Corrigindo a publicação: O Boletim Covid/ 06 de novembro não registrou nenhum caso de coronavirus em Ipiaú
A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 06 de novembro, tivemos 13.213 casos registrados como suspeitos, sendo 3.168 casos confirmados, dentre estes, são 3.082 pessoas RECUPERADAS, 00 está em isolamento social, 00 internada e 86 foram a óbito. 10.037 casos foram descartados e 08 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 00 caso ativo.
Partiu Testagem
50 pessoas testadas no Complexo Integrado de Educação de Ipiaú e Escola Municipal Maria José Lessa de Moraes.
Todos os testes em análise
O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .
Prefeitura de Ipiaú/Dircom
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Boletim Covid/ 07 de novembro, da Secretaria de Saúde de Ipiaú
A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 07 de novembro, tivemos 13.218 casos registrados como suspeitos, sendo 3.169 casos confirmados, dentre estes, são 3.083 pessoas RECUPERADAS, 00 está em isolamento social, 00 internada e 86 foram a óbito. 10.041 casos foram descartados e 08 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 00 caso ativo.
Partiu Testagem
50 pessoas testadas no Complexo Integrado de Educação de Ipiaú e Escola Municipal Maria José Lessa de Moraes.
Todos os testes em análise
O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder.
Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Entenda por que primeiras pílulas contra a Covid são tão promissoras
Foto: Divulgação/Arquivo |
As empresas farmacêuticas MSD (conhecida como Merck no Canadá e Estados Unidos) e Pfizer anunciaram resultados animadores para os primeiros tratamentos orais contra a Covid-19, enquanto um antidepressivo também mostrou sinais promissores, o que pode abrir um novo capítulo na luta contra a pandemia.
O que são esses tratamentos? Fala-se em tratamentos orais, pílulas, ou comprimidos, que seriam administrados assim que surgissem os primeiros sintomas da Covid-19, com o objetivo de evitar formas graves da doença e, portanto, a hospitalização.
Após meses de pesquisas, duas gigantes farmacêuticas americanas acabam de anunciar que conseguiram fazer isso: a MSD, no início de outubro, com o molnupiravir; e a Pfizer, na sexta-feira (5), com o paxlovid.
Trata-se de antivirais que atuam reduzindo a capacidade de replicação do vírus, desacelerando a doença.
Ambas as empresas relatam uma forte redução nas hospitalizações entre os pacientes que fizeram seus tratamentos –pela metade, para o molnupiravir, e quase 90%, para o paxlovid–, embora comparações diretas sobre a eficácia não sejam possíveis, devido aos diferentes protocolos de estudo.
Em paralelo, um antidepressivo que já é de domínio público, a fluvoxamina, apresentou resultados animadores na prevenção de formas graves da Covid-19, segundo um estudo publicado em outubro por pesquisadores brasileiros na revista Lancet Global Health.
Por que é importante? Caso se confirme que essas drogas são eficazes, será um grande passo à frente no combate à Covid-19, porque complementariam, mas não substituiriam, a vacinação no arsenal terapêutico contra o vírus.
Embora já existam tratamentos –principalmente na forma de anticorpos sintéticos–, eles são medicamentos para pacientes que já sofrem formas graves da doença, além de serem injetados por via intravenosa, portanto, complexos de administrar.
Já uma pílula, ou comprimido, pode ser rapidamente prescrito ao paciente, que pode tomá-lo em casa. Os tratamentos da MSD e da Pfizer, que também teriam poucos efeitos colaterais, preveem dez doses em cinco dias.
“O sucesso desses antivirais abre, potencialmente, uma nova era em nossa capacidade de prevenir as consequências graves da infecção por SARS-Cov2”, disse o virologista britânico Stephen Griffin no Science Media Center.
Quais são as limitações? Continua difícil avaliar o interesse dos tratamentos da MSD e da Pfizer, já que os dois grupos até agora publicaram apenas comunicados à imprensa, sem dar detalhes de seus ensaios clínicos.
Nesse sentido, esses anúncios devem ser “tomados com cautela” até que os estudos estejam disponíveis, observou em setembro a especialista francesa em doenças infecciosas Karine Lacombe, enfatizando que esses tratamentos representam um mercado “potencialmente enorme” para os fabricantes.
Ainda assim, há claros indícios de que MSD e Pfizer não estão fazendo promessas vazias.
Em relação à fluvoxamina, embora o estudo seja acessível a todos, não é isento de críticas.
Vários pesquisadores lamentam que os autores não tenham avaliado unicamente a frequência de hospitalizações, mas também a frequência de estadas prolongadas nos serviços de emergência, o que dificulta a interpretação dos dados.
Para quando? E qual custo? O molnupiravir da MSD já está aprovado no Reino Unido, onde autoridades sanitárias deram sinal verde, na quinta-feira (4), para seu uso em pacientes com pelo menos um fator de risco de desenvolver uma forma grave da doença, como idosos, obesos e diabéticos.
Autoridades de saúde dos Estados Unidos e da União Europeia também estão revisando o medicamento em caráter de urgência.
Na semana passada, a EMA (Agência Europeia de Medicamentos) prometeu “agilizar” o processo, mas não quis dar uma data.
Vários países já solicitaram reservas de monulpiravir, como a França –50 mil doses– e principalmente os Estados Unidos –1,7 milhão de doses.
O pedido americano dá uma ideia do alto preço desse medicamento: representa US$ 1,2 bilhão, ou seja, cerca de US$ 700 por dose.
Já a Pfizer, que no momento menciona apenas um pedido de autorização nos Estados Unidos, não detalhou o preço do paxlovid, prometendo que seria “acessível” e diferenciado de acordo com os países e seu nível de desenvolvimento.
Julien Dury/Folhapress
Bahia registra 305 novos casos de Covid-19 e mais dois óbitos pela doença
Foto: Divulgação/Sesab/Arquivo |
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 305 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,02%) e 297 recuperados (+0,02%). O boletim epidemiológico deste domingo (7) também registra dois óbitos. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.248.855 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.219.261 são considerados recuperados, 2.475 encontram-se ativos e 27.119 pessoas tiveram óbito confirmado devido à doença.
O boletim epidemiológico da Sesab contabiliza ainda 1.587.181 casos descartados e 245.275 em investigação. Ainda segundo a secretaria, estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde, até as 17 horas deste domingo. Na Bahia, 52.366 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Conforme a Sesab, os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.
Vacinação
Com 10.737.409 vacinados contra o coronavírus com a primeira dose ou dose única, a Bahia já vacinou 84,33% da população com 12 anos ou mais, estimada em 12.732.254. A Sesab ainda informa que realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas.
Piloto de avião que levava Marília Mendonça é enterrado em Brasília; 'Pessoa fantástica', diz ex-esposa
Enterro de Geraldo Medeiros Júnior, piloto de avião que levava Marília Mendonça — Foto: TV Globo/Reprodução |
O corpo de Geraldo Medeiros Júnior, de 56 anos, piloto do avião que levava a cantora Marília Mendonça e caiu, na sexta-feira (5), em Minas Gerais, foi enterrado na manhã deste domingo (7), em Brasília. Todos os cinco ocupantes da aeronave morreram (veja mais abaixo).
Nascido em Floriano, no Piauí, Geraldo morava no Distrito Federal há 30 anos e deixa mulher e três filhos. A ex-esposa dele, Euda Dias, de 44 anos, disse que os dois ainda eram muito amigos. "Ele merece toda homenagem do mundo. Era uma pessoa fantástica."
REPERCUSSÃO: famosos lamentam
Velório de Geraldo Medeiros Júnior, de 56 anos, piloto de avião que levava Marília Mendonça — Foto: TV Globo/Reprodução |
O plano inicial da família era cremar o corpo e levar as cinzas à cidade natal do piloto. No entanto, segundo Euda, os planos mudaram e ele foi sepultado no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, por volta das 11h20.
"Não vai ser mais cremado porque a burocracia está muito grande. A gente tinha essa intenção pra guardar as cinzas em Floriano, com o pai dele. Mas não vai ser mais, vai ser enterrado aqui no Campo da Esperança, aqui pertinho. E vai ser assim. Mudança de planos", afirmou.
Ainda de acordo com a ex-mulher, Geraldo era apaixonado pelo trabalho. "Largava qualquer coisa para fazer um voo. De tão bom que ele era, trazia aviões pra serem homologados aqui."
O copiloto do avião, Tarciso Pessoa Viana, 37 anos, que também vivia no DF, será velado na capital neste domingo.
Por g1 DF e TV Globo
07/11/2021 09h27 Atualizado há uma hora
Covid-19: Brasil recebe mais 1,12 milhão de doses de vacina da Pfizer
Foto: Giovana Alburquerque/Agência Brasil |
Chegou hoje (7) ao Brasil um lote com 1,12 milhão de doses da vacina da Pfizer contra a covid-19. O desembarque da carga ocorreu no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
Essa é a 14ª entrega dentro do segundo contrato com a farmacêutica para o fornecimento de 100 milhões de doses do imunizante até dezembro. A fabricante da vacina já entregou 100 milhões de doses previstas no primeiro termo assinado com o governo federal.
Desde o início da vacinação contra o coronavírus no Brasil, foram distribuídas mais de 344 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo que 121 milhões foram fabricadas pela Pfizer.
A previsão do Ministério da Saúde é que, agora em novembro, cheguem ao Brasil 34 milhões de doses da vacina do laboratório norte-americano.
Até o momento, 122,3 milhões de pessoas completaram a imunização contra a doença no Brasil, com duas doses ou vacina de dose única.
Edição: Kleber Sampaio
Por Daniel Mello Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Hospital das Clínicas de SP faz campanha para pesquisa sobre covid-19
Foto: National Institute of Allergy and Infectious/Direitos Reservados |
O Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo abriu uma campanha de financiamento de pesquisas sobre os diferentes efeitos da covid-19 no organismo humano. A instituição, ligada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), pretende desenvolver estudos sobre os efeitos da doença nos sistemas cardiovascular, neurológico e urinário. As pesquisas também tencionam avaliar os reflexos das infecções no sêmen e nos índices glicêmicos, entre outros impactos.
Para desenvolver os trabalhos, serão mantidos quatro bolsistas que receberão R$ 5 mil por 12 meses e um que atuará por dez meses. Os estudos buscam padronizar diagnósticos e desenvolver tratamentos para os efeitos de longo prazo da covid-19.
As doações para o projeto Adote um Pesquisador podem ser feitas pelos próximos 43 dias pela plataforma de captação de recursos do Hospital das Clínicas.
Edição: Kleber Sampaio
Por Daniel Mello Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Santa Luzia: Criança de dois anos é morta a tiros; suspeito foi preso
Foto: Reprodução Redes Sociais |
A pequena Elisa Vitória Vieira de Jesus de apenas dois anos, foi morta a tiros na cidade de Santa Luzia, no sul do estado, na noite da última sexta-feira (5). As informações são do G1.
De acordo com a Polícia Militar de Camacan (cidade a cerca de 25 km de Santa Luzia), que atendeu a ocorrência, a mãe da criança informou que o marido era alvo dos disparos. A mulher relatou aos PMs que três homens armados arrombaram a porta do imóvel à procura do marido dela. Como o homem não estava em casa, o trio disparou contra a criança e fugiu.
Equipes da polícia fizeram buscas para encontrar os suspeitos, mas eles não foram achados na sexta. Apenas um dos suspeitos foi achado no sábado (6), será ouvido e segue preso.
Em nota, a Polícia Civil confirmou que o alvo dos atiradores era o pai da menina, que não estava no imóvel. A motivação do homicídio está sendo investigada pela 6ª Coorpin/Itabuna.
Irecê: Polícia apreende drones que seria utilizados para enviar drogas para carceragem
Foto: Divulgação/Ascom/PC |
Dois drones que seria usados para levar drogas para a carceragem da delegacia de Irecê, foi apreendido na sexta-feira (5), durante ação conjunta da 14ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) e da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), do município. Além dos veículos aéros, foram apreendidos um carro roubado, 200 gramas de cocaína, uma porção de maconha.
De acordo com a Polícia Civil, investigadores interceptaram o Chevrolet Onix, de cor branca, placa OUT 3945, na Praça do Feijão, conduzido por um homem suspeito de tentar enviar drogas para a carceragem da unidade especializa, utilizando os drones.
Após a abordagem, o investigado levou os policiais até a sua residência, onde a equipe encontrou as drogas. “Os entorpecentes estavam embalados com sacos plásticos e um cordão de sustentação, usado para acoplar o material ilícito ao drone”, explicou o titular da DTE/Irecê, delegado Alex Nunes Rocha.
O suspeito confessou o crime e confirmou ser o operador dos drones, mas disse que as tentativas de colocar os entorpecentes na carceragem falharam. “Ele já responde por porte ilegal de arma de fogo em Irecê e roubo qualificado, no Mato Grosso”, acrescentou o titular da especializada. Por: Bahia noticias
Situação fiscal e crise fazem investidor externo sair do Brasil
Foto: Alessandro Shinoda/Folhapress/Arquivo/Bolsa de Valores |
A participação do Brasil nas carteiras de investidores estrangeiros chegou à mínima histórica por conta de uma combinação de maior aversão aos riscos, com a expectativa de subida de juros nos EUA (que deve drenar recursos dos países emergentes) e preocupações com a crise fiscal no Brasil, agravada com a tentativa de “furar” o teto dos gastos. Considerando os fundos dedicados aos mercados emergentes, o País tem hoje uma fatia de 5,1% – no auge, em 2011, essa participação era de 16,4%.
Já nos fundos globais, que compram ações em todo o mundo, a fatia do Brasil é de 0,23%, ante participação que chegou a 1,94% no fim de 2009, conforme relatório do BTG Pactual. Nos fundos dedicados à América Latina, o Brasil não está com a pior exposição histórica. Hoje, está em 60,36%, menor nível desde 2019, mas acima do piso de 2015 (43,1%).
Após fuga de US$ 51,2 bilhões pelo canal financeiro em 2020 – renda fixa e ações –, dados do Banco Central mostram que este ano tem havido recuperação nos investimentos dos estrangeiros, mas de forma tímida. No ano, até outubro, o total é de US$ 1,8 bilhão.
“Isso é explicado por uma confluência de fatores domésticos e um internacional, diante de um movimento de aumento de taxas de juros”, diz a chefe de economia da corretora Rico, Rachel de Sá. Ela lembra que é comum, em épocas de juros muito baixos, a ampliação de investimentos de maior risco. Esse cenário agora mudou. “Com isso, começa a ter um redirecionamento”.
Para a analista da Toro Investimentos Paloma Brum, o cenário interno tem ajudado a afastar investidores. “A quebra da regra do teto dos gastos não foi bem avaliada. Uma das leituras é de que se (o governo) quebra uma regra, isso pode ocorrer com outras”.
Investidor vê crise mais severa no Brasil
As preocupações com o ritmo de crescimento da atividade econômica em 2022, com a inflação em alta e o aumento da dívida pública não são exclusividade do Brasil quando se considera a situação em outros países emergentes. Mas a intensidade desses problemas parece produzir mais estragos aqui do que em outros lugares, argumentam os analistas.
Por conta disso, diz o economista-chefe para emergentes da consultoria inglesa Capital Economics, William Jackson, a confiança dos investidores internacionais se reduz em meio a um cenário já negativo: a disparada da inflação levou o Banco Central a elevar os juros de forma agressiva, com impacto direto no PIB, e a perspectiva é de que esses juros tenham de subir ainda mais se a mexida no teto de gastos sair do papel.
A piora fiscal do Brasil, aliás, já vem levando investidores em Nova York a questionar a capacidade de o governo conseguir honrar a dívida pública, segundo a economista para Brasil do banco americano JPMorgan, Cassiana Fernandez. “Pela primeira vez em alguns anos, a gente volta a ter de responder perguntas sobre a solvência da dívida no Brasil”, contou em evento recente da Anbima. O reflexo desse temor é a menor disposição em aportar recursos aqui, sobretudo em um ambiente de muita falta de previsibilidade sobre as políticas do governo.
Comprovação desse cenário veio com pesquisa do JPMorgan com investidores globais, mostrando que o entusiasmo com América Latina está no menor nível da série histórica. “O Brasil acaba liderando um pouco essa preocupação com a América Latina”, disse Cassiana, ressaltando que isso ocorre em um momento em que os investidores europeu e americano estão mais avessos ao risco de emergentes e mais voltados a seus países.
China
Outro ponto que explica o fato de o Brasil ter uma presença cada vez mais minguada na carteira dos fundos globais é a participação crescente de ativos chineses nos portfólios, lembram especialistas. Com isso, proporcionalmente, a fatia brasileira no total acaba ficando menor. O coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), William Eid, explica que o crescimento da região asiática acaba se traduzindo em retornos mais altos para os investidores.
Do lado interno, os riscos locais aumentaram ainda mais, com o pano de fundo de ausência de reformas – um mantra do mercado financeiro – e os problemas fiscais que foram acentuados no Brasil com a articulação comandada pelo próprio governo para mudar o teto de gastos. “O mundo tem alternativas melhores. Muitos emergentes estão em situação melhor do que a do Brasil”, comenta.
Neste ambiente de deterioração doméstica, mesmo a decisão do BC de acelerar o ritmo de aumento da Selic – a expectativa é de que a taxa básica de juros chegue a dois dígitos já no começo de 2022 – é vista com desconfiança pelos investidores, avaliam as analistas Alexandra Bechtel e Melanie Fischinger, do alemão Commerzbank. Em tese, juro mais alto deveria atrair capital estrangeiro em busca de retorno alto. Contudo, elas observam que a turbulência política em Brasília combinada com a perspectiva de baixo crescimento se traduz em falta de previsibilidade.
Estadão Conteúdo
Decisão sobre pagamentos do ‘orçamento secreto’ divide colegiado do STF
Foto: Gabriela Biló/Estadão |
A decisão da ministra Rosa Weber de suspender temporariamente os repasses feitos pelo governo Jair Bolsonaro a parlamentares da base aliada por meio do orçamento secreto tende a gerar um racha entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Um julgamento no plenário virtual vai revisar a ordem liminar na próxima terça-feira, 9.
À reportagem, interlocutores dos ministros afirmaram que a decisão de Weber tende a ser mantida, porém, com um resultado apertado, disputado voto a voto, diante das pressões exercidas por parlamentares que se beneficiam da distribuição sigilosa de emendas do relator-geral do orçamento (RP-9).
A chance de pedidos de vista (suspensão) ou destaque (encaminhamento ao plenário físico) surgirem durante o julgamento é considerada remota, sobretudo, por se tratar de uma decisão provisória em um contexto com implicações diretas na dinâmica entre o Executivo e o Legislativo.
A possibilidade de o julgamento terminar empatado é aventada por pessoas próximas aos ministros por causa da falta de consenso sobre o orçamento secreto. Neste cenário, caberia a um novo ministro, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a cadeira vaga depois da saída de Marco Aurélio Mello, decidir os rumos do esquema que sustenta a governabilidade do Planalto. Para o cargo, foi indicado André Mendonça, mas seu nome ainda depende de sabatina no Senado e enfrenta resistências na Casa.
LIRA
Segundo a reportagem apurou, interlocutores do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) têm tentado convencer os ministros do STF de que a decisão de Weber pode ser correta do ponto de vista da publicidade dos gastos, mas avança sobre prerrogativas do Legislativo e do Executivo.
A eventual manutenção do entendimento da ministra afeta o poder de Lira em Brasília. Ele e o governo usam as emendas de relator para reunir maiorias na Câmara. Por isso, o deputado alagoano estaria decidido a reverter o quadro para garantir a influência sobre o plenário não apenas no segundo turno da PEC dos Precatórios, mas na apreciação de futuras matérias.
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), disse estar confiante na aprovação da PEC dos Precatórios em segundo turno, apesar da suspensão das emendas de relator. “Não é baseado nisso que construímos a nossa base. Temos uma relação ampla com a base do governo e essa relação não se restringe a emendas” afirmou.
Para o deputado Alan Rick (DEM-AC) a suspensão das emendas mexe na relação do plenário com o governo, mas ainda não é possível saber o nível da mudança. “Muita gente apoia o governo por convicção, mas outros querem ajudar seus Estados”.
RELATÓRIO
Foi distribuído entre os ministros do STF um relatório preparado por consultores da Câmara, a pedido do deputado licenciado Rodrigo Maia (sem partido-RJ). A intenção é municiar com informações as autoridades sobre o funcionamento do orçamento secreto.
Segundo a reportagem apurou, o documento da consultoria da Câmara distribuído entre os ministros do STF cita, por exemplo, a aprovação da Emenda Constitucional nº 2019, que impediu a conversão da execução orçamentária em uma ferramenta de gestão de coalizão.
“A utilização das emendas de relator como uma forma travestida de ressuscitar o caráter discricionário e politicamente orientado das emendas individuais viola de maneira frontal essa regra constitucional aprovada de maneira quase unânime na Câmara, diga-se de passagem”, consta no documento. “É necessário, ainda, ter presente as nefastas consequências sistêmicas desse expediente”.
“Num quadro de elevada rigidez orçamentária (…) fica patente o potencial danoso do abuso de RP-9. Ele tende a desorganizar os programas estruturais de políticas públicas, escoando os parcos recursos disponíveis ao Poder Executivo para ações que não pensam de forma sistêmica a realidade regional e nacional, limitando-se a atender interesses”, diz outro trecho.
Além de ordenar que nenhum recurso indicado por parlamentares via emendas de relator seja liberado até que o plenário do STF se manifeste sobre o tema, a ministra determinou que o valor dos repasses e os nomes dos responsáveis pelas indicações passem a ser amplamente divulgados em “plataforma centralizada de acesso público”. Desde o início da série de reportagens do orçamento secreto, o Estadão aponta para a falta de transparência na alocação dos recursos via RP-9.
“Causa perplexidade a descoberta de que parcela significativa do orçamento da União Federal esteja sendo ofertada a grupo de parlamentares, mediante distribuição arbitrária entabulada entre coalizões políticas, para que tais congressistas utilizem recursos públicos conforme seus interesses pessoais, sem a observância de critérios objetivos destinados à concretização das políticas públicas a que deveriam servir as despesas, bastando, para isso, a indicação direta dos beneficiários pelos próprios parlamentares, sem qualquer justificação fundada em critérios técnicos ou jurídicos, realizada por vias informais e obscuras, sem que os dados dessas operações sequer sejam registrados para efeito de controle por parte das autoridades competentes ou da população lesada”, escreveu a ministra.
Estadão ConteúdoRui adverte que número de casos não caem há 45 dias na Bahia e sinaliza desaprovação a medidas de relaxamento para enfrentar Covid
Foto: Camila Souza/GOVBA/Arquivo/O governador Rui Costa (PT) |
Essa semana, durante entrevista, o governador Rui Costa (PT) fez um alerta sobre o aumento de casos de Covid no mundo. “Eu alerto a todos. Quem tiver dúvidas do que eu estou falando é só entrar na internet, agora, e olhar qualquer noticiário internacional. Olhe o que está acontecendo na Europa. A Europa inteira está disparando o número de casos. Alemanha, vi hoje de manhã, tem a maior taxa de crescimento, desde o início da pandemia. A Rússia tem o maior número de mortes, desde o início da pandemia. Então, o vírus está voltando em muitos lugares com muita força”.
Ainda segundo o governador, o novo coronavírus se tornou o maior desafio de saúde da humanidade. “Esse vírus se transformou no maior desafio de saúde da humanidade, em mais de 100 anos. Ele parece que tem uma inteligência própria, que ele vai se modificando, para ir driblando e escapando das vacinas. E é por isso que mesmo países que estão mais avançados do que nós na vacina, ainda convivem com a presença do vírus”.
Segundo o petista, o número de casos no Estado está próximo de 3 mil há mais de um mês. “Aqui na Bahia nós temos oscilado em torno de 2.700, 2.900 casos e há mais de 45 dias que não caem. Não sobem, mas não caem. Isso é um péssimo sinal. Isso é sinal de que o vírus está circulando, está contaminando muita gente. Nós estamos há mais de 45 dias com 200 pessoas na UTI. Isso significa que as pessoas continuam adoecendo”.
O governador ainda falou que não quer polemizar com prefeitos que aboliram o uso da máscara de proteção. “Eu não quero polemizar com nenhum prefeito que toma essa decisão [de abolir as máscaras], espero que eles estejam alicerçados, com dados científicos e que tenham a segurança para que isso não provoque o aumento de casos, aumento de mortes nos seus municípios. O que eu tenho a dizer ao povo é simples: eu uso máscara na rua, minhas filhas quando saem na rua usam máscaras, minha neta usa máscara, minha esposa usa máscara, portanto, minha família, que eu amo, usa máscara”, finalizou.
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