Boletim Covid/ 05 de junho, confirma 01 óbito, e 28 pacientes testaram positivos para o covid-19 em Ipiaú


A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 05 de junho, tivemos 9903 casos registrados como suspeitos, sendo 2.850 casos confirmados, dentre estes, são 2.772 pessoas RECUPERADAS, 06 estão em isolamento social, 06 estão internadas e 67 foram a óbito. 7014 casos foram descartados e 39 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 12 casos ativos.

Hoje tivemos mais uma morte causada pela Covid-19. A vítima era do sexo feminino, com mais de 90 anos de idade e estava internada.

O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .
Prefeitura de Ipiaú/Dircom

16° BPM apreende 305 kg de maconha que iriam pra Pernambuco

Foto: Divulgação SSP
Informação preliminar indica que a droga seria transportada até a cidade de Salgueiro, pela BR-116.
Trezentos e cinco quilos de maconha prensada foram apreendidos, no início da manhã deste sábado (5), na BR-116, próximo ao povoado Saco Moura, em Serrinha, pelo 16° Batalhão da Polícia Militar. Dois traficantes que levariam os entorpecentes até o estado de Pernambuco acabaram presos.
Foto: Divulgação SSP
Informação preliminar indica que a droga seria transportada até a cidade de Salgueiro, pela BR-116.
Uma van preta, placa DTC 5359, com vidros muito escuros, em local de pouca circulação, chamou a atenção de policiais do 1º Pelotão da Cia de Emprego Tático Operacional do 16º BPM/Serrinha. Eles fizeram a abordagem do veículo e descobriram a droga escondida.

Foram apreendidos 225 tabletes da droga prensada, pesando um total de 305 quilos. Também foram encontrados R$ 380.

De acordo com o comandante do 16º BPM, tenente-coronel Michel Alexander Guimarães Muller, a dupla afirmou que não sabia que o material era entorpecente. "Eles foram contratados para levar a droga até o município de Salgueiro, em Pernambuco, onde uma outra pessoa receberia a carga" contou o oficial.

Os dois homens capturados em flagrante por tráfico de drogas foram conduzidos à Delegacia Territorial (DT) de Serrinha.
Fonte: Ascom / Marcia Santana

22ª CIPM encontra 7 kg de pasta base de cocaína enterrados

Foto: Divulgação SSP
Quinze mil pinos vazios para guardar a droga também foram achados, na sexta-feira (4), em Simões Filho.
Enterrados dentro de um buraco, nos fundos de um bar, sete tabletes de pasta base de cocaína e 15 mil pinos vazios para guardar a droga foram apreendidos, na sexta-feira (4), por equipes da 22ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Simões Filho). Na ação, um suspeito foi alcançado e conduzido para a Delegacia.

Denúncias sobre um grupo traficando drogas na localidade de Fazenda Nova, zona rural de Simões Filho, fizeram os policiais intensificarem o patrulhamento. O comandante da unidade, major Luiz Alan Costa, contou que os criminosos correram ao perceberem a presença do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto).

Demos voz de parada, mas eles fugiram por uma área de mata de difícil acesso. Um deles não conseguiu escapar e foi capturado pela nossa guarnição”, explicou.

Nos fundos do estabelecimento comercial, os policiais perceberam uma área de terra remexida e, ao averiguarem, encontraram os quilos de pasta base e os pinos vazios. Os materiais foram encaminhados, junto com o suspeito, para a Delegacia Territorial (DT) de Simões Filho.

Na Delegacia, o homem - que possuía passagem por roubo - foi ouvido e liberado. “Percebi que ele apenas frequentava o bar, mas não era responsável pela droga. Temos a identificação do dono dos entorpecentes e as investigações continuam para captura-lo”, contou o titular da unidade, delegado Leandro Acácio.
Fonte: Ascom / Rafael Rodrigues

Bahia registra 3.936 novos casos de Covid-19 e mais 98 óbitos pela doença

Foto: Josué Dasmascena/Fiocruz

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 3.936 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) e 4.233 recuperados (+0,4%). O boletim epidemiológico deste sábado (5) também registra 98 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados hoje. Dos 1.032.454 casos confirmados desde o início da pandemia, 996.824 já são considerados recuperados, 13.923 encontram-se ativos e 21.707 tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.294.017 casos descartados e 235.470 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste sábado. Na Bahia, 49.451 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 21.707, representando uma letalidade de 2,10%. Dentre os óbitos, 55,71% ocorreram no sexo masculino e 44,29% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,80% corresponderam a parda, seguidos por branca com 22,13%, preta com 15,46%, amarela com 0,42%, indígena com 0,13% e não há informação em 7,07% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 61,99%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,26%).

A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Vice-prefeito de Capim Grosso morre por complicações de Covid-19

Foto: Divulgação

O vice-prefeito de Capim Grosso, Frank Neto, morreu na tarde deste sábado (5) por complicado de Covid-19. Ele estava estava intubado no Hospital do Subúrbio, em Salvador.

No último dia 25, o prefeito Sivaldo Rios fez uma postagem pedindo orações.

“Pedimos forças, orações e toda energia positiva para trazer meu vice e amigo Frank Neto de volta às suas atividades cotidianas. Infelizmente ele precisou ser intubado na tarde desta terça-feira, por complicações do Covid-19 e está internado no hospital do Subúrbio em Salvador, necessitando de oxigênio para respirar. Nós estamos na fé, que Deus em sua graça e bondade permitirá que ele fique bom e logo, logo esteja em casa”, postou. gestor.

Covid-19: Brasil registra 1.689 mortes e tem 16,9 milhões de casos

Foto: Reuters/Koki Kataoka/D/R

O Brasil chegou a 472.531 mortes por covid-19. Em 24 horas, foram 1.689 óbitos e 66.017 novos casos. No total, 16.907.425 casos já foram confirmados no país. Ainda existem 3.910 mortes em investigação por equipes de saúde, dados relativos a ontem (4). Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente. Já o número de pessoas recuperadas totalizou 15.290.500.

Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado no fim da tarde de hoje (5). O balanço é elaborado a partir dos dados sobre casos e mortes levantados pelas autoridades locais de saúde.
Foto: Divulgação
Em geral, os registros de casos e mortes são menores nos feriados, aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de Saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao ministério.

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (114.192), Rio de Janeiro (51.508) e Minas Gerais (41.479). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (1.651), Acre (1.686) e Amapá (1.718).

Em relação aos casos confirmados, São Paulo também lidera, com 3,3 milhões de casos. Minas Gerais, com 1,6 milhão, e Paraná, com 1,1 milhão de casos, aparecem na sequência. O estado com menos casos de covid-19 é o Acre, com 83,2 mil, seguido por Roraima (105 mil) e Amapá (112,8 mil).

Os dados da vacinação atualizados não foram informados pelo Ministério da Saúde até o fechamento da matéria.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Era uma metralhadora giratória contra todo mundo, diz vereadora atacada com spray de pimenta no Recife

Foto: Malu Aquino/@lianacirne no Instagram
Uma semana após ser atacada com spray de pimenta por policiais militares durante protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Recife, a vereadora Liana Cirne (PT-PE) afirma que, apesar da repercussão nacional do episódio, ela não tem sido ouvida.

“Isso é muito entristecedor. Sou entrevistada sobre a opinião do coronel fulano, do tenente ciclano, do candidato que teve ‘x’ votos. É muito triste que o que eu penso e o que eu interpreto não tenha sido perguntado por ninguém”, diz.

No sábado (29), a manifestação pacífica na capital pernambucana foi encerrada violentamente por policiais do pelotão de choque com bombas de gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha. Além da investida contra a parlamentar, dois homens que não participavam do protesto perderam a visão de um dos olhos em decorrência da ação.

Por causa do episódio, Cirne é alvo de uma notícia-crime apresentada pelo movimento conservador Pernambuco no Rumo Certo ao Ministério Público do estado. O grupo afirma que a petista “se utilizou do cargo de vereadora para dar ‘carteirada’ e impedir a ação da Polícia Militar”.

A vereadora diz ver a representação como um “disparate”. “São homens destituídos de coragem, de moral, e querem se autopromover porque o gesto que fiz ganhou notoriedade.”

Liana Cirne, que é professora de direito licenciada na Universidade Federal de Pernambuco, conta que seguia a orientação de seu partido de não ir ao ato —e só o fez porque se dispôs a prestar assessoria jurídica aos participantes.

Apesar da repressão policial que marcou a manifestação, ela acredita que a realização de um novo protesto pelo impeachment de Bolsonaro no Recife, programado para 19 de junho, será mais seguro.

“No lugar de arrefecer, aplacar os ânimos, a violência policial provocou o oposto”, diz. “Acho que aqui em Pernambuco vai ser um dos lugares do Brasil em que a manifestação vai ser mais forte. Acredito que, depois do que ocorreu, as manifestações vão transcorrer com muita segurança, do jeito que elas estavam ocorrendo antes da ação policial.”

O Governo de Pernambuco, sob gestão Paulo Câmara (PSB), disse que a operação não foi autorizada. Até o momento, porém, não explicou quem deu a ordem para o ataque.

Leia, abaixo, o depoimento da vereadora Liana Cirne à coluna.

“Eu não estava no ato, é bem fácil perceber isso porque eu estava de salto alto e vestido tubinho. Fui prestar assistência jurídica, sou professora de direito há 25 anos.

Até meio-dia, tudo transcorria muito bem. As pessoas estavam caminhando em fila indiana, com máscara e distanciamento social, tudo muito ordeiro. Ao meio-dia, o telefone começou a tocar no meu gabinete. ‘As pessoas estão jogando bomba’ [disseram]. Então coloquei a minha roupa e fui até o local onde havia mais denúncias de violência, na agência dos Correios da Guararapes.

No caminho, me deparei com o vídeo das pessoas correndo na ponte Princesa Isabel. Pessoas desesperadas pedindo socorro, o barulho de tiros de borracha, a sirene. Na hora, a tensão é muito grande. Eu desci do carro e saí caminhando no sentido contrário da multidão, já com a carteira em riste, me identificando como vereadora.

Eles estavam realmente atirando para atingir as pessoas. Era uma metralhadora giratória, era contra todo mundo. Por isso atingiu duas pessoas que não estavam na manifestação. Na verdade, atingiu muito mais, mas o caso deles ganhou notoriedade, assim como o meu.
Mônica Bergamo/Folhapress

Suplente de vereador e membros do Democratas de Ipiaú pede espaço ao Programa Tribuna91 da Rádio Ipiaú FM

Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores de Ipiaú

Diante da repercussão em vazamento de áudio de conversa entre presidente do partido Plinio Neri Lemos e o vereador Milton Costa Cruz (Picolè) nesta sexta-feira em redes sociais, suplente do partido e membros do Diretório Municipal do Democratas ligou para a redação do programa e do site www.ipiauurgente.com.br para, segundo os mesmo solicitar dos envolvidos na conversa uma explicação em público sobre um assunto "RACHADINHA "que segundo os solicitantes é muito grave e coloca a credibilidade do partido e dos outros vereadores risco 

Nota de repúdio do Presidenta da Câmara de vereadores de Ipiaú; Robison Moreira vereador (PP)

Guedes prepara reforma tributária enxuta com mudança tímida na tabela do IR

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Diante das resistências no governo e no Congresso ao imposto sobre transações, o ministro Paulo Guedes (Economia) decidiu propor uma reforma tributária de menor impacto, enxugando medidas que defendia desde o início do governo e promovendo uma redução mais tímida de alíquotas.

No plano considerado ideal pelo ministro, o imposto aos moldes da extinta CPMF poderia ser usado para compensar a perda de receita com a redução de outros tributos.

Sem esse instrumento, auxiliares do ministro afirmam que não será possível, por exemplo, cortar as alíquotas do IR (Imposto de Renda) da pessoa física.

A única mudança possível deve ser um aumento da faixa de isenção dos atuais R$ 1.903,98 para um patamar abaixo de R$ 3.000. O formato em estudo prevê isenção do imposto para rendas mensais de até R$ 2.500.

Se o plano for concretizado, o governo não cumprirá a promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro de ampliar a isenção para rendas de até R$ 5.000. Neste ano, o mandatário passou a dizer que trabalharia para que a isenção fosse para R$ 3.000 em 2022.

De acordo com auxiliares de Guedes, o governo não deve mexer nas deduções do IR.

A medida é defendida pelo ministro sob o argumento de que o mecanismo beneficia faixas de renda mais altas e exclui os mais pobres. Essa alteração impactaria a classe média, que usa gastos médicos e educacionais, por exemplo, como forma de reduzir o imposto a pagar.

O texto ainda não está fechado e pode sofrer alterações. O Ministério da Economia pretende apresentar as propostas ao Congresso nas próximas semanas.

A pasta vai propor mudança de tributação sobre investimentos. Aplicações que hoje são isentas, como LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), passarão a ser taxadas.

Como antecipou a Folha, alíquotas do IR sobre investimentos em renda fixa devem ser unificadas em 15% —hoje a cobrança varia de 15% a 22,5% a depender do período de aplicação.

Sem o imposto aos moldes da CPMF, o ministro também não conseguirá promover uma ampla desoneração da folha de salários. Esse ponto era tratado como primordial por Guedes.

Estimativas do Ministério da Economia apontam para uma arrecadação anual de R$ 120 bilhões se o imposto sobre transações tivesse alíquota de 0,2%. Mais recentemente, a pasta passou a avaliar alíquota de 0,1%, com receita estimada de R$ 60 bilhões.

Sem a CPMF, o time de Guedes ainda afirma que terá de lidar com entraves na unificação de PIS e Cofins, a primeira etapa da reforma, já enviada ao Congresso.

Como a desoneração da folha não deve ser implementada, o governo terá de criar uma segunda alíquota da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que será baixa para reduzir o efeito negativo sobre setores específicos, como o de serviços. O projeto original prevê cobrança única de 12%.

A interlocutores Guedes afirma que se conseguisse emplacar o imposto sobre transações e a desoneração da folha, o setor de serviços seria beneficiado porque o gasto com pessoal nessa área representa a maior parte do custo. Desse modo, não seria necessário promover um alívio específico para o setor na criação da CBS.

Segundo membros do ministério, também não haverá fôlego para uma redução expressiva nas alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

A ideia inicial previa cortar esse tributo e instituir o imposto seletivo, que incidiria sobre produtos que geram efeitos colaterais negativos, como cigarro, bebidas e automóveis.

No modelo atual, o imposto seletivo será proposto, mas haverá uma redução menos intensa do IPI.

O plano de implementar o imposto sobre transações encontrou resistências dentro e fora do governo desde o início da gestão Bolsonaro. No mês passado, Guedes passou a dizer que não vai mais lutar pelo tributo.

Nos bastidores, no entanto, a equipe do ministro afirma que a estratégia agora é mostrar aos congressistas, ao longo das discussões da reforma no Congresso, que a nova CPMF poderia ser usada para reduzir uma série de outros impostos que teriam apelo popular positivo, como é o caso do IR.

Desde que a comissão especial que analisava a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 45, do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), foi encerrada, há um mês, a reforma tributária está com tramitação suspensa no Congresso.

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se reuniram com Guedes para definir o faseamento e a divisão das etapas em cada Casa.

A CBS, fusão de PIS e Cofins, e a mudança no Imposto de Renda e no IPI começariam pela Câmara. Mudanças constitucionais, aproveitando parte da PEC relatada pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), tramitariam a partir do Senado, assim como a renegociação de dívidas proposta no passaporte tributário.

Até o momento, no entanto, não foi apontado um relator para o projeto da CBS, apesar do otimismo do presidente da Câmara com a aprovação da reforma ainda neste ano.

Para Aguinaldo Ribeiro, ainda não é possível saber qual será a reforma tributária avaliada. “Na Câmara não tem reforma tributária. Ampliar a faixa de isenção de Imposto de Renda não é reforma tributária, isso já foi feito várias vezes”, disse.

“Pelo que me consta, o que sobrou à Câmara foi a CBS, que representa aumento de imposto, porque você vai ter aumento de alíquota. Não se pode chamar isso de reforma tributária”, afirmou.

O deputado, líder da Maioria no Congresso, defende uma reforma ampla. “O resto é engodo. O que está proposto na CBS é aumento de imposto. E a CPMF é aumento de imposto, porque é imposto regressivo.”

Líder do PSDB na Câmara, o deputado Rodrigo de Castro (MG), também é cético em relação à tramitação da reforma.

“Não há clima para aprovar uma reforma que signifique apenas aumento de arrecadação, como seria o caso da CBS”, disse.

“Hoje, a pessoa menos indicada para encaminhar a reforma tributária é o Paulo Guedes, que não tem credibilidade junto ao Congresso.”

O sentimento é o mesmo na oposição. “Não vejo ambiente político para avançar”, afirmou o líder do PSB na Câmara, Danilo Cabral (PE). “A solução CPMF é um paliativo equivocado porque ratifica a injustiça fiscal e o caráter regressivo do modelo atual, ao igualar a cobrança a toda a população.”

Já o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), considera que há condições de se trabalhar um texto e formar maioria sólida para aprovar a tributária na Câmara.

“O timing das eleições não atrapalha, porque há uma cobrança da sociedade, e seria bom para o Congresso votar, seja no segundo semestre, seja no início do ano que vem.”

O imposto sobre transações é mais complicado, avalia. “A CPMF é um tema bem mais difícil de passar na Casa, pela memória ruim que a CPMF deixou, inclusive tendo sido derrotada em plenário com outro nome.”

O líder do Novo na Câmara, Vinicius Poit (SP), também disse acreditar que é possível avançar se o Senado e a Câmara trabalharem em paralelo.

“A reforma não pode ser um remendo, senão continuaremos distantes de resolver o nosso problema, que é o pior sistema tributário do mundo”, disse. “Qualquer discussão sobre incluir um imposto sobre transações, aos moldes da antiga CPMF, vai contra o que precisamos fazer agora no âmbito tributário.”

Imposto de Renda

Qual era o plano
Em 2018, Bolsonaro prometeu ampliar a faixa de isenção dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 5.000 mensais. Governo também planejava reduzir as alíquotas do IR

Como deve ficar
Alíquotas não devem ser reduzidas. Faixa de isenção será ampliada para valor inferior a R$ 3.000, possivelmente R$ 2.500.

Desoneração da folha

Como deve ficar
Desoneração ampla da folha salarial não deve ser implementada no momento

Imposto sobre consumo

Reforma do IPI

Como deve ficar
Redução do IPI deve ser menor, mas governo ainda pretende instituir o imposto seletivo

Bernardo Caram e Danielle Brant/Folhapress

Ex-governador Pezão é condenado a 98 anos de prisão por corrupção

Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil
O ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão foi condenado a 98 anos de prisão, por corrupção. A sentença foi publicada nesta sexta-feira (4), pelo juiz titular da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas. Os crimes atribuídos a Pezão dizem respeito às operações Calicute, Eficiência e Boca de Lobos, todas desdobramentos da Lava Jato no Rio.

Bretas considerou, em sua sentença, que Pezão, ex-vice-governador de Sérgio Cabral, deu continuidade aos crimes, após assumir o governo do estado.

“A presente ação penal é decorrente das revelações feitas por Carlos Miranda em seu acordo de colaboração premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal, bem como desdobramento das ações penais Operação Calicute, Operação Eficiência e Operação Boca de Lobo, levadas a cabo pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal e que deu prosseguimento ao desbaratamento da organização criminosa comandada por Sérgio Cabral, ex-governador do estado do Rio de Janeiro, demonstrando que o também ex-governador Luiz Fernando de Souza (Pezão), fazia parte da referida organização criminosa. Conforme apurado, Pezão, ao assumir como chefe do Executivo estadual, continuou a praticar crimes de corrupção, desvio de recursos públicos e lavagem de ativos no estado do Rio de Janeiro, conforme já ocorria no governo Cabral”, escreveu Bretas.

Segundo Bretas, com a documentação obtida na Operação Boca de Lobo, com prova testemunhal, documental, depoimentos de colaboradores, dados bancários, telefônicos, fiscais, entre outros, verificou-se que Pezão, além de integrar a organização criminosa liderada por Cabral, foi seu sucessor nas práticas ilícitas ao comandar o estado.

“Foi possível desvendar que Pezão integrava a mesma organização criminosa e praticava crimes contra a administração e de lavagem de ativos, dentre outros, nos anos que ocupou os cargos de secretário de Obras, vice-governador e até mesmo no de governador”, pontuou o juiz, responsável pela investigação da Lava Jato no Rio de Janeiro.

A defesa de Pezão foi procurada para se manifestar sobre a condenação, mas até a publicação desta matéria ainda não havia se pronunciado.

Edição: Fábio
Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Brasil vence marcação do Equador e dispara na ponta das Eliminatórias

Foto: Reuters/Diego Vara/Direitos Reservados
O Brasil disparou na liderança das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, no Catar. Nesta sexta-feira (4), a seleção canarinho derrubou a forte marcação do Equador e venceu por 2 a 0 no Beira-Rio, em Porto Alegre, pela sétima rodada. Vale lembrar que os jogos da quinta e da sexta rodadas foram adiadas pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Foto: Reuters/Diego Vara/Direitos Reservados
Os brasileiros mantiveram os 100% de aproveitamento, com 15 pontos em cinco partidas. São quatro pontos de vantagem para a Argentina, segunda colocada nas Eliminatórias, e oito a frente da Colômbia, que está em sexto e é a primeira seleção fora da zona de classificação. Os quatro primeiros colocados se garantem no Catar e o quinto disputa uma repescagem.

A seleção de Tite entrou bastante modificada na comparação com o time que derrotou o Uruguai na casa do rival, em Montevidéu, há quase sete meses. Apesar de o entrosamento não ser o ideal, o Brasil teve a iniciativa dos primeiros 45 minutos e pressionou atrás do gol. Sem êxito, é verdade, mas graças à forte marcação equatoriana.

Chances claras, foram duas. Aos 19 minutos, Neymar cobrou falta na ponta esquerda, o também atacante Richarlison desviou e quase surpreendeu o goleiro Alexander Domínguez, que defendeu em dois tempos. Aos 42, o lateral Danilo cruzou rasteiro pela direita e o atacante Gabriel Barbosa completou mandou para as redes. Gabigol, porém, estava impedimento e o lance foi anulado.
Foto: Reuters/Diego Vara/Direitos Reservados
No retorno do intervalo, o Brasil tentou apostar nos lançamentos às costas da marcação, apostando na velocidade dos jogadores de frente. Passado o primeiro terço da etapa final, Tite deixou a equipe mais agressiva com a entrada do atacante Gabriel Jesus no lugar do volante Fred, pendurado com o cartão amarelo. Com mais homens no campo ofensivo, a rede enfim balançou. O meia Lucas Paquetá retomou a bola na intermediária e Neymar abriu na esquerda para o atacante Richarlison abrir o placar.

O gol abriu a equipe equatoriana e o Brasil teve várias oportunidades em sequência. Aos 25 minutos, Gabriel Jesus cortou a marcação pela esquerda e chutou forte, dentro da área, para defesa de Domínguez. Aos 26, Gabriel Barbosa recebeu pela direita, frente a frente com o goleiro, que defendeu com os pés, no reflexo. No lance seguinte, Richarlison foi lançado por Neymar na direita, tirou o arqueiro e cruzou para Gabigol, sem goleiro, cabecear à direita, rente à trave, para desespero do atleta do Flamengo.

A pressão brasileira não arrefeceu. Aos 39 minutos, com auxílio do árbitro de vídeo (VAR), o árbitro venezuelano Alexis Herrera marcou pênalti em cima de Gabriel Jesus, em meio a um bate-rebate na área. Após sete minutos de paralisação, Neymar cobrou mal a penalidade e Domínguez defendeu, mas Herrera entendeu que o goleiro se adiantou e mandou voltar a batida. Na segunda tentativa, com o cronômetro já marcando 48 minutos, o camisa 10 mandou para as redes e deu números finais à partida.

O Brasil volta a campo pelas Eliminatórias na próxima terça-feira (8), às 21h30 (horário de Brasília), contra o Paraguai, fora de casa, no Defensores del Chaco, em Assunção.

Edição: Fábio Lisboa
Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

Gás de cozinha tem forte alta e complica orçamento de famílias

© Shutterstock
Essencial nas residências, o gás de cozinha pesou ainda mais no bolso das famílias pobres neste período de pandemia. Desde maio do ano passado, o preço do botijão subiu cinco vezes mais do que a inflação. Com o desemprego batendo à porta, o custo do gás virou um problema social, a ponto de merecer políticas públicas emergenciais dos governos do Ceará e do Maranhão.

O preço do botijão disparou no segundo semestre do ano passado. O pior momento, no entanto, foi neste ano. Segundo o IPC-S, indicador de inflação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), utilizado em reajustes salariais e de aluguel, o preço subiu 11,45% de janeiro a abril e 17,25% nos 12 meses iniciado em maio de 2020, enquanto a inflação foi de 3,5%.

"O GLP é o principal energético usado no preparo de alimentos por famílias de baixa renda. É o gás que entra em comunidades do Brasil todo. Algo que sobe mais que a média do salário exige muito esforço das famílias. Num nível de desemprego elevado como o atual, é ainda mais sentido. Ficar sem gás é ficar sem comida", afirmou André Braz, coordenador adjunto do Índice de Preço ao Consumidor do Ibre/FGV.

O economista acredita que o encarecimento do produto vai aparecer na próxima Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE. A última, realizada em 2018, registrou que a média dos brasileiros gasta 1% do orçamento com o gás de cozinha. O aluguel pesa 3,6%, e o gás natural, 0,12%.

Na casa de André Lima e Silva, em Fortaleza, as refeições passaram a ser preparadas na vizinhança. "Até receber o vale do governo, a gente ficou três dias sem gás. Até o mingau da neném a gente pedia para a vizinha fazer", conta o padeiro, desempregado desde o início do ano passado. Ele e a mulher passaram a sustentar os cinco filhos com a venda de salgadinhos. Por causa do preço do gás, até o 'bico' ficou inviável.

A alta do produto prejudica também os negócios de Marcos Magalhães, responsável por um buffet carioca. "O gás aumenta, a gente tem que repassar o valor para os clientes, só que não pode repassar na íntegra, porque, infelizmente, os clientes não têm aumento. Ninguém está tendo aumento no País. É complicado", disse.

Em evento, no mês passado, Bolsonaro afirmou que conversaria sobre o tema com o novo presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna. "Estamos trabalhando com o novo presidente da Petrobras em como diminuir o preço do botijão na origem. Hoje está em R$ 42, dá para diminuir", afirmou o presidente, em discurso no Mato Grosso do Sul, no último dia 14. Ele não informou, porém, com quem está discutindo e a posição do presidente da Petrobras.

Desde que assumiu o cargo, em 19 de abril, Silva e Luna não mexeu no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP). O botijão de 13 kg é a versão residencial do produto. O reajuste mais recente, o quarto no ano, ocorreu no dia 2 de abril, ainda na administração do antecessor, Roberto Castello Branco.

Questionada, a Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, respondeu que não há previsão de reajustes de preços de GLP com frequência mínima mensal: "Reiteramos que os reajustes são realizados a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e de análise do ambiente externo. Isso possibilita à companhia competir de maneira mais eficiente e flexível e evita o repasse imediato, para os preços internos, da volatilidade externa causada por questões conjunturais".

Ainda assim, o preço final do GLP permanece no patamar mais elevado da série histórica divulgada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em março, último dado divulgado pela reguladora, o produto custava R$ 83,17, na média do País. Como a Petrobras reajustou mais uma vez em abril, é possível que a estatística mais recente ainda revele novo recorde.

Professor do Instituto de Economia da UFRJ, Adilson de Oliveira avalia que a solução passa pela estabilização do preço, o que pode ser conseguido com a criação de um fundo, como estuda o governo. Ele lembra que, no governo de FHC, foi adotado o 'Auxílio Gás' e, no de Luiz Inácio Lula da Silva, o benefício foi incorporado ao Bolsa Família. "O governo federal fala, mas ainda não colocou na mesa a sua proposta. É preciso saber onde quer chegar", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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