Conselho do PPI aprova modelo de privatização da Eletrobras
Foto: Reuters/Pilar Olivares/ D.R |
Os empregados e aposentados da Eletrobras e de suas subsidiárias terão prioridade na compra de até 10% das ações no processo de privatização da companhia, definiu hoje (19) o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI). O conselho aprovou a resolução que define o modelo de desestatização.
Além da preferência para funcionários, o CPPI autorizou que até R$ 6 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) sejam usados para pessoas físicas comprarem ações da estatal. Cada investidor individual poderá gastar a partir de R$ 200 do saldo da conta do FGTS para adquirir participação na empresa.
Também será permitido que qualquer pessoa física residente no Brasil compre indiretamente ações da Eletrobras por meio de cotas de fundos mútuos de privatização, que podem ser adquiridas por até 50% do saldo da conta no FGTS. Esses fundos reúnem o valor arrecadado e compram papéis da estatal de energia.
A privatização ocorrerá em duas etapas. Primeiramente, a Eletrobras fará um processo de capitalização, emitindo novas ações que podem ser compradas no mercado primário, até diluir a participação da União na empresa. Segundo o CPPI, essa etapa permitirá a injeção de dinheiro de investidores privados na companhia.
Apenas se a participação direta e indireta da União não cair para menos de 45% após a oferta primária de ações, a União venderá papéis da companhia no mercado secundário, quando ações já lançadas no mercado trocam de donos. Em nota, o CPPI informou que a União continuará a ser a principal acionista da Eletrobras, mesmo perdendo a maioria na empresa.
A resolução aprovada pelo CPPI obriga a Eletrobras a segregar a usina binacional de Itaipu e a Eletronuclear, para que essas empresas permaneçam estatais, como determinado pela Constituição. O texto prevê diversos atos e contratos para que a Eletronuclear conclua as obras da usina de Angra 3, evitando que os investimentos públicos no projeto sejam perdidos.
O Estatuto Social da Eletrobras será alterado para incentivar a pulverização das ações da companhia, com mecanismos para impedir que um único acionista, ou grupo de acionistas, exerça controle sobre a empresa. Segundo o CPPI, os órgãos de administração da companhia serão fortalecidos, em linha com o modelo adotado por grandes empresas de energia no exterior.
Concessão de estradas
Na reunião de hoje, o Conselho do PPI também aprovou a modelagem da concessão das BRs 493, 465 e 116, que ligam o Rio de Janeiro a Governador Valadares (MG). A concorrência será pelo critério de julgamento híbrido e de descontos tarifários, que dá prioridade a quem oferecer mais desconto no pedágio, nos moldes da concessão da Rodovia Dutra, que liga o Rio a São Paulo.
Os editais serão publicados antes do fim do ano, com o leilão previsto para o primeiro trimestre de 2022. Segundo o Ministério da Infraestrutura, a concessão abrirá caminho para R$ 8,6 bilhões de investimentos nos próximos 30 anos. Atualmente, 269 mil veículos trafegam por dia nos 727 quilômetros da rodovia.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Vacinômetro 19 de outubro, da Secretaria de Saúde de Ipiaú
A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que foram aplicadas até hoje, 19 de outubro, 50.461 doses de vacina . Sendo que 29.675 são referentes a primeira dose e 20.081 pessoas já foram imunizadas. Dessas, 557 tomaram a vacina dose única. 705 pessoas receberam a dose de reforço.
Vacina Salva Vidas. Desinformação Não. Prefeitura de Ipiaú/Dircom
A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 19 de outubro, não tivemos registro de coronavirus
A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 19 de outubro, tivemos 13.072 casos registrados como suspeitos, sendo 3.150 casos confirmados, dentre estes, são 3.062 pessoas RECUPERADAS, 02 está em isolamento social, 00 internada e 86 foram a óbito. 9.914 casos foram descartados e 08 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 02 casos ativos. O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .
Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Presidente da CPI, Omar Aziz evita Renan e diz que não quer ‘lavar roupa suja’
Foto: Dida Sampaio/Estadão/Arquivo |
As divergências em relação ao relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, divulgado pelo jornal Estado de S.Paulo no domingo (17), colocou os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), respectivamente presidente e relator do colegiado, em pé de guerra. Os dois são os principais senadores do chamado “G7”, grupo dos sete integrantes que ditam os rumos do colegiado.
Por causa das desavenças, a tradicional reunião semanal que o grupo faz às segundas-feiras para discutir as atividades da comissão não aconteceu. Renan também tinha convidado os colegas para debater o parecer em seu gabinete no Senado, mas o compromisso também foi cancelado.
“Vamos esperar um pouco. Ter uma reunião não seria bom. Está todo mundo de cabeça quente, não seria bom. Não é o momento de lavar roupa suja, é o momento de esperar o relatório, ler, equilibrar e a gente ver o que tem que colocar a mais no relatório”, afirmou Aziz.
O atrito começou após o jornal Estadão revelar o relatório final de Renan Calheiros. Após a publicação da reportagem, o presidente da comissão decidiu adiar em uma semana a votação do documento.
Um dos pontos que levaram ao adiamento, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem, é a decisão de Renan Calheiros, de indiciar o presidente Jair Bolsonaro por homicídio qualificado. Também há divergências entre integrantes do grupo majoritário sobre a acusação de “genocídio indígena” na pandemia, crime que pode levar o governo a ser julgado em tribunais internacionais. O relatório final acusa, além do presidente, o secretário especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva. O presidente da CPI disse que indígenas foram vacinados e não vê motivo para indiciar o secretário, que nem sequer foi ouvido pela comissão.
Integrantes da CPI viram na divulgação do relatório uma forma de “jogar para a plateia” e forçar que os pontos defendidos por Renan não sejam retirados. Mesmo discordando de alguns pontos, para Aziz, o texto que já foi divulgado não deve ser alterado. “Se tiver alguma coisa que estiver faltando, vou questionar porque não está lá”, disse o presidente da comissão.
De acordo com o senador, isso é uma maneira de evitar críticas caso trechos sejam mudados. Aziz quer evitar, por exemplo, que senadores sejam acusados de ceder à pressões do governo caso partes do relatório sejam mudadas. De acordo com o presidente da CPI, qualquer mudança agora deve ser feita somente durante a votação.
À reportagem, Renan afirmou que não irá alterar o parecer. “E eu vou mudar nada. O relatório só será mudado pela maioria. A maioria definitiva. O que ela quiser mudar, ela mudará, sem exceção”, disse.
O senador do PSD acusou o relator de vazar o parecer e reclamou que os próprios integrantes da CPI não tiveram acesso. “Nós estamos aqui lutando para fazer um relatório bom. Agora, o cara também não pode fazer isso com a gente. Fica ruim para todos nós”, disse.
O relatório final da CPI da Covid afirma que o governo do presidente Jair Bolsonaro agiu de forma dolosa, ou seja, intencional, na condução da pandemia, tornando-se responsável pelas milhares de vidas perdidas ao longo dos últimos meses. Composto por 1.052 páginas, o documento analisa os possíveis crimes cometidos pelo presidente e por aliados, além de sugerir a continuidade das investigações.
Aziz afirmou que tem evitado falar com Renan e que apenas o cumprimentou na sessão da CPI desta segunda. “A última vez que falei com ele foi na sexta-feira, quando o G7 se reuniu e ficou acordado que hoje todos nós teríamos uma reunião com ele, mas ele vazou”, reclamou. “Tem um mal-estar, não é comigo só”, afirmou o presidente do colegiado.
Outro integrante do G7 reclamou do senador do MDB. Em entrevista coletiva, o senador Humberto Costa (PT-PE) declarou que defendeu desde o início a escolha de Renan para ser o relator, mas criticou o vazamento do parecer. “Tudo que o Brasil não deseja, não espera e não aceita é que essa CPI, depois de ter dado uma contribuição histórica fundamental para o País, termine numa disputa de vaidades. Isso aí é inaceitável”,
“Ele (Renan) havia assumido um compromisso conosco de que, antes de divulgar esse relatório, teria conversas com os integrantes do G7 para ouvir opiniões, para receber sugestões, para, enfim, saber como é que nós estávamos imaginando”, disse o petista.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também criticou a divulgação antecipada do relatório. “O texto não deveria ter sido vazado. Deveríamos ter consolidado todas as contribuições e, aí sim, encaminhar o texto da parte do relator. O vazamento do texto antes de terem sido consolidadas as contribuições criou de fato um incômodo. Incômodo que temos que superar”, disse em entrevista ao UOL News.
Renan afirmou que houve um “problema de comunicação” e que ele não tem relação com a divulgação antecipada do relatório. No entanto, o senador de Alagoas minimizou o caso e disse que expor o texto ajuda a construir maiorias. “Ia chegar em um momento que ia vazar, não tem jeito”, disse.
O relator negou que haja conflitos com o presidente da CPI e declarou que só há briga quando dois querem. “Não está havendo conflito, você está havendo declaração minha conflitante com alguém? Não há nenhum propósito e não seria o caso do presidente, do relator, do vice-presidente pretender individualizar o relatório”, falou.
“O relatório é o produto do que pensa a maioria. Eu sinceramente não sei qual a divergência do senador Omar com o relatório, se soubesse não teria colocado, teria pacificado primeiro”, afirmou.
Apesar do clima de conflito, o senador Otto Alencar (PSD) avaliou que as divergências serão superadas. “Não tem divisão, tem discordância de pouquíssimos pontos que serão resolvidos. Estamos unidos, mas nem sempre pensamos igual”, disse.
Estadão Conteúdo
Bahia registra 391 novos casos de Covid-19 e mais 10 óbitos pela doença
Foto: Divulgação/Arquivo |
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 391 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,03%) e 417 recuperados (+0,03%). O boletim epidemiológico desta terça-feira (19) também registra 10 óbitos. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.240.662 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.211.509 são considerados recuperados, 2.167 encontram-se ativos e 26.986 pessoas tiveram óbito confirmado pela doença.
O boletim epidemiológico da Sesab contabiliza ainda 1.562.558 casos descartados e 241.762 em investigação. Ainda segundo a secretaria, estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde, até as 17 horas desta terça. Na Bahia, 52.202 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Conforme a Sesab, os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.
Vacinação
Com 10.436.761 vacinados contra o coronavírus com a primeira dose ou dose única, a Bahia já vacinou 81.97% da população com 12 anos ou mais, estimada em 12.732.254. A Sesab informa ainda qye realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas.
Defasagem no preço dos combustíveis gera risco ao abastecimento, diz setor
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O aumento da defasagem entre os preços internos dos combustíveis e as cotações internacionais acendeu alertas no mercado sobre riscos de desabastecimento de produtos por dificuldades de importação por empresas privadas.
As preocupações ganharam força desde a semana passada, quando a Petrobras informou a distribuidoras de combustíveis que não poderia atender a todos os volumes solicitados para entrega em novembro, alegando que houve um crescimento atípico dos pedidos.
O mercado vê na decisão uma estratégia para forçar importações privadas de combustíveis e evitar prejuízos com a venda a preços brasileiros de produtos comprados mais caros no exterior, operação que é vedada pelo estatuto da estatal.
Nesta terça-feira (19), o IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás), afirmou que sem a percepção clara de que os preços seguirão regras de mercado, não há segurança para investimentos nem para importações que complementem o déficit interno de derivados.
“O alinhamento de preços ao mercado internacional apresenta-se como a abordagem necessária para garantir o abastecimento do mercado aos menores custos para a população”, disse o instituto, que reúne as grandes petroleiras e distribuidoras de combustíveis que atuam no país, incluindo a própria Petrobras.
Na semana passada, uma associação que reúne distribuidoras de menor porte, a Brasilcom, veio a público dizer que a Petrobras estava cortando em até 50% os pedidos de suas associadas, o que colocaria o país “em situação de potencial desabastecimento”.
A estatal diz que houve uma “demanda atípica” para o período, com pedidos muito superiores aos normais e acima de sua capacidade de produção. “Apenas com muita antecedência, a Petrobras conseguiria se programar para atender essa demanda”, afirmou, em nota.
Para executivos do setor, o problema reflete uma mudança na estratégia comercial da estatal, que reduziu a frequência de reajustes após a posse do general Joaquim Silva e Luna, e hoje admite operar com defasagens por prazos mais longos.
Nesta terça, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o litro do diesel vendido pela estatal custa R$ 0,61 a menos do que a paridade de importação, conceito que simula quanto custaria para trazer o produto ao país. Na gasolina, a diferença é de R$ 0,46 por litro.
Atualmente, cerca de um quarto do mercado de óleo diesel é abastecido por produtos importados. No caso da gasolina, são cerca de 10%. A Petrobras diz que vem aumentando a produção em suas refinarias, mas uma parcela do mercado continuará sendo atendida por importações.
Executivos do setor entendem que as maiores distribuidoras terão condições de importar os produtos para seus clientes, mas pode haver dificuldade entre as menores e, principalmente, para postos de bandeira branca, que costumam ter menores volumes garantidos em contratos de longo prazo.
Com as defasagens, a participação da Petrobras nas importações cresceu em 2021: em agosto, a estatal foi responsável por 58% das compras externas de diesel e por 83% das de gasolina. Na média, em 2019, foram 30,4% e 39,1%, respectivamente.
Agora, a expectativa é que esse movimento seja revertido, com maior participação privada nas compras no exterior. E, mesmo que não haja desabastecimento, o repasse da diferença deve aumentar a pressão sobre os preços dos combustíveis nas bombas.
Os maiores reflexos devem ser sentidos em regiões mais dependentes de importações, como Norte e Nordeste, segundo executivos ouvidos pela Folha.
Em nota, a Petrobras alega que os pedidos de diesel para novembro superaram em 20% o volume vendido no mesmo período de 2019. No caso da gasolina, a alta foi de 10%. “A Petrobras segue atendendo os contratos com as distribuidoras, de acordo com os termos, prazos vigentes e sua capacidade”, diz.
Segundo as distribuidoras, a alta reflete maior demanda do transporte de cargas e os altos preços do etanol, que vêm levando os consumidores a preferir abastecer o tanque com gasolina.
Entre janeiro e agosto, as vendas de diesel de petróleo (sem considerar o biodiesel misturado antes da entrega aos postos), somaram 35,75 bilhões de litros, volume 5% superior ao verificado no mesmo período de 2019, antes da pandemia. Na gasolina, o volume é praticamente o mesmo daquele período.
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) diz não ver nesse momento risco de desabastecimento do mercado. “A ANP segue realizando o monitoramento da cadeia de abastecimento e adotará, caso necessário, as providências cabíveis para mitigar desvios e reduzir riscos.”
Mas o tema já começa a preocupar os principais usuários de diesel do país: nesta terça, a Abrava, associação que reúne caminhoneiros autônomos, divulgou alerta sobre risco de desabastecimento para a categoria.
“Alertamos a categoria de que o corte nos pedidos de diesel as distribuidoras não será somente no mês de novembro, mas também no mês de dezembro o que necessariamente acarretará o desabastecimento nacional a médio prazo”, diz o texto, que ressalta ainda a possibilidade de aumento dos preços.
“As distribuidoras terão que importar o diesel mais caro e repassar os valores aos postos de combustíveis que por sua vez repassarão o aumento aos caminhoneiros, e com a quantidade de diesel menor os preços irão subir de maneira absurda.”
Nicola Pamplona, Folhapress
Câmara pagou R$ 40,4 mi em reembolsos de contas médicas de deputados
Foto: André Dusek/Estadão/Arquivo |
A bancada do partido Novo na Câmara acionou nesta terça-feira, 19, o Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo uma auditoria nos reembolsos por despesas médicas e odontológicas aos deputados. Um levantamento feito pela sigla aponta que, entre janeiro de 2015 e junho de 2021, o benefício custou R$ 40,4 milhões aos cofres públicos.
De acordo com o partido, o pente-fino é para a Corte de Contas avaliar a ‘operacionalidade e economicidade’ do serviço. Os filiados do Novo não são autorizados pedir reembolsos. “Os parlamentares esperam da Corte uma proposta de correção ou até de extinção definitiva da política de reembolso”, afirma a legenda.
Não há ilegalidade nos pagamentos, embora todos os 513 deputados e seus dependentes tenham direito ao plano de saúde da Câmara, o Pró-Saúde. O convênio tem validade em todo o território nacional e prevê assistências médico-hospitalar, odontológica, fisioterápica, fonoaudiológica, pisicossocial, home care e psiquiátrica. Os parlamentares também têm à sua disposição o departamento médico da Câmara dos Deputados, que oferece atendimento ambulatorial e de emergência clínica. Os reembolsos são previstos, sem limite de custo, quando o deputado busca atendimento em uma rede não conveniada.
“Em um país onde sete a cada dez cidadãos dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para receber tratamento de saúde, a medida, apesar de não ser ilegal, é vista como imoral aos olhos da sociedade brasileira”, diz o Novo.
Além de acionar o TCU, a bancada do partido também enviou ofícios ao Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade da Câmara dos Deputados pedindo todos os reembolsos desde 2015 e ao Secretário de Transparência da Câmara dos Deputados para que as informações relativas aos reembolsos sejam publicadas ‘proativamente’ no site da Casa. “O intuito dos parlamentares é garantir a transparência do uso de recursos públicos”, defende a sigla.
Estadão Conteúdo
Câmara retornará às atividades presenciais na próxima semana
Foto: Naiara Araújo/Câmara dos Deputados |
A Câmara dos Deputados vai retornar às atividades presenciais na próxima segunda-feira (25). A decisão foi tomada na manhã de hoje (19) pela Mesa Diretora da Casa. A mesa disse que, entre outras medidas, será exigida apresentação do passaporte da vacinação para entrar nas dependências da Casa.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, por meio de uma rede social, que serão tomadas medidas administrativas e sanitárias para assegurar o retorno ao trabalho presencial.
"A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu há pouco que os trabalhos presenciais serão retomados a partir da 2ª-feira, 25. Serão tomadas todas as medidas administrativas e sanitárias no retorno das atividades, entre elas, a apresentação da carteira de vacinação", escreveu Lira no Twitter.
Os trabalhos presenciais na Casa foram suspensos em março do ano passado, em razão da pandemia de covid-19. Desde então, as atividades têm sido realizadas de forma híbrida.
No final do mês de setembro, Lira chegou a anunciar que a Casa retornaria às atividades presenciais no dia 18 de outubro, mas a decisão foi adiada.
Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Patamo encontra traficante com arma e drogas em Pernambués
Foto: Divulgação SSP Denúncias indicaram que criminosos estavam exibindo armamentos, na madrugada desta terça-feira (19). |
Os militares chegaram até a localidade de Baixa do Manu, após informações de um bando exibindo armas de fogo. De acordo com o comandante do BPChq, tenente-coronel Wildon Teixeira Reis, os criminosos efetuaram disparos, quando perceberam a presença das guarnições. Houve confronto e um homem acabou ferido. Ele foi socorrido para o Hospital Geral Roberto Santos, mas não resistiu.
Os materiais apreendidos foram apresentados na Corregedoria da PM, onde foi formalizada a ocorrência.
Fonte: Ascom / Poliana Lima
Drogas são localizadas em terreno por cadela da Rondesp
Foto: Divulgação SSP Na ação, um homem foi preso no município de Itaberaba, na segunda-feira (18), durante rondas. |
Os policiais realizavam rondas ostensivas, quando avistaram um homem. Durante buscas foram localizadas trouxas de entorpecentes. Dando continuidade ao trabalho, militares utilizaram as habilidades do cão policial, que encontrou o restante das substâncias, em um terreno nas proximidades.
De acordo com o comandante da unidade, major Eduardo Neves, além das porções de maconha, uma espingarda de fabricação artesanal e embalagens plásticas utilizadas para embalar drogas foram também apreendidas.
O homem foi encaminhado para a Delegacia Territorial (DT) da cidade, junto com os materiais. De acordo com o delegado titular, Ricardo Domingo, o criminoso foi autuado por tráfico de drogas.
Fonte: Ascom / Poliana Lima
PMs interceptam carga de aroeira avaliada em R$ 200 mil
Foto: Divulgação SSP Equipes dos 3º e 4º Pelotões da 86ª CIPM (Formosa do Rio Preto) apreenderam 506 toras do material. |
Foto: Divulgação SSP Equipes dos 3º e 4º Pelotões da 86ª CIPM (Formosa do Rio Preto) apreenderam 506 toras do material. |
As equipes iniciaram a ação, após os PMs de Mansidão desconfiarem da passagem de um caminhão da marca Mercedes Benz, placa JLQ-4378, transportando madeira pela cidade. Eles acompanharam o veículo e, na altura da BA-225, conseguiram interceptá-lo.
Conforme o comandante do 4º Pelotão, sargento PM Jônatas Cardoso, geralmente caminhões chegam no município com carga e saem vazios, por não ser um município agrícola.
“A partir dessa suspeita, mesmo com a voz de parada, o condutor desceu do veículo e fugiu por uma área de mata fechada. Realizamos rondas junto com os colegas do 3º Pelotão, mas ele não foi encontrado”, disse.
Após o material ser escoltado pelos policiais até o pátio da Secretaria do Meio Ambiente e Turismo (Sematur) de Santa Rita, equipes da Companhia Independente de Polícia e Proteção Ambiental (Cippa) de Lençóis e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) foram até o local e confirmaram que se tratava da Aroeira.
A portaria normativa 83 de 26 de setembro de 1991, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), classifica essa extração como ilegal.
O aspirante-a-oficial Felipe Franco Martins, comandante da unidade policial de Santa Rita de Cássia, contou que a suspeita é de que o veículo saiu do Piauí e teria destino o estado de Goiás.
“Nós sabemos que é contumaz o tráfico de madeiras no sul do Piauí e que alguns caminhoneiros usam as estradas que limitam os nossos municípios transportando diferentes cargas. Isso será apurado com o trabalho de investigação da nossa co-irmã, a Polícia Civil”, disse.
A madeira apreendida foi encaminhada para o pátio da Sematur e o caminhão escoltado pelos PMs para a Delegacia Territorial (DT) de Santa Rita de Cássia.
Fonte: Ascom / Rafael Rodrigues
Polícia Militar encerra 10 festas clandestinas na capital
Foto: Alberto Maraux |
A primeira denúncia de aglomeração e festa tipo “paredão” chegou às 10h20 via Centro Integrado de Comunicações (Cicom). Imediatamente policiais militares da 15ª CIPM foram até a Rua da Mangueira, no Alto do Coqueirinho, onde encontraram alguns carros com os aparelhos de som automotivo ligados em volume excessivo. Os responsáveis foram orientados a desligar, não sendo necessária a adoção de outras medidas.
Em Ondina, por volta das 21h20, a PM recebeu a denúncia de uma aglomeração de pessoas que estariam armadas e realizando tráfico de drogas na Praça Tarquínio Gonzaga. Quando as guarnições chegaram ao local o som estava desligado. As equipes realizaram as abordagens e nada ilícito foi encontrado. A praça foi evacuada.
Já no bairro da Liberdade, por volta das 19h30, o Cicom informou uma situação de perturbação da ordem pública na Rua da Alegria, no Curuzu. Equipes da 37ª CIPM com apoio da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT)/Rondesp BTS chegaram ao local e encontraram um evento irregular com o uso de um VW/GOL. Houve a dispersão do público e abordagem ao proprietário do automóvel, que teve o carro apreendido e apresentado na Central de Flagrantes.
Fonte: Ascom: Marcia Santana
Programa da Prefeitura de Ipiaú para o Comércio chega aos últimos encontros
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom |
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom |
O Acelera Comércio tem o intuito de alavancar o crescimento das empresas de Ipiaú, fomentando conhecimento, através de consultoria gratuita com especialistas na área de negócios. O objetivo é preparar as empresas para o pós pandemia, e também sanar dificuldades e lacunas dos empreendimentos a partir do diagnóstico que será realizado individualmente.
O encontro desta terça-feira é voltado para os empresários e microempresários do Varejo de Moda e Serviços. O último encontro acontece no próximo dia 26 para Material de Construção, Indústria e Autopeças. As reuniões acontecem desde o dia 27 de setembro dividido por atividade comercial.
Outra ação também do programa está sendo realizada através da visita de mobilizadores aos comerciantes da cidade desde 13 de outubro para que mais pessoas tenham acesso ao Acelera Comércio.
A empresa ou microempresa que quer aproveitar a oportunidade ou tem dúvidas pode entrar em contato pelo whatsapp 73 98876-9471
Fonte: Prefeitura de Ipiaú/Dircom
STF rejeita ação contra atos e falas do presidente durante a pandemia
Foto: Marcello Casal Jr./Arquivo/Agência Brasil |
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 8 votos a 2, rejeitar a abertura de uma ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) que questionava atos e falas do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia de covid-19.
O processo foi julgado no plenário virtual, em que os ministros têm alguns dias para votar de modo remoto e sem debate oral. Nesse caso, a sessão de julgamento durou dez dias e se encerrou às 23h59 de ontem (18).
Ao final, prevaleceu o entendimento da relatora, ministra Rosa Weber, que rejeitou a ação por entender ser inadequada a abertura de ADPF no caso. Ela também considerou a peça inicial inepta por não especificar exatamente quais atos estariam sendo questionados e tampouco quais medidas objetivas gostaria de ver tomadas.
Ela foi seguida pelos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Nunes Marques, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Foram votos vencidos os ministros Ricardo Lewandowski e Edson Fachin, para quem haveria ameaça a preceitos fundamentais nos atos e falas presidenciais.
A ação foi apresentada pelo PSOL em maio do ano passado. O partido argumentou que o presidente e seu governo violam a Constituição ao minimizar a pandemia de covid-19, manifestando-se, por exemplo, contra o isolamento social e o uso de máscaras.
A legenda pediu ao Supremo que ordenasse o presidente e os membros de seu governo a “pautarem seus atos” de acordo com o direito fundamental à saúde e os preceitos do Estado Democrático de Direito.
Relatora
Para Rosa Weber, esse tipo de pedido genérico não faz sentido, uma vez que o cumprimento da Constituição já é pressuposto de qualquer cargo público. Decisão nesse sentido seria “destinada apenas a reafirmar aquilo que resulta da própria ideia de Estado Constitucional de Direito”, escreveu a ministra.
A relatora também criticou a falta de especificidade dos atos questionados. Para ela a peça inicial manifesta “inconformismo genérico com o governo federal”, não sendo capaz de apontar com objetividade qual seria o alvo da intervenção judicial.
“Não apenas os fatos apontados como justificadores da instauração deste processo de controle concentrado são mencionados de maneira vaga e imprecisa, mas o próprio pedido deduzido pelo autor é incapaz de individuar o objeto da tutela pretendida”, escreveu a ministra.
Em outro trecho, a relatora escreveu que “na realidade, a pretensão dirige-se contra atos futuros e incertos a serem praticados por ocasião de eventos ainda desconhecidos”.
Agência Brasil
Filiação de Bolsonaro ao PP deve levar a ingresso em massa de bolsonaristas na sigla na Bahia
Foto: Divulgação/Arquivo |
Tabu no PP baiano, onde a preferência dos deputados e da cúpula partidária é pela manutenção da aliança com o governador Rui Costa (PT), o eventual ingresso de Jair Bolsonaro deve impulsionar a filiação em massa de bolsonaristas na legenda no Estado.
É tudo o que o comando nacional do PP quer. O partido tem meta a bater de 70 deputados na próxima legislatura. É número suficiente para chegar mandando no futuro Congresso e, consequentemente, no novo governo, que, segundo as pesquisas de hoje, não será de Bolsonaro.
Política Livre
O valor do auxílio será de 400 até o fim de 2022 e custará R$ 84 bi
Foto: Marcello Casal Jr./Arquivo/Agência Brasil |
Ipiaú: A Secretaria Municipal de Saúde
Foto: Divulgação |
Observações: a pessoa pode se dirigir a unidade de saúde independente do cronograma de vacinação das unidades, no entanto ele deve se vacinar na USF de referência, onde é atendido
Seminário “Mais Mulheres na Política” debate inclusão de candidatas negras, trans e com deficiência
Evento promovido pelo TSE contou com a participação de especialistas do Brasil e do exterior, que discutiram a violência política de gênero |
Os números das Eleições Municipais de 2020 trazem um panorama sobre o espaço das mulheres na política no Brasil. Foram 30 pessoas transgênero eleitas, o que representa apenas 10% das candidatas trans. As mulheres negras compõem 28% da população, mas, nas eleições passadas, representaram somente 3% das candidaturas para as prefeituras e 34% para quem concorreu às câmaras municipais. E houve um crescimento de 49% nas candidaturas de mulheres indígenas em relação às Eleições de 2016, com seis candidatas ao cargo de prefeito e 683 para vereador, para uma população indígena que supera 1,3 milhão de pessoas.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil tem mais ou menos 1 milhão de pessoas com deficiência na sua base de eleitores cadastrados, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que essa população seja de 46 milhões de pessoas. No pleito do ano passado, 1% das eleições cadastradas no Brasil foi de pessoas com deficientes (6.584 pessoas) e 25% dessas candidaturas eram de mulheres (1.673 pessoas).
Por trás de números como esses estão pessoas como Bruna Benevides, representante da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra); Ieda Leal de Souza, coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado; Cacica O-e-Kaiapó Paiakan, liderança indígena; e Luana Rolim, vereadora de Santo Ângelo (RS). Elas foram as convidadas do painel “Perspectivas interseccionais sobre sub-representação e violência”, que encerrou o seminário “Mais Mulheres na Política – sem violência de gênero”, promovido nesta segunda-feira (18), de forma virtual, pelo TSE. O painel foi moderado pela coordenadora de Mídias e Web do TSE, Fábia Galvão.
Na abertura do painel, Bruna Benevides afirmou que tem acompanhado com muita preocupação a forma com que, proporcionalmente ao número de candidatos transgênero, tem aumentado “a violência que tenta impedir o acesso da população trans nesses espaços de decisão”. “Essa violência também tem saído do armário e tem se mostrado cada vez mais presente e frequente, tanto no ambiente virtual quanto no dia a dia dessas candidatas e no cotidiano dessas parlamentares após eleitas”, destacou.
Pioneiras
Durante sua fala, Bruna lembrou Érika Hilton, que se tornou a primeira vereadora trans e negra em São Paulo, bem como a mulher mais votada no Brasil nas Eleições de 2020, com 50.508 votos, e Erica Malunguinho, primeira mulher trans a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Além disso, ela fez uma reverência à Kátia Tapety, primeira transexual eleita do Brasil. “Não existe democracia sem a participação de travestis, de mulheres trans, sem a comunidade LGBTQIA+. Sem diversidade não tem democracia, não tem um futuro promissor para esse país”, destacou.
Para Ieda Leal de Souza, nenhuma mulher pode ser abandonada. “O Brasil precisa de nós. Precisamos lutar contra todo tipo de discriminação. O que temos hoje no país é muita dor, são muitas perdas. Mas tudo isso nos convida a reorganizar os nossos espaços e as nossas lutas. Sem nós não há desenvolvimento nesse país. Temos que interromper esse ciclo de violência”, disse.
A Cacica O-e-Kaiapó Paiakan reforçou que as mulheres indígenas não estão inseridas apenas na luta por mais igualdade nas aldeias, mas estão, também, cada vez mais presentes na sociedade. “Precisamos lutar por nós e para as próximas gerações, não só para os povos indígenas, mas há ainda muitas políticas públicas a serem construídas com o povo e para o povo”, afirmou.
Última palestrante a falar, Luana Rolim, primeira vereadora com Síndrome de Down do Brasil, enalteceu a luta de todas as participantes do painel e convidou a todos para pensarem sobre inclusão. “A inclusão não é um benefício para uma comunidade específica: é uma conquista da sociedade como um todo e para todos”, enfatizou.
O evento
Durante todo o dia, o seminário debateu como superar a sub-representação feminina no cenário político, o preconceito e a violência contra a mulher, com atenção especial à situação das mulheres negras, indígenas, LGBTQIA+ e com deficiência, que sofrem duplamente por fazerem parte de um grupo mais vulnerável socialmente.
Todos os debates do evento ficarão disponíveis no canal do TSE no YouTube.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação
Mulheres discutem o impacto da violência política na representatividade feminina nas casas legislativas
Foto: Divulgação/TSE |
O segundo painel do seminário “Mais Mulheres na Política - sem violência de gênero”, na tarde desta segunda-feira (18), teve como tema “Violência política de gênero no Brasil – Verdades e perspectivas”. O debate foi mediado pela ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Cláudia Bucchianeri Pinheiro e contou com a participação da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia; da representante para o Brasil da agência ONU Mulheres, Anastasia Divinskaya; da deputada federal Celina Leão (PP-DF); da presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil; da senadora Simone Tebet (MDB-MS); e da promotora de justiça do estado da Bahia Lívia Vaz.
O objetivo do seminário foi reunir especialistas, parlamentares e autoridades para uma reflexão ampla e plural sobre as práticas abusivas enfrentadas ainda hoje. A proposta foi apontar os diferentes tipos de comportamentos relacionados à discriminação política de gênero, a fim de discutir mecanismos de proteção às mulheres que atuam em cargos nas casas legislativas.
Os debates também abordaram a necessidade de atenção à situação das mulheres negras, indígenas, LGBTQIA+ e com deficiência, que sofrem duplamente por fazerem parte de um grupo mais vulnerável socialmente. O evento foi aberto ao público e transmitido ao vivo pelo canal do Tribunal no YouTube, com tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
“Abaixo de cachorro”
Primeira a falar, a ministra Cármen Lúcia fundamentou a luta para a maior participação das mulheres na política no inciso I do Artigo 5º da Constituição Federal, que estabelece que homens e mulheres são iguais em direitos e deveres perante a Lei. A exclusão da participação feminina na política, que se faz histórica no Brasil, segundo a ministra, “leva à morte cívica, à morte física, à morte intelectual de mulheres pelo mundo afora, e de uma forma específica no Brasil”.
A “violência cívica”, como denominou Cármen Lúcia, tem o seu lugar ao lado de outras formas de violência infligidas às mulheres, como a física, a moral, a patrimonial e a psicológica. E fazendo um paralelo com a nova legislação que coíbe os maus tratos a cães e gatos, a ministra destacou que a pena mínima para os maus tratos contra os animais domésticos é a mesma que a máxima para maus tratos psicológicos contra mulheres. “Agora, no Brasil, literal e legalmente, eu, como mulher, estou abaixo de cachorro”, pontuou.
Brasil em 133º lugar
A representante da ONU Mulheres no Brasil, Anastasia Divinskaya, apresentou uma série de dados que traçam o quadro da presença feminina na política brasileira, em comparação com outros países. Segundo ela o Brasil, embora tenha 52% de mulheres eleitoras, está abaixo da média mundial na representação feminina na política: elas são menos de 15% dos representantes eleitos.
Com apenas 14,35% de eleitas para a Câmara dos Deputados, o Brasil é o 133º país no ranking da União Interparlamentar (UIP) sobre a participação de mulheres em câmaras baixas. Em cargos ministeriais, o Brasil ocupa o 144º lugar no ranking mundial de representatividade feminina e o 142º no ranking de representação parlamentar. Na América Latina, fica à frente apenas das Bahamas, Belize e Haiti. Nas Eleições Municipais de 2020, 16 municípios brasileiros não elegeram sequer uma mulher vereadora.
Anastasia reconheceu que houve avanços no estímulo à presença feminina na política, mas que ainda há muito a ser feito. A causas dessa sub-representação são bem conhecidas, segundo ela: patriarcado, desigualdade estrutural e múltiplas formas de discriminação. “Temos dados que mostram que a violência contra as mulheres que ocupam cargos públicos e de decisão política tem um impacto arrepiante na ambição política das mulheres jovens”, revelou a representante da ONU Mulheres. Esse, segundo ela, é um efeito desejado por quem realiza essa violência.
Dobro de mulheres eleitas
“Eu sou fruto da luta de mulheres que estavam em situação de poder”, disse a deputada Celina Leão (PP-DF), presidente da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Mulher e coordenadora-geral da Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados. Ela destacou que, nas Eleições Gerais de 2018 e nas Municipais de 2020, foi possível dobrar o número de mulheres eleitas graças à cota de gênero para a distribuição do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido como Fundo Eleitoral, e para o tempo de propaganda no rádio e na televisão.
A deputada ressaltou que essas conquistas aconteceram na seara do Poder Judiciário porque, segundo ela, o ambiente do Poder Legislativo ainda é muito machista. Para Celina Leão, essa situação só será revertida com a conquista de uma maior representatividade feminina no Parlamento, para que iniciativas que protejam e beneficiem mulheres possam progredir sem enfrentar obstáculos de gênero. Hoje, ela destacou, mulheres deputadas presidem sete comissões permanentes e ocupam três cargos na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
Ela apontou que o crime de violência política, com pena de três meses a seis anos de reclusão, foi incluído no Código Penal por meio da atuação da deputada Margarete Coelho (PP-PI), relatora do projeto. E que, na discussão do Código Eleitoral, também relatado por Margarete, foram incluídos diversos dispositivos que beneficiam candidaturas de mulheres e negros, como a contabilização em dobro dos votos a esses dois grupos para efeitos de cálculo dos repasses do Fundo Partidário, entre outros.
Profundo processo de mudança
Ao tomar a palavra, a juíza Renata Gil, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), apontou que o Brasil passa, nos últimos tempos, por um profundo processo de mudança, onde muitas mulheres têm ocupado espaços de poder. “Nós, que ocupamos esses espaços de poder, precisamos no unir e nos posicionar publicamente contra a violência contra a mulher”, conclamou.
O próximo passo na luta no combate à violência de gênero, segundo Renata Gil, é o projeto de lei que torna obrigatória a realização de uma semana de estudo de violência contra a mulher nas escolas e a inclusão, na grade curricular dos estudantes, de noções de combate às agressões de gênero. “Essa lei é a que vai fazer a virada de página, que vai quebrar esse paradigma de violência. Tenho certeza de que vamos colher muitos bons frutos daqui para frente”, acredita.
Sempre filhas ou esposas de homens públicos
A senadora Simone Tebet apontou que o processo de promoção da presença feminina na política tem se desenvolvido com mais rapidez nos últimos anos. Fazendo um retrospecto da história da democracia brasileira, Tebet apontou que levou séculos para a mulher poder votar, décadas para poder ser eleita. E hoje já há a conquista de cotas de financiamento e tempo de propaganda para candidaturas femininas.
Isso, ela conta, ajudou a terminar com a concepção de que mulheres na política tinham sempre que ser filhas ou esposas de algum homem público. E as cotas de gênero encerraram a prática de subfinanciamento das campanhas femininas, que recebiam bem menos recursos quando em comparação aos candidatos do sexo masculino. Com a inclusão da violência política como tipo do Código Penal, as mulheres tiveram assegurado o direito de voz na política brasileira.
A dor do corpo negro
“É importante nomear nossas dores”, apontou Lívia Vaz, promotora pública do estado da Bahia, ao deixar claro o porquê da importância de que mulheres – em especial, as mulheres negras – ocupem espaços na política para, assim, poderem trazer para o debate público as dificuldades que enfrentam em seu cotidiano.
A atenção às mulheres negras, segundo ela, se deve ao fato de que essa parcela da população é vítima ao mesmo tempo de duas formas distintas de opressão: a opressão sexista, por serem mulheres, e a opressão racista, por serem negras. E isso, explica Lívia Vaz, as expõe a um grau maior de violência, que configura um feminicídio negro. “Quando eu falo das diferenças, não é para nos separar. Eu falo das diferenças para amplificar o olhar de quem não sofre as dores que o meu corpo negro sofre”, concluiu.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação
Gasolina sobre 3,3% em uma semana e preço médio do litro chega a R$ 6,32
Foto: Nilton Fukuda/Estadão/Arquivo |
O reajuste, de 7,2%, entrou em vigor no último dia 9, segundo a estatal, para compensar parte da elevação das cotações internacionais do produto. A Petrobras também aumentou o preço do gás de cozinha, no mesmo percentual.
Com os repasses, já é possível encontrar gasolina a mais de R$ 7 por litro em seis estados, segundo a pesquisa da ANP: Mato Grosso, Piauí, Acre, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O preço mais alto, R$ 7,499 por litro, foi registrado em Bagé (RS).
De acordo com a ANP, o preço do botijão de 13 quilos teve alta de 1,8% nas revendas esta semana, atingindo o valor médio de R$ 100,44, superando pela primeira vez casa dos R$ 100 no preço médio nacional. Em Mato Grosso, Rondônia e no Rio Grande do Sul, é possível encontrar o botijão a R$ 135.
A escalada dos preços dos combustíveis é um dos principais fatores de pressão sobre a inflação brasileira, que em setembro acelerou para 1,16%, a maior alta para o mês desde o início do Plano Real, quebrando a barreira simbólica dos dois dígitos no acumulado de 12 meses.
Para tentar reverter os impactos dos aumentos sobre sua popularidade, o presidente Jair Bolsonaro vem colocando o tema como principal prioridade do seu governo, com apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Nesta quinta (14), a Câmara aprovou projeto de lei que altera as regras de cobrança do ICMS, imposto estadual que vem sendo apontado erroneamente pelo governo como principal causa dos aumentos dos preços dos combustíveis.
Criticado por governadores e especialistas, o projeto promete reduzir em 7% o preço da gasolina. Os estados alegam que perderão R$ 24 bilhões por ano com a nova fórmula, que segundo eles não resolveria o problema da alta de preços.
A pesquisa da ANP identificou também nova alta no preço do diesel, que foi reajustado nas refinarias no início do mês. Segundo a agência, o produto custa, em média, R$ 4,976, aumento de 0,3% em relação à semana anterior.
Assim, a alta acumulada desde o reajuste nas refinarias é de 5,7%.
O preço do etanol também manteve a tendência de alta e fechou a semana a R$ 4,819 por litro, valor 0,9% superior ao registrado na semana anterior.
Com a pressão política sobre os preços dos combustíveis, a Petrobras vem tendo dificuldades de cumprir os prazos de acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que prevê a venda de metade de sua capacidade de refino.
Até agora, apenas duas unidades foram vendidas, as refinarias da Bahia e do Amazonas. Outros três processos ainda estão em negociação e três, com prazo final para assinatura de contratos no fim deste mês, foram suspensos.
Nicola Pamplona/Folhapress//
Demissão de procurador reforça PEC que mexe no Ministério Público, avaliam parlamentares
Foto: Cleia Viana/Arquivo/Câmara |
A demissão do procurador Diogo Castor na noite desta segunda-feira (18) deve reforçar o discurso antilavajatista no Congresso.
A leitura por parte de parlamentares é a de que, se de um lado a decisão mostra que o Conselho Nacional do Ministério Público é capaz de dar duras penas a integrantes do Ministério Público Federal, de outro, expõe a ausência de medidas da corregedoria do MPF, ou seja, de controle interno, durante todo o período da Lava Jato e sobre outras investigações.
O CNMP é o conselho que está na mira da Câmara dos Deputados. Uma PEC em andamento tenta modificar sua composição, incluindo mais membros de fora do Ministério Público, com indicações do Congresso, onde estão diversos parlamentares que já foram alvo de inquéritos ao longo desses anos.
Na visão de procuradores, a decisão do órgão já foi uma consequência da possível aprovação dessa PEC. Segundo essa leitura, a partir de agora deve ocorrer uma avalanche de punições que, em última instância, vai inibir a atuação da instituição contra políticos.
A pena de demissão indicou também o futuro dos 11 procuradores da Lava Jato do Rio de Janeiro que estão na mira do CNMP por causa da divulgação de um release de informações sigilosas e nomes de alvos de apuração. A expectativa é que eles também sejam demitidos.
Diogo Castor foi punido por pagar pela instalação de um outdoor em uma avenida de Curitiba para homenagear os integrantes da força-tarefa liderada por Deltan Dallagnol. Ele assumiu ter custeado os valores. A punição foi vista por procuradores como exagerada se comparada com outros casos que ja passaram pelo CNMP.
Painel/Folhapress
Para Planalto, Renan apresentou à CPI ‘relatório do Lula’
Foto: Dida Sampaio/Arquivo/Estadão |
Com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid atravessando uma crise interna depois que o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi antecipado pelo Estadão, o governo já decidiu precificar o desgaste que o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e ministros sofrerão por conta do resultado das investigações da Comissão. Mesmo com alguns dos integrantes do chamado G7 discordando de trechos do parecer de Renan, especialmente na acusação de promover genocídio entre indígenas e contra o senador Flávio Bolsonaro, o governo admite que não há como impedir que um relatório muito duro seja apresentado.
A ideia do Planalto é trabalhar politicamente para tentar desqualificar as acusações e carimbá-las como sendo de cunho político e eleitoral. Ou como “relatório do Lula”, segundo definiu um aliado muito próximo de Bolsonaro, citando a ligação política de Renan com o petista.
Se o cenário eleitoral de 2022 é evidente nessa reação do governo, a divergência interna dos integrantes da CPI envolve mesmo uma disputa por espaço político. O vazamento do relatório de Renan foi considerado por membros do G7, especialmente o presidente da CPI, Omar Aziz, como uma quebra de compromisso. Por esse acordo, o relatório final receberia contribuições dos senadores antes de ser apresentado. Com o vazamento do texto, os senadores acham que Renan quis fazer uma espécie de política do fato consumado, com seu relatório valendo independentemente da opinião de outras visões.
Uma das principais divergências está na imputação do crime de genocídio de indígenas que Renan atribui a Bolsonaro no seu texto. Aziz considera a acusação exagerada. Além disso, ele e outros senadores do G7 também acham que uma “mão pesada demais” no texto dá munição para o governo alegar que o relatório é político e enfraquece o propósito de mostrar a responsabilidade do presidente e do governo nos problemas na condução do combate à pandemia do coronavírus, que já causou mais de 603 mil mortes.
Há também um sentimento de insatisfação com Renan por não ter entendido que foi apoiado pelo G7 para ser o relator da CPI quando seu nome enfrentava forte resistência dos governistas e até de setores da oposição. Aziz foi um dos que ajudaram a bancar a indicação para o posto que tem ajudado na recuperação da imagem política de Renan abalada por uma série de acusações ao longo dos anos. Não fosse isso diz um senador, ele teria hoje apoio suficiente no Senado para tentar disputar novamente o comando do Senado.
Politicamente, Renan minimiza as queixas e diz que concorda com o processo que levou ao adiamento da leitura do relatório e da sua votação. Também não vê problemas que o relatório tenha vazado previamente. “Essa coisa de vazar, se vazou, por que vazou… Não dá para discutir isso no século 21. Um relatório que estava pronto há dois meses em alguns aspectos, como eu disse e repito. Teria que vazar mesmo”, afirmou.
Aliados de Renan também admitem que foi bom que o texto mais contundente do relatório tivesse seu conteúdo vazado. Com isso, avaliam que fica quase impossível para que o parecer seja amenizado por influência do Planalto.
Esses interlocutores do senador lembram que a sessão desta segunda, de alto teor emotivo, com parentes de vítimas da covid, reforçou ainda mais a necessidade de se aprovar um relatório forte contra o governo. “Quero ver quem vai votar contra um relatório que pede punição para quem causou todo esse sofrimento para as pessoas”, diz um senador aliado de Renan.
Marcelo de Moraes/Estadão Conteúdo
Navio-veleiro Cisne-Branco da Marinha se choca contra ponte no Equador
Crédito: Reprodução/Instagram |
O navio-veleiro da Marinha do Brasil conhecido como Cisne-Branco colidiu com uma ponte de pedestres, que conecta a cidade Guayaquil à Ilha de Santay, no Equador. A ponte se estende sobre o Rio Guayas, que liga a maior cidade equatoriana ao mar e abriga o principal porto do país. O acidente ocorreu nesta segunda-feira (18), por volta das 12h30, horário local (14h30 pelo horário de Brasília).
Após o choque à ponte, um rebocador local, que apoiava o navio na manobra, acabou adernando e emborcou no local.
Segundo a Marinha do Brasil e a Marinha do Equador, houve danos materiais, mas nenhuma pessoa se feriu.
"No momento, o Navio-Veleiro Cisne Branco encontra-se fundeado em segurança, aguardando disponibilidade de cais para atracação em Guayaquil, onde serão avaliadas as condições de material, mais detalhadamente. A Marinha do Equador, bem como autoridades locais, vêm prestando total apoio ao nosso Cisne Branco", informou a Marinha, em nota.
Edição: Fábio Massalli
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília
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