estarmos aqui todos os dias pedindo para que as pessoas fiquem em casa, não somos atendidos. [De dizermos] “Gente, vamos usar máscaras”, há pessoas rebeldes que não as utilizam. [De pedirmos] “Vamos lavar as mãos, não somos atendidos”, concluiu o secretário, pedindo que as populações atendam às recomendações das autoridades sanitárias.

Edição: Claudia Felczak
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Putin anuncia 20 novas bases militares para enfrentar forças da Otan

© Reuters

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A duas semanas do encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Joe Biden, a Rússia anunciou que irá construir 20 novas bases militares perto de suas fronteiras europeias, visando conter o que chama de crescente ameaça da Otan (aliança militar liderada pelos EUA).

A medida vem de encontro à crescente tensão entre o Kremlin e o Ocidente, que tem um novo capítulo no apoio dado por Putin ao belarusso Aleksandr Lukachenko, seu aliado.

Na semana passada, o ditador forçou o pouso de um avião civil irlandês em Minsk e prendeu um jornalista crítico ao regime que estava na aeronave, junto com sua namorada.

A ação foi um ponto alto na repressão aplicada por Lukachenko desde os protestos que irromperam no país após mais uma eleição ganha de forma suspeita por ele, no poder desde 1994, em agosto passado.

A União Europeia anunciou sanções a Belarus e Putin, após um suspense de uma semana, encontrou-se com ele na sexta (28).

Subjacente ao movimento do russo está o desejo de consolidar seu controle sobre o vizinho, talvez absorvendo-o dentro de um planejado Estado unitário em fermentação desde 1999.

Com isso, estaria estabelecida de vez um tampão estratégico entre a Europa e a Rússia. A Ucrânia cumpre esse papel de forma precária desde que Putin amputou a Crimeia, de resto uma região russa étnica, e a trouxe para seu controle após perder um governo aliado em Kiev em 2014.

O plano foi exposto sem muitos detalhes pelo ministro Serguei Choigu (Defesa) em encontro com líderes militares na segunda-feira.

Ele afirmou que a Otan tem aumentado significativamente o número de voos hostis e envios de navios de guerra para suas fronteiras. Apontou para os crescentes exercícios militares –só na semana passada, milhares de soldados da Otan treinaram em todo o continente.

As ações, disse segundo a imprensa russa, "destroem o sistema de segurança internacional e nos forçam a tomar as contramedidas relevantes". "Vamos formar 20 novas unidades no Distrito Militar Oeste até o fim do ano", afirmou.

Baseado em São Petersburgo, o distrito se soma ao Sul com as duas unidades mais importantes de defesa terrestre russas. Ele cobre a fronteira da Finlândia à Ucrânia, quando passa o bastão para o Sul, que vai até o Cáucaso e inclui a Crimeia.

Somadas, as regiões têm seis exércitos, cada um com cerca de 100 mil homens ou mais. O resto do maior país do mundo, coberto por outros três distritos, soma outros seis exércitos e um comando aeronaval conjunto ao norte.

Choigu não disse quantos homens seriam enviados para a região, apenas citando que cerca de 2.000 equipamentos militares estariam envolvidos.

A região já viu bastante ação neste ano. Putin deu uma demonstração de força a fazer um aumento dramático, talvez de 100 mil homens, em toda região oeste e sul para um exercício de três semanas que visava dissuadir a Ucrânia de tentar invadir as áreas rebeldes pró-Rússia no leste do país.

O impasse permanece e o russo mostrou os dentes, mas as forças foram retiradas –deixando para trás boa parte dos blindados e tanques, que serão usados no megaexercício anual das forças russas, que pela rotação usual será na região.

O Zapad (Oeste) 2021 promete um novo ponto de tensão com o Ocidente, assim como sua versão de 2017. Apesar de regular e previsto, ele inclui forças da Belarus, o que adicionará um tempero político ainda maior às manobras.

O Kremlin sustenta que elas são apenas de caráter defensivo, mas poucos no Ocidente acreditam, apesar da previsão de envio de observadores.

A todo esse caldo se soma a postura beligerante de Biden, que após fechar um acordo para estender o último tratado de limitação de armas nucleares com Putin entrou em uma rota crescente de colisão com o Kremlin.

Chamou o presidente russo de assassino e estabeleceu sanções devido à prisão do líder oopositor Alexei Navalni, ocorrida após ele voltar da Alemanha de um tratamento após ter sido envenenado na Sibéria.

O verdadeiro foco de Biden ao se mostrar durão é a China, a quem o americano considera a verdadeira rival estratégica dos EUA. Só que seus atos levaram Putin a lembrar o Ocidente de suas capacidades, que ameaçam diretamente os interesses europeus, não menos porque eles dependem do gás e do petróleo russos.

Além disso, embora seja uma aliança historicamente desconfiada, houve uma maior aproximação entre Moscou e Pequim, levando a especulações se a protagonista da primeira Guerra Fria poderia se unir à antagonista americana na Guerra Fria 2.0 em ações conjuntas de desestabilização.

Conhecedor como poucos dos símbolos do poder internacional, Putin usa o anúncio como aperitivo de sua disposição para o encontro do dia 16 com Biden em Genebra, marcado a pedido do americano.

Cocaína avaliada em 1,4 milhão é encontrada em carro abandonado

Foto: Fotos: Divulgação SSP
A droga, localizada por policiais da 28ª CIPM (Ibotirama), estava dividida em 48 tabletes, dentro de uma mala.
Cinquenta quilos de cocaína, avaliados em aproximadamente R$ 1,4 milhão, foram encontrados por guarnições da 28ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Ibotirama), na noite de quarta-feira (2). Os entorpecentes divididos em 48 tabletes, estavam dentro de uma mala, em um carro abandonado, no Centro da cidade de Ibotirama, região Oeste da Bahia.
Foto: Fotos: Divulgação SSP
A droga, localizada por policiais da 28ª CIPM (Ibotirama), estava dividida em 48 tabletes, dentro de uma mala.
De acordo com comandante da unidade, o major PM Anderson Ronni, as guarnições receberam a informação de um veículo com entorpecentes. “O carro estava abandonado, próximo a uma instituição financeira, com a chave no painel. Durante buscas, localizamos os 48 tabletes de cocaína. Realizamos rondas, mas não encontramos nenhum suspeito”, contou o major.
Foto: Fotos: Divulgação SSP
A droga, localizada por policiais da 28ª CIPM (Ibotirama), estava dividida em 48 tabletes, dentro de uma mala.
As drogas e o carro modelo Fiat Mob foram encaminhados para a Delegacia Territorial (DT) de Ibotirama. O delegado titular, Jailson Teixeira , informou que o veículo não tem restrição de roubo.

“Entramos em contato com o proprietário. Ele informou que vendeu o veículo, mas a transferência do valor ainda não tinha sido realizada. Estamos investigando o caso”, completou.
Fonte: Ascom/ Poliana Lima

Com queda na renda e preços em alta, consumo de carne é o menor desde 1996

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O brasileiro consumirá neste ano a menor quantidade de carne vermelha por pessoa em 25 anos, estima a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o órgão, o cenário de crise dos últimos anos – com a recessão de 2014 a 2016, a lenta recuperação de 2017 a 2019 e a nova crise causada pela covid-19 desde o ano passado – vem derrubando o consumo total de carnes (bovina, suína e de frango) desde 2014.

A partir de 2013, quando atingiu 96,7 quilos por pessoa por ano, auge na série histórica iniciada em 1996, houve seis anos seguidos de queda. Neste ano, o consumo total deve ficar 5,3% abaixo do pico. O menor consumo tem relação direta com o preço. O aumento da produção dos frigoríficos destinada às exportações, em um cenário de cotações internacionais já elevadas, encarece as carnes também no mercado do doméstico. A inflação do produto está em 35,7% no acumulado em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da queda no consumo, o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sergio De Zen, disse que o consumo geral do brasileiro se mantém no nível de vários países, incluindo desenvolvidos.

Conforme um levantamento da Conab, a demanda anual de carnes na União Europeia foi de 89,3 quilos por habitante, média dos últimos cinco anos. Na Austrália, ficou em 101,2 quilos; nos Estados Unidos, em 116,8 quilos. “O Brasil está comendo menos carne bovina, reduziu bastante, só que aumentou o consumo de frango e (na carne) suínos. O consumo global caiu muito pouco”, afirmou De Zen.

Com a renda menor, as famílias compram menos carnes em geral e substituem as mais caras – em geral, a bovina – pelas mais baratas – como a de frango. A queda no consumo de cortes bovinos passa por um rearranjo na participação dos diferentes tipos de proteína na cesta de compras dos brasileiros.

O menor consumo interno ainda tem outra explicação: a forte demanda externa, principalmente da China. A alta nos pedidos chineses tem relação com uma doença – não a covid-19, mas a peste suína africana (PSA), que assola os rebanhos do país asiático e das nações vizinhas desde 2018.

O impacto da PSA nos rebanhos suínos da China é forte, segundo José Carlos Hausknecht, diretor da consultoria MB Agro. No fim de 2019, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estimava em 7,7 milhões o número de animais abatidos em países asiáticos por causa da doença, transmitida entre javalis e porcos, mas inofensiva aos seres humanos.

Nos dados internacionais compilados pela Conab, o consumo anual total de carnes na China foi de 51,1 quilos por habitante, na média dos últimos cinco anos, o que sinaliza que a demanda por exportações para o gigante asiático tende a se manter, à medida que o rendimento das famílias chinesas siga sua trajetória de alta.

Na China, a carne de porco é a mais consumida. O país é o maior produtor global, mas a demanda da população de 1,3 bilhão de habitantes exige importações. O tombo na produção em 2018 e 2019 foi tão grande que levou os chineses a ampliarem suas compras no exterior de todos os tipos de carne, não só suína, mas também bovina e de aves. Esse foi o motor das exportações brasileiras de bovinos – que saíram de 1,479 milhão de toneladas e US$ 6,032 bilhões, em 2017, para 2,013 milhões de toneladas e US$ 8,506 bilhões, em 2020, segundo a Abiec, associação dos exportadores.
Vinicius Neder/Estadão Conteúdo

Preso homem que sequestrou, prendeu e agrediu ex-namorada

Foto: Alberto Maraux
Ação conjunta entre as polícias Civil e Militar localizou o suspeito, de 24 anos, na manhã da terça-feira (1).
Acusado de sequestrar, agredir e manter a namorada em cárcere privado, um homem de 24 anos foi preso após ação integrada entre equipes das Polícias Civil e Militar. Ele foi encontrado após denúncias, no início da tarde de terça-feira (1), no município de Capela do Alto Alegre, distante 235 quilômetros de Salvador.

Após a mãe da vítima de 16 anos ir até a Delegacia Territorial (DT) do município, na tarde da segunda-feira (31), informar aos policiais sobre o desaparecimento da filha e o histórico de violência do homem, rapidamente foram iniciadas as buscas.

“Solicitamos apoio da 90ª CIPM, que atende a região de Capela, para que conseguíssemos capturá-lo o mais rápido possível, porém, sem sucesso. Colhemos mais informações e continuamos com as buscas”, contou o titular da DT de Capela do Alto Alegre, delegado Hidelbrando Alves da Silva.

As equipes da PM encontraram uma moto que pertencia ao criminoso e foi usada no sequestro, numa via de ligação entre o município e a cidade de Pintadas, próxima a Fazenda Coração de Jesus. Já por volta das 15 horas, receberam informações de moradores sobre a presença de uma garota andando desorientada, assustada e com marcas de agressão por todo o corpo.

“Conseguimos resgatá-la e com cuidado levamos para o Hospital São Lucas, em Capela, para que ela passasse por cuidados médicos. Avisamos a mãe da vítima e informamos a Polícia Civil sobre a localização”, contou a comandante da 90ª CIPM, major Maria Aparecida Vieira Teixeira.

Prisão

Após ser medicada e acalmada, a garota foi levada para prestar depoimento e contou aos policiais que, com um pedaço de madeira, o ex-namorado a agredia. Ainda segundo a garota, ele a deixou escapar por medo de chamar a atenção de vizinhos da região.

Por volta das 12 horas de terça-feira, os policiais civis receberam informações sobre o esconderijo do agressor e conseguiram capturá-lo. “Ele foi autuado por lesão corporal, ameaça, tentativa de feminicídio e injúria, por conta das ameaças que ele enviava pelo whatsapp. Nós o encaminhamos para Serrinha, onde aguarda decisão judicial”, concluiu o delegado.

Fonte: Ascom / Rafael Rodrigues

Nova fase da Operação Casmurro cumpre mandados

Foto: Imagem Ilustrativa: Alberto Maraux
Ação deflagrada pela Corregedoria da SSP também resultou no afastamento de um delegado.
Cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária foram cumpridos na manhã desta quarta-feira (2), nos municípios de Seabra e Cachoeira, durante a segunda fase da Operação Casmurro, deflagrada pela Corregedoria Geral da Secretaria da Segurança Pública em ação conjunta com o Ministério Público da Bahia, através da Força-Tarefa de Combate a Grupos de Extermínio e Extorsões.

A nova fase tem o objetivo apurar a participação de policiais civis nos crimes de tráfico de drogas e associação, lavagem de dinheiro, fraude processual, entre outros delitos. De acordo com o corregedor-geral da SSP, Nelson Pires, foram apreendidas armas de fogo, celulares e documentos referentes à aquisição de imóveis e outros bens.

O material recolhido durante as buscas será analisado para verificar a existência de vínculos entre os servidores e traficantes que cultivavam maconha na região.

A iniciativa também resultou na prisão temporária de um investigador e no afastamento de um delegado. A segunda fase contou com a participação de cerca de 40 policiais civis e militares. Já a primeira parte da operação, ocorrida em abril, cumpriu mandados contra três policiais civis e um homem não-policial, que também integrava o grupo criminoso.
Fonte: Ascom | Kelly Hosana

Sob protestos e pressão de CPI, Bolsonaro promete vacina para todos neste ano, destaca PIB e volta a criticar isolamento

Foto: Reprodução/TV Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em pronunciamento em rede nacional nesta quarta-feira (2), que, neste ano, todos os brasileiros que quiserem serão vacinados, destacou o avanço do PIB (Produto Interno Bruto) e voltou a criticar políticas de isolamento social.

“Neste ano, todos os brasileiros, que assim o desejarem, serão vacinados”, disse.

A transmissão em cadeia de rádio e televisão ocorre no momento em que o governo tenta contornar o desgaste causado pela CPI da Covid no Senado e por protestos de rua contra Bolsonaro.

O pronunciamento foi seguido de panelaços em diversas cidades do país, como São Paulo, Recife, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Em Brasília, na Asa Norte, houve ainda gritos de “fora” e “genocida”.

O mandatário iniciou seu discurso lamentando as mortes pela Covid-19. Mas em seguida voltou a queixar-se das medidas adotadas por governadores e prefeitos.

“O nosso governo não obrigou ninguém a ficar em casa, não fechou o comércio, não fechou igrejas ou escolas e não tirou o sustento de milhões de trabalhadores informais”, afirmou.

Bolsonaro defendeu políticas adotadas por seu governo, como o auxílio emergencial e a destinação de crédito para pequenas empresas. Ele ainda celebrou o crescimento de 1,2% da economia no primeiro trimestre.

“O PIB projetado para 2021 prevê um crescimento da economia superior a 4%. Só no 1º trimestre deste ano, a economia mostrou seu vigor, estando entre os países do mundo que mais cresceram”, declarou.

Em outro trecho, Bolsonaro reafirmou que o país deve sediar neste ano a Copa América. O torneio estava previsto para ocorrer na Colômbia e na Argentina, mas esses países anunciaram que não poderiam recebê-los.

No caso da Argentina, a desistência ocorreu pelo avanço da pandemia no país. A atuação do governo Bolsonaro para que o Brasil recebesse a competição gerou críticas de políticos e especialistas, uma vez que o país registra um dos maiores índices de mortos por Covid no mundo.

“Seguindo o mesmo protocolo da Copa Libertadores e Eliminatórias da Copa do Mundo, aceitamos a realização, no Brasil, da Copa América”, discursou o presidente.

No pronunciamento, Bolsonaro também afirmou que “considera o direto de ir e vir, o direito ao trabalho e o livre exercício de cultos religiosos inegociáveis”. Além das políticas de governadores, o presidente é um crítico da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que autorizou os governos locais a proibir cultos religiosos para evitar a disseminação do vírus.

O pronunciamento de Bolsonaro ocorreu horas após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prever a vacinação de toda a população adulta do estado (a partir de 18 anos) até o dia 31 de outubro.

Na CPI do Senado, os governistas são minoria. Os principais focos da investigação do colegiado são a demora nas negociações de vacinas, a defesa por Bolsonaro de remédios sem eficácia comprovada para a Covid e a formação de um gabinete de aconselhamento paralelo sobre temas da pandemia.

O governo tem tentado reduzir a pressão política divulgando dados sobre a distribuição de imunizantes.

O Ministério da Saúde já havia celebrado, horas antes, que o país ultrapassou a marca de 100 milhões de doses distribuídas.

No entanto, 47,2 milhões das doses enviadas são da Coronavac, imunizante feito em parceria com uma farmacêutica chinesa que Bolsonaro chegou a anunciar que não seria comprada —pressionado, o governo acabou recuando.

Embora o presidente tenha dito no discurso que o Brasil é o quarto país que mais vacina contra a Covid, dados da plataforma Our World in Data mostram que esse número se refere apenas ao total de doses aplicadas. Quando observada a proporção na população, por meio do parâmetro de doses por mil habitantes, o Brasil cai para a 61ª posição.

Em outro flanco de desgaste para o Planalto, milhares de manifestantes em várias cidades do país realizaram protestos contra Bolsonaro sábado (29).

Houve atos em todas as 27 capitais brasileiras, com grandes concentrações em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em declarações nesta semana, Bolsonaro minimizou os movimentos de rua.

O governo, por outro lado, celebrou nesta semana o avanço de 1,2% do PIB no primeiro trimestre, anunciado nesta terça (1º).

“Lógico que ninguém está falando que vai crescer 6%, mas a previsão aí é no mínimo 4%, que já é um número bastante grande, levando-se em conta o uso político por causa da pandemia por parte de alguns”, afirmou Bolsonaro.

A transmissão do discurso também ocorre no momento em que Bolsonaro é pressionado por projeções eleitorais.

Segundo a última pesquisa Datafolha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com vantagem para a disputa pelo Palácio do Planalto em 2022.

O petista alcança 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro. Em um eventual segundo turno contra o atual presidente, Lula levaria ampla vantagem, com uma margem de 55% a 32%.

O pronunciamento desta quarta-feira foi o nono de Bolsonaro, em cadeia de rádio e TV, durante a crise sanitária da Covid-19.

Na primeira fala, em 6 de março de 2020, quando ainda não havia morte confirmada no Brasil em decorrência do novo coronavírus, Bolsonaro pediu união e disse que não havia motivo para pânico.

“Seguir rigorosamente as recomendações dos especialistas é a melhor medida de prevenção”, disse o presidente.

O tom de Bolsonaro mudou radicalmente no terceiro pronunciamento, em 24 de março, quando ele citou o uso da cloroquina e chamou a doença de gripezinha. Esta fala ocorreu dias após o presidente participar de ato pró-governo, o que ampliou o desgaste de Bolsonaro com governadores e Luiz Henrique Mandetta, então ministro da Saúde.

Nas declarações seguintes, Bolsonaro se opôs às restrições de circulação de pessoas e ao fechamento do comércio, ações determinadas por prefeitos e governadores para evitar a propagação do vírus.

Na véspera do Natal, o presidente disse, em cadeia nacional, que o governo se esforçou em preservar vidas e empregos. Afirmou ainda que o país se tornou referência para “seguir o rumo ao progresso e ao desenvolvimento”.

Pressionado pela demora na compra de vacinas, Bolsonaro usou o pronunciamento mais recente, de 23 de março deste ano, para tentar demonstrar que o governo federal se esforçava na busca pelos imunizantes.

Após negar por meses propostas da Pfizer, ele disse em cadeia de rádio e TV que havia pessoalmente solicitado para a empresa antecipar a entrega de 100 milhões de doses.

Bolsonaro ainda declarou que o país se tornaria “em poucos meses” autossuficiente na produção das doses. “Muito em breve, retomaremos nossa vida normal”.

Ricardo Della Coletta/Mateus Vargas/Natália Cancian/Folhapress

Comandante do Exército busca consenso sobre situação de Pazuello

Foto: Reprodução/Eduardo Pazuello

Pressionado politicamente, o comandante-geral do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, optou por discutir o caso do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello com todo o Alto Comando da Força. O comandante indicou a auxiliares que deseja uma solução de consenso sobre o que seria ato de indisciplina de Pazuello.

Nesta quarta-feira, 2, Paulo Sérgio levou a situação do general de Divisão da ativa, flagrado em manifestação política ao lado do presidente Jair Bolsonaro, à apreciação do Alto Comando. A reunião, no Quartel-General do Exército, contou com um grupo restrito de generais, alguns presencialmente e outros por videoconferência.

Ao fim do encontro, porém, Paulo Sérgio decidiu postergar sua decisão sobre o caso, usando do prazo que se estende até a semana que vem para concluir a apuração de transgressão disciplinar. Militares que acompanham os desdobramentos do assunto dizem que o comandante ainda indicou qual será sua posição, mas a maioria dos generais defende a punição. As opções mais citadas são uma advertência verbal, a mais branda delas, que pode ser feita reservadamente, e uma repreensão por escrito, que tem de ser publicada em boletim interno do Exército.

Ao longo do dia, oficiais da ativa esperavam que Paulo Sérgio comunicasse logo sua decisão, em vez de adiar o desfecho. O general tinha dado sinais a auxiliares de que desejava encerrar o assunto o quanto antes. O cenário se alterou, porém, na terça-feira, 1, quando Bolsonaro nomeou Pazuello para um novo cargo de confiança no Palácio do Planalto, sem que houvesse aval do Exército.

O comandante do Exército escolheu, então, debater a situação de Pazuello com os demais generais de quatro estrelas e indicou que adotará uma posição conjunta, de forma a ter o respaldo de toda a cúpula verde-oliva. Apesar de ter aberto conversas, a conclusão do caso é de responsabilidade exclusiva de Paulo Sérgio, um ato monocrático, conforme previsto no regulamento disciplinar dos militares.

Bolsonaro já manifestou publicamente contrariedade à possibilidade de punição de Pazuello, que discursou ao seu lado, sobre um carro de som, em ato político no Rio, no último dia 23. O ex-ministro da Saúde e agora secretário de Estudos Estratégicos da Presidência adotou o mesmo argumento do presidente ao se explicar. A alegação é a de que não houve manifestação política porque Bolsonaro não está filiado a partido. A explicação, no entanto, não convenceu os demais generais.

Embora a reunião do Alto Comando tenha abordado outros temas, como a realização da Copa América, o assunto principal foi a situação de Pazuello. O ato de Bolsonaro, que abrigou o general em sua assessoria mais próxima no Planalto, foi interpretado por generais como uma manobra para reduzir ou mesmo eliminar as chances de punição. Segundo esse raciocínio, Pazuello agora deixou de ser um general à espera de uma função de comando no Exército e voltou a exercer atividades políticas de assessoramento presidencial.
Estadão Conteúdo

Conmebol divulga tabela e Brasil estreia em Brasília na Copa América

Foto: Francisco Frazão/Agência Brasil
A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) divulgou na quarta-feira (2) à noite os horários e locais onde serão disputados os jogos da Copa América de 2021, transferida para o Brasil. A estreia da seleção comandada pelo técnico Tite será no próximo dia 13 de junho, um domingo, às 18h (horário de Brasília), contra a Venezuela, no Mané Garrincha, em Brasília.

O formato da competição não foi alterado. As dez seleções do continente estão divididas em dois grupos com cinco times em cada. Os quatro primeiros se classificam às quartas de final. O Brasil está no Grupo B. Além da Venezuela, a equipe canarinho terá pela frente Peru (dia 17, às 21h, no Nilton Santos, no Rio de Janeiro), Colômbia (dia 23, também às 21h e no Nilton Santos) e Equador (dia 27, às 18h, no estádio Olímpico de Goiânia). Os brasileiros só não atuarão na Arena Pantanal, em Cuiabá.
Foto: Divulgação/Twitter
Nas quartas de final, caso avance em primeiro lugar, o Brasil encara o quarto colocado do Grupo B (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai) às 22h do dia 3 de julho, em Goiânia. Se passar em segundo, atua no mesmo dia, no Mané Garrincha, mas às 19h, contra o terceiro da outra chave.

Classificando-se em terceiro no Grupo A, os brasileiros terão pela frente o segundo melhor time do Grupo B no dia 2 de julho, às 18h, no Olímpico de Goiânia. Caso só consiga a quarta vaga da chave, a seleção de Tite joga no Nilton Santos, às 21h, contra o líder do outro grupo, também no dia 2.

As semifinais estão previstas para os dias 5 (20h, no Nilton Santos) e 6 (22h, no Mané Garrincha) de julho. A disputa do terceiro lugar está marcada para 9 de julho, às 21h, em Brasília. A final da Copa América será em 10 de julho, às 21h, no Maracanã, no Rio de Janeiro.


Edição: Fábio Lisboa
Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

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