ONG que levou à Saúde denunciante de propina tinha apoio no Congresso e se via como interlocutora na compra de vacinas

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

A ONG que intermediou o contato do policial militar e vendedor de vacinas Luiz Paulo Dominguetti Pereira com representantes do Ministério da Saúde se apresentava como interlocutora entre o governo Jair Bolsonaro e laboratórios para a aquisição de vacinas contra a Covid-19 e tinha apoio no Congresso para desempenhar esse papel.

Entidade religiosa comandada por um evangélico, a Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários) foi quem apresentou Dominguetti a representantes do governo federal no início deste ano, segundo o vendedor.

Nessa mesma época, a ONG articulava apoio no Congresso e elaborava propostas comerciais para fornecimento de vacinas ao governo, segundo documentos aos quais a Folha teve acesso.

Em documentos internos, havia a previsão de que esses imunizantes fossem adquiridos junto à empresa Davati Medical Supply.

Em 29 de março, o presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos Humanos e pela Justiça Social, deputado Roberto de Lucena (Podemos-SP), assinou um ofício no qual manifesta apoio à Senah na “aquisição de vacinas para o governo brasileiro, a preço humanitário”.

No documento, ele parabeniza a entidade e o seu presidente, reverendo Amilton Gomes de Paula, na “interlocução entre laboratórios e o governo”.

Procurado, Lucena diz que foi apresentado ao reverendo Amilton por pastores que estavam com ele e sempre circulam pelo Congresso. Segundo o deputado, os pastores disseram que Amilton desenvolvia um trabalho junto à ONU e pediu para assinar uma carta de apoio.

“Eu não vi naquele momento nada que fosse suspeito. Não se tratava de nenhuma iniciativa comercial, era uma iniciativa humanitária”, diz o deputado, que também é pastor.

“Naquele momento, a nossa crise era pela aquisição de vacinas, e o propósito deles [Senah] era poder conversar com organismos internacionais falando sobre a necessidade de vacinas para o Brasil. Eles me pediram para assinar um apoiamento a eles e disseram que estavam pegando apoiamento de vários parlamentares”, acrescenta Lucena.

O deputado afirma que em nenhum momento teve diálogos com o Ministério da Saúde ou representantes da pasta sobre esse assunto.

A Senah, que antes se chamava Senar (Secretaria Nacional de Assuntos Religiosos), informa em seu site que nasceu em 1999 e tem como objetivo fomentar “apoio ao meio ambiente” e uma “cultura pela paz mundial”.

A entidade tem bom trânsito também com outros parlamentares em Brasília e foi uma das criadoras da Frente Parlamentar Mista Internacional Humanitária pela Paz Mundial com o deputado Fausto Pinato (PSDB-SP).Segundo o estatuto de fundação da frente, a Senah intermedeia o fomento de cursos de formação “na temática da proteção à liberdade religiosa e aos refugiados” e apoio jurídico “para pessoas e comunidades em situações de guerras, calamidades, e aos refugiados, em ajudas humanitárias nacionais e internacionais”.

Como a Folha revelou, o policial militar de Minas Gerais Dominguetti, que se apresentava como representante da Davati, disse que o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.

Dominguetti se dizia representante da Davati e buscou a pasta para negociar 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com uma proposta feita de US$ 3,50 por cada (depois disso passou a US$ 15,50). O pedido, segundo o relato, aconteceu no dia 25 de fevereiro, em um restaurante na região central de Brasília.

Dias, que foi exonerado do cargo depois da publicação da reportagem, confirma o encontro, mas nega que tenha havido pedido de propina ao vendedor.

Emails obtidos pela Folha mostram que o ministério negociou oficialmente a venda de imunizantes com representantes da Davati. As mensagens da negociação foram trocadas entre Dias, o dono da Davati, Herman Cardenas, e Cristiano Alberto Carvalho, que se apresenta como procurador da companhia no Brasil.

Apesar desses emails, Cardenas também nega que tenha havido pedido para aumentar o preço do produto e diz que não ocorreram negociações com o governo brasileiro.

Em depoimento à CPI da Covid no Senado, na última quinta-feira (1º), Dominguetti afirmou que foi apresentado a representantes do governo pela Senah. “O primeiro contato que eu tive no Ministério da Saúde, eu tive em Brasília, com uma organização não governamental chamada Senah, em que eles propuseram ofertar a vacina num valor humanitário.”

Ele disse que a ONG agendou um encontro com um diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que o encaminhou para o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco.​

“A segunda vez que eu tive em Brasília para tratar de vacina foi também com o Senah para avançar nessa tratativa”, acrescentou Dominguetti.

Depois do depoimento de Dominguetti à CPI, o site oficial da Senah foi tirado do ar na noite da última sexta-feira (2).

Procurado, o reverendo Amilton afirma que conheceu Dominguetti por meio de um empresário de Santa Catarina e diz que não sabia que houve pedido de propina na reunião de fevereiro.

Dominguetti esteve com o reverendo Amilton no Ministério da Saúde, e o religioso postou em redes sociais fotos do encontro no dia 4 de março.

Oficialmente, a Senah nega qualquer tipo de irregularidade na condução das conversas com a Davati e o Ministério da Saúde. A entidade planeja convocar uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (5) para explicar a negociação e mostrar documentos que indicariam a seriedade do negócio.

Como apontou reportagem da Agência Pública, a Senah ofereceu a prefeituras imunizantes da AstraZeneca e da Janssen no valor de até US$ 11 a unidade, três vezes acima do fechado pelo governo federal para a vacina da Astrazeneca com a Fiocruz. A Folha também teve acesso a esses documentos.

Reportagem do Jornal Nacional veiculada neste sábado (3) mostrou que emails trocados entre diretores do Ministério da Saúde e a Davati indicam que o governo deu aval para que a Senah negociasse a compra das vacinas.

Lucas Ragazzi e José Marques / Folha de São Paulo

Boletim Covid/ 04 de julho, da Secretaria de Saúde de Ipiaú confirma 03 novos casos de coronavirus

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 04 de julho, tivemos 11.054 casos registrados como suspeitos, sendo 2.989 casos confirmados, dentre estes, são 2.901 pessoas RECUPERADAS, 07 estão em isolamento social, 06 estão internadas e 75 foram a óbito. 8017 casos foram descartados e 48 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 13 casos ativos. O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder.

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Papa Francisco é internado para cirurgia no intestino, diz Vaticano

Foto: Remo Casilli/Reuters

O papa Francisco foi internado neste domingo (4) em um hospital de Roma para uma cirurgia no intestino grosso.

Segundo o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, a cirurgia já estava agendada e será feita para reparar uma doença diverticular no intestino, um estreitamento do cólon que provoca dor abdominal, inchaço e alterações intestinais.

A doença é comum em pessoas com mais de 80 anos, caso do papa, que completará 85 em dezembro. Ele foi internado na Policlínica Gemelli, onde já recebe acompanhamento médico.

É a primeira vez que o papa Francisco é internado desde que ele assumiu o cargo de chefe da Igreja Católica, em 2013.

Horas antes da internação, ele participou da tradicional missa de domingo na praça de São Pedro. No discurso, ele afirmou que vai à Hungria e à Eslováquia em setembro, mas não falou sobre a cirurgia.

O papa costuma ter falta de ar, porque parte de um de seus pulmões foi retirada ainda em sua juventude, na Argentina, após uma doença.

Ele também faz fisioterapia para diminuir as dores do nervo ciático, que causam dor nas costas e nas pernas, o que provoca dificuldade de caminhar — essas dores fizeram o papa cancelar alguns eventos no começo deste ano.
Folha de S. Paulo

Verstappen dá grande passo com vitória no GP de Fórmula 1 da Áustria

Foto: Lisi Niesner/ Reuters/D/R

O líder do Mundial de Pilotos da Fórmula 1, Max Verstappen, venceu o Grande Prêmio da Áustria pela Red Bull neste domingo e abriu 32 pontos de vantagem para Lewis Hamilton.
O heptacampeão da Mercedes terminou em um distante quarto lugar, com o companheiro de equipe Valtteri Botas em segundo e Lando Norris, da McLaren, em terceiro, durante a quinta vitória consecutiva da Red Bull.
Verstappen, que largou da pole position pela terceira corrida seguida e agora venceu três etapas em sequência, também levou o ponto bônus pela volta mais rápida.

Por Alan Baldwin - Londres (Inglaterra)

Ipiaú retoma vacinação nesta nesta segunda segunda-feira (05) no Estádio Pedro Caetano de 08h às 12h.

Ipiaú retoma vacinação nesta nesta segunda segunda-feira (05) no Estádio Pedro Caetano de 08h às 12h. 1ª Dose 38+ Astrazeneca
Documentos necessários: Cartão do SUS, CPF, Cartão de Vacinação, Comprovante de Residência ou Cartão Família
Pessoas acamadas ou com mobilidade reduzida recebem a vacina em casa. A solicitação deve ser realizada por um responsável no Posto de Saúde mais próximo do seu domicílio .
Cada pessoa vacinada é uma vitória.

Nota de Pesar da Prefeitura de Ipiaú

Foto: Divulgação
A Prefeitura Municipal de Ipiaú na pessoa da prefeita Maria das Graças Mendonça manifestam o mais profundo pesar pelo falecimento de João Barbosa, ocorrido ontem (03).

Neste momento de tamanha dor, a administração municipal expressa as mais sinceras condolências por esta inestimável perda para a comunidade ipiauense e roga a Deus que conforte o coração de seus familiares e amigos.

Maria das Graças Mendonça – Prefeita

Disputas por relatorias no STF causam tensão entre ministros e insegurança jurídica

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A definição sobre a relatoria de processos importantes que correm no STF (Supremo Tribunal Federal) tem gerado tensão entre os ministros da corte.

As dúvidas em relação à distribuição das ações que chegam ao tribunal ocorreram no caso do ex-ministro Ricardo Salles, na discussão sobre a realização da Copa América e na CPI da Covid.

Em algumas situações, ações similares têm ficado nas mãos de dois ministros diferentes, o que causa insegurança jurídica e abre caminho para o tribunal dar decisões conflitantes em temas parecidos.

Em relação a Salles, a PGR (Procuradoria-Geral da República) chegou a pedir para o ministro Alexandre de Moraes abrir mão do processo para que ele fosse enviado à ministra Cármen Lúcia, que é responsável por outros dois procedimentos sobre o assunto.

Moraes rejeitou o pedido, e a Procuradoria insistiu com a solicitação, desta vez direcionada ao presidente da corte, Luiz Fux, para que levasse o debate ao plenário. Como Salles deixou de ser ministro e um dos inquéritos inclusive já foi remetido à primeira instância, no entanto, esse debate não deve chegar a ser analisado pelo conjunto da corte.

Já na CPI da Covid, apesar de os recursos estarem sendo sorteados livremente, o sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiliano, tentou direcionar seu pedido ao ministro Kassio Nunes Marques.

Ele solicitou a suspensão da quebra de seus sigilos telefônico e telemático dentro dos autos do mandado de segurança em que Kassio havia impedido a comissão de violar os sigilos de Elcio Franco, ex-número 2 do Ministério da Saúde.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) chegaram a se reunir com Fux para solicitar o sorteio desse caso.

Kassio, porém, já havia rejeitado a manobra e mandado o processo para ser distribuído livremente entre todos os ministros.

“Admitir o pedido do requerente implicaria em ofensa ao princípio do juiz natural, uma vez que deve ser garantida a livre distribuição dos feitos, não sendo dada a ninguém a oportunidade de escolher o juiz de sua causa”, afirmou.

No caso da Copa América, uma ala do STF interpretou nos bastidores que o PT tentou burlar o sorteio da relatoria do tema ao recorrer diretamente ao ministro Ricardo Lewandowski para pedir o veto à realização da competição.

O magistrado é um crítico do governo de Jair Bolsonaro e costuma dar decisões favoráveis a investigados na operação Lava Jato, muitos deles do Partido dos Trabalhadores.

O PSB e a CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) acionaram o Supremo contra o campeonato e as ações foram sorteadas para Cármen Lúcia.

O PT, porém, entrou com seu pedido direto na ação constitucional que trata da atuação do governo federal em relação à vacinação contra a Covid-19, que está sob responsabilidade de Lewandowski.

No fim, os três processos foram analisados em sessões virtuais diferentes, apesar de tratarem do mesmo tema.

Em relação a Salles, a PGR afirmou ao Supremo que Cármen deveria conduzir as investigações porque, em abril, ela foi sorteada relatora de duas ações que envolvem acusações sobre a relação do ex-ministro com madeireiros.

Uma delas é a notícia-crime apresentada pelo delegado Alexandre Saraiva, que era superintendente da Polícia Federal no Amazonas e pediu ao Supremo que Salles fosse investigado por atrapalhar medidas de fiscalização e patrocinar interesses privados.

Moraes, por sua vez, era o relator do pedido feito por senadores para que o ex-ministro fosse investigado por ter afirmado em reunião ministerial em abril de 2020 que o governo deveria aproveitar que o foco do noticiário estava na pandemia da Covid-19 para “ir passando a boiada” em normas ambientais.

O ministro arquivou a petição dos parlamentares. Mesmo com o caso arquivado, a Polícia Federal requereu ao magistrado neste processo para que autorizasse a deflagração de uma operação contra Salles e outros integrantes do Ministério do Meio Ambiente. Ele desarquivou o processo e autorizou a ação policial.

Para a PGR, contudo, Cármen deveria ter sido a responsável por esse pedido da corporação por tratar de crimes praticados por madeireiros, o que teria mais relação com os processos da ministra do que com os de Moraes, que tratava apenas da afirmação de Salles na reunião ministerial.

O ministro, porém, afirmou que a solicitação da Procuradoria era “suis generis” e se negou a deixar o caso nas mãos da colega.

Ele afirmou que os fatos tratados nas ações sob sua alçada são “absolutamente diversos” às questões que estão com Cármen e que eu processo era mais antigo.

Nos bastidores, a magistrada divergiu da posição do colega e defendeu que ela quem deveria ter sido a relatora do pedido da PF, que foi atendido sem prévia manifestação da PGR, como ocorre geralmente.

Menos de duas semanas depois da ação policial autorizada por Moraes, Cármen determinou abertura de inquérito contra o então ministro do Meio Ambiente, mandou recados ao ministro e discorreu sobre a necessidade de a Procuradoria participar das investigações. Segundo a ministra, não cabe ao Supremo interferir na “opinio delicti” —a convicção por parte do Ministério Público de que houve crime.

Cármen Lúcia disse ainda que é atribuição do Supremo controlar a legitimidade e a regularidade de atos e procedimentos de coleta de provas, autorizando ou não diligências.

“As atividades investigativas e o juízo sobre a conveniência, a oportunidade ou a necessidade de diligências para a formação da convicção acusatória são atribuições da Procuradoria-Geral da República, que, como titular da ação penal, é o ‘verdadeiro destinatário das diligências executadas'”, escreveu.



Matheus Teixeira / Folha de São Paulo

Vacina Covaxin é eficaz contra todas as variantes do coronavírus, diz farmacêutica indiana

Foto: Bruno Concha/Secom PMS

A farmacêutica indiana Bharat Biotech afirmou que os testes da última fase da vacina que desenvolve contra o coronavírus, conhecida como Covaxin, mostraram eficácia geral de 77,8% na prevenção da doença e comprovaram que o imunizante é eficaz contra todas as variantes, incluindo a Delta. Em nota, a empresa informou que está em negociações com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para obter a autorização para o uso emergencial do profilático.

A última fase dos ensaios mostrou que a vacina é 93,4% eficaz contra casos graves e 77,8% contra infecções sintomáticas, acrescentou a companhia. Os dados também mostraram proteção de 65,2% contra a variante delta, identificada pela primeira vez na Índia.

A Covaxin está no centro de um caso de suspeita de corrupção no Brasil. Na sexta-feira, 2, à noite, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação ao não comunicar órgãos de investigações os indícios de propina nas negociações pela compra do imunizante. O episódio é investigado em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado.

Vacina teve pedidos negados no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu na terça-feira, 29, o pedido de uso emergencial em caráter experimental no Brasil da Covaxin. A solicitação, segundo o órgão, é da empresa Precisa Medicamentos, intermediária da Bharat Biotech no Brasil.

Em março, a Anvisa havia negado os pedidos de certificação das fábricas do laboratório indiano Bharat Biotech, que produz a Covaxin. O aval é necessário para liberar o uso emergencial ou o registro do produto no Brasil. Representantes da agência foram à Índia no começo de março para inspecionar a fábrica. Antes de negar a certificação, o órgão tinha pedido adequações ao laboratório, que não teriam sido cumpridas. No mesmo mês, uma solicitação de importação excepcional e temporária da vacina feita pelo Ministério da Saúde foi negada.
Estadão

Rodrigo Pacheco deve se filiar ao PSD até fim do ano para disputar presidência, diz coluna

Foto: Marcos Brandão/Senado Federal

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deve trocar o DEM, partido comandado nacionalmente por ACM Neto, pelo PSD até o fim do ano. A mudança de sigla teria como pano de fundo a disputa pela Presidência da República em 2022. As informações são da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo. Segundo a publicação, a ideia do presidente do PSD, Gilberto Kassab, é vender a narrativa de que Pacheco é um político que pode pacificar o país.

Colômbia chega a 2 meses de caos nas ruas sem perspectiva de fim dos protestos

Foto: Raul Arboleda/AFP

O conquistador Cristóvão Colombo foi uma das vítimas das comemorações dos dois meses de protestos na Colômbia. Ou ao menos uma representação dele. Na cidade costeira de Barranquilla, na última segunda-feira (28), centenas de pessoas assistiram à derrubada da estátua, no centro da cidade, e ao trajeto pelo qual sua cabeça foi arrastada por cordas até a porta da prefeitura.

Em outras cidades do país, manifestantes também saíram às ruas, embora com menos agressividade e em menor número do que no início do movimento, em 28 de abril. No começo, protestava-se contra uma reforma tributária proposta pelo presidente de centro-direita Iván Duque, parte de um pacote de ajustes que serviria, em parte, para aliviar os gastos durante a pandemia de coronavírus.

A recepção do projeto foi tão ruim que Duque recuou da ideia, e, embora ele tenha realizado diversos encontros com o comitê de greve, que representa parte dos manifestantes, não conseguiu acabar com os protestos. Por um lado, a maioria dos bloqueios montados em ruas e estradas foi retirada, mas em muitas cidades a tensão continua, e os protestos são constantes.

“Esse clima de tensão deve continuar até as eleições [marcadas para maio de 2022]. Duque está frágil e isolado. E a ideia de que está negociando não quer dizer nada. Os sindicatos são uma minoria”, diz o historiador Jorge Orlando Melo, autor de “Historia Minima de Colombia”, entre outros títulos.

“A maior insatisfação é justamente dos não sindicalizados, os que não têm mais trabalho. São os informais, os que trabalhavam em comércios que fecharam, os pobres. Não é um enfrentamento entre trabalhador e governo, é entre os que já estavam sem atividade, os que caíram na pobreza. E Duque já não tem tempo nem força política para resolver o problema desse setor da sociedade.”

Até aqui, nesses dois meses de protestos, de acordo com as ONGs Indepaz e Temblores, já ocorreram 74 mortes, 44 das quais fruto da ação das forças de segurança, além de 28 casos de estupro, 1.832 detenções e 83 pessoas com lesões nos olhos devido ao uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo.

Oficialmente, o governo afirma ter havido, ao todo, 48 mortes em enfrentamentos durante os atos.

Além de todos esses números, a Procuradoria da Colômbia recebeu 572 denúncias de desaparecimentos, embora tenha divulgado a investigação de apenas 84 casos. Os demais, segundo o órgão, “não cumprem os requisitos legais que configuram um desaparecimento”.

“Nossa preocupação é que estejam sendo reproduzidos os padrões da guerra contra as Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia], na qual centenas de pessoas foram encontradas, anos depois, em fossas coletivas”, diz Luz Marina Monzón, diretora da Unidade pela Busca de Pessoas Desaparecidas.

“As autoridades precisam, urgentemente, reconhecer que há mais desaparecidos do que admitem e redobrar seus esforços para encontrar todas essas pessoas. Elas ainda podem estar em delegacias, hospitais, nas ruas. E se houve algum envolvimento da polícia nesses desaparecimentos, ele precisa ser investigado”, diz José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da ONG Human Rights Watch.

Segundo dados oficiais, as perdas na economia já somam mais de US$ 1,5 bilhão, contando, além do que se perdeu com a queda no comércio, as depredações de veículos do transporte público e de delegacias.

Para os que protestam, há três bandeiras principais: a reforma da polícia, a suspensão do desmonte de parte do acordo de paz com as Farc e a reformulação do Estado para atender à demanda por melhores serviços básicos, como saúde e educação. No primeiro ponto, os manifestantes querem a desvinculação da polícia do Exército e uma mudança no treinamento para combater a violência urbana. “A polícia militarizada da Colômbia é a mesma que foi formada para lutar contra guerrilheiros armados na selva. O que as pessoas pedem é uma polícia menos bruta e mais justa”, diz o historiador Melo.

Em relação ao pacto de paz, o documento previa itens que Duque não vem atendendo, como a integração de guerrilheiros à sociedade, a proteção dos que se desarmaram e o funcionamento do tribunal especial. Eventos como os assassinatos de centenas de líderes sociais que colaboravam com a recuperação de ex-combatentes e de 150 ex-membros das Farc causam mais tensões no campo e além das fronteiras.

Ao perceberem que não teriam proteção enquanto são julgados, alguns dos ex-líderes da guerrilha foram para acampamentos ilegais na Venezuela, o que ampliou os problemas com o país vizinho. A explosão de um carro-bomba num quartel do Exército e os tiros de fuzis contra o helicóptero em que o presidente viajava, na cidade fronteiriça de Cúcuta, mostram que o conflito entre grupos armados vem escalando.

Durante seu mandato, Duque desfez as boas relações que seu antecessor, Juan Manuel Santos, manteve com a ditadura venezuelana. Assim, Nicolás Maduro, em seus discursos, afirma que a crise é culpa do líder colombiano, que estaria tentando entrar no país e derrubar o regime a mando dos EUA. Duque, por sua vez, afirma que o chavista faz vista grossa para a presença de grupos ilegais em seu território.

Por fim, a demanda pela reformulação do Estado aparece como uma das principais bandeiras em um país que é o segundo mais desigual da América do Sul, atrás apenas do Brasil, e o sétimo no mundo, de acordo com o Banco Mundial. A pandemia de coronavírus, segundo dados da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), colaborou para elevar a pobreza de 31,7% em 2019 para 38,7%.

“A Colômbia havia melhorado muito o padrão de vida dos habitantes nas últimas duas décadas. Mas a pandemia e, em grande parte, essa administração tiraram o país desse caminho”, diz Melo. “A sociedade sente isso, que caminhamos para um país com mais pobres, mais desigualdade, mais população urbana em condições precárias e sem emprego. Por ora, não vejo como acalmar completamente as ruas.”

Sylvia Colombo / Folha de São Paulo

Entenda a alta de casos de Covid-19 em países que usam Coronavac

Foto: Mateus Pereira/GOVBA
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Imunizante leva a queda drástica de mortes e internações, mas novas infecções ainda são desafio

Em sua live semanal desta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar a Coronavac, o imunizante que deu início à vacinação contra a Covid-19 no Brasil e é produzido aqui pelo Instituto Butantan. “Abre logo o jogo. Eu estou aguardando aquele cara de São Paulo falar”, em referência ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu adversário político. “Não deu certo essa vacina dele infelizmente no Chile. Aqui no Brasil também parece que está complicado.”

O assunto pode ser mesmo “complicado”, porque inúmeros fatores devem ser considerados. Mas isso não significa que a Coronavac não tenha dado certo. Ao contrário, os estudos indicam que ela funciona.

Ainda assim, o aumento de casos, mortes e internações por Covid-19 no Chile, país líder em vacinação na América Latina e que usou majoritariamente a Coronavac, levantou dúvidas sobre a eficácia da vacina. E os questionamentos cresceram quando o país passou a analisar a hipótese de aplicar uma terceira dose do imunizante, como reforço.

Situação semelhante viveram Uruguai e países asiáticos que apostaram nas vacinas chinesas: eles sofrem uma alta de casos de Covid-19. Problema da origem dos imunizantes, como sugerem alguns?

Ao mesmo tempo, outros países, como Israel, também veem um aumento de casos e já se fecham novamente, apesar de altas taxas de vacinação com imunizantes de outras marcas. Da Pfizer, inclusive.

Nenhum desses cenários evidencia que as vacinas não funcionam. Todos os imunizantes contra a Covid-19 aprovados até agora geram proteção elevada (mais de 90%) contra casos graves e óbitos, embora a proteção contra a infecção em si tenda a ser mais baixa do que a observada nos estudos.

“Isso é o esperado, e todas as vacinas estão demonstrando isso: na vida real, a efetividade das vacinas é um pouco diferente do observado nos estudos de eficácia clínica”, diz o pediatra e diretor da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri.

O fato é que as vacinas mais tradicionais, que utilizam a tecnologia de vírus inativado (como Coronavac e Sinopharm), parecem ter efetividade menor na redução de casos sintomáticos de Covid, enquanto outras conseguem frear novas infecções. No entanto, fatores como cobertura vacinal e outras medidas de controle da pandemia são cruciais para a avaliação dessas vacinas em cada um dos países.

O Uruguai, por exemplo, realizou um estudo do impacto da vacinação até agora e concluiu que a Coronavac, aplicada amplamente no país, tem desempenho um pouco pior que o da Pfizer (feita com RNA mensageiro) em relação aos contágios.

No estudo, a Coronavac mostrou uma taxa de infecção de 41,59 casos para cada 100 mil pessoas vacinadas com duas doses; com a Pfizer, esse número cai para 25,15 casos para cada 100 mil pessoas.

“É de celebrar que essas vacinas esvaziem os hospitais e reduzam as internações. Porém, a chegada das novas variantes, especialmente a delta, que se mostra mais contagiosa, aponta que apenas reduzir a possibilidade de a pessoa ficar doente não basta. É preciso frear o vírus. Se ele continua circulando, ainda que a letalidade seja menor, isso vai ser ruim no longo prazo, pois a circulação vai gerar outras variantes que podem começar a aposentar algumas vacinas”, diz Carlos J. Regazzoni, médico argentino especializado em bioestatística.

Sandra Cortes, presidente da Sociedade Chilena de Epidemiologia, reforça o argumento: “Não é algo menor que a transmissão continue. A prioridade é que a pessoa não fique doente e não morra, claro, mas deixar de transmitir também é muito importante. Estamos usando uma vacina [a Coronavac] que não é a mais eficiente em prevenir transmissão, embora obviamente seja positivo que ela previna mortes”.

Em um estudo do Ministério da Saúde chileno realizado com 10 milhões de pessoas, a redução das mortes com o uso da Coronavac se mostrou alta (80%), assim como a das internações em UTI (89%). “São dados que não deixam dúvida sobre a importância de tomá-la para prevenir a doença e a morte”, diz Susan Bueno, infectologista que dirige pesquisas sobre a Coronavac pela Universidade do Chile.

No Brasil, o estudo de eficácia na vida real e com cobertura vacinal massiva no município de Serrana (SP) mostra o poder da Coronavac de não só reduzir mortes e internações, mas também casos, desde que com cobertura vacinal ampla.

Na cidade paulista, 95% da população adulta foi vacinada com as duas doses da vacina; em dois meses, o número de óbitos caiu 95%, o de hospitalizações, 86%, e o de casos sintomáticos, 80%.

A observação da redução de casos e hospitalizações foi possível quando 75% da população estava imunizada com duas doses, patamar ainda distante para a maioria dos países. Israel, Reino Unido e Estados Unidos, que lideram a vacinação no mundo, têm, respectivamente, 60%, 48,7% e 46% da população total vacinada com duas doses.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, diz que a escalada de casos no Chile se deveu a um conjunto de fatores. “Eles abandonaram as medidas de restrição em meio a uma forte onda, e os novos casos de internação e óbitos foram em grande parte nos indivíduos não vacinados.”

Os especialistas lembram que há sempre um percentual de pessoas que pode ter um quadro agravado da doença e eventualmente morrer, mesmo quando imunizados com as duas doses. Num estudo feito com mais de 128 mil profissionais de saúde na Indonésia, por exemplo, a efetividade da Coronavac contra mortes foi de 98%. No último mês, registraram-se ao menos dez óbitos entre os profissionais de saúde no país asiático.

“Por maior que seja a efetividade, sempre haverá de 1% a 2% de casos do que chamamos de falha vacinal. Já a percepção e o número de casos é diretamente proporcional ao que ocorre na população: se temos cem mil casos por dia, vão ocorrer de 1.000 a 2.000 mortes. Mas o que ninguém lembra são os outros 98 mil que foram protegidos graças à vacina”, diz Kfouri.

Fatores individuais, como idade e presença de comorbidades, podem levar a um quadro agravado mesmo em pessoas completamente imunizadas. Os dados preliminares do estudo de efetividade conduzido pelo grupo Vebra Covid-19, coordenado por Júlio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz, mostraram que a eficácia da Coronavac varia de 28% a 62% na prevenção de casos sintomáticos entre pessoas com mais de 70 anos.

Mas os dados para proteção de hospitalizações e óbitos, que devem ser divulgados nas próximas semanas, são maiores. Croda antecipou à Folha que a efetividade da Coronavac nessa faixa etária é maior do que a observada com a vacina da gripe para prevenção de hospitalizações e óbitos.

Segundo ele, mais importante do que a eficácia da vacina é a homogeneidade da cobertura vacinal. “Quando temos uma cobertura vacinal de mais de 90% nas pessoas mais idosas e cobertura reduzida nos mais jovens, é natural que ocorram também casos de morte nos idosos porque temos as chamadas bolhas de proteção, e não uma cobertura homogênea.”

Para Susan Bueno, da Universidade do Chile, em vez de comparar vacinas, os governos devem priorizar “vacinar todo mundo, porque, se tivermos as melhores vacinas e não forem para todos, tampouco irá adiantar”.

A infectologista argentina Martha Cohen, que trabalha em Oxford, no Reino Unido, complementa a necessidade de ampliar a base de população vacinada. “A imunidade de rebanho natural, no caso do coronavírus, não existe, ainda mais com a variante delta. Essa imunidade só pode ser atingida de forma artificial, ou seja, com a vacina. É por isso que urge a necessidade de vacinar os menores de idade”.

Outro exemplo de país com mais de 50% da população vacinada, a Mongólia utiliza a vacina da Sinopharm e registrou recordes de casos nos últimos sete dias, com mais de 800 ocorrências por milhão de habitantes no dia 21 de junho (segundo o site Our World in Data). Mas, assim como no Chile, o pico de casos na Mongólia parece estar relacionado a uma reabertura cedo demais do comércio, com um percentual ainda baixo da população imunizada com duas doses.

O que esses exemplos mostram é que, embora atrativa, a possibilidade de imunizar toda uma população com duas doses em dois meses, como ocorreu em Serrana (SP), é inviável. E, nesse meio tempo, podem surgir agravantes, como uma nova variante, desafio enfrentado agora por Israel e Reino Unido, que nas últimas semanas registraram alta de casos, principalmente nos mais jovens e não vacinados, em decorrência da alta circulação da variante delta (B.1.617.2, primeiro identificada na Índia).

Estudos como o de Serrana e o de Botucatu, também no interior de São Paulo, fornecem dados importantes sobre a efetividade das vacinas em um contexto de proteção contra as variantes do vírus —a gama, ou P.1, primeiro detectada em Manaus em janeiro, é dominante no interior do estado e mesmo assim a Coronavac se mostrou eficaz.

Terceira dose

Embora os dados sobre a duração da proteção das vacinas ainda sejam escassos, médicos citam a necessidade de uma terceira dose, mas afirmam que a prioridade agora é acelerar a vacinação.

“Em imunologia já é um clássico dar uma dose de reforço para melhorar aquela resposta imune, já é um consenso. A questão é que não há nenhuma previsão de implementação disso no programa público porque ainda precisamos avaliar as variantes em circulação, a duração da imunidade, como cada vacina se comporta com diferentes intervalos, e esses dados ainda não temos”, explica Kfouri, da Sbim.

Já com a dose reforço em mente, Dimas Covas, do Butantan, afirma que o instituto possui com a Sinovac uma parceria para desenvolver uma versão “2.0” da Coronavac, atualizada para a variante gama (P.1) e demais variantes de preocupação que afetam de alguma forma a neutralização oferecida por vacinas. “Além disso, também estamos prevendo uma atualização anual com as novas variantes com a vacina Butanvac, que será produzida no Brasil com tecnologia muito mais barata e sem necessidade de matéria-prima importada”, diz.

No entanto, a possibilidade de uma vacina de maior efetividade, segundo eles, não deve ser levada em consideração na hora de se vacinar, uma vez que a imunização é uma estratégia coletiva. Também não há ainda estudos sobre as possibilidades de uma dose reforço —se seria com a mesma vacina utilizada e repaginada ou com um imunizante diferente.

Para o imunologista e pesquisador do InCor, Jorge Kalil, que já defendeu a utilização de uma terceira dose, a mistura das vacinas é algo que deve ser estudado antes de ser realizado, mas em geral não deve trazer problemas do ponto de vista imunológico.

Segundo Kfouri, o Ministério da Saúde deve iniciar em breve estudos de mistura vacinal, mas, enquanto isso, o médico reforça que é importante manter as outras medidas de prevenção. “Precisamos de dados mais robustos para ter essa decisão, que no momento, não é prioridade, e sim, acelerar a vacinação”, diz.
Ana Bottallo e Sylvia Colombo / Folha de São Paulo

Grupo de presidenciáveis do manifesto que apontou 3ª via se esfacela três meses após lançamento

Foto: Governo do Estado de São Paulo

Era uma vez um grupo de WhatsApp e um manifesto que sinalizou uma convergência de forças rumo à chamada terceira via, uma candidatura alternativa a Jair Bolsonaro (sem partido) e a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela Presidência da República em 2022.

Três meses depois do lançamento do Manifesto pela Consciência Democrática —assinado por Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Luciano Huck (sem partido), Luiz Henrique Mandetta (DEM), João Amoêdo (Novo) e Eduardo Leite (PSDB)—, pouco restou dessa história.

O grupo de mensagens criado para discutir o texto em defesa da democracia publicado no dia 31 de março, quando o golpe que instaurou a ditadura militar (1964-1985) completou 57 anos, caiu no ostracismo, enquanto dois dos autores saíram da lista de presidenciáveis.

Entre os que restaram, um natural e previsível distanciamento se impôs. Apesar disso, as conversas de partidos e políticos, especialmente no centro e na centro-direita, se expandiram para além do sexteto e incluíram outros nomes, dando sobrevida ao esforço para romper a polarização.

O primeiro signatário do manifesto a deixar o posto de pré-candidato foi Amoêdo, que desistiu da empreitada no último dia 10, em meio a um embate com a ala bolsonarista do Novo. O recuo do empresário foi motivo de surpresa, visto que o partido já tinha anunciado sua escolha.

Uma semana depois, foi a vez de Huck. O apresentador confirmou no dia 16 que estava trocando os planos políticos pelos domingos da TV Globo, com a saída de Fausto Silva. A desistência, esperada nos bastidores havia semanas, frustrou grupos que apostavam nele como a figura da coesão.

Com a adesão ao documento, foi a primeira vez que o comunicador colocou seu nome ao lado do de outros postulantes declarados ao Planalto. Até então, Huck não confirmava nem negava a possibilidade de se aventurar nas urnas.

A carta em louvor às instituições democráticas foi uma resposta à maior crise militar no país desde 1977, com a renúncia coletiva dos três comandantes das Forças Armadas por causa de discordâncias com Bolsonaro. Na ocasião, também houve atos em capitais em comemoração do golpe militar.

Rusgas do passado, divergências ideológicas e guerras de vaidades, contudo, já despontavam como obstáculos para uma aliança ampla no sexteto, tornando baixa a chance de uma candidatura única.

À exceção de Ciro, todos os signatários são identificados na opinião pública como simpatizantes de Bolsonaro no segundo turno de 2018, mas hoje se declaram na oposição ao mandatário. Além do antibolsonarismo, o grupo se une na defesa do antipetismo, mas sobram diferenças.

O pedetista, por exemplo, sempre foi visto como uma peça desgarrada, por vir da centro-esquerda e ter um histórico de críticas a integrantes como Doria e Huck. Ciro, que busca alianças no centro para viabilizar sua quarta campanha presidencial, participou mais pela causa do que por cálculo eleitoral.

O afastamento ficou mais claro desde então, à medida que ele avançou com sua pré-campanha no PDT, contrariando o discurso de outros membros de que um diálogo rumo à composição só seria frutífero se todos se dispusessem a abrir mão de projetos pessoais em benefício da unidade.

A presença do ex-ministro de Lula em um documento coalhado de nomes mais à direita e a aparição inédita de Huck ao lado de presidenciáveis ofuscaram a presença de Doria, que demonstrou desconforto com a falta de protagonismo na repercussão do lançamento do texto.

O paulista, àquela altura consolidado como aspirante à Presidência, ainda teve que dividir espaço com um colega de PSDB, o governador do Rio Grande do Sul. Hoje Doria e Leite estão entre os quatro adversários que rivalizam nas prévias para a definição do candidato do partido.

Para o primeiro, o desafio é capitalizar politicamente o trabalho feito para trazer a vacina chinesa Coronavac ao país. Além disso, falta a Doria quebrar resistências entre partidos e atores que acreditam na terceira via. Ele também amarga rejeição em pesquisas, sobretudo no Nordeste.

Já o gaúcho, que ganhou projeção nos últimos dias após se declarar homossexual, precisa superar as barreiras da disputa interna na legenda e da baixa taxa de conhecimento nacional. Leite, contudo, é tido como um nome relativamente palatável para eventuais alianças eleitorais.

Idealizador do manifesto, Mandetta diz que não considera a iniciativa um fracasso. Segundo o ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro, o objetivo maior era lançar um alerta em prol da democracia, o que se cumpriu, e os diálogos no campo do centro evoluíram de lá para cá.

“Naquele momento, o debate estava muito em função de nomes. Por isso, falei: vamos andar mais em direção a partidos”, afirma ele, que é pré-candidato do DEM e tem atuado para aproximar representantes de várias legendas. “Não adianta falar de candidatos sem pensar em partidos.”

No último dia 16, horas após a formalização da desistência de Huck, o presidenciável realizou em Brasília um almoço com dirigentes e integrantes de sete siglas de centro-direita e de centro-esquerda —DEM, PSDB, MDB, PV, Cidadania, Podemos e Solidariedade.

Ao fim do encontro, anunciou-se o consenso de que ninguém ali pretende se incorporar a Bolsonaro ou Lula, pelo menos não no primeiro turno. Convidados, os presidentes do PDT, Carlos Lupi, e do PSL, Luciano Bivar, não compareceram sob a justificativa de que já tinham marcado outros compromissos.

De acordo com Mandetta, seu papel tem sido o de “provocar os partidos” em busca de coalizões. “Ressalvei que todos eles podem ter seus pré-candidatos. Isso não anula a conversa partidária. Precisamos criar uma força gravitacional plural e ampla, para fazer frente a Lula e a Bolsonaro.”

“Os nomes vão aparecer em função dos espaços políticos que forem criados. Se vai ter um nome capaz de aglutinar todos, hay que ver [é preciso ver]. O que não podemos deixar é de debater o Brasil, os problemas reais e o projeto de país que queremos, de reconstrução e de esperança”, acrescenta.

Sobre o desfecho do manifesto, ele resume: “O Huck se orientou por uma questão pessoal e profissional, o PSDB caminhou para as prévias, o Ciro continuou com a sua pré-candidatura e vem dialogando com os partidos, e o Amoêdo recuou, mas continua participando e dando ideias”.

O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, que foi sondado para assinar o texto, mas declinou alegando impedimentos contratuais com a consultoria para a qual trabalha, continua sendo uma incógnita para as eleições. Partidos e apoiadores da Operação Lava Jato o incentivam a se candidatar.

“O Moro tem uma posição muito reservada”, diz Mandetta. “Deve estar refletindo, tem o tempo dele.”

Amoêdo confirma que se mantém na saga da terceira via, mesmo fora da posição de presidenciável. “O que me levou a desistir [da candidatura] foi que senti uma indefinição do partido em relação a ser uma oposição firme a Bolsonaro. Sem essa clareza, isso me deixou inseguro.”

Segundo ele, o texto divulgado pelo sexteto foi importante para exaltar a democracia em um momento que ela estava sob ataque. “Mas sempre entendi que existiam muitas dificuldades dentro do grupo, a começar pelos partidos. O PSDB e o DEM, por exemplo, não têm clareza de candidatura.”

Apesar dos entraves, Amoêdo se diz otimista. “A gente ainda continua com poucas opções na terceira via, mas vai se criando um caminho para que lá na frente, se houver convergência de ideias e disposição daquele que tem maior chance, ocorra uma junção eventualmente em torno de um nome.”

Huck também tem afirmado que não se afastará do debate público e trabalhará, ainda que fora dos holofotes, pela fabricação de uma candidatura de perfil moderado. Procurado, ele não se manifestou.

Pesquisa do Ipec divulgada na sexta-feira passada (25) mostrou Lula com 49% das intenções de voto no primeiro turno e Bolsonaro com 23%. Na sequência, aparecem Ciro (7%), Doria (5%) e Mandetta (3%). Outros 10% disseram preferir votar em branco ou nulo —3% não responderam.

Joelmir Tavares / Folha de São Paulo

Bolsonaro quer partido cristão e de direita, mas ala do Patriota resiste

Foto: Marcos Corrêa/PR

Aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que está em negociação para se filiar ao Patriota, querem incluir no DNA da sigla valores cristãos e uma posição contrária à legalização do aborto, em um movimento para tentar reconquistar votos de evangélicos para a eleição de 2022.

O plano também deve visar que o estatuto do partido incorpore símbolos da direita bolsonarista, como uso de armas para autodefesa.

A estratégia, nesse caso, é um agrado à base ideológica do presidente, que, na avaliação de pessoas próximas a ele, exerce um contrapeso ao atual ciclo de queda de popularidade de Bolsonaro.

Essas bandeiras do presidente fizeram parte do regulamento da legenda em 2017, quando o Patriota foi reformulado à espera de Bolsonaro. Ele, porém, acabou se abrigando no PSL, após divergências nas condições negociadas para a filiação do então pré-candidato à Presidência da República.

Diante da fracassada negociação, o Patriota se fundiu, em 2018, com o antigo PRP (Partido Republicano Progressista). O objetivo foi cumprir a cláusula de barreira e garantir acesso ao fundo partidário.

No processo para englobar o PRP, foi acordado que expressões do bolsonarismo seriam retiradas do estatuto. A varredura foi feita —e trechos, excluídos.

Foi apagado o trecho que exigia a todos os filiados o compromissos de defesa, por exemplo, do combate à legalização do aborto e do direito à autodefesa, inclusive com o uso privado de armas para essa finalidade.

A ala do Patriota mais ligada ao antigo PRP rejeita embarcar na proposta de transformar o partido em um símbolo da agenda bolsonarista. Alguns integrantes desse grupo aceitam debater eventual filiação do presidente, mas querem impor condições.

“O Patriota é um partido de centro e vai continuar sendo de centro”, disse o secretário-geral do Patriota, Jorcelino Braga.

Em entrevista à Folha, o presidente da sigla, Adilson Barroso, descreveu a legenda da seguinte forma: “É um partido de centro-direita. Não é um partido de direita, para não dizerem que é um partido de extrema direita. Não podem dizer que o partido é radical. É um partido também com pessoas que não entendem nada de direita nem esquerda. É um partido que pega tudo”.

Parte do Patriota tem resistência à aliança com Bolsonaro. Há também o receio de que aliados do presidente irão tomar o espaço político e na estrutura de partidária de quem já está na legenda.

O vice-presidente da sigla, Ovasco Resende, comandou uma convenção para suspender Adilson do cargo. Os dois ainda travam um embate e uma guerra de versões sobre qual lado detém apoio da maioria da legenda.

Adilson é o canal de comunicação dos principais representantes do presidente na negociação. São eles: o advogado e ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Admar Gonzaga e o filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (RJ), que se filiou no fim de maio ao Patriota.

“Fui para o Patriota antes de todo mundo para arrumar a casa, e é o que vamos fazer”, afirmou Flávio, em nota após a escalada do racha na sigla.

Apesar da briga interna, Bolsonaro tem tentado avançar no plano de se filiar ao Patriota e ter controle sobre ele.

Bolsonaro e o advogado dele, Admar, se encontraram no último dia 22 com os deputados federais Pastor Eurico (PE) e Roman (PR), ambos do Patriota e da bancada evangélica, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

Bolsonaro conta com a ampla defesa da pauta cristã —e com a indicação de um evangélico ao STF (Supremo Tribunal Federal)— para retomar popularidade nesse segmento da sociedade.

Pesquisa Datafolha divulgada em maio apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro empatados tanto no primeiro quanto no segundo turnos entre o eleitorado evangélico —35% a favor do petista e 34% escolheriam o atual presidente.

Aliados de Bolsonaro avaliam que, durante a campanha eleitoral, o presidente irá reconquistar o público evangélico.

Dois argumentos sustentam esse cenário traçado por eles. O primeiro é que, às vésperas das eleições, os evangélicos vão acabar optando por quem defende abertamente os valores do grupo.

Lula, apesar da aproximação com alguns líderes evangélicos, tem evitado se posicionar claramente sobre temas caros aos pastores.

O segundo ponto citado por bolsonaristas é a perspectiva de reaquecimento da economia, após o avanço da vacinação. Aliados do presidente esperam que, com isso, a rejeição dele diminua e o apoio de evangélicos que estiveram com Bolsonaro em 2018 seja retomado.

A estratégia de pré-campanha traçada por pessoas próximas de Bolsonaro prevê ainda o discurso de que Lula é um ex-presidiário —recentemente o STF anulou as condenações do petista na Lava Jato e remeteu as denúncias contra ele para o Distrito Federal.

Bolsonaristas contam que, até a eleição, os processos contra Lula avancem, mesmo que não cheguem a ter uma conclusão na segunda instância.

Com isso, o presidente, que pretende disputar a reeleição, ampliaria o arsenal de ataque ao petista na corrida ao Palácio do Planalto.

Thiago Resende / Folha de S. Paulo

CRB vence CSA no clássico alagoano da Série B no estádio Rei Pelé

Foto: Francisco Cedrim/Ascom CRB/D/R

O CRB venceu o CSA no clássico alagoano por 1 a 0 no estádio Rei Pelé, em Maceió, na noite deste sábado (3), em partida válida pela 9ª rodada da Série B. O gol do jogo foi marcado pelo meia Diego Torres, de pênalti, aos seis minutos da etapa final. A penalidade foi marcada depois de boa jogada de Guilherme Romão, que foi derrubado por Matheus Felipe.
Foto: Francisco Cedrim/Ascom CRB/D/R
Com esse resultado, o Galo chegou aos 14 pontos e assumiu a 5ª posição na tabela de classificação. O CSA se manteve com oito pontos e ficou no 14º lugar.

O próximo desafio do CRB será na terça-feira (6) contra o Botafogo dentro de casa. Já o CSA enfrentará o Brusque em Santa Catarina no domingo (11).

Sampaio Corrêa bate o Londrina no Maranhão

O Sampaio Corrêa venceu o Londrina por 1 a 0 no estádio Castelão, em São Luís, no Maranhão, no noite deste sábado (3), também pela 9ª rodada da Série B. O gol do jogo foi marcado pelo atacante Jefinho aos 35 minutos do primeiro tempo. Depois de um bom lançamento, Watson dominou e ajeitou para Pimentinha. Ele cruzou para Jean Silva que não dominou, mas Jefinho apareceu para mandar para as redes.
Foto: Francisco Cedrim/Ascom CRB/D/R
Com esse resultado, o time da casa foi aos 18 pontos e ocupa a 3ª posição. Enquanto isso, o Londrina segue na parte de baixo da tabela. Agora o Tubarão, estacionado nos sete pontos, está na 17ª posição.

Na próxima rodada, o Sampaio terá pela frente o Vasco no Rio de Janeiro na sexta-feira (9). No mesmo dia, o Londrina recebe o Guarani.

Em noite de apagão, Brasil e Cruzeiro empatam no Sul

Brasil de Pelotas e Cruzeiro não conseguiram abrir o placar no estádio Bento Freitas, em Pelotas, na noite deste sábado (3). Em outro jogo da 9ª rodada, o placar ficou em 0 a 0. A partida foi marcada por uma falha no sistema de iluminação do estádio do Xavante logo aos três minutos da etapa inicial. O jogo ficou parado por 22 minutos.
Foto: Francisco Cedrim/Ascom CRB/D/R
Esse resultado, deixou a Raposa com apenas nove pontos em nove jogos, na 13ª posição. O Brasil somou o sétimo ponto e conseguiu sair da zona de rebaixamento. Agora, o time de Pelotas é o 16º.
Foto: Francisco Cedrim/Ascom CRB/D/R
Na próxima rodada, o Cruzeiro vai tentar se recuperar contra o Coritiba jogando dentro de casa na terça-feira (6). No sábado (10), o Brasil de Pelotas vai até Ponta Grossa no Paraná para enfrentar o Operário.

Edição: Gustavo Faria
Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Colômbia bate Uruguai nos pênaltis e é semifinalista da Copa América

Foto: Weslei Marcelino/Reuters

Neste sábado (3), a Colômbia eliminou o Uruguai nos pênaltis por 4 a 2, depois do 0 a 0 no tempo normal, e está classificada à semifinal da Copa América. Na próxima fase, a Colômbia enfrentará o vencedor do duelo de Argentina e Equador, que ocorre a partir das 22h (horário de Brasília) deste sábado. A classificação colombiana ocorreu no estádio Mané Garrincha em Brasília.
Foto: Weslei Marcelino/Reuters

Depois de um primeiro tempo bastante parelho, sem muitas chances, a etapa final foi um pouco mais aberta. O Uruguai quase marcou com Nández e a Colômbia criou boas oportunidades com Zapata e Luis Díaz.
Nas penalidades, Zapata, Davinson Sánchez, Mina e Borja fizeram os gols da Colômbia. Pelo Uruguai, Cavani e Luis Suárez balançaram as redes. Só que o zagueiro Giménez e o lateral Viña erraram.

Edição: Gustavo Faria
Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Carro abarrotado de produtos contrabandeados é apreendido na BR-158

Divulgação/ PM

A Polícia Militar apreendeu mercadorias contrabandeadas neste sábado (03) durante abordagem. Guarnição da Policial Militar do 2º Batalhão de Polícia Militar realizava bloqueio e fiscalização na BR-158, área rural do município de Selvíria.

No local, foi feita abordagem de um veículo VW - Virtus onde os ocupantes relataram que estariam vindo do Paraguai com destino final a cidade de Uberlândia-MG. O condutor disse que realizaram compras no Paraguai e estava transportando os produtos eletrônicos importados, fato confirmado durante busca veicular onde os militares localizaram em seu interior mercadorias de origem estrangeira sem documentação de importação regular.

Diante o fato as mercadorias foram apreendidas para posterior apresentação na Receita Federal em Campo Grande, onde ficaram a disposição para regularização.https://midiamax.uol.com.br/

Polícia apreende carreta carregada com madeira ilegal e autua empresa em R$ 8,4 mil

Divulgação/ PMA

A PMA (Polícia Militar Ambiental) apreendeu uma carreta carregada com toras de madeira transportadas ilegalmente e autua madeireira em R$ 8,4 mil em Terenos, cidade a 31 quilômetros de Campo Grande.

Policiais ambientais de Campo Grande realizavam fiscalização ambiental hoje (3) no município de Terenos e abordaram na BR 262 um veículo tractor Scania com carreta carregada de madeira em toras, que estavam sendo transportadas ilegalmente. Os Policiais verificaram que o veículo, que fazia o percurso de uma fazenda para uma serraria na cidade de Terenos, transportava 28 m³ de toras de várias espécies e o DOF (Documento de Origem Florestal) constava apenas duas espécies, o que é crime ambiental. https://midiamax.uol.com.br/

O veículo e a madeira foram apreendidos. A empresa madeireira, proprietária do material irregular, com domicílio jurídico em Terenos, foi autuada administrativamente e foi multada R$ 8,4 mil. Os responsáveis também responderão por crime ambiental e poderão pegar pena de seis meses a um ano de detenção.

Boletim Covid/ 03 de julho, da Secretaria de Saúde de Ipiaú confirma 03 novos casos de coronavirus


A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 03 de julho, tivemos 11.025 casos registrados como suspeitos, sendo 2.986 casos confirmados, dentre estes, são 2.899 pessoas RECUPERADAS, 06 estão em isolamento social, 06 estão internadas e 75 foram a óbito. 7991 casos foram descartados e 48 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 12 casos ativos. Perdemos mais uma pessoa em decorrência da Covid-19, na última quinta-feira (01). A vítima, do sexo feminino, era idosa e estava internada.

O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder.

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

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