Boletim Covid/ 25 de julho, confirma 01 novo caso de cronavirus neste domingo, 25.


A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 25 de julho, tivemos 11.978 casos registrados como suspeitos, sendo 3.060 casos confirmados, dentre estes, são 2.971 pessoas RECUPERADAS, 06 estão em isolamento social, 05 estão internadas e 78 foram a óbito. 8.879 casos foram descartados e 39 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 11 casos ativos. O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Bahia registra 1.125 novos casos de Covid-19 e mais 19 óbitos pela doença

Foto: divulgação
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.125 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,1%) e 1.806 recuperados (+0,2%). O boletim epidemiológico deste domingo (25) também registra 19 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados hoje. Dos 1.185.439 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.151.593 já são considerados recuperados, 8.342 encontram-se ativos e 25.504 tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.425.786 de casos descartados e 231.204 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo. Na Bahia, 51.323 profissionais de saúde foram confirmados para Covid-19.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 25.504, representando uma letalidade de 2,15%. Dentre os óbitos, 55,76% ocorreram no sexo masculino e 44,24% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,90% corresponderam a parda, seguidos por branca com 22,52%, preta com 15,30%, amarela com 0,41%, indígena com 0,15% e não há informação em 6,72% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 59,85%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (72,57%).

A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Situação da regulação de Covid-19

Às 12h deste domingo, 7 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 2 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Vacinação

Com 6.012.192 vacinados contra o coronavírus (Covid-19) com a primeira dose, dos quais 2.333.683 receberam também a segunda aplicação, e mais 245.859 vacinados com o imunizante de dose única, até as 16h deste domingo, a Bahia já vacinou 56,13% da população baiana acima dos 18 anos (estimada em 11.148.781) com, pelo menos, a primeira dose. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas.

Itagibá: Polícia Militar atende ocorrência de ameaça do Distrito de Acaraci, Autor embriagado é entregue aos familiares


 
Foto: Divulgação/PM
Por volta das 09h, deste domingo (25/07/21), a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá recebeu uma ligação, infirmando que uma pessoa estava sendo ameaçada no Distrito de Acarací, em Itagibá.

A guarnição foi ao local e lá chegando encontrou os dois envolvidos andando pela rua, e aparentemente embriagados. A vítima informou que o autor lhe ameaçou, como o autor estava com um facão ele ficou com medo. O autor foi abordado, pois estava com um facão na bainha, porém, ele não conseguia ficar em pé. Os policiais tomaram o facão.

O autor foi entregue a familiares, em razão de sua condição de embriaguez, motivo pelo qual não foi recebido na delegacia local.

A vítima foi orientada, para que depois, comparecesse a delegacia local para registrar uma queixa crime contra o autor, e depois foi levado para fazenda onde reside.

Vitima: V. C., Nasc: 08/05/1997; Autor: I. de J., Nasc; não informado

Informações: Ascom/55ª CIPM/ PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Distribuidora utilizada como ponto tráfico é descoberta

Foto: Divulgação SSP
Além de dois menores, foram apreendidos 178 maços de cigarros e R$ 3 mil, na cidade de LEM.
Porções de maconha, maços de cigarros e outros materiais foram apreendidos pela 85ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), num estabelecimento que vendia produtos contrabandeados e também era utilizado como ponto de tráfico de drogas. Dois menores que estavam no local, em Luís Eduardo Magalhães (LEM), foram conduzidos na noite deste sábado (25).

As equipes chegaram até o estabelecimento após denúncias do tráfico de drogas, como explica o comandante da unidade, major PM Cristiano Silva Mendes Gouveia. “Durante buscas na distribuidora, encontramos 35 porções de maconha, R$3.330, 178 maços de cigarros e 13 sacos, 29 pacotes com o narcótico, três máquinas de cartões e dois celulares”, contou.

O oficial ressaltou que nenhum dos materiais tinha nota fiscal, o que indica possível fruto de contrabando. A dupla de adolescentes e os produtos foram apresentados no Distrito Integrado De Segurança Pública (Disep) de LEM.






Fonte: Ascom/ Poliana Lima

Cinco mil pés de maconha são erradicados pela PM

Foto: Divulgação SSP
Participaram da ação equipes da Cipe Cerrado, e das 83ª e 86ª CIPMs, no município de Riachão das Neves, neste sábado (25).
Após denúncias anônimas de plantação de maconha no Distrito de Cariparé foram erradicados cinco mil pés de maconha, neste sábado (25). A ação foi realizada pela Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Cerrado, com o apoio das 83ª e 86ª CIPM Companhias Independentes da Polícia (CIPMs) de Barreiras e Formosa do Rio Preto.
Foto: Divulgação SSP
Participaram da ação equipes da Cipe Cerrado, e das 83ª e 86ª CIPMs, no município de Riachão das Neves, neste sábado (25).
Os entorpecentes eram cultivados numa zona rural e foram erradicados no local, como explica o comandante da especializada, major Giovanni Castro Damasceno. “Essa área não é contumaz dessa prática criminosa, mas com o apoio das outras unidades, fizemos um bom resultado”, disse o major.
De acordo com o oficial, ninguém foi encontrado. Além da plantação, quatro sacos de maconha, sete quilos e meio da droga e três armas de fabricação artesanal foram encontrados.
Foto: Divulgação SSP
Participaram da ação equipes da Cipe Cerrado, e das 83ª e 86ª CIPMs, no município de Riachão das Neves, neste sábado (25).
O major lembrou que a droga foi incinerada e uma pequena amostra foi levada até a Delegacia Territorial (DT) de Barreiras, onde foi registrada a ocorrência.
Fonte: Ascom/ Poliana Lima

Jumenta é retirada de fossa de 4m de profundidade por bombeiros

Foto: Divulgação CBM
O acidente aconteceu neste sábado (24) e após a retirada, o animal que estava sem ferimentos aparentes foi deixado sob os cuidados do proprietário.

Após cair numa fossa de cerca de 4 metros de profundidade, uma jumenta prenha foi socorrida por bombeiros do 6°GBM/Porto Seguro. O acidente aconteceu neste sábado (24) e após a retirada, o animal que estava sem ferimentos aparentes foi deixado sob os cuidados do proprietário.
Foto: Divulgação CBM
O acidente aconteceu neste sábado (24) e após a retirada, o animal que estava sem ferimentos aparentes foi deixado sob os cuidados do proprietário.
Para o resgate os bombeiros tiveram que retirar a laje que cobria parcialmente a fossa, para conseguirem espaço suficiente para que o animal pudesse ser içado de forma segura. Também foi montada uma linha da vida para a segurança da equipe de resgate durante o procedimento.

Os bombeiros usaram um tripé e amarraram a jumenta, para que ela pudesse ser retirada de forma segura. O proprietário foi orientado a levar o animal para avaliação veterinária. Caso os cidadãos percebam acidentes desse tipo não devem tentar remover o animal, o mais seguro é acionar o Corpo de Bombeiros através da central 193, para um resgate seguro e preciso.
Fonte: Ascom/ CBM

Polícia Militar atende ocorrência de violência doméstica em Aiquara, agressor não é encontrado

Fonte: Divulgação/Ronda Maria da Penha.
Por volta das 21h45min, desse sábado (24/07/21), a guarnição da 55ª CIPM/Aiquara foi solicitada por uma mulher, através do telefone funcional, informando que havia sido agredida pelo seu ex companheiro, Josivaldo (Dodói), no Largo São Francisco, bairro São Francisco.

A guarnição deslocou até a casa da vítima e em seguida até a casa da testemunha, onde foi mantido contato com ela, que relatou que está separada há 01 ano do pai de sua filha, porém ele não aceita a separação. Quando passava em frente ao Colégio Américo Souto, foi surpreendida pelo agressor com um tapa no rosto e uma pezada no abdômen, chegando a cair.

A vítima foi socorrida por sua filha, menor, que também é filha do autor. Segundo a vitima, o agressor esteve na casa da testemunha onde tentou adentrar, forçando a porta.

A guarnição realizou rondas nas proximidades, porém o autor não foi localizado.

A vítima foi orientada a registrar a ocorrência na delegacia para que o caso fosse investigado pela Polícia Civil.

Agressor: Josivaldo Félix Menezes, vulgo "Dodói", Nasc. 24/03/1981; Vitima - J. S. da C., Nasc. 30/06/1991; Testemunha, M. A. da S., Nasc. 21/10/1953
Informações: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Polícia Militar prende homem em Dário Meira durante a (Operação Horam) por posse de entorpecente.

Foto: Divulgação/PM
Por volta das 20h30min, dessa sexta-feira (23/07/21), a guarnição Operação Extra Horam, durante abordagem realizada em várias pessoas que estavam no Bar de Rangel, centro de Dário Meira, foi encontrado em poder de um dos abordados, segundo ele, trabalhador rural, 02 (dois) pinos de substância análoga a cocaína.

O acusado disse que havia adquirido a droga (cocaína) em mãos de um moto táxi, não identificado, na cidade de Ibitupã. Infrator. DE J. A., Nasc.: 30/07/1994
Material apreendido: 02 (dois) pinos de substância análoga a cocaína; R$ 408,00 (quatrocentos e oito reais)
O infrator foi preso e conduzido à delegacia de Jequié para a adoção das medidas de polícia judiciária.

Informações: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Motocleta roubada em Ipiaú, é recuperada rapidamente pela Polícia Militar e ladrão é preso

Por volta das 13h35min, dessa sexta-feira (23/07/21) a Central de Operações da 55ª CIPM recebeu uma solicitação, via 190, de um roubo de uma motocicleta , Honda/Broz 160, de cor preta, placa PKA-3140, realizado por dois indivíduos, sendo que um deles portava uma arma de fogo. Crime ocorrido na rua da Granja, no bairro Waldemar Sampaio, em Ipiaú.

De imediato foi feito o cerco na região com as guarnições, na tentativa de interceptar e recuperar o veículo. Logo em seguida, a guarnição do 1º PEL encontrou a motocicleta abandonada às margens do rio de Contas, nas proximidades do bairro Nossa Senhora Aparecida.

Com informações da vítima e de transeuntes, policiais militares da guarnição do 1º PEL,

com apoio da guarnição da ROTAM, diligenciaram e, na rua Nossa Senhora, Aparecida, na casa do suspeito do roubo, que foi de imediato, reconhecido pela vítima.

Criminoso: W. L. S. S. Morador da Av. Avenida Nossa Aparecida, Bairro Nossa Senhora Aparecida, Ipiaú-BA.

Veículo recuperado: Motocicleta Honda/Bros NXR160, de cor preta, placa PKA-3140, Ipiaú-BA.
O ladrão foi conduzido a delegacia de Ipiaú, onde também foi apresenta a motocicleta recuperada, objeto do roubo.
Informações: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Mendonça encontrará Supremo ‘fechado’ e pode frustrar apoiadores de Bolsonaro

Foto: Anderson Riedel/
PR/Arquivo/
André Mendonça, advogado-geral da União

O nome de André Mendonça para a vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) agrada apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, mas uma atuação independente do indicado, caso confirmado para o posto, pode frustrá-los.

A avaliação é de juízes, procuradores e advogados que atuam nas cortes superiores. Para eles, a persistir o clima conflagrado na relação entre o chefe do Executivo e integrantes do tribunal, essa frustração poderá ocorrer muito em breve.

Se for aprovado pelo Senado, o atual advogado-geral da União encontrará “um Supremo fechado em copas” em torno de uma pauta legalista atualmente em curso no tribunal. Ela inclui a defesa de temas que têm alimentado os atritos, como as urnas eletrônicas e o Estado democrático de Direito.

Essa agenda do STF, disse à Folha um observador da corte, passa também pela defesa do tribunal e de seus integrantes. O que significa dizer que, uma vez no Supremo, o indicado será rapidamente confrontado com temas desagradáveis ao bolsonarismo.

Tão logo a indicação foi confirmada, adversários do governo intensificaram as críticas ao advogado-geral, levantando dúvidas sobre sua independência. Mendonça é acusado de ter extrapolado suas atribuições funcionais ao fazer a defesa política do Palácio do Planalto.

Na condição de ministro da Justiça, cargo que ocupou de abril de 2020 a março deste ano, ele apresentou habeas corpus em favor do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, alvo do inquérito das fake news, aberto para apurar ataques na internet a integrantes do Supremo.

Foi dele também a iniciativa de uma série de pedidos à Polícia Federal para investigar críticos de Bolsonaro com base na Lei de Segurança Nacional, editada em 1983, no final da ditadura militar.

A Folha procurou o chefe da AGU, por meio de sua assessoria de imprensa, para comentar o assunto, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.

O mundo jurídico aposta na desvinculação política de Mendonça em sua atuação na corte. O prognóstico vem de dentro do próprio STF, onde parte dos integrantes apoia o nome do advogado-geral da União. Agora ministro aposentado, Marco Aurélio Mello disse torcer por ele.

A história recente do tribunal mostra que, em geral, a lealdade do indicado a quem o escolheu perde força tão logo o eleito vista a toga.

“É a tendência. É inegável a gratidão, mas o tempo de estada é longo. Ministros [do STF] convivem com quatro, cinco presidentes [da República]”, disse o presidente da ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República), Ubiratan Cazetta.

O representante do Ministério Público Federal afirmou que o aspecto mais importante a se observar é menos o fato de quem fez a indicação e mais a integridade do indicado. Mendonça é apontado como um quadro técnico.

Advogado de integrantes da Operação Lava Jato perante o Supremo, Alexandre Vitorino acredita também que o vínculo político se desfaça com o tempo. “Posso estar sendo otimista, mas acompanhamos a história do tribunal. Indicações frustraram diversas expectativas nos últimos tempos”, disse Vitorino.

Para Eduardo André Brandão, presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), a partir do momento da nomeação, “as discussões de cunho ideológico ou pessoal cedem espaço para o dever de guardar e proteger os preceitos constitucionais”.

“Todo ministro do Supremo sabe que a sociedade está em constante observação e sempre vai cobrar a coerência de suas decisões”, disse Brandão.

Ao sair de uma reunião com o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, no último dia 12, Bolsonaro confirmou a indicação de Mendonça, cumprindo a promessa que fizera a seu eleitorado de indicar alguém “terrivelmente evangélico”.

“Ele é, sim, extremamente evangélico” disse o presidente. “O público evangélico, que está na casa de 40% do Brasil, merece uma pessoa aqui dentro. Além de ser evangélico e pastor, ele tem um profundo conhecimento das questões jurídicas.”

Crítico do presidente da República e advogado de políticos que respondem a crimes de corrupção no Supremo, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, classificou de “lamentável” que a indicação tenha ocorrido sob o pretexto do “terrivelmente evangélico”.

“É ruim para o Supremo e para ele [Mendonça]. Ele não precisa disso. Acho que, ao colocar a toga nos ombros, ele julgará de acordo com a Constituição e não de acordo com a Bíblia.”

Ubiratan Cazetta, da ANPR, diz não acreditar na “captura” do tribunal por pautas religiosas. Ele lembrou do ex-ministro Menezes Direito, um católico praticante, como um juiz que soube separar convicções religiosas de temas em julgamento na corte. Direito morreu em 2009.

“No exercício de nossas atividades, em um Estado laico, as convicções pessoais devem ceder espaço a um olhar também laico”, afirmou Cazetta.

Mendonça foi a segunda indicação do chefe do Executivo para o Supremo. A primeira foi Kassio Nunes Marques, que assumiu a cadeira de Celso de Mello em novembro do ano passado.

Conforme a Folha mostrou, Kassio já se posicionou ao menos 20 vezes a favor do governo desde que chegou ao tribunal.

Além de ter dado decisões que beneficiaram o Planalto, ele votou de acordo com os interesses do chefe do Executivo na maioria dos julgamentos importantes dos quais participou.

O alinhamento ocorreu em questões políticas, como na análise das ações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e no veto à reeleição do deputado Rodrigo Maia (sem partido-RJ) para o comando da Câmara, e econômicas, como no caso bilionário da inclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e do Cofins.
Marcelo Rocha, Folhapress

Com quase R$ 10 bi, Justiça Eleitoral usa 64% dos recursos para salários

Foto: Divulgação/Arquivo

 A Justiça Eleitoral custou ao país R$ 9,8 bilhões no último ano, e 64% desse montante foram destinados para pagar salários e encargos sociais.

Em 2020, apesar de a pandemia da Covid ter afetado o funcionamento dos órgãos públicos, o que implicou redução de despesas administrativas, a Justiça Eleitoral precisou reforçar os gastos com a organização e realização das eleições municipais em razão da situação atípica.

As informações sobre os valores executados foram extraídas do Siga Brasil —ferramenta do Senado Federal de acompanhamento do Orçamento.

A Folha pediu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na quarta-feira (21) números sobre a execução orçamentária, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.

Em anos não eleitorais, a tendência é de uma pequena queda nos gastos. A redução não é expressiva porque o custo com pessoal se mantém, assim como a estrutura, responsável pela análise de contas e julgamentos de processos eleitorais, entre outras funções.

A Justiça Eleitoral conta hoje com cerca de 15,5 mil servidores. Este segmento do Judiciário não tem magistrados de carreira. Nos estados, os juízes que atuam na área são oriundos das Justiças estadual e federal. Advogados completam o quadro.

Em Brasília, o TSE é composto por ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e advogados.

Além de promover as eleições, com a instalação de urnas eletrônicas e convocação de mesários, para citar duas tarefas, a Justiça Eleitoral cuida do cadastro do eleitorado, do registro e da fiscalização dos partidos políticos, além de processar e julgar as questões eleitorais, que incluem as prestações de contas dos candidatos.

Essa peculiaridade do órgão —cuidar tanto do aspecto administrativo como judicial do processo eleitoral — o levou a ser chamado de “jabuticaba brasileira” por críticos. Isso também é uma das principais justificativas para os gastos do TSE, segundo Alexandre Bandeira, cientista político e diretor da Associação Brasileira de Consultores Políticos.

“Enquanto em outros países a função eleitoral é realizada por autarquias e agências, aqui temos uma Justiça Eleitoral híbrida, o que a torna cara, porque precisa julgar as questões eleitorais, elaborar normas e organizar referendos, plebiscitos e as eleições a cada dois anos”, explica.

Bandeira também diz acreditar que os altos salários do funcionalismo público e o modelo do Judiciário influenciam no peso do Orçamento.

“Os órgãos do Judiciário contam com sedes faraônicas e têm uma necessidade de pessoal alta. As próprias características do sistema recursal brasileiro deixam a máquina pública inchada”, diz.

Em outros braços do Judiciário, caso da Justiça Federal, a folha de pagamentos e os encargos sociais respondem por mais de 85% do orçamento anual.

Entre os críticos da Justiça Eleitoral, uma das ideias é deixar os processos judiciais na Justiça comum e criar um órgão que cuide exclusivamente das eleições.

Ex-vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão vê as sugestões de mudança com cautela. Apesar de considerar os tribunais morosos na análise das prestações de contas eleitorais, ele afirma que é arriscado substituir o modelo atual por outro.

“A Justiça Eleitoral foi criada na década de 30 para evitar fraudes nas eleições. A ideia foi bem justificada, porém temos hoje uma judicialização excessiva da política, um viés muito sancionatório. Talvez, seja o caso de pensarmos em criar um Conselho Eleitoral para cuidar do pleito. Mas é preciso cuidado, nossa tradição está dando certo, não podemos trocar o que temos por um sistema avacalhado”, pondera.

Aragão não vê problemas no orçamento do órgão e defende mudanças na legislação para permitir que os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) localizados nas 27 unidades da federação tenham mais juízes conforme a proporção da população. Atualmente, cada TRE tem sete juízes.

“De modo geral, considero a Justiça Eleitoral eficiente. Os problemas maiores são estruturais. O TRE de São Paulo tem muita morosidade porque tem a mesma quantidade de juízes que o Acre, por exemplo. Isso não faz sentido”, argumenta.

Segundo dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em 2019, a Justiça Eleitoral recebeu 93,4 mil novos processos. No total, 129,3 mil casos foram julgados e outros 60,7 mil estão pendentes.

Em média, uma ação demora um ano para ser julgada pelos TREs. No 1º grau, composto por um juiz eleitoral em cada zona eleitoral, o prazo diminuiu para dez meses.

Ainda de acordo com o CNJ, a maioria dos casos estão relacionados à realização de eleições com questões que envolvem os candidatos, a prestação de contas e os cargos.

Para o advogado João Fernando Lopes de Carvalho, os gastos com a Justiça Eleitoral no Brasil são justificáveis.

“Para além de sua atuação judicial, ela [a Justiça Eleitoral] tem uma afeição administrativa muito forte”, diz o especialista em direito eleitoral e direito administrativo.

Carvalho destaca outro aspecto: o funcionamento da Justiça Eleitoral requer permanentemente aportes de recursos em inovação tecnológica.

“As urnas eletrônicas passam por processo constante de substituição. A cada ano, uma parcela tem que ser substituída. O processo de biometria [leitura de impressão digital] também requer investimento significativo”, disse.

O advogado Renato Ribeiro de Almeida, por sua vez, vê no orçamento bilionário “um custo a se pagar por uma Justiça Eleitoral independente”.

“Há exemplos de países em que o próprio governo organiza as eleições, apura os votos e julga os eventuais conflitos”, disse Almeida, doutor em direito pela Universidade de São Paulo e coordenador acadêmico da Abradepp (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político). Ele citou de exemplo a Rússia, do presidente Vladimir Putin, no cargo desde 2012.

O debate em torno da despesa do contribuinte com a manutenção da Justiça Eleitoral vem na esteira da decisão do Congresso Nacional de elevar os recursos para a campanha eleitoral do ano que vem de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.

A previsão é baseada na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) aprovada pelos parlamentares. O projeto estabelece uma forma de calcular o patamar mínimo para o fundo: 25% da verba da Justiça Eleitoral em 2021 e 2022, além dos recursos de compensação pela propaganda partidária.

Essa verba dos cofres públicos é dividida entre os partidos políticos para bancar a campanha e é hoje o principal mecanismo de financiamento público dos candidatos.

O texto seguiu para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro. Na segunda-feira (19), o chefe do Executivo classificou o valor de “astronômico” e afirmou que não vai sancionar o fundo.

Caso isso ocorra, líderes partidários da Câmara e do Senado devem manter o eventual veto e buscar um acordo com o governo para um valor intermediário. Um patamar que tem sido citado é o de R$ 4 bilhões — também defendido por integrantes da base bolsonarista.

A negociação deve seguir pelo menos até o fim de agosto, quando Bolsonaro precisa enviar a proposta de Orçamento de 2022.

Até 2015, as grandes empresas, como bancos e empreiteiras, eram as principais responsáveis pelo financiamento dos candidatos. Naquele ano, o STF proibiu a doação empresarial sob o argumento de que o poder econômico desequilibra o jogo democrático.

Para as eleições de 2018 foi criado então o fundo eleitoral, de R$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 2 bilhões com correção pela inflação), que se somou aos recursos já existentes do fundo partidário, em torno de R$ 1 bilhão.

Em 2020, ano de eleição municipal, o Congresso tentou emplacar uma transferência de quase R$ 4 bilhões. Mas teve que recuar por causa do desgaste político. O valor foi então estabelecido em R$ 2 bilhões.

Marcelo Rocha e Washington Luiz, Folhapress

Caixa é o principal alvo de reclamações entre os 5 maiores bancos

Lidera lista desde o 3º trimestre de 2020. No 4º trimestre de 2019, a Caixa estava na 4ª posição
Sérgio Lima/Poder360/
Fachada da Caixa Econômica Federal; banco é responsável pelo processamento do auxílio emergencial
A Caixa Econômica Federal é o principal alvo de reclamações entre os 5 bancos com mais clientes no Brasil (Caixa, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú).

A instituição lidera o ranking de reclamações do Banco Central do Brasil desde o 3º trimestre de 2020. Nos últimos 3 meses de 2019, estava na 4ª posição. A mudança aconteceu durante a pandemia e depois de o auxílio emergencial ser criado.

Na lista do 2º trimestre de 2021, divulgada na 6ª feira (23.jul.2021), a Caixa continuou na liderança. Eis a íntegra do ranking (17 KB).
Ao ser questionada sobre a alta de reclamações, a Caixa afirma que “realiza desde 2020 a maior operação de pagamento de benefícios sociais do Brasil“. Diz que mais de 120 milhões de pessoas recebem, por meio do banco, benefícios sociais, entre eles o auxílio emergencial da pandemia. Eis a íntegra (32 KB) da resposta do banco.

Dezenas de milhões de brasileiros foram cadastradas na Caixa para receber o auxílio emergencial. Segundo o banco, 38 milhões de pessoas passaram a ter uma conta gratuita na instituição. O número de clientes Caixa disparou ano passado. Subiu 51% do 1º trimestre de 2020 para o 2º trimestre deste ano. Passou de 96 milhões para 146 milhões.

Como o processo foi muito rápido para atingir pessoas de baixa renda vulnerabilizadas pela pandemia, que nem sempre estavam familiarizadas ao sistema do banco, houve muita reclamação.

A principal queixa contra a Caixa desde o 3º trimestre de 2020 é ao seu internet banking (a plataforma digital no banco).

No 4º trimestre de 2019, problemas com o recurso apareciam na 20ª posição da lista de reclamações. O banco afirma que o uso da plataforma cresceu durante a pandemia.

Reclamações de “irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços disponibilizados em internet banking” representam 24% do total de reclamações.

Sobre o internet banking, a Caixa afirma que com a Pandemia e a necessidade de isolamento físico “ocorreu aumento no volume de transações utilizando o Internet Banking“. Também diz ter procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes.

“O banco atua conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação de casos suspeitos e na prevenção das fraudes“, diz.

As reclamações aos 5 maiores bancos subiram durante a pandemia. Segundo o Banco Central, “as instituições tiveram mais dificuldades com o atendimento de clientes” no período.

A autoridade monetária cita as restrições ao atendimento presencial em agências e funcionários que ficaram doentes durante o período. Eis a nota (32 KB) do Banco Central.
O RANKING DE RECLAMAÇÕES

A lista baseia-se em um índice proporcional desenvolvido pelo Banco Central, a autoridade monetária brasileira.

O número de queixas é dividido pela quantidade de clientes do banco e multiplicado por 1 milhão. São consideradas só as reclamações encerradas no período e supervisionadas pelo Banco Central nas quais há indício de descumprimento de obrigatoriedade por parte da instituição.

Considerados todas as instituições financeiras, e não só os 5 maiores bancos, o Banco Maxima (que mudou de nome, e agora se chama Master) encabeça a lista.

O Banco Central recomenda que as instituições financeiras busquem “comunicação segura, tempestiva e adequada” com os clientes para melhor atendê-los. “Principalmente neste novo contexto em que o cliente recorre às agencias físicas cada vez menos“.

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