Decretos regulam medidas restritivas para regiões oeste e nordeste da Bahia

Foto: Paula Fróes/GOVBA
Novos decretos publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (8) renovam as medidas restritivas em municípios da região oeste e instituem também restrições para cidades da região nordeste da Bahia.

No oeste, as medidas atingem 36 municípios: Angical, Baianópolis, Barra, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Buritirama, Canápolis, Catolândia, Cocos, Coribe, Correntina, Cotegipe, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Ibotirama, Ipupiara, Jaborandi, Luís Eduardo Magalhães, Mansidão, Morpará, Muquém do São Francisco, Oliveira dos Brejinhos, Paratinga, Riachão das Neves, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, Santana, São Desidério, São Félix do Coribe, Serra do Ramalho, Serra Dourada, Sítio do Mato, Tabocas do Brejo Velho e Wanderley.

Na região nordeste são 15 municípios onde valem a restrições: Adustina, Antas, Banzaê, Cícero Dantas, Cipó, Coronel João Sá, Fátima, Heliópolis, Nova Soure, Novo Triunfo, Olindina, Paripiranga, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal e Sítio do Quinto.

Em ambas regiões está mantida, até 15 de junho, a restrição de locomoção noturna das 20h às 5h. Os estabelecimentos comerciais e de serviços devem encerrar as atividades 30 minutos mais cedo, para garantir o deslocamento de funcionários às residências. Cada município deve estabelecer critérios para lotação dos estabelecimentos permitidos e fiscalizar o cumprimento da medida.

Está proibido o funcionamento de academias, exceto os espaços voltados ao atendimento de fisioterapia, de acordo com protocolos sanitários estabelecidos, que indicam a atividade como uma possibilidade para determinados tratamentos pós Covid-19.

Ficam proibidos também a prática de esporte amador coletivo, os eventos e atividades que envolvam aglomeração de pessoas, independentemente do número de participantes, além dos shows e festas. Já os atos religiosos litúrgicos podem ocorrer com 25% da capacidade dos espaços.

Ainda de acordo com o novo decreto, está vedado, nas duas regiões, o funcionamento de bares, restaurantes e congêneres, no período das 18h do dia 11 de junho até as 5h do dia 14 de junho. Também neste período, estará proibida a venda de bebida alcoólica em quaisquer estabelecimentos, inclusive por sistema de entrega em domicílio (delivery) ou em depósitos e distribuidoras.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Governo do Estado mantém toque de recolher e proibição na venda de bebida alcoólica no fim de semana

Foto: Divulgação/GOVBA
O Governo do Estado decidiu prorrogar a restrição da locomoção noturna de pessoas das 21h às 5h, em toda a Bahia, até 15 de junho. Nos municípios localizados nas regiões da Chapada Diamantina, Oeste, Irecê, Jacobina, Sudoeste e Extremo-Sul, o toque de recolher vale das 20h às 5h. A prorrogação será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (8).
Nos municípios integrantes das regiões de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI vier a se manter igual ou inferior a 75%, por cinco dias consecutivos, a restrição na locomoção noturna será válida das 22h às 5h.

Também fica proibida, em todo o território baiano, a venda de bebida alcoólica em quaisquer estabelecimentos, inclusive por sistema de entrega em domicílio (delivery), no período das 18h de 11 de junho até as 5h de 14 de junho.

A comercialização de bebida alcoólica no fim de semana será liberada somente em municípios integrantes de regiões de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI vier a se manter igual ou inferior a 75%, por cinco dias consecutivos.

Região Metropolitana de Salvador

Na Região Metropolitana de Salvador (RMS), a restrição de locomoção noturna será das 20h às 5h, entre a próxima sexta (11) e segunda-feira (14). De terça (8) a quinta-feira (10), o toque de recolher permanece das 22h às 5h. A medida vale para os municípios de Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, Salvador, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz.

delivery, das 20h de sexta (11) até as 5h de segunda-feira (14).

A circulação dos meios de transporte metropolitanos será suspensa das 22h30 às 5h, de terça-feira (8) a quinta-feira (10). Já de sexta (11) a domingo (13), os meios de transporte metropolitanos não circulam das 20h30 às 5h.

De terça (8) a quinta-feira (10), a circulação de ferry boats será suspensa das 22h30 às 5h. Na sexta-feira (11), os ferrys não circulam das 20h30 às 5h, ficando vedado o funcionamento no sábado (12) e no domingo (13).

As lanchinhas também não devem circular das 22h30 às 5h, de terça (8) a quinta-feira (10). Já entre sexta-feira (11) e domingo (13), as lanchinhas não circulam das 20h30 às 5h, limitada a ocupação ao máximo de 50% da capacidade da embarcação no sábado (12) e domingo (13).

Aulas

As unidades de ensino públicas e particulares podem manter as atividades de forma semipresencial. Para que isso ocorra, é necessário que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid esteja abaixo de 75%, por cinco dias consecutivos, nas regiões de saúde.

Além disso, as atividades letivas devem ficar condicionadas à ocupação máxima de 50% da capacidade de cada sala de aula e ao atendimento dos protocolos sanitários estabelecidos.

Eventos e shows

Os eventos e atividades que envolvam aglomeração de pessoas continuam proibidos até 15 de junho, em todo o território baiano, independentemente do número de participantes, ainda que previamente autorizados. Segue suspensa ainda, até 15 de junho, a realização de shows, festas, públicas ou privadas, e afins, independentemente do número de participantes, além de atividades esportivas amadoras em todos os municípios baianos.

Os eventos exclusivamente científicos e profissionais podem ocorrer com público limitado a 50 pessoas. Já os atos religiosos litúrgicos ficam permitidos mediante a ocupação máxima de 25% da capacidade do local. O funcionamento das academias também permanece autorizado mediante a ocupação máxima de 50%.

Continua vedada, em todo o território baiano, a prática de quaisquer atividades esportivas coletivas amadoras até 15 de junho, sendo permitidas as práticas individuais, desde que não gerem aglomerações.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Vacina da Pfizer chega a Ipiaú destinada a gestantes e puérperas

Nesta segunda-feira(07), a Secretaria Municipal de Saúde recebeu a vacina Pfizer, cerca de 20% de doses programadas para gestantes e puérperas. Este lote de vacina será destinado às gestantes entre o 7º e o 9º mês de gestação e puérperas com até 45 dias de pós parto.

A vacina será aplicada através de agendamento, que deve ser realizado na terça-feira e quarta-feira, 08 e 09 de junho respectivamente, na Unidade Básica de Saúde mais próxima do domicílio.

A gestante e puérpera deve apresentar os seguintes documentos no momento do agendamento: cartão do SUS, CPF, cartão de vacinação, comprovante de residência ou cartão família, cartão de pré-natal e relatório médico autorizando a administração da vacina.

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Boletim Covid/ 07 de junho confirma que 06 pacientes testaram positivos para o coronavirus

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 07 de junho, tivemos 9972 casos registrados como suspeitos, sendo 2.858 casos confirmados, dentre estes, são 2.781 pessoas RECUPERADAS, 05 estão em isolamento social, 05 estão internadas e 67 foram a óbito. 7068 casos foram descartados e 46 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 10 casos ativos.

O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Bahia registra 2.400 novos casos de Covid-19 e mais 80 óbitos pela doença

Foto: Divulgação

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 2.400 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) e 2.946 recuperados (+0,3%). O boletim epidemiológico desta segunda-feira (7) também registra 80 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados hoje. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.037.924 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.003.088 são considerados recuperados, 13.007 encontram-se ativos e 21.829 tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico da Sesab contabiliza ainda 1.298.180 casos descartados e 232.725 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde, até as 17 horas desta segunda-feira. Na Bahia, 49.533 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19

Ainda segundo a secretaria, às 12h desta segunda-feira, 148 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 101 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Vacinação

Com 3.669.170 vacinados contra o coronavírus, dos quais 1.569.331 receberam também a segunda dose, até as 16 horas desta segunda-feira, a Bahia é um dos estados com o maior número de imunizados. A Sesab realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas no painel https://bi.saude.ba.gov.br/vacinacao/.

Médicos representam contra Otto no Conselho Federal de Medicina

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
Um grupo de seis médicos de Natal (RN), São Paulo (SP), Manaus (AM) e Uberlândia (MG) ingressaram com uma representação junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM) contra o senador Otto Alencar (PSD/BA). Os profissionais da saúde entendem que o parlamentar baiano, que é médico, incorreu em faltas disciplinares durante a inquirição à médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi durante a sessão da CPI da Covid no Senado, na terça-feira (1) – eles pedem abertura de sindicância e de processos administrativos disciplinares na representação que foi entregue ao presidente do Conselho, Mauro Ribeiro, no dia seguinte ao depoimento de Nise.

Otto já é alvo da ação de militantes digitais bolsonaristas e também de parlamentares que apoiam o presidente da República, Jair Bolsonaro. Na peça apresentada ao CFM, os médicos Flávio José Dantas de Oliveira, José Cavalcante Monteiro, Carlos Antônio Dantas de Oliveira, Hélio Teixeira, Luiz Gonzaga Dantas de Oliveira e Evandro Guimarães de Souza dizem que representação não é relacionada à atuação do baiano enquanto parlamentar, mas enquanto médico. Os profissionais de saúde citam supostas inverdades na fala do senador ao inquirir Nise Yamaguchi, que é favorável ao uso de hidroxicloroquina para tratar a Covid em estágios iniciais; os seis médicos também citam que o parlamentar agiu para constranger a oncologista, ao passo que não permitia que ela respondesse de maneira adequada aos questionamentos feitos a ela por Otto durante a CPI.

Sobre informações levadas pelo senador baiano à comissão parlamentar de inquérito referente aos riscos do uso da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid, os médicos afirmam que “é nitidamente inverídica e contrária à educação em saúde (…) a afirmação de que a arritmia, para quem toma a medicação, é dose-dependente e que vai exigir doses maiores do medicamento porque é uma enfermidade idiossincrática”. Citando documentos da da “American Heart Association”, de 2016, e outro da OMS, de 2017, apontam, nesta ordem, que tem “(a medicação) ação tóxica direta no miocárdio, (…) após exposição de longo prazo a alta doses” e que “uso da hidroxicloroquina contra a malária tem sido associado a baixo risco de cardiotoxicidade”.

Davi Lemos/Politica Livre

Fiocruz receberá nova remessa de IFA no próximo sábado

Foto: Bio-Manguinhos/Fiocruz


A Fundação Oswaldo Cruz anunciou hoje (7) que foi confirmada a chegada, no próximo sábado (12), de uma nova remessa do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) necessário para a fabricação da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19.

Sobre a próxima remessa, a Fiocruz adiantou apenas que o IFA a ser recebido vai garantir a continuidade da produção e as entregas semanais de vacinas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) até o dia 10 de julho. Mais detalhes devem ser divulgados ao longo da semana.


A Fiocruz e a AstraZeneca assinaram no ano passado um acordo de encomenda tecnológica que prevê o envio de 14 remessas de IFA para a produção de 100,4 milhões de doses de vacinas até julho. Desde fevereiro, a Fiocruz já recebeu 10 remessas.

A fundação tem negociado com a farmacêutica europeia a aceleração do envio do IFA, que é produzido na China, pelo laboratório WuXi Biologics. O motivo é o fato de a capacidade produtiva do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) ser maior do que a quantidade de IFA disponível para produzir vacinas.

Com as 3,3 milhões de doses entregues na semana passada, a Fiocruz chegou a 50,9 milhões de doses disponibilizadas para o PNI. O total inclui as 4 milhões de doses importadas prontas da Índia e as mais de 46 milhões já produzidas e liberadas por Bio-Manguinhos.

Agência Brasil

Polícia Militar prende homem em Ipiaú por tráfico de entorpecentes e posse ilegal de munição de arma do fogo

Foto: Divulgação/PM
Por volta das 10h50min, desta segunda-feira (07/06/21), após denúncia anônima, via telefone 190, a guarnição da 55ª CIPM/PETO deslocou até a rua Sargento Moreira, no Bairro Popular, em Ipiaú, para averiguar uma situação de tráfico de drogas.
Na referida localidade, a guarnição avistou algumas pessoas em atitude suspeita, e realizou aproximação para realizar a abordagem. Foi realizada a busca pessoal, e em seguida, a busca no imóvel do suspeito, sendo encontrada várias munições calibre 380mm e .32, além de, aproximadamente, 1kg de substância análoga a pasta base de Cocaína.

Autor: K. R. da S., Nasc: 01/11/2001

Material apreendido: 01 kg de substância análoga a pasta base de Cocaína; 05 Munições de calibre 380mm; 05 Munições de calibre .32 AUTO; 01 Aparelho Celular LG K4, cor Cinza; 01 Relógio Invicta Dourado
O suspeito foi conduzido à delegacia de Ipiaú, juntamente com o material apreendido

Informações: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Mais de R$ 2 milhões em cocaína apreendidos em praia

Foto: Divulgação SSP
Mais de 2 milhões de reais em cocaína foram localizados, na manhã de domingo (6), em uma sacola na Praia do Farol, município de Alcobaça, Sul do estado, por guarnições da 88ª Companhia Independente de Polícia Militar.

Populares perceberam uma mochila preta e acionaram os policiais. Na sacola foram encontrados 28 tabletes de cocaína pura, arrastados até a praia pela maré.

De acordo com o comandante da unidade, major Carlos Eduardo Barbosa da Silva, a droga está avaliada em cerca de 2 milhões de reais. "O material foi encaminhado à Delegacia Territorial da cidade de Prado", contou o oficial.

Outras duas mochilas com pasta base de cocaína apareceram no litoral baiano, no mês de maio, na orla de Pau Fincado, em Nova Viçosa, e na Boca do Rio, em Salvador. No total, 72 tabletes de cocaína ou pasta base já foram apreendidos. A investigação da origem e destino do material é conduzida pela Polícia Federal.
Fonte: Marcia Santana

Embraer recebe encomenda de mais 50 ‘carros voadores’

Foto: Divulgação/Embraer recebe encomenda de mais 50 'carros voadores

A Embraer anunciou, nesta segunda-feira, 7, mais um acordo de venda de seu “carro voador”, cujo projeto ainda está em desenvolvimento. A fabricante brasileira de aviões fechou um contrato para entregar 50 veículos elétricos de pouso e decolagem vertical (ou eVTOL, na sigla em inglês e como é chamado o “carro voador” no mercado aéreo) para a Helisul Aviation, empresa que opera helicópteros na América Latina.

Na semana passada, a Embraer divulgou que recebeu também uma encomenda de 200 unidades de eVTOL para a Halo, companhia que fornece serviços de helicópteros e mobilidade aérea urbana privada nos Estados Unidos e no Reino Unido. Tanto no caso da Helisul como no da Halo, as entregas devem começar a partir de 2026.

A Embraer e a Helisul ainda firmaram parceria para desenvolver produtos e serviços que permitam a operação do eVTOL, como soluções de gerenciamento de tráfego aéreo. Inicialmente, as empresas vão trabalhar com helicópteros para validar parâmetros que possam ser usados, mais tarde, pelos “carros voadores”.

Além dos acordos com a Halo e a Helisul, a Embraer também está desenvolvendo seu eVTOL em uma parceria com o Uber, que pretende realizar voos comerciais a partir de 2023. Esse prazo, no entanto, é considerado apertado por participantes do mercado.

Em todo o mundo, pelo menos 140 projetos de eVTOL estão sendo desenvolvidos. O setor aposta que o novo veículo transformará a aviação ao oferecer viagens mais baratas do que as de helicópteros. A grande mudança tecnológica será que o eVTOL não precisará de pilotos e será elétrico. Por ser movido a bateria, não vai emitir poluentes e fará menos barulho do que os helicópteros.
Luciana Dyniewicz/Estadão Conteúdo

Para Bia Kicis, eleição de 2022 só será confiável com voto impresso em 100% das urnas; Índia adotou modelo

Foto: Dida Sampaio/Estadão

Não basta aprovar o voto impresso antes da eleição de 2022. A não ser que 100% das urnas estejam equipadas com impressoras já no próximo pleito, continuará a haver desconfiança sobre os resultados.

Esse é o recado da deputada Bia Kicis (PSL-DF), autora da PEC (proposta de emenda à Constituição) do voto impresso, que está em análise em comissão especial na Câmara.

A deputada rejeita uma implementação gradual das impressoras, a exemplo do teste realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2002, com 6% das urnas.

Na prática, não se trata do voto impresso diretamente, mas sobre a impressão em papel de um comprovante do voto dado na urna eletrônica, que seria mantida normalmente nas eleições.

“Eu, como autora da PEC, faço questão de 100% de impressoras nas urnas; repudio uma implementação gradual, que vai legitimar uma possível fraude”, diz Kicis.

Se houver apenas um projeto-piloto, com transformação de parte das urnas, “nós vamos continuar dizendo que é ilegítimo sim, vamos continuar desconfiando”, diz a deputada.

No entanto, inúmeros especialistas, muitos deles favoráveis ao registro impresso na urna eletrônica, afirmam que é impraticável mudar todo o sistema a tempo da eleição de 2022.

Para Diego Aranha, professor associado de segurança de sistemas na Universidade de Aarhus, na Dinamarca, é “simplesmente impossível” conseguir implantar o sistema para 100% dos eleitores.

“Daria para fazer um projeto piloto, no máximo”, diz Aranha, que é uma das principais referências no tema e foi investigador nos testes públicos de segurança feitos pelo TSE em 2012 e 2017.

O pesquisador encontrou vulnerabilidades no sistema e é crítico contumaz das urnas eletrônicas sem comprovante físico. Aranha usa a Índia como exemplo. O governo indiano usava uma urna eletrônica semelhante à brasileira e começou a desenvolver um sistema com impressora em 2011.

Em 2012 e 2013, fabricantes fizeram testes com protótipos e, em 2014, o sistema estreou em um projeto piloto nas eleições, em apenas 8 de 543 zonas eleitorais. A partir daí, o sistema foi implementado gradualmente e só atingiu 100% das seções eleitorais em 2019.

“Eu duvido muito que qualquer mudança possa ser feita em 100% da votação até ano que vem. Mesmo se fôssemos para uma proposta mais simples de implementar, como os formulários ópticos dos Estados Unidos, seria necessário treinar eleitores, mesários, e toda a equipe da Justiça Eleitoral”, diz Paulo Matias, professor do Departamento de Computação da Universidade Federal de São Carlos.

Matias defende a implementação do voto impresso para aumentar a segurança da votação, mas não “às pressas”. “É só olhar para a própria transição da cédula de papel convencional para a urna eletrônica, que foi testada em mais de um pleito antes de ser implementada no país inteiro.”

A transição completa de voto em cédula de papel para urna eletrônica no Brasil se deu ao longo de três eleições, de 1996 a 2000.

A PEC do voto impresso precisa ser aprovada em dois turnos na Câmara e no Senado, por três quintos dos deputados e senadores, até início de outubro para valer já na eleição de 2022. Legislação que muda regra eleitoral precisa ser aprovada com, no mínimo, um ano de antecedência ao pleito para vigorar.

Caso aprovada, e partindo do pressuposto de que não será questionada no STF, só então o TSE poderia realizar uma licitação para a compra das impressoras.

O tribunal não se manifesta sobre prazos e afirma apenas que cumprirá a legislação. Ressalta que o mercado precisa ter condições de atender uma demanda dessa magnitude —serão 577.125 urnas em 2022, sendo que 15% são urnas de contingência e reserva.

Depois da licitação, haveria um período de desenvolvimento do software, produção e testes do equipamento, transporte e treinamento. “A implantação do voto impresso envolve um procedimento demorado, embora não seja possível, neste momento, estimar sua duração”, diz o TSE.

Os estudos para implementação do voto impresso nas eleições de 2018, antes de o STF declarar a mudança inconstitucional, previam uma implantação gradual, com aquisição inicial de 30 mil módulos impressores.

Considerando, em média, o tempo de uma licitação dessa complexidade, a estimativa de técnicos é que a fabricação dos módulos impressores começaria no primeiro semestre de 2022. E teria um obstáculo —há uma escassez na oferta mundial de componentes eletrônicos e microchips.

Mesmo assim, a deputada Bia Kicis e outros defensores da proposta acreditam que há tempo suficiente para a mudança ser feita e que o TSE está de má vontade.

“Nós já passamos por isso em 2002. Em dois meses, o tribunal conseguiu fazer a licitação e colocar as impressoras. Não faz diferença se você vai colocar 400 mil urnas ou 40 mil urnas. A licitação é igual. Mostra que há empresas capazes de entregar essas impressoras”, diz Kicis.

“As urnas já existem e são aptas a receber uma impressora acoplada. Nós não queremos agora mudar as urnas, só queremos por uma impressorinha do lado. E dá para fazer isso tranquilamente. Todas os especialistas com quem eu converso dizem que dá tempo.”

Segundo ela, o TSE “inexplicavelmente” resiste ao voto impresso desde 2014. “É claro que dá tempo: na Índia, onde há quatro vezes mais eleitores que no Brasil, em um ano implementaram o voto impresso… Em um ano.” A implementação do voto impresso na Índia levou seis anos.

A deputada acha que mudar o sistema gradualmente vai deixá-lo ainda mais vulnerável a fraudes.

“Se 10% das urnas imprimirem o voto, e 90% não, os potenciais invasores vão fraudar as urnas sem impressão, onde não podem ser detectados —é como o ladrão que não rouba a casa onde sabe que há armas”, diz Kicis.

Além disso, diz, usariam a auditoria dos comprovantes impressos para legitimar todo o sistema. “Vai dar para eles o discurso de que todos os que testamos deram certo e isso prova que o sistema é íntegro e inviolável, e sabemos que não é. Vai nos deixar à mercê de fraudes.”

Kicis não acredita que a medida possa ser considerada inconstitucional no Supremo. O Congresso Nacional já chegou a aprovar a criação do voto impresso, em reformas eleitorais em 2009 e 2015. Nas duas vezes, a mudança, feita por projeto de lei, foi barrada pelo STF.

“Desta vez vai ser mais difícil. Lá atrás, a população não estava ainda ligada nesse tema. Hoje, o povo está indo pra rua pedir voto auditável, a população está muito desconfiada”, diz.

“E nós temos um procurador-geral da República [Augusto Aras] que é favorável ao voto impresso, diferentemente da Raquel Dodge [ex-PGR], que entrou com ação direta de inconstitucionalidade do voto impresso no Supremo.”

O vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Góes, afirmou à Folha que a proposta de voto impresso é “teoria da conspiração aliada a negacionismo da tecnologia”, e que o objetivo da PEC é “manipular e insuflar determinados segmentos da população e criar um estado de confusão mental emocional ou passional sobre a realidade dos fatos”.

A deputada não recua. “Mas o procurador-geral Aras é a favor. Creio que esse procurador que é totalmente contra não conhece o sistema”, afirma Kicis.

Políticos governistas e de oposição vêm discutindo a conveniência de aprovar a PEC do voto impresso para esvaziar o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vem afirmando que haverá fraudes em 2022 se o atual sistema for mantido.

“Se tiraram da cadeia o maior canalha do Brasil e se a esse canalha foi dado direito de concorrer, o que me parece é que se não tivermos voto auditável, esse canalha, pela fraude, ganha as eleições do ano que vem”, disse Bolsonaro em 15 de maio, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em janeiro, logo após a invasão do Capitólio nos EUA por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, que questionavam o resultado eleitoral, Bolsonaro disse: “Se nós não tivermos o voto impresso em 22, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos”.

O presidente da comissão especial da PEC, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), rejeita a tese de que os bolsonaristas estejam usando o tema do voto impresso para tumultuar e causar instabilidade eleitoral.

“Tumultuar é ir para a eleição sem o voto impresso. Há um questionamento da sociedade, precisamos aprovar essa PEC o quanto antes”, diz.

Pesquisa Datafolha de dezembro de 2020 mostrou que 73% dos brasileiros são a favor da continuidade do uso das urnas eletrônicas e 23% defendem que se volte a adotar o voto em papel. Do total de entrevistados, 69% disseram que confiam muito ou um pouco no sistema de urnas informatizadas.

Kicis também vende a aprovação do voto impresso como a melhor maneira de evitar questionamentos da eleição de 2022.

“O presidente Bolsonaro já disse: se eu perder com voto impresso, eu perdi, eu aceito. Ele está dando a receita. Era para a esquerda toda querer o voto impresso. Quem acha que o Lula vai ganhar tem mais é que querer o voto impresso, porque ele iria legitimar essa vitória”, diz. “Nem o Bolsonaro nem eleitores do Bolsonaro devem contestar.”

Mesmo que o TSE não consiga fazer uma mudança a jato em centenas de milhares de urnas no país? “Se fizerem só uma amostragem de impressão, vamos piorar o sistema. E não vão me calar, vou continuar dizendo até o fim que vou desconfiar, e não sou só eu, há milhares de pessoas que desconfiam.”

Ana Cláudia Santano, coordenadora geral da Transparência Eleitoral Brasil, não acredita que a aprovação da PEC neste momento vá pacificar os ânimos.

“Sou pessimista. Acho que teremos questionamento da legitimidade da eleição tendo ou não o comprovante de papel na eleição, porque isso entrou na mentalidade de certos grupos”, diz Santano, que é professora de direito eleitoral na UniBrasil.

A docente afirma ver espaço para melhora da urna eletrônica e adoção do registro em papel, mas acha que isso não deve ser feito “de afogadilho”.

Uso de criptografia
Código certifica que o sistema da urna é o gerado pelo TSE e não foi modificado
Somente o sistema do TSE pode funcionar na urna
O sistema da urna fica disponível para consulta pública por seis meses
Em Testes Públicos de Segurança, especialistas tentam hackear o equipamento e apresentam as falhas encontradas para o TSE corrigir
Urnas selecionadas por sorteio são retiradas do local de votação e participam de uma simulação da votação, para fins de validação
Sistema biométrico ajuda a confirmar identidade do eleitor
“Log”, espécie de caixa-preta, registra tudo o que acontece na urna
Impressão da zerésima e boletim de urna
Processo não é conectado à internet
Lacres são colocados na urna para impedir que dispositivos externos (como um pendrive) sejam inseridos
Patrícia Campos Mello/Folhapress

 

Em seu maior teste político, Kamala assume temas sensíveis à Casa Branca

No maior teste de sua vida pública, acumulou a liderança de algumas das negociações mais sensíveis do governo americano, com efeitos decisivos para sua ambição de disputar a Presidência dos EUA

© Getty Images
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Kamala Harris entrou na Casa Branca disposta a redimensionar o tamanho do poder da Vice-Presidência dos Estados Unidos. Ainda durante a campanha, avisou a Joe Biden que seu desejo era ir além do simbolismo de ser a primeira mulher negra e de ascendência asiática a ocupar o cargo.

Nas últimas semanas, Kamala catapultou essa empreitada. No maior teste de sua vida pública, acumulou a liderança de algumas das negociações mais sensíveis do governo americano, com efeitos decisivos para sua ambição de disputar a Presidência dos EUA.

Desde março, Biden escalou a vice para cuidar de ao menos três temas cruciais para sua gestão: imigração, acesso ao voto e ampliação da rede de banda larga nas áreas rurais do país. Destes, somente o último é de interesse bipartidário -ainda que esteja em um pacote de infraestrutura já desidratado em mais de 20% pelo presidente para tentar atrair o apoio da oposição. Os outros dois assuntos cristalizam-se como os grandes desafios do democrata até agora.

O descontrole na fronteira é a principal crise do governo, enquanto a investida dos republicanos para dificultar o voto de pessoas negras e vulneráveis atinge o tronco do eleitorado que no ano passado deu a vitória a Biden contra Donald Trump.

A condução das negociações por Kamala é acompanhada de perto pela ala mais à esquerda do Partido Democrata, que não demonstra a mesma postura flexível adotada pelo grupo durante o governo de Barack Obama. Assessores da sigla no Congresso dizem que tentar com afinco deliberar sobre essas questões não é mais suficiente, agora é preciso resolvê-las de vez.

Caso tenha bom desempenho diante dos desafios, avaliam analistas, Kamala conseguiria construir uma plataforma política sólida e se cacifar para a disputa à Casa Branca. Se falhar, suas credenciais de boa articuladora provavelmente serão questionadas e o plano de ocupar o Salão Oval pode ficar mais distante.

Aos 56 anos, Kamala é por enquanto a sucessora natural de Biden para 2024 ou 2028. Durante a campanha, o democrata sinalizou que seria um presidente de transição -ele terá 82 anos ao fim do mandato- mas, recentemente, não descartou concorrer à reeleição ao ser questionado por jornalistas.

Até lá, Kamala sabe que precisa ocupar espaço, sem perder relevância política, e se tornou uma espécie de bombeira da Casa Branca nas tratativas com o Congresso.

Os democratas têm maioria apertada na Câmara -das 435 cadeiras, 222 são ocupadas por correligionários de Biden e 212, por republicanos. O Senado, por sua vez, é rachado ao meio -50 votos para democratas e 50 para republicanos- com o desempate justamente nas mãos de Kamala.

Muitos projetos, porém, precisam de 60 dos 100 senadores para serem aprovados, e dois democratas moderados têm votado, nas palavras de Biden, muito mais com a oposição. São eles: Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, e Kyrsten Sinema, do Arizona, estados de fortes raízes e tradições republicanas.

Apesar de ser um político tradicional, com experiência de 40 anos no Senado, Biden nunca ocupou o plenário no mesmo período que Manchin e Sinema, ao contrário de Kamala, que foi senadora ao lado deles de 2017 até o início deste ano.

Na terça-feira (1º), por exemplo, Biden anunciou que Kamala estava escalada para organizar os esforços de aprovação no Congresso dos projetos de leis para proteger o acesso ao voto. O desafio da vice-presidente era convencer Manchin a assinar a proposta democrata chamada de "Lei Para o Povo", que, entre outras medidas, anularia muitas restrições que existem sobre o ato de votar.

Considerado decisivo no pêndulo dos democratas no Senado, Manchin classifica a legislação como partidária e ampla demais, visto que também mudaria a forma como os distritos eleitorais são divididos e controlaria as doações de campanha.

Neste domingo (6), o senador enterrou as esperanças democratas ao escrever um artigo para um jornal local de seu estado dizendo que votaria contra a lei. Segundo ele, o mecanismo "destruiria os já enfraquecidos meios da nossa democracia". Manchin afirmou ainda que não vai apoiar o fim da obstrução no Senado, como quer parte do Partido Democrata, o que dificultaria o avanço das metas legislativas mais ambiciosas de Biden.

De acordo com assessores da Casa Branca, Kamala vai seguir com o diálogo parlamentar, mas, diante dos obstáculos, dará também início a uma investida no setor privado para pressionar o Congresso a apoiar leis mais amplas que revertam as restrições de acesso ao voto.

Como mulher negra, Kamala quer ser o rosto da resposta da Casa Branca aos republicanos que têm aprovado legislações estaduais para dificultar o voto, principalmente de pessoas negras e pobres, em uma investida vista por especialistas como a mais perigosa desde as chamadas leis Jim Crow, que legalizaram a segregação racial no final do século 19.

Entre as medidas aprovadas na Geórgia, por exemplo, estado em que 32% da população são negros e que deu a vitória a Biden no ano passado, está a exigência de um documento com foto para quem votar por correio, além da redução do tempo e do número de locais de votação onde essas cédulas podem ser depositadas.

Nos EUA, o voto não é obrigatório, e os americanos que escolherem participar do processo podem ir à urna no dia da eleição, votar pessoalmente de forma antecipada ou depositar o voto por correio.

Não menos desafiadora, a crise imigratória também se tornou incumbência de Kamala desde o fim de março, conforme as críticas à gestão Biden nesta seara disparavam.
Filha de uma pesquisadora da Índia e de um professor jamaicano, a vice-presidente tem a tarefa de supervisionar os esforços diplomáticos relacionados à fronteira do México, diante do maior fluxo migratório visto nos EUA em duas décadas.

Kamala faz, neste domingo, sua primeira viagem internacional como vice-presidente justamente no escopo deste desafio. Ela vai ao México e à Guatemala, segundo assessores, para estudar a situação e colher informações antes de anunciar uma estratégia mais ampla para tentar solucionar a crise imigratória.

Nessa frente, porém, os custos políticos podem ser ainda mais altos porque a crise tem demorado para arrefecer, e o arcabouço de críticas sobre a atuação do governo abriga até mesmo aliados de primeira ordem da Casa Branca.

Biden foi duramente atacado -também por ativistas e parlamentares democratas- por ter restringido o acesso à imprensa para acompanhar o trabalho das patrulhas na divisa com o México, por exemplo, e pelo alto volume de crianças desacompanhadas que ficam em centros de detenção por mais do que as 72 horas permitidas por lei.

Ainda na campanha, ele prometeu tratamento mais humanitário aos estrangeiros que tentam entrar nos EUA sem documento e facilitar o acesso à cidadania americana a 11 milhões de imigrantes, mas o descontrole nas fronteiras eclipsou medidas já colocadas em prática, como a que pretende reunir as famílias separadas durante o governo Trump.

Como vice de Obama, Biden ficou responsável por diversas políticas da América Latina, e acompanhava com interesse a relação com o chamado triângulo norte da América Central, que engloba El Salvador, Guatemala e Honduras. À época, a Casa Branca desenvolveu estratégias para tentar melhorar a qualidade de vida na região e desencorajar a imigração para os EUA, mas também sofreu uma enxurrada de críticas.

Sem grandes avanços, Biden tenta repetir o roteiro, agora sob a liderança de Kamala. Por trás da imagem da vice, atuam equipes do Departamento de Estado e do Conselho de Segurança Nacional, entre outros auxiliares técnicos, para elaborar os programas que podem reforçar o estofo político-gestor de que ela precisa.

Kamala tenta reconstruir sua imagem após críticas de ativistas e da ala progressista democrata sobre não ter promovido reformas no sistema criminal quando fora procuradora na Califórnia, de 2004 a 2011. Desde que chegou ao Senado, ela caminha à esquerda, adotando posições duras contra Trump, mas sem deixar de acenar ao centro, com propostas de corte de impostos para a classe média, por exemplo.

A mistura pragmática foi uma das principais receitas para a vitória de Biden no ano passado e, junto com a posição de vice mais ativa, parece o fermento do caminho que Kamala precisa percorrer se quiser se tornar a primeira mulher a ser eleita presidente dos EUA.


Brasil ultrapassa 473 mil óbitos após 135 dias com média móvel de mortes acima de 1.000

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Brasil registrou 866 mortes pela Covid-19 e 41.114 novos casos da doença nesta domingo (6) do fim do feriado prolongado de Corpus Christi. Assim, o país chega a 473.495 óbitos e a 16.946.100 pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia, no ano passado.

É comum que em finais de semana e feriados os números diminuiam por causa dos plantões nas secretarias de Saúde estaduais.
A média móvel de mortes ficou em 1.629 óbitos por dia –o número está há 135 dias acima de 1.000 mortes diárias, considerado um patamar bastante alto.

A média é um instrumento estatístico que busca amenizar variações nos dados, como os que costumam acontecer aos finais de semana e feriados. O dado é calculado pela soma das mortes dos últimos sete dias e pela divisão do resultado por sete.

Além do Distrito Federal, 21 estados atualizaram as informações sobre a vacinação contra a Covid-19.

De acordo com as secretarias de Saúde, 48.977.254 pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 no país –22.930.114 delas já receberam a segunda dose do imunizante e cerca de um mês após a injeção podem ser consideradas totalmente imunizadas.

Isso significa que 23,1% da população do país recebeu a primeira dose e 10,8% a segunda dose.

Neste domingo, houve 242.351 vacinados com a primeira dose e 34.006 com segunda, totalizando 276.357 doses aplicadas.

Especialistas alertam que cuidados básicos como uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos devem ser mantidos mesmo após a aplicação das duas doses do imunizante, uma vez que nenhuma vacina garante 100% de proteção contra a doença.

Uma retomada mais segura da vida normal deve ser feita apenas quando pelo menos 70% de toda a população estiver imunizada, o que deve proporcionar grande queda na circulação do Sars-CoV-2.

Os dados do país, coletados até as 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do coronavírus. As informações são coletadas diariamente com as secretarias de Saúde estaduais.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.

Homem atira cabeça degolada em centro de votação no México

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Em Mariano Matamoros, uma outra cabeça foi deixada em uma caixa numa seção eleitoral

BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Um homem atirou uma cabeça degolada num centro de votação em Terrazas del Valle, um bairro de Tijuana, cidade da fronteira entre o México e os EUA, durante as eleições deste domingo (6).

Perseguido por policiais, ele conseguiu escapar, mas deixou para trás sacolas de plástico com restos humanos, entre eles várias mãos.

Em Mariano Matamoros, uma outra cabeça foi deixada em uma caixa numa seção eleitoral.

Na cidade de Metepec, no estado do México, um grupo de 20 homens invadiu um outro centro de votação e vandalizou algumas salas. As urnas não foram roubadas, mas muitas delas foram destruídas. Houve portas derrubadas e correria, e algumas pessoas ficaram feridas.

Também no estado do México, uma pessoa atirou uma granada inativa dentro de um local de votação -os eleitores foram dispersados, mas voltaram para concluir o processo eleitoral.

"As pessoas disseram que votariam e que não seriam intimidadas", disse à agência de notícias Reuters um eleitor que pediu para não ser identificado.

Erik Ulises Ramirez, candidato do Movimento Cidadão, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato no mês passado em Cocula, no estado de Guerrero, disse que dois colaboradores de sua campanha foram sequestrados e espancados antes de serem soltos novamente.

Todos esses casos são parte de uma das eleições de meio de mandato mais violentas no México nos últimos tempos. Segundo a consultora Etellekt, já foram mortos 91 políticos, a maioria da oposição aos partidos que estão no poder nas regiões.

Na quarta-feira (2), Marilú Martínez, candidata à prefeitura de Cutzamala de Pinzón, no estado de Guerrero, no sul do país, foi sequestrada, mas posteriormente encontrada viva. No dia 28 de maio, Cipriano Villanueva, candidato a vereador do município de Acapetahua pelo partido Chiapas Unido, foi morto a tiros. Três dias antes, Alma Barragán, que se candidatou à prefeitura de Moroleón pelo Movimento Cidadão, no estado central de Guanjuato, foi assassinada a tiros durante um ato com moradores.

Na véspera do pleito, cinco pessoas foram mortas numa emboscada em Pueblo Nuevo Solistahuacán enquanto recebiam material para organizar um centro de votação, de acordo com a Procuradoria do estado de Chiapas.

Segundo os relatos, um grupo armado agrediu os organizadores da zona eleitoral e feriu gravemente um homem.

Moradores colocaram o ferido em uma caminhonete para levá-lo ao hospital, mas o veículo foi interceptado pelos agressores que o forçaram em direção a um barranco na estrada.

O grupo, então, se aproximou da caminhonete e matou os cinco ocupantes a tiros.

Marcado pelos relatos de violência, o pleito deste domingo define os 500 novos membros da Câmara dos Deputados do México, além de 21 mil cargos regionais: governadores, prefeitos e legisladores locais. Os ataques se concentram nas votações regionais, uma vez que, nessas disputas, os cartéis de narcotráfico financiam políticos, e bandos diferentes disputam o controle de negócios lícitos e ilícitos.

O presidente Andrés Manuel López Obrador e sua mulher, Beatriz Gutiérrez Müller, votaram no Palácio Nacional, na Cidade do México. Chamaram a atenção por chegarem e saírem sem máscaras -eles colocaram a proteção apenas para entrar no prédio.

López Obrador está entre os líderes populistas que minimizaram a gravidade da pandemia no começo da crise. Ele quase não era visto de máscara e chegou a pedir às pessoas que continuassem nas ruas, "dinamizando a economia popular".

Com o agravamento da crise sanitária, no entanto, ele moderou seu discurso, mas ainda hoje a trata como praticamente superada. Infectado recentemente pelo coronavírus, ele gravou um vídeo caminhando pelos corredores do Palácio Nacional para mostrar que não tinha medo da doença, que já matou 228 mil mexicanos e infectou 2,4 milhões.

Ao votar neste domingo, o presidente mexicano não discursou e apenas gritou: "Viva a democracia", ao sair. Seu partido, o esquerdista Morena (Movimento de Regeneração Nacional) teme a projeção de pesquisas que mostram um possível encolhimento de sua presença no Parlamento, embora a tendência é que continue sendo a principal força política do país.

Segundo pesquisa realizada pelo El Universal, o Morena deve somar 39% da Casa, enquanto o PAN (Partido da Ação Nacional) ficaria com 21% e o PRI (Partido Revolucionário Institucional), com 20%.

Atualmente, o partido do presidente soma 46% e, com as alianças já negociadas, consegue a maioria necessária para alterar a Constituição.

Já o ex-candidato à Presidência Ricardo Anaya, do PAN (Partido da Ação Nacional), de oposição, compartilhou em suas redes sociais fotos de sua votação, ao lado dos filhos e da mulher, também na Cidade do México. "Foram as melhores horas deste ano, vamos todos votar", escreveu. Anaya usava máscara.

O subsecretário de Saúde (equivalente ao ministro da Saúde no Brasil), Hugo López-Gatell, foi votar, também com máscara, e afirmou que "a eleição é um direito individual, mas também uma responsabilidade coletiva". Em sua conta de Twitter pediu aos mexicanos que "saiam para votar com máscara, álcool em gel e mantendo a distância".

Agência bancária é arrombada no bairro da Graça, em Salvador

Foto: Reproduçãpo/TV Bahia/
Testemunhas contaram que homem chegou ao local de bicicleta, arrombou fechadura e levou aparelho de televisão.
Uma agência bancária localizada no bairro da Graça, em Salvador, foi arrombada e teve um aparelho de televisão furtado, entre a noite de domingo (6) e a madrugada desta segunda-feira (7).

A unidade atacada fica na Avenida Euclides da Cunha. Segundo testemunhas, um homem teria chegado ao local de bicicleta, arrombou a fechadura da porta, conseguiu acessar o interior da agência e roubou uma televisão.

Não houve danos a caixas eletrônicos da unidade. Seguranças que prestam serviço à agência foram ao local e colocaram um calço de madeira, para manter a porta fechada, já que a fechadura foi danificada. Câmeras de segurança serão analisadas, para tentar identificar o suspeito do crime.

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Homens são encontrados amarrados e com marcas de disparos de arma de fogo em Camaçari

Foto: Divulgação/Polícia Civil/
A autoria e motivação são investigadas pela 26ª Delegacia Territorial (DT) de Abrantes.

Três homens foram encontrados amarrados e com marcas de disparos de arma de fogo neste domingo (6) em Camaçari, na região metropolitana de Salvador. A informação é da Polícia Civil.

De acordo com informações da 59ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), militares da unidade foram acionados pelo Centro Integrado de Comunicações (Cicom) para atender a uma ocorrência em que populares haviam achado três corpos na Avenida Atlântica.

No local, a guarnição constatou o fato. Ainda de acordo com a PM, a área foi isolada e a perícia técnica acionada para a remoção dos corpos.

Segundo a Polícia Civil, duas das vítimas foram identificadas como Fabrício Souza de Oliveira e Driel dos Reis Cardoso estão entre as vítimas. O terceiro corpo, no entanto, ainda não foi identificado.

A autoria e motivação são investigadas pela 26ª Delegacia Territorial (DT) de Abrantes. Equipes da Delegacia expediram guias de perícia e remoção.

Ex-comandante da PM, Sturaro se reúne como Roma e aumenta especulações políticas para disputa em 2022

Foto: Reprodução/Instagram

Ex-comandante da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), Coronel Humberto Sturaro divulgou, neste domingo (6), uma foto ao lado do ministro da Cidadania, João Roma (PRB), nas redes sociais.

O registro aumentou as especulações em relação à disputa eleitoral em 2022, onde Roma é sondado como possível candidato do presidente Jair Bolsonaro ao Governo da Bahia.

Já Sturaro é tido como provável candidato à Câmara dos Deputados. “Bahia, deixa eu cuidar de você! Conhecer, conviver e acreditar”, escreveu, no Instagram.
Mateus Soares

Ipiaú: Motociclista de 60 anos morre após atropelar mulher e bater em carro na BR-330

Foto: Giro

Um motociclista identificado como Manoel de Jesus Dias, 60 anos, morreu após atropelar uma mulher e em seguida colidir em um automóvel na BR-330, próximo a entrada do Residencial César Borges, saída de Ipiaú sentido Barra do Rocha. O acidente foi registrado por volta das 18h desse domingo (06).
Manoel residia no bairro ACM (Foto: Reprodução/Redes Sociais)/Reprodução/Giro
Segundo informações apuradas no local pela reportagem do GIRO, a mulher de prenome Ednéia Ferreira dos Santos, de 42 anos, moradora do Passa com Jeito, empurrava uma bicicleta, na companhia de um homem, quando acabou sendo atropelada pela moto. Em seguida o motociclista perdeu o controle da direção do veículo, atravessou a via e colidiu com um carro de cor preta, modelo ainda não identificado.
Samu socorre mulher atropelada (Foto: Giro Ipiaú)
O homem que conduzia a moto não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Conforme populares, Manoel de Jesus (conhecido também como Manoel do ACM) residia no Bairro ACM e retornava de uma roça próximo ao Passa com Jeito. A mulher atropelada foi socorrida por uma equipe do Samu e será encaminhada para uma unidade hospitalar. O motorista do carro envolvido no acidente fugiu sentido Barra do Rocha, informaram testemunhas.

O DPT foi acionado para remover o corpo do motociclista e encaminhado para o IML em Jequié. Nos últimos dias, o município de Ipiaú vem registrado um alto índice de acidentes de trânsito e alguns deles deles com vítimas fatais. (Giro Ipiaú)

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